Meia Volta ao Mundo escrita por AndyWBlackstorn


Capítulo 30
Capítulo 30




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Apesar de estar muito animada com o noivado, Leopoldina começou a se sentir um pouco cansada pelos preparativos. Havia muitas decisões a se fazer e o jeito que as pessoas organizavam e faziam casamentos no Brasil era ligeiramente diferente de como ela estava acostumada na Áustria.

Enquanto preparava tudo, se preocupando com cada detalhe, outra coisa também a deixou preocupada.

Pedro precisou ir para São Paulo às pressas, a pedido do pai.

—Eu não queria te deixar cuidando de tudo sozinha, mas o dever chama, sabe como meu pai é - ele explicou à noiva.

—Oh sim, está tudo bem, é uma coisa do trabalho - ela compreendeu - além disso, me orgulha muito você estar mais disposto a seguir os passos do seu pai agora.

—É, isso tudo é muito graças à sua ajuda - ele sorriu, contente por sempre contar com ela.

—Bom, só me resta pedir que não demore muito, se for possível - Leo pediu e desejou.

—Prometo fazer isso se puder - ele beijou a mão dela num galanteio e depois seus lábios, se despedindo de vez.

Ela o observou descer as escadas da mansão e dirigir para fora dos portões da Quinta, desejando que ele voltasse logo.

Pedro chegou a São Paulo e se hospedou num hotel, logo depois, sua personalidade inquieta não deixou que permanecesse ali por muito tempo. Andou pela cidade, visitando seus lugares favoritos, que se resumiam a bares, embora ele não fosse de se embriagar. Foi justamente onde encontrou Domitila logo depois de se conhecerem que a viu novamente.

A paulista parecia radiante e bonita como sempre, sua beleza não passou despercebida por Pedro, que sorriu galanteador para ela, num gesto mais automático do que natural.

—Que maravilha te ver por aqui! - ela o cumprimentou e o abraçou como um velho amigo.

—Digo o mesmo - ele respondeu, alegremente - o que anda fazendo por aí?

—Ah nada, cuidando da minha vida - ela deu de ombros - terminando a faculdade, vendo no que vou trabalhar depois...

—Você não precisa se preocupar tanto com isso - ele deu una risadinha - sua família tem um excelente patrimônio, você poderia continuar com isso, administrando tudo.

—Ah sei, mas não era isso que eu queria, queria ter meu próprio patrimônio, meu próprio negócio, ser independente da minha família - Domitila confessou.

—Negócios? Quer ser uma mulher de negócios? - ele a instigou a falar mais.

—É, tipo, investir na indústria de perfumes por exemplo - ela sugeriu, animada.

—É uma boa pedida, acho que combina com você - Pedro opinou.

—Obrigada - ela agradeceu.

—Você tem bom gosto - ele elogiou um pouco mais.

—Ora, quanto galanteio, Pedro! - ela comentou com charme - a que devo esses elogios todos?

—Você merece, por ser uma empreendedora - ele deu de ombros, admirado pelas ideias dela.

—Certo, então... - Domitila respondeu distraidamente, ponderando algumas questões - você está muito ocupado? Mais tarde a gente podia se encontrar de novo, pra jantar juntos, o que acha?

—Acho ótimo, eu te encontro no hotel que estou hospedado mais tarde, o de sempre - ele avisou, esperando encontrá-la lá, mais tarde.

—A gente se vê, Pedro - ela se despediu, beijando o rosto dele, se afastando enquanto andava para longe.

Pedro a observou pouco e então se virou para o balcão, fazendo algum pedido qualquer do que comer e beber. Assim, ele se preparou para a reunião. De volta ao hotel, vestiu paletó e gravata como a ocasião pedia, o que o lembrava de seu pai. Penteou os cabelos cacheados tentando mantê-los no lugar o máximo que podia.

Prestou atenção, fez anotações e soube se expressar muito bem na reunião, surpreendendo a si mesmo, o que o fez se orgulhar dos seus progressos.

Mais tarde, encontrou Domitila no lugar combinado, mais uma vez, ela estava linda e bem arrumada, o que já não era mais surpresa para Pedro.

Ele a ouviu muito mais do que falou, ela tinha muitas novidades para contar para ele, aparentemente e Pedro sentia falta de sua companhia, mais como uma amiga do que qualquer coisa. Quando ele decidiu voltar para o hotel, Domitila fez questão de acompanhá-lo, prolongando sua conversa.

Em certo ponto, Pedro já se sentia meio tonto e cansado, acabou se deitando em sua cama de hotel, com Domitila o observando.

—Bom, parece que alguém quer descansar - ela disse, mas não num tom que avisava Pedro que ela estava de saída.

Mesmo com os olhos dele fechados, ela não resistiu e se deitou ao lado dele, sorrindo travessamente. Pedro percebeu o peso da cama variar e o colchão ranger

—O que tá fazendo, Domitila? - ele perguntou, sem se dar ao trabalho de abrir os olhos.

Sua resposta foi um beijo em seus lábios, lento e profundo, que Pedro acabou não recusando, se deixando se levar.


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