Dinastia 1: O Sonho Real escrita por Isabelle Soares


Capítulo 53
A reconciliação


Notas iniciais do capítulo

Estamos nos aproximando do fim galera! Infelizmente esse é já o antepenúltimo capítulo. Tudo que faltava vai se resolver em definitivo aqui. Espero que realmente gostem da maneira como tudo foi resolvido e das surpresas que virão. Boa leitura para todos!



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O som da voz afinada de Jasper nos deixava mais soltos e animados. Não era que ele sabia mesmo cantar bem! Com certeza a família Cullen ganharia mais uma peça preciosa para o seu time de músicos.

Estávamos, ele, eu, Alice e Edward no estado do Texas nos Estados Unidos, mais especificamente em Midland, a cidade onde Jasper nasceu. Ele e Alice passaram o último mês de dezembro, além de matando a saudade e namorando bastante, também decidindo como iria seguir a vida dos dois daqui para frente. Pois estava bastante óbvio para ambos que não dava mais para seguirem separados. Então, Jasper decidiu que iria tentar uma vida nova em Belgonia ao lado de Alice e eles tinham vindo passar o ano novo e o início do recesso de janeiro juntos na terra natal dele para que ele pudesse se despedir de sua antiga vida e da família, já que estariam separados pela maior parte do ano. Eu e Edward resolvemos vir de carona.

Na verdade, eu e ele estávamos nos Estados Unidos há quase vinte dias. Fiquei surpresa quando ele me sugeriu que passássemos o natal junto com a minha mãe e Phil. Era tradição, e podia se considerar quase uma regra, que todos os membros da família real passassem o natal no palácio em Clarence. Eu e papai tínhamos sidos convidados no ano passado para participar desse evento exclusivamente restrito da realeza, que muitos sonhavam em participar em Belgonia.

Eu tinha amado estar lá com todos eles. Falvam que era um evento bastante tradicional e protocolado. Eu mesma não achei. Já que nos bastidores rolava muita festa e brincadeira entre os familiares, que agora eram meus também. Era programado que todos chegassem ás vésperas do Natal e organizassem a árvore juntos. Esme me contou que essa era uma das atrações natalinas preferidas das crianças e que tinha continuado na fase adulta deles, principalmente para Alice, é claro. De noite tinha a ceia de natal que era cercada de muita comida. Os Cullens ficavam acordados até tarde nesse dia cantando em volta da lareira ou fazendo brincadeiras uns com os outros. Na manhã seguinte, era só alegria, pois logo cedo, todos acordavam para trocarem presentes. Uma coisa que achei realmente interessante é que havia um hábito de não dar presentes caros para os familiares, mas sim algo que fosse criativo e engraçado, até por que coisa cara eles tinham muito. Edward, por exemplo, deu a Emmett uma tigela de cereal com a descrição “cereal killer”. Ele amou, é claro!

A missa de natal era um acontecimento! Praticamente todos os habitantes de Clarence iam à igreja de São Jorge para ver o cortejo da família real chegando para assistir a missa. Era um dos poucos momentos que os súditos podiam ver toda a realeza unida e participar de um avento tão próximo a ela e por isso era tão impactante. No ano passado fui à missa com papai, mas como não era ainda noiva e nem esposa de Edward, não participei do cortejo com os outros familiares e nem eu queria chamar muita atenção para mim e acabei optando por entrar depois na igreja pela porta lateral.

Esse ano, Edward resolveu trocar tudo isso para ter um momento só comigo e com a minha família. Talvez ele quisesse mesmo era ficar longe de tudo para poder pôr a cabeça no lugar. É claro que todos os tabloides de Belgonia ficaram escandalizados com o fato de que Edward passaria o natal longe de sua família e começaram a supor que eu era a culpada por isso, tadinha de mim, e também a especular mil e um motivos para explicar o que estava acontecendo. Não ligamos, arrumamos as nossas malas e seguimos viagem.

Minha mãe ficou eufórica ao saber que eu passaria as festas ao lado dela. A última vez que isso tinha acontecido havia sido há uns três ou quatro anos atrás quando eu ainda morava com ela. Dona Renée queria que esse natal fosse grandioso a altura de Edward, ou que ela pensava que seria a altura dele. Compramos peru, algo que não era costumeiro quando éramos apenas nós duas. Fui para a cozinha para por em prática o meu dote de cozinheira e preparar aquela ceia, já que por mais que se esforçasse mamãe não tinha maior talento para culinária.

Foi um dia festivo, bem família como eu gostava. Trocamos presentes, rimos, e comemos muito, como de praxe, porém eu sentia que Edward estava distante e até meio tristonho. Estava sendo tudo muito diferente do que ele teve a vida inteira e eu sabia que estava sendo estranho. Mas o que o afetava mesmo era a sensação que tudo estava quebrado em seu interior, a briga com Esme e o conflito interno dentro de sua família o atingia mais do que ele queria. Tentei diversas vezes convencê-lo a quebrar o gelo e ligar para ela desejando um feliz natal, mas ele não quis, ligou apenas para o pai e transmitiu a todos felicidades.

O nosso ano novo foi em Nova York com Jasper e Alice. Nem precisa dizer que a minha cunhadinha me fez bater perna com ela por horas, fazendo compras por cima de mais compras que eu achava tudo desnecessário. Não queria desagradá-la e fui. Por um lado foi até bom poder usurfruir um pouco de tudo que eu nunca tive.

À noite formos os quatro para a Times Square e nos juntamos a milhares pessoas que esperavam atentas a bola neon descer na cobertura do edifício One Times Square, simbolizando a passagem do ano. Foi lindo, mágico, e tão normal que dava uma sensação incrível de paz. Fora aquele espírito de renovação que brotava em mim como se no ano que vem pudesse tudo ser diferente e mais feliz.

— Me casar com você foi a melhor coisa desse ano! – Edward me disse ao meu ouvido depois de alguns drinkes. – Eu te amo tanto!

— Eu também te amo, meu príncipe encantado!

Nos beijamos ao som dos fogos que anunciavam a chegada de 2012. Me abracei a Edward e desejei que esse ano que estava chegando nos trouxesse muitas coisas boas e nada mais de tristezas e tensões que tínhamos passado nos últimos tempos.

Depois do ano novo, seguimos para a cidade de Jasper para curtir um passeio tranquilo pela cidade interiorana. Nesse meio tempo podemos conhecer muito bem o futuro integrante da família real de Belgonia. Jasper era um cara bastante simples. Passou quase toda sua vida vivendo no interior do Texas ajudando o pai e os irmãos na fazenda que tinham. Era altruísta e tinha aberto, parcialmente, do seu sonho de seguir como músico pelos Estados Unidos para cursar direito em Nova York como seus pais sonhavam para ele. Apesar disso, eu poderia apostar que daria um excelente advogado também, pois ele tinha uma lábia e um jeito de conquistar as pessoas de um modo incrível! Para aqueles que tinham olhares despercebidos podiam jurar que o jeito reservado dele era arrogância, mas não era nada disso, Japer apenas gostava de sua individualidade. Além do que, era bastante talentoso, cantava e tocava piano, violão e guitarra. Nem precisava dizer que Edward se deu muito bem com ele por causa disso, para o alívio de Alice. Até que os dois tinham muito em comum, ambos tinham o espírito livre e capazes de seguir os seus sonhos sem nem mesmo pensar muito sobre isso. Se não fosse o seu título e função dentro da monarquia, tenho certeza que Alice tinha largado tudo para ficar com ele nos Estados Unidos ou em qualquer lugar que fosse.

Agora estávamos aqui, num pub da cidade, ouvindo Jasper e seus amigos fazendo a sua última apresentação juntos antes dele embarcar de vez para Belgonia. Alice olhava para ele encantada como se na sua frente não houvesse nada melhor para ser visto e com um orgulho eneorme do namorado.

— Alice - iniciei o assunto. - Para mim ainda é uma grande surpresa saber que Jasper irá largar tudo por aqui para morar em Belgonia.

— Para mim também, confesso... Nós vamos morar juntos. – anunciou de cara como se fosse algo completamente natural nas circunstâncias da realeza.

Edward a olhou abismado e se engasgou com a bebida. Eu dei uma leve batida nas costas dele para aliviar mais o desconforto. Ela deu um sorrisinho maroto e eu fiquei esperando ela dizer que tudo não se passava de uma brincadeira.

— Não acredito Alice!

— Nós dois decidimos que se é para ficarmos juntos deve ser dessa forma.

— Você sabe que não é desse jeito que as coisas funcionam. – Edward a lembrou com a voz ainda um pouco rouca.

— Eu sei... Vai ser duro convencer papai, mas eu não vou deixar de tentar.

— Acho que vai conseguir. – falei. – O que seu pai não faz por você!

— É, eu sei que eu sou a filha favorita dele! – Ela sorriu e bateu de olho para Edward.

— Boa sorte com isso! – ele desejou.

— Vai ser melhor dessa forma. Jasper tem muito para absorver e ao meu lado ele vai se acostumar melhor com todo nosso complicado modo de viver.

— Apoio! – falei. - Melhor não arriscar todas as moedas agora. Vão se acostumando um com o outro e ele vai vendo se conseguirá viver também aos moldes da monarquia.

Edward franziu os olhos com descrédito. Alice assentiu para mim e em seguida  aplaudiu Jasper na hora que ele terminou de cantar mais uma música. Edward levantou-se e eu fiquei o observando se distanciar. Aproveitei que ele foi ao banheiro para conversar com Alice assuntos mais urgentes que eu não poderia falar na frente dele.

— Alice, Edward está arrasado! Não sei o que fazer para que ele volte a falar com Esme e que tudo se ajeite de uma vez.

— Eu imagino! Mamãe está da mesma forma. Anda louca para se desculpar com ele, porém acredita que vai ser rejeitada. O natal esse ano em Clarence foi uma tristeza só.

— Fiquei surpresa quando ele me disse que gostaria de passar o natal com a minha mãe. Eu sabia que ele queria escapar de momentos familiares, mas ele ficou pior estando longe de vocês.

— Foi o mesmo para nós, acredite. Mas que Diabos também, não é? Por que Edward não acaba logo com isso? Se pelo menos houvesse uma forma deles poderem conversar...

Uma forma deles conversarem? De repente uma ideia bateu na minha cabeça e aquela luzinha acendeu. Eu tinha que dar um jeito de promover esse encontro! Bati na mesa animada e Alice deu um pequeno salto com o susto.

— Alice e se a gente promovesse esse encontro?

— Como? Hum.... – Ela deu um sorriso entendendo onde eu queria chegar e bateu as mãos percebendo que ela poderia já colocar as artimanhas dela para fora.

Edward estava chegando à mesa e paramos de conversar sobre o assunto, mas eu tinha certeza que eu não deixaria a ideia morrer, ainda mais com a Alice pimentinha ao meu lado.

Dias se passaram com nós duas pensando na melhor forma de atrair os dois para o mesmo lugar. Edward era o mais teimoso da história, ele não queria abrir mão de jeito nenhum, apesar do esforço de Esme em promover a paz. Ele até quis prolongar a nossa estadia nos Estados Unidos, mas eu insisti em voltar para casa e quase o obriguei a encarar a situação de cara e tentar estar pelo menos no mesmo lugar que a sua família novamente.

Alice e eu sabíamos que tinha que ser um plano seguro e um motivo bem forte para fazer com que eles conversassem, mas eu não sabia qual e isso já estava me irritando por o clima não melhorava dentro da família. Era todo mundo estranho e com poucas palavras.

Eu já estava com a cabeça quente de tanto pesar quando, fianlmente o motivo que eu precisava apareceu de uma maneira completamente inesperada e que me deixou atônita, porém eu sabia que era tudo que eu precisava para trazer a alegria e a reconciliação de volta para os Cullens.

Então, corri para onde estava Alice e combinamos tudo. Ela me deu a ideia de fazermos um encontro especial e bem emotivo para os dois. Começamos a separar um monte de fotos com momentos dos dois em família para lembrá-los de todo o amor e carinho que sempre existiu. Escolhemos a tradicional sala de visitas para o encontro e enchemos o lugar com várias fotos e tudo ficou bastante fofo. Só Alice mesmo para pensar em algo assim, mas eu tinha o trunfo que iria amolecer o coração dos dois.

Escolhemos o dia certo e parecia que tudo ia correr bem. Edward tinha ficado em casa para trabalhar em alguns papéis e Esme tinha acabado de chegar de um compromisso. Alice tinha ficado encarregada de levar a mãe até a sala de visitas e eu levaria Edward. Cheguei ao apartamento e preparei um suco de maracujá para já acalmar os ânimos, o meu e o dele. Levei para ele e sentei em seu colo, chamando a sua atenção completamente para mim. Abracei o seu pescoço e disse:

— Precisamos conversar.

Edward me olhou um pouco surpreso sem entender o que eu pretendia e prestou atenção ao que eu ia dizer.

— Sobre o que?

— Primeiro tome o suco.

Ele deu um sorriso maroto e achou que eu tivesse brincando, porém me obedeceu e tomou um grande gole do suco.

— Pronto.

— Esme quer ter uma conversa com você.

— Eu sabia só poderia ser isso...

— Edward, você precisa vê-la...

— Pra quê? Só para aumentar o meu ressentimento?

— É justamente pelo contrário! Enquanto vocês não colocarem tudo em pratos limpos essa sua dor não vai acabar!

— Bella... Você não entende... Eu não consigo.

— Consegue sim. Ela está te esperando lá em baixo e é só você ir até lá e ouvir o que ela tem a dizer.

— Como se fosse a coisa mais fácil de se fazer! Me dê um bom motivo para eu fazer isso Bella? Por que eu estou muito magoado e talvez vá ficar ainda pior se eu vê-la.

— Por que eu não quero que o meu filho nasça numa família desestruturada.

Edward ficou branco ao captar o que eu tinha acabado de dizer. Olhou para mim atentamente e eu apenas assenti. Ele deu um sorriso enorme e começou a gargalhar como se não conseguisse se controlar direito.

— Está falando sério?

— Eu soube ontem. Fiz exame e tudo, com nome falso, é claro, para ninguém descobrir antes da hora.

— Deus você está grávida!

As lágrimas e o sorriso se misturaram em seu rosto. Na verdade, ele nem sabia o que fazer ou dizer. Era uma grande surpresa! Tinha sido assim para mim também. Logo quando cheguei dos Estados Unidos eu percebi que a minha menstruação não tinha vindo durante a minha estadia por lá. Fiquei desconfiada e em dúvida por que eu não sentia absolutamente nada. Mas ela nunca tinha atrasado durante toda a minha vida! Passei o dia todo me analisando no espelho para ver se tinha algum sinal, porém a minha barriga continuava plana como sempre foi e aí que eu tive o plano para o encontro que eu estava tentando bolar há dias. Resolvi ser corajosa e fazer o exame numa clínica bastante reservada para não atrair a atenção da imprensa. Quando o resultado saiu com um POSITIVO enorme, eu mal pude acreditar.

— Acho que a nossa turnê deu resultado. – falei acariciando a minha barriga.

Ele deu sorriso lindo e a beijou. Foi uma sensação única que eu jamais poderia imaginar que iria sentir. Era o nosso momento, a concretização do nosso amor e vê-lo ali todo derretido, beijando a minha barriga todo feliz, não podia haver coisa melhor nessa vida. Acariciei os seus cabelos, sentindo as suas lágrimas descerem em cima da minha barriga. Resolvi abusar um pouco da sorte e investir no plano do encontro.

— Esse pequenino aqui merece crescer em um ambiente feliz, não acha?

Edward levantou a cabeça e me olhou. Não era um olhar sério, ele não estava com raiva. Sua expressão mostrava incredulidade, surpresa, emoção, felicidade. Ele tocou o meu rosto e ficou o acariciando.

— Depois de um presente desses, eu não poderia lhe negar nada! Você me desarmou todo!

— Essa era a intenção, querido! – pisquei.

— Não dá nem para acreditar!

— Também não consigo. Que bela aventura vamos ter agora!

— Acho que eu estou parecendo um retardado! Eu não sei o que dizer, o que pensar!

— Deixe disso! É o melhor momento na vida de um homem. Não faz idéia do quanto eu estou feliz por te proporcionar isso Edward. Eu estou em estado de choque e feliz demais. É algo realmente divino!

Ele pegou a minha barriga novamente e ficou pensativo por alguns minutos. Seu olhar era profundo e confortador. O abracei e fiquei ali colada nele até que ele se decidisse e resolvesse se encontrar com a mãe.

— Você tem razão Bella, eu deveria vê-la.

Meus olhos brilharam de contentação. Ufa!

— É certo a se fazer.

— Não se importaria em ir comigo?

Sai de cima do colo dele e estendi a mão em sua direção. Ele se levantou e a pegou.

— Vamos buscar o nosso final feliz, vamos?

Seguimos para o andar de baixo juntos. As mãos de Edward estavam geladas de nervosismo. Eu sabia que iria ser difícil para ambos, porém era algo que devia ser feito. Andávamos devagar em direção à sala de estar e parecia que os nossos passos ficavam ainda mais lentos ao se aproximar do recinto. Não vi Alice em lugar nenhum e isso significava que Esme já deveria estar lá na sala e há um tempo. Rezei para que ela não tivesse desistido. Não sabia se Edward estaria disposto a um encontro desses de novo.

Abri a porta e Esme se levantou ao nos ver. Seu olhar durou apenas alguns segundos antes de se voltar totalmente para Edward. Ele apertou sua mão na minha e o encorajei a falar com ela, mas ele permaneceu firme em seu lugar. Foi Esme quem foi até ele o abraçou, o pegando totalmente de surpresa. Ele não a abraçou de volta e nem isso a desecorajou em seu ato.

— Oh Deus! Como senti falta disso... – ela desmoronou nos braços do filho. Apesar de tentar disfarçar, Edward parecia estar chorando também.

— Por que vocês não se sentam um pouco? – sugeri.

Os dois se sentaram no sofá e Esme começou a acariciar o rosto do filho.

— Eu tenho tanto a lhe dizer, meu menino! Queria tanto me desculpar pelo que eu fiz você sofrer.

Edward abaixou a cabeça, mas dava sinais de que estava mais calmo e ficaria ali para ouvi-la. Era a minha deixa! Sai silenciosamente da sala sem que eles percebessem. Era um momento só deles e eu não queria me meter nisso, como eventualmente tinha acontecido outras vezes sem que eu quisesse.

Subi para o andar de cima novamente e peguei o exame de gravidez. Fiquei o olhando e passando o dedo pela palavra POSITIVO que confirmava que agora a minha vida iria mudar para sempre. Como uma notícia pudia mudar toda a concepção que eu tinha antes a respeito de maternidade, gravidez e tudo mais? Agora eu estava ali paralisada e desarmada. Eu queria aquela criança como queria respirar e viver. Minha mão voou para a minha barriga e eu comecei a acariciá-la.

— Pequeno, você veio para mudar tudo e na hora certa!

Na verdade, ele já estava mudando tudo. Onde antes havia apenas uma coisa que eu não poderia viver sem, agora, havia dois. Não houve divisão, meu amor não foi dividido entre eles agora, não era assim. Foi mais como se meu coração tivesse crescido, inchado até duas vezes o seu tamanho, nesse momento. Todo esse espaço extra, já preenchido. O aumento foi quase estonteante. Eu entendia Esme completamente agora. Eu seria também capaz de fazer qualquer coisa pelo meu filho. Falando nisso, a essa altura, os dois já deviam ter conversado bastante. Resolvi descer com o exame de gravidez na mão para mostrar a minha sogra e garantir que nada tinha saído do controle naquela conversa.

Quando me aproximei da porta e ouvi algumas risadas no lado de dentro. Tudo estava correndo bem.

— Acho que agora poderemos seguir como uma família, uma família que nunca deveria ter se separado. – ouvi Esme falar.

— É claro mãe! É tudo que eu desejo no momento. Vamos deixar o passado onde ele deve estar, atrás de nós.

Aproveitei o momento de harmonia aparente e abri a porta devagar. Vendo os dois abraçados. Esme estava com algumas fotografias na mão e Edward acariciava as suas costas. Tudo tinha terminado bem! Suspirei aliviada e fui até eles.

— É essa cena que quero ver sempre! – falei.

— Vai ver sim, querida. – afirmou Esme com alegria.

Me aproximei de Edward e sentei ao seu lado. Ele beijou o meu ombro e demos as mãos. Esme nos olhava encantada.

— Você já contou a ela? – perguntei.

— Não. Vamos fazer isso juntos.

— Contou o que? – Esme perguntou curiosa.

— Mãe, temos uma excelente notícia para lhe dar.

Esme sorriu já imaginando o que era e colocou a mão na boca.

— É o que eu estou pensando?

— É mãe. Bella acaba de descobrir que está grávida.

— Ahhhh! Eu vou ser avó! – Esme gritava e eu sorria sem parar. – Essa é a melhor notícia que eu poderia ouvir.

Ela nos abraçou e começou a chorar de novo e as lágrimas dela já estavam despertando as minhas também. Mas um sinal que essa gravidez já estava começando a me modificar. Eu nunca fui emotiva antes.

— Essa criança está vindo numa hora perfeita. É a salvação definitiva para Belgonia! Ah meu Deus! Eu tenho que contar ao Carl! Tenho certeza que vou ser a avó mais coruja que essa criança vai ter!

— Mãe, se depender de Renée, ela vai mimar essa criança como se não tivesse amanhã.

— Parabéns para os dois! – Esme nos desejou e em seguida tocou a minha barriga. – E parabéns para esse bebezinho que vai ter duas vovós muito babonas.

Sorri como nunca antes. Agora tudo estava bem. Edward recuperara a sanidade ao se conciliar a mãe, a sua vida estava completa. O trono dos Cullens estava agora inteiramente salvo e fora de perigo e tudo iria transcorrer bem. E eu estava prestes a ganhar o melhor final feliz que alguém poderia ter.


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Notas finais do capítulo

Meus agradecimentos a lelinhacullen, Debora, Clarinha Camela, Érica, Talita Martins, Anna e Aika pelos comentários no capítulo anterior. Desde já quero saber o que estão achando e se querem saber um pouco mais sobre Alice e Jasper para quem sabe eu post alguma coisa lá no "Curiosidades - Dinastia". Comentem muiiiitooo!