Amor Perfeito XIV - Versão Arthur escrita por Lola


Capítulo 67
Toda a verdade


Notas iniciais do capítulo

*foto citada no capítulo.
Boa Leitura ♥



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Rafael Narrando

As férias de julho chegaram. E eu não estava ligando nem um pouco pra isso. Pelo menos eu não iria pra faculdade. Mas no trabalho tudo continuava igual. Meu rendimento caiu, eu não tinha ânimo pra nada. Levantar da cama era difícil. Nunca imaginei que um dia eu iria ficar assim por um cara.

— Se veste nós vamos ir buscar Alícia e Fabi na rodoviária. – ouvi Arthur, mas não me mexi. – Rafael. – ele parou em minha frente e me olhou. – Já tem uma semana. Você precisa melhorar.

— Ele tá com outra Arthur. Dois dias depois de terminar comigo ele começou a namorar Diana.

— É claro seu imbecil! O pai dele está o obrigando! Você não pensa o quanto ele deve estar sofrendo com tudo isso? Não mesmo?

— Por que ele não ficou comigo escondido?

— Você não iria nunca aceitar que ele estivesse com ela, sabe disso Fael. E de qualquer forma, Caleb descobriria. Kevin tem total ciência disso.

— Sinto tanto a falta dele. Até mesmo de tentar descobrir o que se passa naquela cabeça indecifrável.

— Quando eu o confrontei ele só disse que sabia o que estava fazendo e eu podia confiar nele. Ele já tá sofrendo tanto e se submetendo a isso... Não consigo força-lo a dizer. Eu me sinto um péssimo amigo por não te dar as respostas que tanto precisa.

— Não se sinta. Eu sei que faz tudo o que pode e você tá o tempo todo do meu lado. Reclamar de você seria um absurdo Arthur.

— Então me escute e vai se trocar. As meninas já chegaram.

Ao chegarmos elas pularam na gente, parecia que não nos víamos há anos e não há pouco mais de seis meses. Mas o clima de alegria e descontração logo acabou.

— Você tá deixando claro que tá com o coração partido. – Fabiana comentou me olhando. – Não quero te ver tão triste assim. Custamos a finalmente estabelecer uma amizade Rafael. Vai, dá um sorriso.

— É difícil. – curvei a cabeça.

— Já coloquei as malas de vocês no carro. Devo dizer que só tem um quarto de visitas na cobertura, vão ter que dividi-lo. – Arthur disse ao voltar pra perto da gente. – Agora vamos ir tomar um sorvete? Tá calor.

— Sorvete? Vamos é tomar algo alcoólico. O nosso amigo está precisando. – Fabi conduziu a situação como ela normalmente fazia. Alícia contou no caminho sobre como estava nossa antiga turma, das matérias e de tudo. Quando nós chegamos eu vi algo que não imaginava ver.

— Calma, não tem nada entre eles. – meu amigo pediu antes de sairmos do carro. Kevin estava sentado na choperia com Kemeron. Descemos e sentamos em uma mesa próxima a eles. Por mais que eu tentasse o contrário meu olhar ia a sua direção.

— Troca de lugar comigo. – pedi a Fabi que aceitou. Estar de costas para os dois era o melhor. Arthur havia ido até eles e já estava voltando.

— Ele está tentando ajuda-lo. Parece que ele sabe o que o Caleb pretende. – falou assim que se sentou.

— Isso não te deixa chateado? – o olhei. – O ex namorado dele sabe de tudo e o irmão não.

— Não. Ele soube por causa do pai dele. Kemeron na maioria das vezes sabe de tudo. E eu gosto dele Fael, ele sempre tenta ajudar.

— Será por que né Arthur?

— Não sei o que Kevin tem que as pessoas não conseguem esquecê-lo.

— O Murilo parece ter esquecido... – comentei não tão certo do que dizia.  – Pelo menos ele consegue viver sem ele. Será que eu vou ter que mudar de País também? – tampei o rosto após respirar de uma forma profunda.

— Vamos parar com esse papo? – Fabiana deu fim àquilo. Depois de bebermos um pouco e eu cometer a burrada de ir atrás do Kevin, fomos encontrar todos na casa da vó de Arthur. As meninas ficaram felizes em ver as duas visitantes e a única coisa estranha seriam elas e principalmente Fabiana se adaptarem a nova realidade de Alice.

Kevin Narrando

Não parava de receber mensagens após a publicação da foto de Diana de nós dois. Era de todo tipo, desde espanto até as mais agressivas. Ainda havia quem achava mesmo que eu estava fazendo sacanagem com Rafael e até que eu o traia. Hilário.

“Você nem usa jaqueta jeans. Que merda é essa Kevin?”— li a mensagem do meu irmão.

“Ela me deu, queria que combinasse com ela. Já te expliquei tudo, dá pra parar de me encher?”

“Você vai fazer tudo o que ela quiser então?”

“Sim, eu vou. O acordo é esse Arthur.”

“Você PRECISA fazer alguma coisa Kevin!”

“No momento eu preciso trabalhar.”

Ele finalmente parou de mandar mensagens. E eu ainda tinha que me encontrar com Kemeron. Ele me ligou dizendo que viria a cidade só pra conversar comigo. Devia ser algo urgente.

— Você não parece bem. – comentou assim que nos vimos.

— Não estou. Mas quero saber o que você tem a dizer.

— Sei que terminou seu namoro. Meu pai comentou comigo que Caleb conseguiu o que queria mais uma vez. Liguei os fatos rapidamente. Com um pouco de investigação descobri. E agora você está com uma garota. – nos olhamos. – Isso é horrível Kevin.

— Estive com você. Sem vontade nenhuma. Também é horrível.

— Pelo menos eu era uma opção aceitável... Quero dizer... A ideia me causou repulsa.

— Veio aqui pra que? Dizer o quanto sente muito?

— Quero saber qual foi a chantagem dele. Eu vim te ajudar. – dei uma risada. – Do que tá rindo Kevin? Eu estou falando sério. Tirei férias no trabalho. Eu vou ficar e ajudar você.

— Ajuda a que precisamente?

— Salvar o Rafael, proteger o Rafael. Tudo pelo Rafael.

— É mesmo? Por quê?

— Porque gosto de você.  – ficamos nos olhando por um tempo. Vi pela minha visão periférica Arthur entrando com meu ex namorado e as amigas.

— Ele vai achar que estamos tendo alguma coisa. – encarei a mesa.

— Isso não importa. Vocês dois tem coisa muito pior pra superar. – balancei a cabeça negativamente ao ver Rafael trocando de lugar com uma das meninas. A última coisa que eu queria era causar mais dor a ele. – Vamos ao que interessa Kevin. Qual foi a ameaça do seu pai?

— Posso confiar em você Kemeron? – ele afastou o corpo encostando-se à cadeira. Depois deu um sorriso que mostrava descrença.

— Realmente não acredito que estou ouvindo isso.

— É uma informação que eu me prometi que não diria a ninguém.

— Mas não tem como te ajudar sem saber de tudo. – refleti sobre aquilo. – Se não quiser minha ajuda tudo bem, estarei feliz de pelo menos ter tentado.

— Quanto tempo dura suas férias? – me olhou desconfiado.

— Dez dias. Sabe que a gente não pode parar. E antes que me pergunte, sim eu vou ficar no hotel.

— Vamos pra lá, você pega suas coisas e fica lá em casa. Quero que meu pai pense que estamos transando.

— Aí você me prejudica... – estreitei os olhos.

— Você não quer me ajudar porra nenhuma, tá aqui por causa do Pedro, idiota.

— Acha mesmo que viria pra esse fim de mundo só por uma transa legal? Claro que não. Mas... Se eu posso te ajudar e também ter essa transa... Por que não? – revirei os olhos mostrando insatisfação. Depois fiquei observando a mesa do meu irmão. – Dá pra voltar pra cá?

— Ele fica melancólico quando bebe... Não devia estar bebendo. E o Arthur sabe disso. Eu pedi para ele cuidar dele e tudo que ele faz é o inverso.

— Como ele vai impedir um homem daquele tamanho de beber? – nos olhamos. – Fica esperto Kevin. Ele não tem controle sobre seu namorado. – ergueu as sobrancelhas. – Não, não é ex. Na sua cabeça vocês ainda estão juntos, olha o quanto se preocupa. Vamos dar um jeito de acabar com isso ou não?

— A mãe dele o abandonou. – puxei o ar e soltei. – Pelo menos é o que ele sabe. E é claro que o meu pai achou a mulher.  – dei uma pausa.

— Se for difícil demais pra você falar e eu puder te ajudar sem saber... Tudo bem Kevin.

— A verdade é que ela não o abandonou. Ela foi embora de casa porque o pai dele era alcoólatra e a espancava. Ela o levou com ela, mas o pai dele parou de beber e conseguiu a guarda já que ela não tinha emprego e residência fixa.

— Maldita lei.

— No fundo foi bom pra ele. Isso fez com que o pai parasse de beber.

— Como seu pai descobriu isso tudo?

— Se deitando com ela talvez... Não sei. O fato é que ele iria coloca-la de novo na vida de Rafael. E você não entende o que isso iria significar. Ele saber tudo o que o pai fez poderia fazer com que ele o odiasse pra sempre e ele estava radiante por eu ter conseguido melhorar a relação dos dois. Isso o fazia mais feliz do que o nosso relacionamento, do que o emprego dele, do que tudo que ele possa conquistar... O pai é tudo pra ele. Não posso deixar Caleb fazer isso. Não posso permitir que ele destrua a relação dos dois.

— Você sacrificou o relacionamento de vocês pela relação dele com o pai? – concordei o olhando. – É grandioso. Mas imbecil. Eu não tomaria essa atitude.

— Quase ninguém tomaria. Só que eu não podia contar com a esperança de que um dia eles iriam se acertar... Rafael é orgulhoso demais. E por isso eu digo que eu o perdi.

— Nem se ele souber o motivo?

— Ele não vai saber nunca Kemy. Porque se ele souber ele estará sabendo do pai.

— E você pretende voltar pra ele como? Vai ter que ter um motivo Kevin.

— Vou dizer que meu pai ameaçou feri-lo. Ele sabe que eu levo as ameaças do meu pai a sério.

— E vai conseguir viver com ele com esse segredo entre vocês?

— É a história dele. Eu não tenho o direito de invadir e sair contando o que nem mesmo aconteceu comigo, entende?

— Acho que ele iria querer saber. Como você imagina que seja o coração dele? Com certeza tem um buraco pela falta da mãe. Uma mãe é importante. Muito importante.

— Eu sei. E ele tem essa ferida, mas... Você acha que vai ser tudo lindo, eles vão se reencontrar e pronto? Um perdão é o necessário. Não Kemeron! Ela passou anos longe dele. A vida dele toda praticamente. Ele era um bebê.

— Mas ela tentou Kevin! Ela o levou com ele. Você não entende?

— Ele vai culpar o pai. E também não vai entender ela não ter tentado estar por perto. No fim ele vai perder os dois.

Parei de falar ao ver Rafael se levantando. Meu coração começou a disparar quando o vi vindo à nossa direção. E mesmo que eu soubesse que o banheiro ficava atrás e que ele tinha que passar pela gente para ir até lá, eu fiquei sem reação.

— Pode respirar, ele já passou.

— Então... Você consegue me entender?

— Ah Kevin... – vi que seu olhar estava em algo ou em alguém. – Ele desistiu do que ia fazer e tá vindo. – avisou baixo.

— A gente pode conversar? – olhei pra cima o vendo parado ao lado da mesa.

— Não temos nada pra conversar. – respondi após parar de olha-lo.

— Ele é seu ex namorado e você sempre teve muito assunto com ele. Por que comigo não? – Kemeron sorriu com a pergunta. Voltei a olhar em seus olhos.

— Para com isso.

— Eu revirei a minha vida por sua causa Kevin. E eu só estou te pedindo uma conversa. Quero saber o que ele fez pra conseguir que você esteja com Diana. Sei que é algo muito sério. – apoiei os cotovelos na mesa e encostei meu queixo em minhas mãos fechadas.

— Se você sabe então porque você não entende de uma vez por todas que é melhor assim?

— Porque não é melhor assim. – vi seus olhos encherem de água. Kemeron saiu de uma forma muito rápida e ele se sentou em seu lugar.

— Não posso ser visto com você. – usei um tom de voz que eu não queria.

— Por que não fez as coisas de outra forma? Por que não tentou conversar comigo?

— Não tinha jeito Rafael. Tinha que ser assim. – meu celular começou a tocar, Diana.

— Minha namorada está ligando. – avisei sério. – Volta pra sua mesa.

— Tudo bem. – enxugou as lágrimas que queria cair. – Só não use nossa aliança com ela e também tire o escapulário que eu te dei. – coloquei a mão no objeto assim que ele saiu. Kemeron estava certo, Rafael não era meu ex namorado, eu ainda não havia me desvinculado totalmente da ideia de estarmos juntos.

A noite eu acabei indo para Alela com Kemy e Pedro. Eles queriam me distrair e ao mesmo tempo se pegarem. Eu estava mesmo no fundo do poço.

— Que garota chata! – Kemeron reclamou ao ver meu celular chamar de novo.

— Esqueça ela. Eu estou tentando esquecer. – sai do carro e entrei no bar. Dei de cara com Luiz.

— Quanto tempo. Quando você quer você esquece os amigos não é mesmo? – me encarou com aquela expressão de bicha brava. Dei uma risada.

— Relaxa. Eu estou trabalhando. Quase não tenho tempo pra sair.

— Mas podia pelo menos mandar uma mensagem de vez em quando.

— Você também poderia fazer isso. – mordi o lábio inferior. – E agora? – sorri.

— Tenho cara de quem fica atrás de Kevin Morelli? Kev MM. – falou meu antigo apelido e apertou meu queixo. – Vou arrumar uma mesa pra vocês.

— Você me surpreende cada vez mais. – Kemy comentou quando nos sentamos. – Eu não diria que aquele é seu tipo.

— Ai que inferno. Todo mundo diz isso. Acontece que eu não tenho um tipo... Se eu quiser eu pego. – dei de ombros.

— Olhando pelos caras que você vem se envolvendo... Eu acho que segue um padrão. Acho não, eu tenho certeza.

— Viemos aqui pra falar de mim?

— Não. Para bebermos. – olhou Pedro de lado. – Ele tá calado.

— Minha presença o aterroriza um pouco. Ele chegou se dizendo tão esperto... Bastou alguns dias ao meu lado pra eu coloca-lo no lugar dele.

— O que você fez com o meu bichinho Kevin? – dei uma risada alta.

— Bichinho? – Pedro o questionou bastante contrariado.

— Tive uma reação sua... Isso é bom. – me olhou. – Conta, o que você fez.

— O que você acha? – sorri o olhando.

— Ei, não era pra você estar deprimido por ter terminado seu namorado por causa do seu pai? – mudei meu semblante. – E esse namoro com essa garota? Sei que você não quer dizer nada... Mas eu estou muito curioso.

— A curiosidade matou um gato e eu não quero que você morra gatinho. – comecei a rir do Kemeron.

— Vocês dois me chamaram aqui pra ficarem rindo de mim?

— Desculpa. É que somos amigos há muito tempo. A gente tem esse tipo de... Intimidade. – falei mudando a direção do meu olhar. Vi uma silhueta que não me era estranha. E mesmo com aquela touca em pleno calor eu podia saber quem era. – Vou ali rapidinho.

— Vai lá safadinho, manda ver. – balancei a cabeça negativamente ao ouvir o incentivo de Kemy.

— Não sabia que você ia a bares que são frequentados em sua maioria por gays. – falei ao chegar ao lado do garoto. Ele não respondeu nada e apenas respirou fundo.

— É muito dinheiro Kevin. – finalmente disse algo. Olhava em meus olhos e parecia estar calmo e tranquilo. – Seu pai está me pagando pra te vigiar.

— Por que você se ele tem um monte de homens?

— Os homens dele devem estar ocupados atrás do prejuízo que você deu a ele. – riu timidamente. – Você não presta.

— Danilo... – cheguei ainda mais perto dele. – Por que você precisa tanto de dinheiro? Sei que você e Otávia nem estão juntos mais, não a coloque no meio.

— Quero fugir. Sumir. Odeio a minha casa, a minha família, minha irmã... E... Que porra você tá fazendo com ela?

— Preciso da sua ajuda. Você tá do lado dele, você pode me ajudar. – olhei em seus olhos. – Confio em você Danilo. Desde o inicio. Sempre confiei. Faça com que eu não me sinta idiota por isso.

— O que eu preciso fazer?

— Quero invadir a conta bancária dele, tem uma transação que eu vi uma vez que ele faz sempre para a mesma conta e eu quero descobrir que conta é essa. Meus sentidos me dizem que tem algo grande ali.

— Demoraria horas pra isso.

— Você e o Alexandre juntos pode fazer com que essas horas se diminuam.

— Sabe que o hotel tem um sistema de segurança fortíssimo né? Não vou conseguir tão fácil assim.

— Eu não sou burro Danilo. Vou deixar o computador dele vulnerável.

— Vai ter que ser preciso e exato. Vou atuar quando ele estiver acessando a conta no computador. Vou fazer um redirecionamento do endereço do banco. Daí você vai poder acessar na minha máquina e mexer no que quiser.

— Eu te admiro sabia? Até te beijaria se eu não amasse outra pessoa.

— Ah tá. A parte da minha vontade não conta. Sai fora Kevin, desencosta. – me empurrou com quase brutalidade.

— Tá com medo? – perguntei sorrindo. – Sabe que não seria má ideia sua irmã me pegar contigo... Vamos fazer isso vai.

— Fazer o que? Ficarmos juntos?

— Não idiota. Fazê-la pensar que estamos juntos.

— Você realmente não tem noção de como Diana é perigosa. Só o fato dela se juntar ao seu pai diz muito. – senti uma mão em meu ombro e me virei rapidamente.

— Olá Kevin. – nunca esqueceria aquele sorriso lindo. O cara do motel.  – Ele é o seu namorado?

— NÃO! – Danilo nos assustou.

— Hétero raivoso. – riu entre a fala. – Tudo bem, foi mal. – o outro saiu nos deixando sozinhos. – Ele realmente ficou irritado.

— Não liga pra ele. E aí... – olhei em seus olhos. – Como você está?

— Bem. E você? Cadê seu digníssimo?

— Terminei. – puxei o ar. – Mas... Isso não quer dizer que eu esteja disponível.

— Porra Kevin você é tão cheio de si.

— Já ouvi algo parecido muitas vezes. – ri.

— Você sabe que a gente não vai ter outra opção se não vingar aquela noite. Não resista.

— Vou ter que estar resistindo... – cheguei mais perto dele. – Sabe o que acontece? – suspirei. – Hum... Eu tenho uma ligação muito forte do meu corpo com as minhas emoções. E eu não estou em um momento emocionalmente bom. – dei um sorriso de consolo. – Vai ficar pra outra hora, se existir essa hora. – tentei sair e ele me segurou.

— Isso é pura mentira. Eu sei que o seu corpo faz o que a sua mente manda. Desde o dia em que mexeu tanto comigo eu andei pesquisando sobre você Kevin Montez. – nos olhamos. – Fiz todo o meu dever de casa. Acredite se quiser, eu te conheço melhor que você mesmo.

— Não teria como você saber disso.

— Campeonato de remo em pé, primeiro lugar. Maratona numérica, vencedor. Olimpíadas de esportes mentais... Medalha de ouro. Qual é Kevin, quer mesmo que eu continue?

— E por que a minha mente mandaria o meu corpo fazer isso?

— Por favor. – segurou meu queixo com delicadeza. Molhei os lábios e encarei seus olhos.

— Sou um grande problema. Não queira se envolver, é sério.

— É eu também sei dessa parte. Pai homofóbico, relação difícil com a família... Namorou um primo, não foi?

— Você tá me assustando.

— Quando se tem interesse se descobre coisas Kevin, você já devia saber disso.

— Por que só aparece gente louca na minha vida?

— Uma tia budista diria que você atrai o que você emite. Acho que é a sua frequência. – não aguentei e ri. – Seu sorriso é muito lindo.

— O seu também. – desviei o olhar. – Tenho que ir, meus amigos estão me esperando. Pare de pesquisar sobre mim, não vai te levar a lugar nenhum. – sai esperando que ele entendesse o recado. E eu precisava urgentemente procurar um lugar de energias positivas que tirasse de mim toda essa atração por pessoas que são maníacas, estranhas e assustadoras.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã (com certeza). ♥



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