Amor Perfeito XIV - Versão Arthur escrita por Lola


Capítulo 50
O melhor fim


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaaaaaaaaaaaa! (: Tive que quebrar a narração do Rafa, então inacreditavelmente terá duas narrações dele (sorry por isso).
Boa Leitura ♥



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Rafael Narrando

Depois que cheguei do trabalho na terça feira estava comendo na copa quando Arthur chegou suando e irritado. Ele se sentou à mesa e eu vi que era melhor eu ficar quieto.

— O que tá acontecendo? – a mãe dele perguntou ao descer.

— Hoje foi um dia estressante e tá calor. Precisa acontecer alguma coisa?

— Tenho dois filhos com o seu pai. Eu e ele conversamos. Já sei, ele ligou pra pedir conselhos sobre como lidar com seu irmão. – ela suspirou. – Não tome essa responsabilidade para você Arthur.

— Só me deixa quieto mãe.

— Ele não quer estudar, não quer trabalhar e agora se acha no direito de viajar sem dar satisfações. A Kira deixou a educação dele na mão do Caleb, que por sua vez foi muito mais amigo do filho do que pai. Tá aí o resultado. – ela saiu e eu fiquei olhando Arthur.

— Como assim ele viajou?

— Vocês não se falam?

— Ele tá me dando um gelo. Sempre que ele acha que eu fiz algo errado ele faz isso.

— Caleb acha que ele tá com o vó dele. Nem pra mim ele avisou.

— Você foi e voltou andando ao hotel né? – ele concordou.

— Amanhã a gente sai no mesmo horário e você passa lá na volta pra me pegar. Tá calor demais. – ele quase deitou na cadeira. – Tentei ligar pra ele o dia todo e o celular dele tá desligado. Quando ele quiser ele volta.

— O que eu fiz pra merecer isso? – questionei triste, sem realmente saber o que eu havia feito de tão ruim assim.

— Vou conversar com ele quando ele voltar. – concordei e um tempo depois subimos para nos arrumarmos para irmos para a faculdade.

— Você nem me contou sobre a noite de ontem. – falei com maldade e dei uma risadinha. – Ah e obrigado por me deixar mais tempo que o combinado no bar esperando.

— Eu não transava há muitos meses, você acha que eu iria apenas dar uma rapidinha? – ri alto. – Vai ser difícil não continuar.

— Vocês dois quiseram isso tanto antes de acontecer que talvez por esse motivo tenha sido assim tão bom.

— Acho que não. Quando é assim geralmente é frustrante. Foi bom porque tinha que ser mesmo. Temos um encaixe da hora.

— Toda aquela quase paixão que você tinha antes... Isso está voltando hein Arthur?! E agora solteiro... Se cuida.

— Por que eu deveria me cuidar? – ele me olhou por alguns segundos.

— Sabemos bem quem você ama. Se você aparece com alguém vai decepciona-la. Acho que nesse caso vocês dois não vão ter mais volta.

— Ela terminou comigo Rafael. – ele iria dizer mais alguma coisa, mas se calou.

— Só me preocupo com você. Sabe disso.

— Deveria preocupar com você mesmo. Você não está evoluindo em toda essa confusão com Kevin. Precisa se decidir Rafael.

— Já decidi, eu sei que quero ficar com ele. Mas... Não sei como.

— Descubra. – seu olhar em mim era sério. – Antes que seja tarde demais. Por mais que Kevin te ame e eu sei que ele ama, a paciência dele é escassa. Pra ele decidir parar de insistir nisso pouco custa.

Não quis mais falar sobre aquilo. E nem sobre nada. Naquela noite saímos de novo. Claro, Letícia nos chamou. Confesso que eu estava gostando daquilo. Lembrava a época em que eu e Arthur nos conhecemos. E estar em um bar bebendo e batendo papo era o que eu mais gostava.

No outro dia nada do Kevin. E a preocupação do Arthur começando a ficar maior. Até que ele apareceu. E com ele algumas revelações e uma decisão.

— Desculpa. – falei ao entrar em seu quarto.

— Você não tem que se desculpar. – ele continuou o que estava fazendo, não vi o que era já que estava de costas pra mim.

— Pode me olhar? – perguntei prevendo uma má resposta. Ele se virou e se pôs em minha frente, fixando nossos olhares. Minha garganta estava seca como nunca. Eu queria conseguir respirar direito, mas sentia que era muito difícil. Eu me aproximei mais e rapidamente o beijei antes que ele se afastasse. – Foi por isso que ficou estranho não é? Por que não te beijei quando voltamos de Alela aquele dia? – ele ficou em silêncio. – Eu sei que é. Agora sim que fiz o que queria você pode ir para a capital.

— Não era isso. – ficamos nos olhando. Não entendia mais nada. – E eu não vou a lugar algum. Já disse que nunca quis sair do seu lado Rafael. – ele encostou o rosto em meu peito e ficou se esfregando em mim igual um bichinho carente. Dei uma risada baixinha. – Eu fiquei assim por que você disse que eu estaria lá com todos, como se eu tivesse a mesma importância de todo mundo pra você. Queria saber SE A GENTE iria se ver. Não é dessa forma que eu queria que você visse as coisas. – me afastei e o olhei.

— Não é mais fácil falar e me deixar explicar por que eu disse aquilo?

— Você consegue entender que é muito ruim ouvir isso da pessoa que amamos?

— Tá, mas... – suspirei. – Desculpa. Não pensei assim. Só achei que... É, ás vezes te trato como um amigo, devo admitir. – ele levantou a sobrancelha e deu um sorriso de vencedor. – Mas eu te amo e você sabe disso. Não devia ter ficado daquele jeito e nem me tratado tão mal, você me deu um gelo Kevin e sumiu. Quem estava nessa tal chácara?

— Eu não estava na chácara. Meu pai quis se gabar, ele não me encontrou, eu fui pra casa.

— Onde você estava? – ficamos nos olhando.

— Na casa do Luiz. – me soltei dele e me virei. Não entendia o motivo dele ser tão grudado com aquele garoto. Ele abraçou e beijou minhas costas. – Só fiquei um dia e ele esteve trabalhando na maior parte do tempo. Perdão por isso, mas eu precisava me afastar.

— E vai ser sempre assim? – o olhei. – Vamos nos desentender e você vai correr pra ele?

— Ele é meu amigo Rafael. Não começa com essa paranoia.

— Vou embora, já está tarde, amanhã acordo cedo.

— Não. Você fica comigo. – ele me guiou até a cama e praticamente me jogou, depois quase se deitou em cima de mim.

— Sabe que é pesado né? – reclamei e o empurrei. – Sai.

— Quer ir embora? – seu olhar agora era sério.

— Vou acabar te acordando amanhã cedo com o despertador.

— Você quer ir embora Rafael? – revirei os olhos.

— Não quero te incomodar Kevin.

— Cala a boca. – ele se aninhou em mim e não me soltou mais. Agora nem se eu quisesse eu sairia dali.

Arthur Narrando

Não sei o que eu tinha na cabeça, mas eu estava dirigindo para Alela em plenas dez horas da noite de uma quarta feira, sendo que eu iria levantar bem cedo amanhã pra trabalhar. Pouco me importava. O ódio que eu estava do meu irmão iria ser descontado todo em... Sexo. Não iria ficar desabafando nem dizendo o que estava me machucando. Na verdade iria desfocar totalmente disso. Esse era o meu universo com Letícia e nele não entravam esses dramas nem problemas. Pelo menos não por enquanto.

— Desculpa. – falei com a voz tão fraca que eu podia jurar que ela mal havia escutado. Ela soltou o ar pesadamente, ainda se recuperando. Duas covinhas apareceram ao redor de seus lábios quando ela me olhou, transformando sua expressão em um misto de satisfação, preocupação e curiosidade.

— Posso perguntar o motivo da brutalidade? – soltei um suspiro e mordi o lábio inferior, me reconectando comigo mesmo. Suas mãos tocaram minha barriga suavemente. – Hum? – insistiu. Eu balancei a cabeça negativamente, envolvendo o seu pescoço ao redor de meus braços.

— Eu gosto tanto de você, que prefiro esconder algumas coisas... – sussurrei, arrancando um breve sorriso dela. Só que não demorou muito e ela logo arrumou um jeito de me repreender, juntando as sobrancelhas, esticando os lábios em uma linha reta e balançando a cabeça negativamente. – Uma. Só uma vez. Deixa passar. – pedi, recebendo um olhar de descontentamento.

— Não faça isso, você sabe que eu estou tentando te ajudar. – arqueei as sobrancelhas, com boca meio aberta de bobo. O bobo que eu já estava sendo ao lado dela.

— É melhor assim, acredite em mim. – beijei a lateral da sua cabeça. – Você vem tomar banho comigo? – ela concordou e eu terminei aquela noite sem tocar naquele assunto.

No outro dia Kevin não foi mesmo trabalhar. Eu me questionava se Caleb manteria a decisão e se do outro lado Kevin iria conseguir ficar longe. Sabia que por mais que ele odiasse o pai, ter certeza das coisas que aconteciam e iria acontecer era melhor que ficar no escuro pra ele.

— No fim o que Caleb queria acabou acontecendo... – Rafael falou quando entrei no meu carro assim que ele me buscou no hotel. – Você e Kevin sem se falar. – o ignorei. – Vocês dois precisam sentar e conversar Arthur.

— Não há a mínima chance. Ele me traiu. E jurou que nunca faria isso novamente. – olhei firmemente para o meu amigo. – Ele sabia o quanto essa vingança é importante pra mim. – engoli seco.

— Por que é tão importante assim? – respirei fundo.

— Eu já disse tantas vezes. – resmunguei. Ele entrou na garagem de casa. – É uma forma de eu sentir que ele vai pagar pelo menos um pouco por tudo que já fez.

— Você tá cego. – fiquei olhando pra ele antes de sair.

— Eu? Você. Não consegue enxergar os erros do Kevin. Ele é perfeito pra você. E eu... – tentei não dizer aquilo. – Eu insisti tanto para ele conversar com você, mandei várias mensagens, liguei enquanto ele estava lá traindo a minha confiança. Nunca vou me esquecer a minha última mensagem em que eu disse que ele podia sempre contar comigo. – comecei a ficar mais nervoso ainda e parei de falar e me acalmei. – Não dá mais. Não dá Rafael. – só esperava que ele entendesse.

Rafael Narrando

Não me conformava com Arthur e Kevin se afastando. Na quinta feira mesmo liguei para Alice antes que eu fosse para a faculdade. Era uma chamada de vídeo e ela atendeu parecendo não estar nem aí pra mim. O que era de se esperar da Alice agora.

— Como faço para Arthur e Kevin se acertarem? – perguntei sendo bem direto.

“Murilo.”— sua resposta me deixou sem reação por alguns segundos, depois suspirei e passei a mão no cabelo. – “Foi mal se te deixei abalado, mas só ele consegue tudo dos dois.”

— Ele e você Alice. – usei o tom de voz mais doce que eu podia, mesmo sabendo que eu não conseguiria comovê-la.

“Não estou disposta. Beijos.”— fiquei olhando pra tela surpreso por ela ter desligado.

Tomei um banho gelado pensando se eu ligaria ou não para o Murilo. Não podia fazer isso e sabia disso. Ele estava lá seguindo a vida dele e não seria legal saber nada do Kevin. Isso era mais que óbvio. Mas era o Arthur e não ter o irmão agora talvez fizesse um estrago muito grande no futuro.

“Rafael?” – ele atendeu no primeiro toque, pareceu estranhar muito e não era pra menos. – “Aconteceu alguma coisa?”

— É... Mais ou menos. Primeiro tudo bem?

“Sim. E contigo?”— havia alguém ao seu lado e que tentava olhar a tela e ele não deixava. – “Que gato!”— a outra voz falou e ele o empurrou com mais força.

— Eu estou bem. – dei um sorriso um pouco tímido. – Liguei para falar sobre o Arthur. Ele e Kevin brigaram. Arthur tem um plano para se vingar de Caleb e pra isso ele está o ajudando, mas Kevin está dificultando as coisas e o traiu. Se não for pedir muito, você pode, por favor, tentar fazer uma conciliação entre os dois?

“Claro. E não precisa ficar tão acanhado. Sempre que tiver problemas com eles, me ligue. Os irmãos Montez são piores do que parecem.”

— Muito obrigado. – suspirei. – Você tem mais experiência nisso que eu... Nem sei bem o que fazer. E eles nem me escutam.

“Você não tem a minha... Representação. Eu nasci com eles, é diferente.”

— Entendo. – desviei o olhar. – Então, boa sorte. E obrigado mais uma vez.

E como esperado, ele conseguiu. E segundo Arthur, conversando apenas com ele, não precisou nem falar com Kevin. Depois que meu amigo decidiu que perdoaria o irmão, meu namorado se mostrou “arrependido” e eles ficaram quase como antes. Aos poucos voltaria ao normal.

— Eu estava esperando por você. – Kevin disse assim que cheguei em casa sexta. Já era tarde e eu não entendi a grosseria em seu tom de voz. – Arthur chegou antes de você e me disse que ficou no bar com colegas e ele não quis.

— Ele não quis porque ficou o resto da noite toda transando com Letícia. – tirei minha roupa. – Você me conheceu assim, não estou entendendo. E eu não estava com ninguém. – o olhei. – Vou tomar um banho. – quando sai vi que ele continuava sentado na cama, mas agora de cabeça baixa. Sentei ao seu lado.

— Sai. Eu ainda não estou de boa com você. – ele me empurrou me fazendo ficar impaciente. – Sabe... Você não dá valor ao fato de eu me importar com você. Se eu parar de ficar bravo você vai começar a dar esse valor.

— Para com isso. – me aproximei mais.

— Não encosta em mim. - nossos olhares se cruzaram. Ele entreabriu os lábios, exausto. O meu choro surgiu de maneira devastadora. Kevin estava de um jeito que eu sabia o que viria adiante. Envolvi o meu rosto, apertando com uma força que seria capaz de me esmagar. Ofeguei. Uma, duas, três vezes. Ofeguei mais três. Olhei pra cima, fazendo com que várias lágrimas saltassem por meus olhos. Ele não me encarava em momento algum. Soltei um gemido alto e agoniado, tentando me afastar daquilo.

— Por que você vai fazer isso comigo? –  questionei em um misto de dor, pavor e agonia.

— Como você sabe o que eu vou fazer? – franziu a testa, ainda olhando fixamente para o chão. Então, ele pareceu levar um choque de realidade. Sua respiração acelerou, preenchendo o silêncio que se formava entre nós dois.

— O quê? Não é nada disso que eu estou pensando? – perguntei sem esperança. Sua cabeça se moveu de um lado para o outro, e, ele sorria. Soltei o peso de meus ombros.

— Não é nada disso que você está pensando. – ele confirmou, fazendo-me gargalhar de maneira falha. – Eu estou falando sério. – ele se levantou e me olhou. – Não me transforme no vilão aqui. Só quero alguém pra ser meu. - ele disse a última frase vagarosamente.

— Como consegue fazer isso e não chorar? – ele me olhou e tinha o jeito de não conseguir responder aquilo.

— Não é fácil fazer isso. Parece errado, e, acaba sendo. Mas se não estivesse sendo assim, talvez ficasse pior depois. Eu nunca fui bom com as pessoas, como deve ter notado. Talvez por isso eu seja forte suficiente para falar cara a cara que tipo de transtorno eu estou vivendo no momento. Não dá mais pra continuar tentando. – meu choro voltou com tudo. – Saiba que jamais encontrei alguém forte que nem você, que em momento nenhum correu e permaneceu tentando ficar comigo mesmo com todo seu bloqueio. Em seu lugar eu nunca teria a mesma audácia e a mesma coragem que você teve. E, pode apostar que eu admiro muito isso.

— Não faz isso comigo. – pedi o interrompendo.

— Você foi a segunda melhor coisa que já me aconteceu Rafa. – sua voz agora era triste e o olhei vendo que ele não aguentaria se manter firme.- E, de longe, o melhor erro que eu já cometi. Sei que é isso que acha do que nós tivemos. Um erro. Um grande e enorme erro. Sinto muito que seja essa a forma que se lembrará de mim. Quem mandou eu me sentar com você naquele banco do abrigo e te pedir um trago despertando seu interesse?

— E depois me dar o melhor beijo e melhor sexo da minha vida. – falei entre as minhas lágrimas.

— Acho que consegui arrumar a pior forma para uma despedida. - ele deu uma risada anasalada. - É melhor eu ir antes que eu derrame rios e mais risos de lágrimas. De qualquer forma, não quero prolongar esse momento.

— Não me sinto no direito de me explicar ou me desculpar, por isso, só posso te agradecer. Sei que tudo isso que você disse pode não significar muito a você, mas a mim significa mais do que imagina. Eu espero que você tenha consciência de que me tirou a bolha de preconceito que estive vivendo durante todos esses anos e fez com que eu adquirisse mais consciência sobre tudo ao meu redor. Você é, sem dúvidas, um anjo na aparência, e no seu interior, mesmo que você insista em se achar um monstro. Sei que preciso deixá-lo, pois não me encaixo mais em seus braços desde que voltei da minha casa. Sinto muito que uma parte da peça de quebra-cabeça que sou tenha entortado e, eu não sirva mais ao seu encaixe. Mas, mesmo assim, você é pra mim de longe a melhor coisa que já me aconteceu. Obrigado. Você merece todo o respeito e carinho do mundo, e eu lamento por não ter feito dessa forma. – minhas últimas palavras saíram tão agoniadas e desesperadas, que com certeza tudo que ele estava segurando também se desmoronou. E após ele me olhar de forma dolorosa ele se virou para sair.

— Kevin. – ele apenas parou. – Você não vai ser aquele monstro de novo. Não é você. Nunca foi. Não deixe isso te alcançar, por favor. – pedi em um suplico, me apertando cada vez mais contra o meu corpo.

— Preciso ir. – ele saiu rapidamente. Deixei com que o choro saísse. Alto e desesperado. Barulhento e inquieto. Chato e insecável. Difícil e doloroso.


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Notas finais do capítulo

Talvez eu venha amanhã ou depois de amanhã ♥



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