Músicas Bregas Lembram Você escrita por Panda Chan


Capítulo 9
9. Largado às Traças


Notas iniciais do capítulo

Oi queridos bolinhos, como estão?
Desde já agradeço pelos comentários que estão me enviando ♥
Pode parecer algo pequeno, mas cada comentário é um incentivo para continuar escrevendo. Saber que vocês gostam da história do Eric faz com que as madrugadas em claro valham a pena.



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Desde que éramos pequenos, Thalia e eu somos inseparáveis. Nesses mais de dez anos de amizade, tivemos dezenas de festas do pijama, centenas de filmes e seriados maratonados juntos, milhares de conversas até de madrugada e tantos primeiros pedaços de bolo entregues um ao outro que paramos de contar.

Nossas famílias aceitaram que Eric sempre vem acompanhado de Thalia e vice-versa e logo se aproximaram também. Chegamos no ponto que se tornou comum a presença de um na casa do outro, nas fotos de família ou em qualquer celebração que acontecesse.

Sempre achei que a coisa mais bonita em nossa amizade era essa proximidade e a nossa intimidade. Nos tornamos inseparáveis e esse laço não enfraqueceu nada durante os anos.

Pelo menos até a Thalia se apaixonar.

— Onde está a Thalia? – assim que as palavras deixam meus lábios, vejo o sorriso dos meus amigos vacilar.

Marco olha para Henri como se buscando alguma resposta nos olhos escuros do meu melhor amigo. Por sua vez, Henri suspira e coça a cabeça enquanto pensa em como responder a minha pergunta.

— Ah, dane-se. Eu não vou mentir pra você bem no dia do seu aniversário – ele suspira profundamente e me encara nos olhos – Nós não conseguimos falar com ela.

Confuso, só consigo perguntar:

— O que?

As meninas se afastam e de repente parecem muito interessadas na cortina do outro lado do cômodo. Marco olha agradecido quando elas se vão e Henri começa sua explicação.

— A Naomi ligou pra todo mundo e nos convidou para vir, ela disse que queria te dar uma festa surpresa e que seus pais já tinham topado a ideia. Então ela tentou falar com a Thalia, mas o telefone só estava dando na caixa postal. Aí ela teve a brilhante ideia de ligar no residencial, mas quem atendeu foi a mãe dela…

— Que veio, inclusive – Marco destaca.

— É os pais dela vieram, mas ela não. Nós tentamos ligar pra ela e ver se os pais conseguiam contato, mas eles só disseram que ela passou em casa ontem enquanto eles dormiam, fez a mala e deixou um bilhete falando que ia para a praia.

— E nem convidou a gente – Marco resmunga.

Normalmente eu pensaria em alguma resposta bem irônica para o comentário resmungão de Marco, mas nesse momento só consigo sentir mágoa.

— A Thalia não faria isso, cara. Ela é responsável, toda certinha, não ia fazer uma viagem do nada. E outra, na sexta-feira ela estava lá na sorveteria com o Lucas e disse que eles iam sair num encontro.

— Iiiih, então tudo faz sentido – em algum momento o Marco pegou um cachorro-quente e escolhe exatamente essa hora para dar uma grande mordida, se sujando de molho, mostarda e ketchup – O Lucas levou a garota pro abate, se é que vocês me entendem – ele dá uma piscada – O cara leva as meninas pra uma casa na praia que pertence a sei lá quem e faz a molhação de biscoito acontecer.

— Que nojo – Henri comenta e não sei se está falando da forma como o amigo come ou do que ele acaba de dizer.

— Cara, não é nojento. É biologia – Marco revira os olhos – Me surpreende logo tu todo puritano, eu ouço o que a Carol fala de você pras amigas, viu?

Henri fica pálido.

— O que ela fala de mim?

Naomi passa do nosso lado com uma bandeja cheia de copos de refrigerante e seus coques estilo Pucca separando o cabelo exatamente na divisa entre o preto e o rosa. Ao me ver, ela para e sorri até perceber a expressão em meu rosto. A luz bate na parte rosa do cabelo dela, o que incomoda um pouco meus olhos.

— Vocês falaram? – ela pergunta e sem esperar por uma resposta, continua – Não acredito que vocês falaram sem mim! – então dá um tapa no ombro de Marco que grita “Ai!” e depois olha para Henri que, após ver o tapa no amigo, protege os ombros mas ainda sofre com o olhar mortal da minha irmã – Eu esperava mais de você, Henri Augusto.

— Não fala meu segundo nome que parece ofensa – ele murmura baixinho.

Ela me abraça e dá três tapinhas leves em minhas costas, um gesto para consolar.

— Chora não, maninho. Ela pode não ter vindo, mas eu pedi bolo de sorvete pra você.

Sorrio de leve enquanto retribuo o abraço. Bolo de sorvete sempre foi o meu favorito.

— Os meninos disseram que você organizou essa festa. É verdade?

Ela se afasta e me olha satisfeita.

— É querido, além de estudante em tempo integral sua irmãzinha aqui também é ótima organizando festas surpresas.

— Olha, parece que você já tem uma carreira para seguir caso não consiga medicina.

Ela estala a língua e revira os olhos de maneira dramática.

— Medicina é a segunda opção, a primeira é arquitetura e a terceira é cinema.

O que mais gosto na minha irmã é sua capacidade de experimentar várias coisas e amar todas.

As meninas voltam e conversamos por mais algum tempo até a mãe de Henri se aproximar cheirando a saquê e passar o braço ao redor do meu ombro.

— Eric, cadê a música? Eric, você vai cantar Boate Azul pra mim? Diz que sim, anda, diz que siiiiiiiiiim – ela suplica com seus brilhantes olhos de bêbada. Meu melhor amigo ri da situação.

— Tia Cátia, não sabia que a senhora era minha fã! – brinco.

— Menino, que sua fã que nada! – ela se afasta – Sou fã é de música boa!

Naomi aparece com um sorriso triunfante nos olhos e o controle remoto da TV em mãos.

— Ah, mas se a senhora gosta de Boate Azul vai amar essa playlist do Eric!

Com alguns cliques, ela abre o aplicativo do Spotify conectado a minha conta e dá play na Músicas Bregas Lembram Você. Sinto meu rosto corar enquanto a primeira música domina o ambiente.

— Aí sim, Naomi! Sofrência da boa, do jeito que nóis’ gosta.

Os meninos me olham engraçado enquanto escutam a música que fala sobre beijar a pessoa que gosta e perder o medo dos julgamentos, libertando assim os sentimentos que estavam escondidos. Dou de ombros como se não fosse nada demais, porém, parte de mim sabe que eles entendem o significado por trás daquela canção.

— Uau, quem colocou a playlist de sofrer? – Júlia para ao meu lado com seu copo de refrigerante em mãos.

— Naomi, como sempre – aponto para ela de forma dramática.

— Mas o DJ que criou essa pérola foi você, irmãozinho.

Minha amiga ergue uma de suas sobrancelhas e me encara com curiosidade.

— É mesmo?

Dou de ombros e respondo:

— Fazer o que, sou um romântico à moda antiga.

Ela parece disposta a falar algo, mas minhas tias se aproximam com seus perfumes fortes e sorrisos de quem vai aprontar e você não vai gostar do resultado.

Para a minha sorte, só três das minhas cinco tias vieram hoje. Para o eu azar, elas já devem ter provado sua cota de saquê e não demonstram ter papas na língua.

E sim, os maus avós não tinham televisão em casa.

— Meu querido Natsuko se tornou um homem!

— Controle-se, Akemi. Estamos diante de uma amiga do Natsuko, não podemos deixá-lo passar vergonha – tia Sakura repreende a irmã mais nova com seu jeito severo.

— Amiga? É assim que os jovens chamam hoje em dia? – o sorriso de tia Saori mostra que ela está cheia de perguntas e ideias erradas sobre Júlia e eu.

— Oi de novo, tias – olho para Júlia e imploro com o olhar que ela saia o mais rápido possível de perto dessas três senhoras porque são malucas. É uma pena que eu não tenha telepatia – Estão se divertindo? Vocês viram a decoração da mesa de doces? – agarro a tia Akemi e a viro em direção a mesa, as outras acompanham o movimento e Júlia escapa. Sabia que tinha telepatia!

Minhas tias são muito parecidas em aparência e olhar para elas é como ver a mesma pessoa em três fases diferentes da vida. Tia Sakura é a mais velha e suas rugas são bem aparentes, assim como os frios brancos que se destacam no cabelo. Ela anda meio encurvada, o que a deixa menor do que já é e mal chega até meu peito. Tia Saori é a segunda mais velha, minha mãe sempre comenta que ela pinta o cabelo duas vezes por mês para esconder qualquer resquício de fios brancos e esconde bem as marcas da idade com maquiagem. Já tia Akemi é a mais nova das irmãs, ela é mais sensível e diferente das outras tem poucas rugas no rosto e cabelos brancos, mesmo sem o uso de maquiagem ou coloração. Ela desfila com seus cabelos pretos cortados na altura dos ombros com muito orgulho.

— O menino ficou esperto com a idade, já escondeu a namoradinha da gente – Tia Saori estala a língua.

— Pare de falar maldades, ele nunca faria isso com as tias! – Tia Sakura me olha de maneira ameaçadora. A lembrança de quando fui sarcástico com ela e tive que limpar dezenas de peixes durante as férias vem a minha mente. Ainda passo mal pensando nas tripas dos animais.

— Ele faria isso, se tivesse vergonha das tias – os olhos marejados de tia Akemi parecem mais do que decepcionados.

Suspiro profundamente e abro meu melhor sorriso de sobrinho dedicado.

— Deixem de besteira, tias. As senhoras sabem como as respeito e amo – com essas palavras, elas parecem relaxar – Só queria evitar algum mal entendido, aquela garota é minha amiga e trabalha para o papai.

Em uma sincronia tão perfeita que apenas mulheres que vivem juntas há mais quarentena anos são capazes de conseguir, minhas tias abrem as bocas surpresas e olham para os lados como se tivessem cometido um crime.

— Ainda bem que você nos avisou – tia Akemi se abana com as mãos.

— Um processo por assédio no trabalho seria o fim. Oh, só de imaginar essa possibilidade sinto palpitações – tia Sakura leva a mão até o peito.

— Ela pode estar um pouco magra demais, mas seria uma ótima esposa – tia Saori assente para enfatizar sua afirmação – Realmente, uma pena.

Meu rosto esquenta um pouco e olho para elas demonstrando meu desconforto com a situação.

— Tias, falando assim parece que vou morrer largado às traças.

— Mas nós realmente achamos que isso vai acontecer – tia Akemi diz e as outras movem a cabeça em concordância – Dezoito anos e nenhuma namoradinha séria, no meu tempo...

Esqueci completamente que idosas se alimentam do desconforto dos jovens.

Após uma palestra delas sobre a importância de relacionamentos na adolescência e início da fase adulta, escapo com a desculpa de ir ao banheiro e desapareço o mais rápido que posso.

Parece que hoje a minha família tirou o dia para palpitar sobre minha vida amorosa com comentários extremamente constrangedores. Acho que até o final da festa terei desmaiado pela quantidade de sangue circulando em minhas bochechas.

Ok, Eric, acho que você está sendo um pouco dramático. Vamos acalmar esse coração aí!

Caminho pela casa falando com alguns convidados e caramba, como a Naomi conseguiu reunir tanta gente!

Algumas pessoas se dispersaram pelo jardim da frente, onde mesas e cadeiras foram postas, enquanto outras estavam do lado de dentro. Foi em uma dessas rodas de conversa que fui abordado pelos pais da minha melhor amiga.

— Eric, parabéns! – Pedro, o pai da Thalia, me abraça com força contra seu peito. Ele é mais alto do que Henri, com mais de dois metros de altura, mas é a personificação de um gigante amigo.

— Amor, melhor afrouxar esse abraço antes que ele fique roxo – Marina, a mãe da minha melhor amiga, brinca enquanto se aproxima para me abraçar. Diferente da filha, ela gosta de deixar o cabelo bem curto e seus cachos crespos não passam da nuca – Feliz aniversário, Eric.

— Obrigado – retribuo seus abraços e recebo uma caixinha embrulhada em papel azul-escuro – Estão gostando da festa?

— Está maravilhosa – Pedro se apressa em responder – Esses salgadinhos são incríveis. A Thalia adoraria tudo aqui.

Algo na minha expressão deve demonstrar a mágoa que sinto, pois Marina bate no ombro do esposo antes de repreendê-lo.

— Querido, não fale isso – ela olha para mim – Desculpe, nós tentamos de tudo para falar com ela mas depois que começou a sair com esse garoto tudo desandou.

— É, esse meliante roubou o coração da nossa filha. Não gosto dele – o pai de Thalia resmunga – Preferia que ela namorasse com o Eric – outro tapa seguido por um olhar que causa medo até em mim, mas que tem algum significado para ele – Ah, desculpe por isso – ele coça a parte de trás da cabeça careca – Sabe como é, a idade chega e a noção vai embora.

Sorrio como se entendesse, mesmo não fazendo ideia do que ele quer dizer. Acho que só daqui uns trinta anos vou descobrir “como é”.

— O importante é que ela está feliz e depois poderei cobrar alguma compensação por furar com minha festa surpresa – brinco.

Marina relaxa e sorri para mim. Acho que pelo jeito informal deles nunca conseguirei chamá-los de tio e tia como faço com os pais de outros amigos.

— Faça isso. Minha filha precisa pagar pelos erros que comete. Quero dizer, além do castigo que pretendo dar pelo seu sumiço repentino – ela revira os olhos.

— É, mesmo que ela pague com o meu dinheiro – Pedro brinca.

Rimos juntos e conversamos mais um pouco.

Os pais da Thalia brincam sobre a maioridade, me aconselham a não comprar bebida pra rolê com menor de idade e falam do orgulho que sentem em me ver crescer e amadurecer todos os anos. É estranho ouvir isso, eu nunca quis ser um cara “maduro” e estava fazendo o possível para não pensar no dia em que minha maioridade penal chegaria.

Quando se é adolescente, é normal brincar de ser adulto, o que muitas vezes significa beber álcool escondido dos pais, fumar mesmo que o gosto do tabaco seja horrível ou ir em festas que deixariam qualquer parente mais velho corado com tantas obscenidades. Particularmente, nunca gostei muito dessa brincadeira e preferia passar meus dias aproveitando a irresponsabilidade que só alguém com menos de dezoito anos consegue desfrutar.

Mesmo assim houve exceções, como o baile, mas esses dias geralmente eram pra curtir com amigos e não para fingir ser um cara mais velho.

Agora sou considerado adulto, posso tirar carteira de motorista, comprar álcool e até cigarro – não que eu queira matar o meu pulmão com isso.

É estranho como de um dia para o outro você ganha novos direitos e responsabilidades porque nada muda em você, mas a forma como os outros te veem é afetada.

— Com licença, com licença! – Naomi anuncia sua presença ao se enfiar em nossa pequena roda – Preciso sequestrar meu irmão rapidinho.

— Poxa, a conversa está tão boa! – Pedro comenta.

— É, mas ele precisa salvar a amiga das garras de dona Amélia.

Assim que escuto essas palavras saio correndo para dentro de casa. Mesmo com pressa, consigo registrar os olhares confusos dos pais da minha melhor amiga. A pressa é por uma boa razão: a única amiga que precisaria ser salva da minha mãe é Júlia.

Atravessar a casa se mostra um desafio, mas desvio de todos os obstáculos com a habilidade que só alguém que mora no mesmo lugar há mais de dez anos consegue desenvolver.

Paro no batente que dá acesso a cozinha e tento recuperar o fôlego perdido com a corrida. No cômodo há apenas minha mãe, Júlia e alguns pratinhos plásticos nos quais organizam salgadinhos e refrigerantes.

— O Eric nunca foi fã de aniversários e sempre odiou ser o centro das atenções – minha mãe comenta enquanto arruma as coisas – Por anos ele fingia esquecer da data, só para ter desculpa e evitar uma festa.

— Não entendo porque – Júlia responde – Ele é bom lidando com pessoas.

— Depende da pessoa e da situação – mamãe sorri – Quando era pequeno, ele só falava com as crianças que falavam com a Thalia porque era muito tímido e não conseguia socializar bem. Anos mais tarde ele conheceu o Henri, o que foi ótimo porque a Thalia não gostava muito de videogames e ele tinha que jogar sozinho.

— A Naomi não jogava com ele?

Mamãe ri.

— Minha filha tem muitos talentos, mas pouca coordenação motora e zero habilidade para lidar com a frustração. Por algum tempo o meu esposo jogava com ele nos finais de semana, acho que passar esse tempo com nosso filho o incentivou a largar seu emprego e investir no sonho de ter a Haru.

A menção a sorveteria chama a atenção da minha amiga.

— Mais cedo vi as tias chamando o Eric por um nome estranho – ela morde o lábio – Como era mesmo?

— Natsuko? – ela assente – Esse é o segundo nome dele, significa algo como filho do verão. Foi uma guerra para decidir porque o pai dele insistia em dar Haru, mas as tias queriam algo que tivesse a ver com a estação em que ele nasceu.

É estranho observar as duas conversando como se fossem amigas ou conhecidas, mas não desvio os olhos e presto atenção em cada palavra daquela conversa.

— Então por que não usaram os dois em vez de Eric Natsuko?

— Ah querida, eu sou a mãe – ela sorri – Queria que o nome do meu filho fosse Eric, porque esse era o nome do meu pai e tem um significado especial para mim. Dei ao Toshiro o direito de escolher o segundo, mas ele foi influenciado pelas irmãs. Só entre nós, acho que elas fizeram esse auê todo porque já tem uma menina chamada Haru na família.

— Interessante, então o nome foi para a sorveteria. Mas, por que ele não usa seu segundo nome?

— Ele odeia – mamãe ri – Acha horrível, diz que não tem sonoridade e ignora com todas as forças que “Natsuko” está em sua carteira de identidade. Não me surpreenderia se ele tirasse o nome, agora que é maior de idade.

— Que pena, achei um nome charmoso – Júlia comenta.

Minha mãe sorri para ela, sinto que é um sorriso de aprovação.

— Você é uma boa menina, Júlia. Acho que é boa para o meu menino também – do meu ângulo não consigo ver a expressão que Júlia faz – Desculpe, não queria te assustar jogando alguma carga emocional ou algo assim. Quis dizer como amiga, sabe? Ele é muito apegado a Thalia, é bom ter outra amiga próxima.

— Não é isso – a voz sai baixa – Faz tempo que ninguém diz que sou uma boa menina, só estranhei.

— Bobagem, não dizem mais porque você é grande. Eu consigo ver em seus olhos a bondade que guarda dentro de ti e tenho certeza que ela fará bem para o meu filho também. Claro, isso se ele souber enxergar.

Ao dizer a última parte, dona Amélia olha diretamente para a minha direção como se soubesse o tempo todo que eu estava ouvindo a conversa.


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Notas finais do capítulo

Agora que você leu o capítulo todinho, quero saber: percebeu que o comportamento da Thalia é um pouco "familiar"?
Aqui vai um easter eggs da história: o relacionamento da Thalia, a forma como ela se porta com os amigos e o namorado, é inspirada em dezenas de fanfic que li na adolescência. Ou seja, ela se comporta como a protagonista de uma fic e nessa história vemos o lado dos amigos que raramente aparecem, como é o caso do Eric.
Doido né? Espero que minha intenção esteja fazendo sentido na prática hahah
Aguardo os comentários e teorias de vocês.
Beijos!



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