Copenhague escrita por Julie Morgan


Capítulo 1
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Notas iniciais do capítulo

Olá! Fico feliz que tenha escolhido ler minha fanfic. Esta é a primeira história que posto depois de muito tempo parada no universo da escrita.
Espero que goste! :)



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— Lisboa está conosco! Repito, Lisboa está conosco! - afirmou Tóquio pelo comunicador eletrônico enquanto os outros assaltantes abraçavam-na.

 Sérgio então repousou seu origami sobre a mesa e deixou escapar um sorriso. Depois de dias sem dormir por estar nervoso pelo resultado de seu plano, ele havia sido finalmente concluído. Poderia então, após tanta angústia, encontrar Raquel. Sua Raquel.

Ele sentia-se extasiado, e tampouco pode conter as lágrimas sutis que escorriam por seu rosto. Deixou então todo o sentimento de felicidade preencher sua mente, pois também merecia experimentar algo assim.

— Professor, sou eu! - falou Raquel em meio às lágrimas. Estava emocionada por saber que em breve poderia encontrar Sérgio. - Está aí?

Antes que pudesse responder, Sérgio escutou um ruído ao longe que parecia aproximar-se. Colocou seu microfone de lado e uma forte adrenalina começou a correr dentro de si. Ajeitou rapidamente seu óculos para verificar de onde vinha o barulho que havia escutado, porém era tarde de mais.

— Xeque-mate, filho da puta. - disse Alicia com um sorriso sarcástico enquanto segurava sua pistola contra o Professor. - Depois de todo esse tempo finalmente iremos nos conhecer.

Todos aqueles meses de planejamento, todos os possíveis cenários devidamente analisados e postos em prática… até mesmo o Plano Paris, o que considerava ser o mais arriscado de todos, havia dado certo. Porém, Alicia Sierra não estava nos planos. Ela era como uma carta fora do baralho em um jogo de poker, que está escondida nas mãos de um jogador desonesto, pronta para entrar no jogo sem ser notada.

— A-Alicia. - disse o Professor em tom calmo, colocando as mãos pra cima e levantando-se de sua cadeira. - Pensei que estivesse preparando outra coletiva de imprensa para se redimir com o Coronel Tamayo e a Polícia, pois pensei…

— A verdade é que aqueles filhos da puta queriam usar-me como bode expiatório. - interrompeu ela sem hesitar. - Mas não estou aqui para ser feita de idiota, afinal não agi completamente sozinha. - alegou a inspetora, chegando ainda mais próximo da mesa. - Precisamos resolver algumas pendências, não acha? A começar por todo esse esquema.

Era necessário pensar depressa. O Professor precisava ajudar Tóquio e os demais assaltantes a sair do Banco da Espanha com todo o ouro e o mínimo de prejuízo físico. Já haviam perdido Nairóbi, e não poderiam cometer o erro de perder outro alguém. No entanto, ter uma arma apontada para sua cabeça não favorecia os pensamentos. Apenas os deixava mais confusos.

— Sérgio, perdeu sua audição ou o quê? - gritou Alicia, que começara a perder o pouco de paciência que lhe restava. 

— Desculpe, o que disse? - perguntou Sérgio ainda um pouco atordoado com a situação.

Alicia puxou o gatilho da pistola e a segurou com firmeza, estava prestes a disparar caso fosse necessário. Contudo, quando trouxe a pistola para junto de sua outra mão, sentiu seu celular vibrar em seu bolso e, por instinto, olhou para baixo.

Apenas um minuto de descuido foi o bastante para que Sérgio rapidamente pudesse imobilizá-la e tirar sua arma. Jogou-a para um canto qualquer e segurou os braços de Alicia para trás, deixando- a impossibilitada de tentar fazer o mesmo com ele.

— Um par de algemas seria um tanto quanto útil agora, não acha? - falou enquanto segurava com força as mãos da ruiva, colocando-a contra a mesa de seu computador. - O quer aqui? Não acha que já importunou demais as nossas vidas?

Alicia tentava mover seu braços, porém toda a força que fazia era em vão. Estar grávida lhe impedia de executar movimentos de escape com perfeição, tal como havia aprendido durante sua época de treinamento policial.

— Preciso de suas gravações sobre as conversas de Tamayo e Prieto. - pediu ela, tentando em vão escapar mais uma vez.

— E porque eu lhe entregaria um conteúdo tão sigiloso, que você poderia facilmente usar ao seu favor?

— Não tenho motivos pessoais para usá-lo. Prieto e Tamayo, pelo que penso, estão usando todos os seus contatos para encontrar-me. Se necessário irão emitir um mandado de busca em todo país contra mim, se é que já não o fizeram.

Sérgio apenas concordou mentalmente. Pelo que sabia do histórico de Tamayo, ele não iria tolerar tal atitude de alguém pertencente a um cargo inferior ao seu. Sua reputação era mais importante do que tudo, e tentava sempre manter as aparências utilizando outras pessoas como culpadas por seus atos. Um típico egocêntrico. - pensou ele.

— Possui algo específico em mente? Não havíamos nos conhecido de maneira direta, entretanto, sei que consegue ser bastante manipuladora quando deseja.

— Poderia soltar-me primeiro, por gentileza? - pediu ela com seu sorriso irônico.

Sérgio ainda não estava convencido das palavras de Alicia, mas sabia que poderia tomar as rédeas da situação e mantê-la a seu favor.

— Primeiro quero ouvir o que você tem a propor. Lembre-se que agora está mais vulnerável do que nunca.

— Ok! Você venceu. Sabe o quero? Um acordo. Simples.

O Professor, diante disso, não conseguiu conter sua expressão de desconfiança. Alicia Sierra, uma das pessoas mais difíceis com a qual precisou lidar durante o assalto, lhe propondo um acordo? Aquilo parecia ser suspeito demais, ainda que por um lado estivesse curioso para descobrir as intenções por trás de tal oferta.


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Notas finais do capítulo

Se puder, deixe um comentário ou sugestão. Isso me motiva muito a continuar escrevendo!
Nos vemos no próximo capítulo.
Um abraço ♥️



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