Sobrenatural 3 - Infinito escrita por CM Winchester


Capítulo 4
Capitulo 3




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Isaac, Scott e Malia subiram para os muros com Jesse enquanto Stiles e Lydia ficavam comigo arrumando as coisa e coordenando os novatos. O conselho continuava escondido a única que mostrava as caras era Alyra é claro.
Nunca duvidei dela.
— Você é filho de xerife e não sabe atirar? - Perguntei incrédula a ele que revirou os olhos.
— Nunca precisei. E eu trabalho mais com papeis. Logica.
— Ok você é a cabeça do time. Mas... Aqui isso não vai servir muito. Pelo menos aprenda a atirar para eu me sentir um pouco mais tranquila.
Olhei de Stiles para Lydia e realmente não conseguia vê-los ali no campo de batalha daquele jeito.
Enrotei a boca.
— Vocês quiseram vir e eu agradeço. Mas preciso de vocês dispostos a isso. A arma é aliada de vocês não fiquem com medo dela. - Virei para o resto do grupo. - E isso vale para todos. Atirem para matar ok? Se não puderem atirem para incapacitar. As balas são feitos com acônito o que é tipo a kriptonita dos lobisomens.
— O que é acônito? - Um garoto perguntou.
Ele devia ter uns 16 anos.
— Uma planta venenosa. Tem flores azuis. Na verdade é bem bonita na minha opinião.
— Acho que tudo que é bonito tem um lado ruim. - Uma garota comentou de braço cruzados.
Ela tinha se saído muito bem no tiro ao alvo.
— Esta falando das pessoas, da vida, do que?
— De tudo.
— As pessoas tem o bom e o ruim dentro delas. Ninguém é completamente bom, mas posso dizer que existem pessoas que são completamente más. Sobre a vida... Bom você pode ver pela perspectiva que quiser. Sentar e lamentar quão merda ela é ou levantar e lutar para deixar um mundo melhor. Querem um conselho? Sabe essa porcaria de lugar que vivemos? Ela tem regras e toda essa baboseira. E vocês passam a vida toda nos seus mundinhos acreditando nisso. Mas as coisas são diferentes. Nem todos os seres sobrenaturais são maus. Assim como nem todos os humanos são bons.
— Eu não consigo acreditar por que uma traidora esta nos treinando e ainda mais... Trazendo essa corja para dentro? - Um garoto resmungou ao fundo.
— Por que sou a melhor Caçadora daqui. E vocês terão que me engolir se não quiserem morrer. E sobre a corja... É bom medir as palavras garoto.
— O que você vai fazer?
— Eu? Te expulsar do treinamento e te deixar a mercê de alguém com pena para te ensinar a sobreviver ao próximo ataque por que vira. Pode não ser hoje. Mas eles virão.
Quando o treino acabou eu estava exausta. Stiles e Lydia estavam me esperando na porta.
— Você esta bem? - Lydia perguntou.
— Sim. Por que não estaria?
— Pelas coisas que aquele idiota falou. - Stiles falou.
— Isso não foi nada. - Falei enquanto subia as escadas para os muros. - Vou procurar Jesse e vamos arrumar quartos para vocês. Acho que podemos descansar um pouco.
— Mas não é agora eles podem atacar? - Stiles perguntou observando o sol nascer. - Quando menos esperamos?
— Pode. Mas é quando todos estão realmente acordados. Se caso houver um ataque, vai soar o alarme. Mantenham suas armas perto da cama, durmam com roupa para o caso de terem que sair correndo e deixem a porta trancada por precaução.
Terminei de falar quando fiquei perto de Isaac, Scott, Malia e Jesse.
— Como foi? - Isaac perguntou me abraçando por trás.
— Bom.
— Esse bom não soa muito bom. - Jesse falou e eu revirei os olhos.
— Estou indo dormir, Jesse. Algum quarto disponível?
— Alyra passou aqui para avisar que seus quartos estão na zona norte. No final do corredor. Suas coisas já estão lá. Os casais dividem os quartos e Allan e Alexandre ficaram com um quarto com duas camas de solteiro.
— Ok. Obrigada. - Falei. - Vamos descansar pessoal.
Estava distraída arrumando a cama quando Isaac saiu do banheiro. O ar condicionado estava ligado e estava um pouco mais quente. Ele estava com uma toalha enrolada na cintura e uns pingos de agua escorriam pelos músculos da barriga com certeza tinham pingado do seu cabelo molhado.
Molhei os lábios observando seu corpo.
— Como foi ficar nos muros? - Perguntei indo ate ele o abraçando.
— Nada mal. Jesse parece respeitar mais nossa presença. Não posso negar ele parece ser legal. - Sorri.
— Que bom. - Beijei seus lábios e desci minhas mãos por sua barriga em direção a toalha a puxando. - Ops. Caiu!
— Essa frase devia ser minha. - Falou sorrindo antes de me beijar enquanto caminhávamos para cama.
Eu acordei horas depois sentindo um pouco de sede e por que Isaac se abraçou em mim encaixando nossos corpos, tínhamos quebrado o conselho numero dois e estávamos nus. E Isaac tinha uma ereção. Era normal. Eu já tinha me acostumado a isso.
Acordava quase todas as noites com suas encaixadas coisa que nunca tinha acontecido com Jesse.
No começo eu não resistia e quando Isaac acordava já estava dentro de mim. Mas agora eu estava cansada enquanto só me encaixei melhor o deixando contra minha bunda e tentei dormir de novo. O que não era fácil sentindo aquele membro contra mim.
Quando acordei de novo resolvi ir para os muros. Vesti uma blusa de lã preta, calça jeans verde militar, parka verde militar também e calcei minha bota biker. Fiz um coque e esperei Isaac para descermos as escadas para comer alguma coisa.
Quando assumimos os muros encontramos Scott e Malia. Caminhei entre os guardas verificando as armas e suas posturas. Queria todos em alerta. Eles gostando ou não teriam que me obedecer.
Quando retornei encontrei somente Scott no posto.
— E os outros?
— Foram atrás de Stiles e Lydia.
— Lydia deve estar com hipotermia. - Murmurei observando a imensidão de neve.
— Mais fácil o Stiles estar. - Sorriu. - Mas como eu conheço o meu amigo. Ele deve estar dormindo.
Ficamos em silencio e eu observei minha winchester. Não tinha muita coragem de encara-lo. Na verdade eu não sabia como reagir a Scott. Não tinha nada a ver como eu me sentia sobre Isaac.
Isaac teve um caso com Alisson. Foi bom para ambos. E ela esta morta. Ele era só um caso.
Mas Scott era diferente. Ela namorou ele. Amou ele ate seu ultimo segundo de vida. E isso me deixava um pouco sem jeito. Além de tudo Kate fez muito mal a eles. Principalmente ao Scott.
— Sinto muito. - Falei e ele me encarou surpreso. - Pelo que a minha mãe fez. Sei que ela te atormentou varias vezes.
— Você não precisa se desculpar por ela. Não tem nada a ver com ela. Você... Me lembra a Alisson algumas vezes sabia?
— Não vejo como posso lembrar ela. Já que sou loira e ela era morena. E ela tem humor, meu único humor é negro. - Ele sorriu.
— Pelo bom coração. Por querer ajudar as pessoas.
— Acho que todos somos assim não?
— Mas você é uma caçadora. Mesmo assim desistiu disso por Isaac. E agora voltou para ajuda-los mesmo depois de terem expulsado você.
— Eu só tento fazer o que é certo. - Ele assentiu cruzando os braços.
— Sinto muito pela sua mãe. Por ser sua mãe.
— Eu superei isso na verdade. - Murmurei lançando um olhar para o horizonte. - Superei isso a muito tempo. Ela nunca mais vai fazer mal a mim ou a alguém. - Lancei um olhar a ela. - Foi uma caçada incrível na verdade. Mesmo que isso me faça ter pesadelos todas as noites.
— Você... Matou... - Ele não terminou a frase.
— Sim. Foi depois de fazer o que fez comigo. Fiquei sabendo que ela tinha ido atrás de você de novo. Dessa vez por causa do meu avô. Pedi permissão para entrar na missão. Agora ela era um ser sobrenatural. Ninguém gostou muito. Mas... Alyra me liberou. A bala de acônito não tinha matado ela. Ela era realmente forte. Mas não tão forte para Jesse e eu.
— Quanto tempo faz isso?
— Um ano eu acho... Foi antes de eu ir atrás de Derek e Isaac para saber o que estava acontecendo em Los Angeles. Para ser sincera nunca parei para pensar em tempo. Aqui todos os dias são iguais. O tempo passa e você nem se da conta.
— Eu sinto muito que tenha que ter crescido aqui.
— Não foi de todo ruim, Scott. Tive lembranças boas aqui. Infelizmente nasci na família errada. - Olhei a munição na arma depois lancei um olhar para ele. - E Alisson também.
— A mãe dela tentou me matar.
— Ela era uma vaca. Sempre a odiei. E o ódio era reciproco. Ela nunca deixou que Alisson e eu vivêssemos juntas por muito tempo. Eu passei algumas férias com ela. Mas eu notava cada olhar assassino da mãe dela direcionado para mim. E o olhar de pena de do pai dela também não ajudava. Então resolvemos deixar de nos ver apesar de fazer muita falta tê-la ao meu lado. Foi a única pessoa no mundo que eu considerei família. E eu sinto muito Scott, deve ter sido difícil tê-la perdido.
Falei o que estava entalado na minha garganta desde que nos conhecemos. Eu devia isso a ele. Por ela.


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