Final Fantasy XV - Another Tale escrita por Petram


Capítulo 4
Ano 756 da Era Moderna, 11 de Outubro - Parte 3




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A voz, o brilho e a sensação tinham sumido quando voltei aos meus sentidos após deslumbrar a runa em minhas mãos. Ao olhar a minha volta, o cachorro estranho também tinha sumido, e é claro, para meus temores, o dia também. Tinha guardado a runa em meu bolso e comecei a correr, com Spot sempre ao meu lado, em busca de minha família, quando chegamos na entrada do caminho secreto olhei para uma coluna de fumaça mais acima dos rochedos, presumi que já tinham montado o acampamento.

Desesperado, fui subindo o caminho até o acampamento. Quando cheguei minha mãe estava preparando um cozido com carne de porco, um cheiro que me tinha trazido a nostalgia de tempos normais. Chacoalhei minha cabeça para desvair desses pensamentos, eu tinha que me focar. Tinha uma missão de um rei para cumprir.

Eles perguntaram o porquê eu demorei tanto, e então falei do meu encontro com o cachorro misterioso e o espírito do rei. Obviamente eles não acreditaram, nem eu mesmo acreditava. Falaram que eu estava delirando por conta do calor dos rochedos. Ficamos discutindo enquanto minha vó, sentada em uma das cadeiras perto da fogueira, olhava de soslaio. Para provar a minha história, acabei tirando a runa do Feroz do bolso de minha calça. Mostrei aos meu país, eles não deram muita credibilidade até o momento da reação de minha vó.

— “É real!” –Ela disse enquanto se levantava de sua cadeira e pegou a runa de minha mão, ela olhou para o símbolo e depois olhou para mim. – “O rei Tonitrus falou com você mesmo? E ainda o abençoou? Por quê?”

E eu respondi que eu faria de tudo para proteger a quem eu amo e a Lucis, por isso ele me deu sua benção, e uma missão. Perguntado da missão pela minha vó, eu respondi que eu deveria ir para Lestallum. Meus pais se entreolharam, não tão crentes das minhas palavras, diferente de minha vó. Lembrei também de outra coisa que ele me falou, Ravatogh não era segura. Alertei meus pais sobre, mas minha mãe disse que já era tarde, o acampamento já estava montado e não teria como descer nesse escuro. Antes que outra onda de pânico chegasse a mim, minha vó mais uma vez salvava meu dia.

 – Está vendo o chão onde pisa? Percebe as linhas azuis florescentes? Elas são runas de proteção contra demônios, criadas e postas pelos próprios reis de Lucis. E assim como sua runa, tem os mesmos símbolos.

Quando ela falou isso, percebi que o chão tinha mesmo algumas linhas azuis brilhantes, eram fracas, mas dava para perceber.

— Vamos jantar e dormir sem medo. Depois veremos o que fazer amanhã sobre isso. – Falou meu pai, referindo-se a minha missão.

Após a janta fui a minha tenda tentar dormir. Tentar era a palavra. Com tantos pensamentos passando pela minha cabeça, eu só virara de um lado para o outro. Era difícil processar que eu conversei com um rei morto, que vim parar aqui por causa de um charlatão, que o mundo que eu conhecia virou de cabeça para baixo.

Saí da minha tenda para pegar ar fresco e acalmar meu espírito. Os rochedos já eram quentes por conta do vulcão, que muitos diziam ser o tumulo de descanso do Infernian. A minha frente estava minha vó sentada, olhando para o topo do vulcão que ficava ao leste dos rochedos. O vulcão era apenas uma enorme silhueta pitoresca a noite, rochas subiam de seu cume formando uma aparência de uma arvore, com seus "galhos" todos voltados ao oeste.  Uma visão um tanto que cotidiana em Lucis, Ravatogh era enorme, dava para ver seus ramos vermelhos em quase todo o país. Mas presenciar de tão perto, e com o contraste da noite, era algo incrível.

— “Lindo, não é?” – Disse minha vó, olhei para ela mais uma vez, e ela por sua vez fez uma menção para eu me juntar com ela. – “Não conseguiu dormir?”

Respondi que não. Então começarmos a conversar, sobre como que esse lugar foi o fim das guerras astrais, sobre Ifrit, o deus Infernian que jaz aqui, e num passado distante deu o fogo a humanidade, sobre os reis de Lucis, e sobre minha missão.

—Eu acredito em você. E estou muito orgulha, porque o meu neto, Iustitia Petrum, irá servir a um chamado de um rei. Seus pais podem não chegar a acreditar no que você diz, mas eu sei que você diz a verdade, e acredito também que você irá salvar Lucis.

Admito que aquelas palavras me deram uma sensação de autorrealização e orgulho. Me segurei para não chorar de felicidade. Passou-se mais alguns minutos quando o cansaço bateu em mim. Pronto para dormir, perguntei para minha vó se ela ia também descansar.

 – “Ainda não, meu jovem.”

Desejei boa noite a ela, e fui para minha tenda. Anseio em saber o que me aguarda, afinal, tenho uma missão a cumprir.


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