Coração de Dragão escrita por Anysnow


Capítulo 4
April




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—Emma! –senti uma mão em meu ombro o sacudindo, abri meus olhos devagar e avistei uma figura feminina ao meu lado.

—Estou acordando- me sentia exausta como nunca me senti antes, como se eu não tivesse dormido há dias.

—Vamos nos atrasar para o café da manhã- era April que havia me acordado.

Levantei da cama e fui vestir meu uniforme que agora tinha as cores da minha casa Corvinal. April ia à minha frente até que virou para mim impedindo-me de passar.

—Qual sua primeira aula? –a voz dela não era feia, no entanto começou a ficar irritante - a minha é transfiguração.

—Eu não sei- nem sabia onde olhar isso, só queria tomar o café da manhã e tentar encontrar Kath.

Desviei de April e fui em direção ao Salão Comunal onde estava completamente deserto, “devo ter acordado tarde” pensei, fui descendo as escadas tentando encontrar alguém que poderia me guiar. Avistei o tutor que havia nos guiado ontem. Aproximei-me dele então ele me lançou um olhar surpreso.

—Senhorita? –ele fez um gesto com a mão como se quisesse que eu continuasse a frase.

—Emma Weather.

—O que está fazendo acordada essa hora?

—Como assim? –um tremor passou por mim.

—Acordou 2 horas mais cedo.

—Mas...- fiquei confusa, avistei April também descendo as escadas. –April!

—Oh não- senti a decepção em seu rosto- me desculpe por isso. Petrificus Totalus – O monitor imediatamente paralisou em minha frente, abri a boca para gritar, mas nada saiu – Achei que ele não estaria acordado agora. Sinceramente, não sabia que você não veria as pessoas dormindo nas camas ainda- ela deu uma risada maliciosa- ele me falou que você era lerda, só não sabia que era tanto.
—O que você fez? –fiquei observando-o enquanto ele não se movia.
—Eu só o petrifiquei então ficará bem– ela apontou sua varinha para mim– agora quando o assunto é você pode ser bem diferente. –meu coração começou a disparar – Me siga.
Ela foi andando pelos corredores como se soubesse onde estava indo, queria fugir e gritar mesmo temendo que ela fosse me petrificar também ou pior. Olhei para os lados tentando avistar alguém que pudesse me ajudar. Ela deve ter planejado tudo, ninguém acordaria 2 horas antes então os corredores estavam vazios. Parei no meio do caminho.
—Me diga logo o que quer senão não darei outro passo- eu sabia que tudo era loucura e não sabia exatamente o que estava fazendo.
—Me siga. - ela nem se importou de virar para olha meu rosto.
—Não.
Ela se virou com fúria nos olhos, sentia a raiva dela, então ela correu em minha direção com a varinha apontada para mim.
—Sua rata! Se eu quiser posso te matar... –ela se interrompeu observando sua voz ter mudado mais para uma voz muito mais aguda, ela parecia espantada como se não fosse para acontecer isso. Então os cabelos escuros de April começaram a ficar verdes e toda sua estrutura corporal mudou para uma mulher mais alta cheia de cicatrizes no rosto. – Droga!
—Você não é a April.
—Claro que não sua rata! Por causa de você o efeito da poção passou, eu irei te matar e não ligo se eu for punida por ele. – ela apontou a varinha mais para onde estava meu coração- Avad...
—Expelliarmus- uma voz rouca saiu atrás dela e de repente a varinha dela voou para o outro lado.
—Alvo Dumbledore - a voz dela parecia arranhar seus ouvidos, ela se virou e Dumbledore estava atrás dela com a varinha apontada- é um prazer te ver pessoalmente.
Dumbledore não disse uma palavra, ficou olhando fixamente para a mulher que logo antes era April. Queria correr dali imediatamente não importando para onde.
—Como sou rude, meu nome é Zaelia Greensound. Você deve me conhecer como uma Sombra. –ele ainda não falara nada. –deixe-me provar- ela abrira um pouco o uniforme mostrando seu peito, depois ela se virou para mim fazendo-me quase cair para trás quando vi. Um rosto com asas nas orelhas e olhos fundos. –a marca fica onde está o coração, ela é familiar para você? - ela falou com tanta certeza. – Sabe- virou novamente para Dumbledore - para alguém que é muito poderoso, não faz muita coisa.
— Petrificus Totalus- foi a única coisa que ele disse. Zaelia ficara toda paralisada. –logo a colocarão em Azkaban. –ele logo percebera meu espanto- Emma Weather, peço que venha comigo.
O segui pelo corredor então logo ele parou. Ele virou para mim observando-me como se estivesse juntando as peças. Queria perguntá-lo tantas coisas que minha cabeça começou a doer.
—Senhor? –falei.
—Emma, preciso perguntar se já se encontrou com essa mulher alguma vez. –esperava que ele me contasse tudo. Não aconteceu.
—Nunca a vi na vida- minha mente estava borbulhando de perguntas- senhor, o que ela queria comigo?
—Sinceramente não sei. –sua voz era calma e suave- ela é uma Sombra, ou seja, trabalha para Mortenis. Se ela veio por sua causa ele quer algo com você.
—Mas eu nem sabia quem ele era até ontem que eu perguntei para... –April que era na verdade Zaelia.
—Para quem?
—Para a pessoa que Zaelia fingia ser.
—Farei de tudo para descobrir o motivo dela ter vindo, se ela veio disfarçada de aluna quer dizer que a escola não está totalmente segura. –sua voz ficou mais séria- peço para que não comente com ninguém sobre o que aconteceu. Ninguém, mesmo que ela fale que eu a enviei, pois tenha certeza que falarei diretamente com você.
Assenti com a cabeça, eu era invisível no mundo da magia sendo que nem sabia de nada até fazer 11 anos. O que Mortenis iria querer comigo?
—Volte ao dormitório, quando chegar a hora do café se junte aos outros.
 -Está bem- me virei depois me lembrei de algo- o monitor...
—Cuidarei dele agora. Lembre-se Emma que nem todos são confiáveis, fique perto dos seus amigos mais fiéis e apenas confie neles.
Assenti e corri em direção ao dormitório. Olhei para trás para ver se Dumbledore ainda estava lá. Não estava Zaelia petrificada havia sumido também. Fiquei pensando no que ele disse, “fique perto dos seus amigos mais fiéis”. Como saberei quem são eles se eu acabei de entrar aqui?
Voltei para o dormitório e deitei na cama com o uniforme, fiquei desanimada pra voltar a por o pijama e nem saberia se conseguiria ao menos dormir depois de tudo que aconteceu. Aquela cena ficou repassando na minha cabeça várias vezes até que, quando me dei conta, todas as meninas tinham acordado e já estavam começando a por seus uniformes.
—Você já está pronta? – perguntou uma menina cuja cama era do lado da minha.
—Primeiro dia- respondi- estava animada demais.
 
***
—Emma! –ouvi a voz de Kath de longe quando adentro aos corredores.
—Oi Kath.
—Você está bem?
—Sim, estou ótima- não estava.
—Vamos!- concordei com a cabeça enquanto íamos seguindo os outros alunos em direção ao Salão Principal. Ao chegar lá se via as quatro mesas que estavam quase vazias. Eu conseguia ver vários alunos de diferentes casas misturados.
—Acho que poderemos sentar juntas afinal- falei. Kath logo concordou então fomos para a mesa da Corvinal. Ficamos admiradas com tanta comida, havia ovos, bacon, suco de vários sabores, frutas, panquecas, waffles com cobertura caramelada, entre outros. –nem sei por onde começar.
—Eu iria pelos waffles, são uma delícia. –um menino sentou-se ao meu lado e foi pegando um prato e se servindo. Virei-me que era o menino loiro chamado Jack Storn.
Ficamos caladas por alguns minutos, não sabia se era vergonha por conversar com alguém que nunca vira antes ou por ter caído nele.
—Meu nome é Jack Storn- isso eu já sabia- e vocês?
—Kathrine Sparks.
—Emma Weather.
—Ah então seu nome é Emma, fiquei curioso por não ter se apresentado depois de cair em cima de mim.
—Eu me desculpei - queria enfiar minha cabeça em um buraco.
—Eu sei. –Jack começou a comer os waffles, logo depois começou a olhar para frente de um modo fixo- eu já volto.
Ele saiu e foi em direção a um menino alto de cabelos loiros até os ombros, o mesmo que ele havia sentado ao lado ontem. Percebi que a expressão deles era muito severa.
—Nossa. –disse Kath que eu esquecera que ela estava conosco.
— O que?
—Do nada ele veio e conversou com a gente, ele é da Sonserina ainda.
—E?
—Você é lerda ou o que? As pessoas da Sonserina são orgulhosas, eles não iriam conversar com qualquer um. Ele deve querer algo.
—Nossa amizade talvez.
—Sei.
—Ouça. – a pior coisa que eu poderia ser era curiosa, conseguia ouvir a conversar de Jack e o rapaz facilmente.
—Elas devem ser Sangue-ruim e está realmente interagindo com elas? –disse o rapaz.
—Cale a boca Patrick. –a voz de Jack saiu mais severa. –eu quero ter amigos diferentes e não só os da Sonserina.
—Nunca mande calar a boca irmãozinho! –Patrick agarrou a gola de Jack e a puxou para si – você é mole como uma lesma, nem sei como está nessa casa e não na Lufa-Lufa.
—Não se esqueça de que nossa mãe foi de lá.

—Nunca fale de nossa mãe para mim cara de trasgo.
—Não há motivos de ter vergonha disso Patrick...
—Olhe bem para mim - Patrick se aproximou mais do irmão –você tem escuridão na sua alma por isso foi posto na Sonserina e logo irá se ceder e se tornará igual a mim ou até melhor. É meu dever mostrar seu caminho verdadeiro e não o que ache que é certo.
—Eu sei o que é certo para mim.
—Tem apenas 11 anos.
—E você 13, não tem muita diferença.
—Espere um pouco e verá que há muita diferença- Patrick se virou e foi para a mesa de sua Casa.
Jack ficou parado por um tempo totalmente imóvel. Tive uma súbita vontade de levantar e ver se estava tudo bem. Respirei fundo e me levantei.
—O que está fazendo? –perguntou Kath
—Vou ver se ele está bem.
—Tenho certeza que sim.
—Não pode ter certeza- fui em direção a Jack depois parei em sua frente, ele estava com cabeça baixa então duvido que tenha me visto chegando. –Jack?
—Sim? –ele levantou a cabeça imediatamente.
—Tudo bem?
—Eu estou bem. –queria falar algo mais para ajudar na situação, quando abri a boca ele continuou- melhor irmos para aula.
Jack passou por mim indo direto para fora do Salão, olhei para Kath sugerindo que fossemos também. Não havia ideia para que aula tivesse que ir, fui seguindo pelo corredor junto a Katherine.
—Você sabe onde está indo certo? –perguntou ela.
—Não- respondi- nem sei que aula que tenho.
—Temos porções agora.
—Sério?
—Sim eu vi tudo fique tranquila.
—Ok.
Todo o caminho para a sala de aula foi um total branco para mim por eu estar “no mundo da lua”. Não conseguia tirar a expressão de Jack em minha mente, um rosto decepcionado e preso em si próprio sem poder mostrar o que é realmente. Isso me fazia querer correr e conversar com ele.
—Terra para Emma- Kath começou a abanar a mão na minha frente.
—Que?
—O professor está falando.
Olhei para frente e vi que já estava na sala de aula. Era grande e escura cheia de mesas com várias coisas que nunca vira na vida, na frente havia uma mesa maior que havia vários pequenos frascos com etiquetas. Todos ficaram próximos da porta ouvindo o professor falar, ele era alto e um pouco rechonchudo, vestia um terno marrom que parecia ter sido guardado em um baú por anos. Ele tinha cabelos marrons pouco grisalhos e cheio de rugas.
—Meu nome é George Fetchman e eu sou o professor de Poções de Hogwarts- ele olhava para nós como se fossemos a nova descoberta do século- começaremos com uma poção mais simples para depois dificultar, irei escrever no quadro os ingredientes.
Ele escrevera bem grande no quadro “Poção Wiggenweld” e abaixo escrevera:
Ingredientes:

Casca de Wiggentree
Muco de Verme Gosmento
Ditamno
Moly

—Vocês farão essa poção em duplas, deixe-me ver- ele pegou um pergaminho que parecia conter todos os nomes dos alunos da sala - Johanna Young faça com Katherine Sparks, Jonathan Fallest com Gail Homeside- ele falara vários nomes formando as duplas e os tais foram sentando nas mesas, ate que chegou meu nome- Emma Weather com William Ackles.
Olhei para o outro lado da sala e avistei William, não pude negar que me encantei com os cabelos negros e olhos azuis. Ele vestia o mesmo uniforme que eu por sermos da mesma casa, ele se aproximou e sorriu para mim. Nunca esqueci no momento em que ele foi para o Chapéu Seletor e que ele havia falado para William as mesmas coisas que falara para mim.
—Parece que somos uma dupla- falou William.
—Parece que sim. –sorri e fui para a mesa que estava no fim da sala.
Havia tantas coisas na mesa que fiquei totalmente confusa, continha também um caldeirão, um pequeno pote e uma faca.
—Então, William...
—Me chame de Will.
—Está bem, Will, eu não faço ideia como fazer essa poção. – O professor George estava falando como preparava na frente da sala, no entanto não conseguia ouvir por estar muito no fundo, além de haver muitas pessoas conversando perto de mim.
—Bem, eu sou ótimo em porções por meu pai ter sido professor também há muito tempo então se considere sortuda. –ele sorriu e pegou o pequeno pote.
—Você é bastante confiante.
—Temos que ser- os cabelos negros como a noite caiam sobre seu rosto enquanto amassava algo com o cabo de faca- se não confiarmos em nós mesmos, quem confia?
—Sábias palavras - comecei a olhar ao redor vendo todos cochichando e rindo. –não é à toa que é da Corvinal.

—Você também é.
—Não sou inteligente como os outros.
—Então porque acha que foi parar nessa Casa?
—O Chapéu disse que eu iria descobrir quem eu realmente sou e quem escolho ser quando eu entrasse nela. – percebi Will ficar desconfortável, o Chapéu falara a mesma coisa com ele, porém ele não sabe que eu sei. –estranho certo?
—É...- ele colocara o que acabara de esmagar com o cabo de faca em algo gosmento.- pegue o Ditamno e corte em fatias. – ele me entregara a faca e o que deve ser o Ditamno.
—Se confia em si mesmo então deve saber quem é não é? –eu não sabia aonde chegar, talvez quisesse uma confissão de que o Chapéu falara a mesma coisa com ele e uma explicação do por que sermos os únicos que recebera essas palavras enquanto o resto só era posto nas Casas.
—São coisas diferentes- ele colocara no caldeirão algumas coisas e fez um barulho de borbulhar. –quem disse que eu não sei quem sou?
—Não falei que você não sabia- eu tinha certeza que estava chegando onde queria- só perguntei.
—Você ouviu o que o Chapéu falou não foi? – ele pegou o Ditamno que eu acabei de cortar e colocou no caldeirão.
—Ouvi- engoli um seco- Will ele me disse a mesma coisa. – ele virara para mim imediatamente- todas as coisas que ele te disse. – Não entrei em detalhes de que o final foi totalmente diferente.
—E fomos os únicos que ele falou algo- Will colocara algo parecido com uma casca e começara a mexer com uma colher de madeira- deve ser apenas uma coincidência Emma.
—Deve- minha curiosidade ataca novamente- ou não.
—Deixe isso quieto, um dia quem sabe nós descobrimos só não irei me preocupar 24 horas com isso.
—Não disse que eu iria também.
—Eu conheço pessoas como você Emma- senti o olhar dele penetrar como gelo em minha pele- quando quer descobrir algo faz de tudo para conseguir, coisas que podem até te machucar.
—E vai me julgar por isso?
—Não- ele sorriu para mim- respeito isso, são esse tipo de pessoa que gosto de ter como amigo.
—Seremos amigos agora?
—E por que não? Somos da mesma Casa, o Chapéu falou a mesma coisa conosco e além do mais vai ser divertido arrumar encrenca com você. –sorri depois olhei para o caldeirão.
—Acabamos?
—Sim- Will levantou o braço chamando pelo professor George que viera com animação.
—Conseguiram?
—Conseguimos- falara Will.
—Está absolutamente perfeito- disse o professor –bom trabalho.
—Obrigado. –senti o orgulho de Will de longe. George virou de costas e foi olhando as outras duplas.
—Devia ter falado que fez todo o trabalho- falei.
—Por que faria isso?
—Porque você fez todo o trabalho- odiava me sentir inútil.
—Não cortei o Ditamno então não foi o trabalho todo. – ele começara a rir.
—Não tem graça- não consegui me conter então ri também, sentia saudade de sorrir, não sorria completamente desde que minha mãe fora enfeitiçada.
A aula passou voando, quando  acabou todos saíram correndo da sala como se fossem se atrasar, eu fui esperando todos saírem para finalmente sair. Kath estava me esperando na porta, fui com Will me acompanhando até ela.
—Kath esse é o Will, Will essa é Kath.
—Olá Kath- Will estendeu a mão para ela que pegou imediatamente-espere...
—O que foi? –perguntei.
—Eu juro que você me parece muito familiar- respondeu Wil direcionado para Kath- nós já nos conhecemos?
—Acredito que não- Katherine franziu o cenho como se estivesse pensativa.
—Acho que foi em um sonho...
—O meu Deus- interrompi Will sem intenções.
Comecei a correr em direção à figura esguia que estava parada me observando no final do corredor, o mesmo cabelo, o mesmo corpo alto e o mesmo sorriso que dá esperança para quem ver.
—Balt! – o abracei- o que está fazendo aqui? –depois um choque de realidade me abateu- é a minha mãe?
—Sua mãe continua a mesma Emma, sinto muito.
—Ao menos não morreu- mas é como se estivesse- se não é pela minha mãe, o que faz aqui?
—Alvo Dumbledore me chamou pessoalmente para ajudar na proteção de Hogwarts- ele falou com orgulho- trabalharei aqui todos os anos.
—Isso é ótimo! Só que quem cuidará da minha mãe?
—Os bruxos que mais confio estão ajudando Emma, só não posso garantir o sucesso.
—São mesmo confiáveis?
—Sim- senti o sorriso de Balthazar se dissipar no ar- Dumbledore me contou sobre Zaelia.
—Oh as notícias voam rápido considerando que aconteceu comigo há pouco tempo.
—Emma...
De repente sente-se um tremor forte no chão fazendo todos caírem, ao colidir com o chão olho para trás e vejo Will e Kath se segurando nas pilastras do corredor. Depois foi silencio total, me levantei e olhei em volta.
—Terremoto?
—Não, foi outra coisa- Balthazar correu para janela e olhou para o céu- eles estão chegando.
Era o rosto com olhos profundos e asas nas orelhas formado pelas nuvens. Senti meu corpo estremecer, depois senti uma tontura. Tudo ficou preto.
—Agora?
—Ainda não, deixe-a juntar os pontos primeiro.
—Vai ser tarde demais!
—Não. Ela descobrirá logo, faz parte dela.


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