As Volturi: Throne of Blood escrita por Noxy, MyClaire


Capítulo 11
Il Giorno delle Fiamme


Notas iniciais do capítulo

O Dia das Chamas



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“Nesrin, eu estou melhor.”

Minha cabeça resfriou o calor fervente borbulhando dentro. Parei no corredor abraçando meu corpo, virei meu rosto olhando sobre meu ombro com um pouco de esperança de ver Felix correndo me pedir desculpas. Nesrin não gostava da nossa relação mas nega falar algo, especialmente depois de encher meus ouvidos com conselhos de terminar com Felix e seguir minha vida, e eu nunca os ter seguido. Terminar com Felix, só de pensar me trazia um vazio. Estivemos tanto tempo juntos e eu o amava apesar de tudo. Ele foi uma das primeiras pessoas a me receber nos Volturi e me ajudar. 

Dei uma olhada novamente, nem um vento passou. Respirei fundo e continuei andar. Ele voltará, ele sempre volta. Nesrin andou atrás e Meraki apareceu logo depois. Virei os encarando questionando o porquê deles estarem ali. Meraki levantou as mãos para cima rindo e Nesrin rolou os olhos. Meraki pousou o braço sobre meus ombros, Nesrin tentou evitar ele mas não a tempo. Ao notar o seu erro, ele retirou o braço devagar. 

“Se quiser eu acabo com ele.”

“ Não é necessário, se eu quisesse já teria feito. Concorda?”

“Plenamente.” Nesrin interviú antes de Meraki falar algo. 

Havia muitas pessoas na praça da frente. Cheguei um pouco para trás assustada com a comoção e arquei as sobrancelhas, Nesrin e Meraki também não sabiam da ocasião. 

“O povo está comemorado.”. 

“Comemorando o que?” 

O capuz cobria o rosto de Alec do sol, protegendo seu segredo. Procurei por Jane mas elas não se encontrava lugar nenhum. Pela primeira vez vi Alec sozinho. Ele notou minha descoberta e meus instintos entrou em alerta. Alec nunca andava sozinho, Aro sempre o colocava com alguém para proteger quem que fosse contra ele. 

“Aro está comemorando, depois de séculos ele finalmente conseguiu a corrente.”

A corrente. Eu esqueci completamente de entregar a Aro depois que cheguei da missão. Estava tão envolvida com outro assuntos e está em casa depois de alguns anos longe. 

“Volte da onde veio, para aquele lugar escuro que você chama de -” A cada palavra fui diminuindo a nossa distância, eu não podia dar a oportunidade para ele abri a boca contra mim. Alec sorriu torto, ele estava gostando ou envergonhado?

“Alec obrigada.”

Nesrin me interrompeu. O rosto de Alec centímetros do meu, seu cheiro doce de ameixa me intoxicava, o cheiro de seu hálito era nítido... O vampiro rosnou mostrando seus dentes perfeitos de pérolas, eu mostrei minhas presas expandindo. Eu não iria abaixar minha cabeça. Ele apenas revirou os olhos e voltou para dentro do castelo. 

“Idiota.” Nesrin e Meraki se entre olharam, eles sabiam de algo que eu não. Bufei e entrei em seguida. Espero que Aro não me mate por esquecer. 

A agitação do lado de fora contagiou os vampiros dentro do castelo. Havia poucas decorações espalhadas principalmente na entrada onde eu só passei o olho mas não entrei. As pessoas passavam por mim alegres contando sobre a festa que estava acontecendo. Seria hoje uma desculpa para se alimentarem ou Aro estar realmente feliz pela volta de uma corrente. Alec menciono a absência da corrente por séculos, mas não sabia da sua grande importância. 

Corri para meu quarto, e agarrei o pequeno saco com a corrente dentro. Procurei por Aro no jardim, tentei no salão de festas e por fim na sala do trono, o último lugar que queria ir. Massageei minhas têmporas e empurrei as duas portas drasticamente. 

“Querida Marie.” Alec tinha seus braços cruzados, Jane do seu lado se divertindo, e Dimitri apenas parado do outro lado. Nenhum sinal de Felix ou dos três irmãos. 

Me xinguei um pouco e fui saindo. Demetri parou na minha frente me abraçando. 

“Quanto tempo meu amore. Como foi a missão?”

“Demorada.” 

“Na hora que eu sair daqui vamos na praça principal e você terá que me contar tudo.” sussurrou no meu ouvido somente para mim. Demetri jogou uma piscadela e retornou ao seu lugar antes de perguntar sobre a localização de Aro

“Viram Aro por acaso?” 

Os três balançaram a cabeça. Me virei novamente para sair quando dei de cara com Marcus andando até onde estávamos. 

“Senhor.” 

Marcus conversava com Felix. Andei onde eles estavam e curvei-me para Marcus como sinal de reverência e respeito. O vampiro segurou a gargalhada e dispensou Felix apenas com uma mão. O mesmo somente se foi sem nem me olhar. Bruto. 

“Está tudo bem?”

“Estou procurando Aro.” 

“Ah, infelizmente ele não está.” Ele me parou antes de o questionar. Marcus levantou uma mão e negou com a cabeça. “Me encontre depois.”

Ele entrou na sala e sentou na seu trono do lado esquerdo. Assim como a guarda escalante, ele frisou olhando para o horizonte esquecendo do seu redor. Encostei na parede dentro da sala esperando a volta de Aro. Ele não perderia sua festa por nada. 

Minutos passou para horas e nada de Aro e Caius. Os outros quatro vampiros ainda estátuas não piscaram um segundo. Às vezes sentia inveja de seus olhos rubis, nada os distraia ou precisavam de piscar. Por mais que meus olhos esmeraldas também não precisavam de lubrificação da mesma forma que um humano, eles também não eram poderosos como de um vampiro. Ser híbrida era ser diferente dos vampiros e humanos. Desde do fiasco dos Cullens, aprendi sobre a possibilidades de meu pai ser um vampiro e minha mãe humana. Essa seria a única explicação das minhas origens e somente a que eu teria. Se for verdade, minha mãe está morta a anos e meu pai vive por ai sem jamais ter me procurado. O que não faz sentido nessa história toda era a necessidade de Felix me fazer beber sangue. A outra híbrida não precisou até onde sei. Porém, meu físico mudou drasticamente, como se tivesse rasgado o véu que cobria meu corpo. 

O som de passos ecoaram. Todos mudaram de posição exceto Marcus. Ajeitei minha postura e sai de perto da parede. Aro e Caius entraram logo atrás Melione e Felix apareceram. Caius olhou em minha direção abaixando sua cabeça reconhecendo minha presença, e Aro passou por mim seus olhos brilhando e um sorriso enorme. 

“Onde está?” Suas mão bateram tão forte uma contra a outra que dei um pequeno salto assustada. 

O entreguei na tua mão o saco com a corrente dentro. Aro em segundos sentado na sua cadeira do meio abriu o pequeno saco e tirou a corrente. Não teve uma pessoa não virar e olhar a jóia. A luz das tochas refletia sobre as pedras transformando a sala roxa. Aro não conseguia tirar seus olhos da corrente, seu foco fixado quase o alterava para uma estátua. Ele suspirou e colocou a corrente no saco novamente. Caiu e Marcus piscaram os olhos voltando a realidade. 

“Dispensados, todos.” Os três pediram juntos. 

Sem saber da mudança repentina, hesitate mas nós retiramos mesmo assim. Demetri me puxou pelo braço se afastando da multidão. Eu prestes a chamar sua atenção por conta da quantidade de pessoa, o sol havia partido e ninguém nos reparou. Meu coração bateu forte como se um elefante tivesse pisado centenas vezes. A maioria virados somente a um lugar. Lâmpadas roxas sendo liberadas em direção ao céu. Demetri me puxou para um abraçado de lado me assegurando que estava tudo bem. 

“Lindo.” 

Ficamos observando o céu por um tempo sem perceber a nossa volta ao pouco diminuindo. Os olhos  de Demetri brilhavam vendo o céu tão estrelado e brilhante.

Quando a última lâmpada sumiu no meio da noite, fomos comprar alguns doces nas barraquinhas expostas. Contei sobre minha missão e ele ia me dando conselhos do que fazer na próxima vez, era impossível manter minha expressão séria com suas caretas enquanto contava suas táticas. No meio de minhas risadas ele entrelaçou seus dedos nos meus. Demetri fazia parte dos poucos amigos que conquistei nos Volturis e segurar sua mão era normal.

Um vulto esbarrou entre nós, forçando nossas mãos se separarem. Olhei ao meu redor imediatamente, o vulto sumiu. Demetri me olhou agitado, ele não conseguiu identificar quem era. 

    “Se machucou?” Apenas ri com sua preocupação e sentir algo em minha mão. 

Um outro pedaço de papel. 

 


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