A Lestrange Desconhecida escrita por Burguesa Sombria


Capítulo 2
As vozes estranhas




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"Acorde Callidora e se olhe no espelho para que eu possa vê-la" acordei e dei um pulo de susto! Uma voz estranha de repente surgiu na minha cabeça falando exatamente isso, deduzi que fosse apenas um sonho, levantei e fui tomar banho. Durante o banho, comecei a pensar naquela voz, que não me era estranha, mas não conseguia me recordar de sua origem. Ao término do banho penteei meu cabelo, coloquei minha roupa e fui ver se minha avó queria alguma coisa, ao chegar na sala, Druella se encontrava sentada de frente á lareira, me ofereceu um copo de suco e uma vasilha com frutas cortadas e pediu para que eu me sentasse e a ouvisse, então ela disse:

D - Bom querida Callidora, ou melhor Calli, peço desculpas durante todos esses anos, sei que muitas vezes fui dura e biruta com você, mas foi preciso, te forcei a aprender muitas coisas em pouquíssimo tempo, mas foi preciso. Antes de tudo, te concebi o nome Callidora pela representação que o mesmo carrega, o dom da beleza, que por sinal voce tem de sobra. Ontem você pôde saber sobre seus pais e o que realmente houve, e como você viu ao término da carta, se caso a lesse significaria que seus pais ou um deles estaria de volta, ontem a Marca Negra apareceu no céu juntamente com o retorno de comensais da morte, isso é um presságio de que você deve entrar em Hogwarts o mais breve possível."

C - Breve quando? 

D - Até o fim dessa semana.

C - E quem virá me buscar?

D - Lucius e Narcisa Malfoy.

C - Quando?

D - Eles já estão lá fora

Fui correndo até a janela, aliás era estranho ver outras pessoas, e eles estavam lá, um homem alto e magro, cabelos loiros e compridos, olhar sombrio e voz grossa; a mulher era de altura mediana, magra, cabelo preto com algumas mexas loiras, tinha um olhar agradável e curioso.

Resolvi sair para falar com eles, e eles se reverenciaram diante a minha pessoa, me assustei, pois Druella sempre disse que vermos pessoas, podemos cumprimentar com aperto de mão, beijo no rosto, abraço ou um simples "oi", reverência era algo novo, ao ver aquela cena eu disse:

C - Oi, como vão?

L - Educada e simpática como seu pai.

N - Estamos bem querida, se aproxime para que possamos te ver.

Me aproximei e Narcisa me abraçou, enquanto Lucius apenas me olhava de cima a baixo e começou a tocar no meu cabelo.

L - Ela tem os cabelos e os olhos de Tom Riddle. Draco irá adorá-la!

Lembro-me de ter visto esse nome em algum lugar... ah! Era o filho deles, como minha mãe havia escrito.

N - Quer ajuda para arrumar suas malas?

C - Irei arrumá-las e já desço, vou precisar de ajuda para saber o que levar.

Narcisa sorriu e me acompanhou, Lucius também nos acompanhou, ao chegarmos no meu quarto minhas cobras estavam em posição de ataque para os estranhos, porém imediatamente pedi para que elas retornassem que tudo estava sob controle, e mais uma vez Lucius fez outra reverência diante mim, e então perguntei:

C - O que fiz dessa vez?

L - Você tem o dom do Lord das Trevas, é uma ofidioglota!

Apenas assenti e comecei a arrumar minhas coisas. Logo que terminei, Lucius aparatou comigo e Narcisa, eu nem pude dar tchau para Druella, quando questionei sobre retornar e dar tchau a ela, ele apenas respondeu:

L - Ela sabia demais e já fez sua missão, não da para dar tchau para mortos, dá? 

Narcisa saiu da sala chorando e eu apenas balancei a cabeça, acabava de ter perdido minha avó e eu não sentia nada, digo nada de tristeza, aliás, morávamos juntas mas não tínhamos vínculo algum, apenas quando ela me ensinava algo novo, alem do fato dela sempre me castigar ou torturar com algo, apenas por prazer, perdi o hábito de criar vínculo com ela.

Lucius então chamou Narcisa, e mais uma vez aparatamos para um lugar estranho, chamado Beco Diagonal, fomos até o Olivaras, e pude ter a chance de ter a minha varinha, diferente da que eu tinha, que era a varinha da minha mãe. Minha varinha foi a de Pelo de Unicórnio, 21cm, mogno e maleável, Lucius afirmava que era um tipo raro de varinha, compramos uma vassoura e uma coruja, ao término das compras, Narcisa se despediu de mim e segui com Lucius, aparatamos e aparecemos na frente de grandes portões diante a um castelo, era Hogwarts. Havia um homem alto, de cabelos escuros e sombrio à minha espera, ele pegou minha mala e se curvou para mim, eu apenas sorri, Lucius pediu para que eu seguisse com ele e se despediu, aquele homem andava rápido e eu não conseguia o acompanhar, ele olhou para trás e disse:

— Perdão Milord.

C - Não sou Milord, me chamo Callidora, e você?

— Severo Snape, sou professor de poções.

C - Vamos para onde?

S - Para o Grande Salão, precisamos te apresentar ao diretor de Hogwarts, Professor Albus Dumbledore.

Seguimos, era uma escola enorme, tudo era tão bonito e animador, ao chegarmos no grande salão, Dumbledore me esperava segurando o Chapéu Seletor, ao colocar na minha cabeça, o chapéu disse as seguintes palavras:

— Sangue puro e sombrio, seria uma surpresa alguém assim ir para Grifinória... ou talvez Lufa Lufa... quem sabe Corvinal? Você não é nada como seus pais, tudo depende de você garotinha. Sonserina para Callidora! Não se esqueça querida, nem todos de Sonserina são maus, quem determina a maldade ou bondade em você, é apenas você!

Snape deu um leve sorriso, Dumbledore retirou o chapéu e me disse:

D - Após a janta gostaria de conversar com você.

C - Tudo bem, aonde?

D - Pode deixar que irei atrás de você.

Snape então me puxou para a sala dele, ao chegarmos lá, ele virou a varinha na minha direção e disse o feitiço: 

S - Legilimens!

Ele continuou apontando a varinha e ficou me encarando, e repetiu o feitiço:

S - Legilimens!

O mesmo ar de surpresa se manteve, quando viu que nada ocorreu, então as luzes se acenderam e ele disse:

S - Desculpe srta Lestrange, Riddle, como gostaria de ser chamada?

C - Calli, Callidora ou Lestrange.

S - Bom, me desculpe srta Lestrange, tentei entrar na sua mente e ver sua ligação com o Lord das Trevas, aliás pelo o que posso observar, voces dois possuem em comum a habilidade de falar com cobras e da oclumência, achei que ele poderia ter entrado em contato com você.

C - Como assim? Entrar em contato comigo?

S - Através de vozes ou até mesmo uma visão, como um sonho.

C - Não, não entrou. E você nem ao menos me pediu autorização para fazer isso. 

S - Me desculpe mais uma vez Lestrange, preciso de respostas. Aonde aprendeu oclumência?

C - Algumas coisas minha avó Druella me ensinou, e outras eu apenas desenvolvi, como se fosse natural.

S - Que coisa mais incrível! Desfaça essa barreira ao menos uma vez, pois o Lord das Trevas quer falar com você.

C - Como sabe?

S - Lestrange querida, ele está retornando, com certeza irá querer falar com você. 

Não respondi, e ao abrir a porta estava um garoto, loiro com o uniforme da Sonserina, e Snape olhou para ele e disse:

S - Draco! Leva Callidora para o salão comunal de Sonserina, e aos seus aposentos, cuide muito bem dela, alem dela ser sua prima é filha de você sabe quem!

Draco apenas balançou a cabeça e me conduziu, assim que Snape fechou a porta, Draco me perguntou:

D - Quer dizer que enfim conheci a filha do Lord das Trevas, achei que você fosse igual a ele... aparentemente estranha, mas você é bonita. Bom siga meus passos e se dê bem por aqui, qualquer problema podemos falar com meu pai e tudo se resolve.

C - Vou fazer de tudo para não ter problemas aqui dentro.

D - Aonde tem Sonserina, tem problemas. É como se todas as casas tivessem inveja da Sonserina, e sempre nos culpam por algo.

C - Então ninguém gosta de nós?

D - Não sei, pelo menos eu não me dou bem com quase ninguém.

Não rendi assunto e seguimos, entrei no meu quarto e arrumei minhas coisas. Quantas coisas haviam acontecido em um único dia, então lembrei da voz que falou comigo de manha e no que Snape acabara de me dizer, abri um pouco a minha mente, e me olhei no espelho, fiquei cerca de 1 minuto me encarando e nada aconteceu, antes mesmo que eu desistisse aquela voz retornou e disse:

"Callidora Riddle Lestrange, como você é linda, aparentemente poderosa também, não confie em ninguém, conquiste a todos e se aproxime de Harry Potter, isso será preciso. E sempre que precisar de ajuda, abra sua mente para mim, seu pai, Lord Voldemort, em breve retornarei e poderei te ver minha querida!"

Era meu pai, Voldemort, aquilo foi arrepiante, meu pai estava retornando e podia se comunicar comigo, e quem era Harry Potter? 

 


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