Oráculo escrita por Lumus


Capítulo 4
Capítulo 4: Elevador


Notas iniciais do capítulo

Oioi sejam bem vindos a mais um capítulo. E meu deus do céu o que foi aquele ultimo capítulo hein haha, mas fiquem tranquilos, esse aqui vai deixar vocês muito confusos ainda haha.



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Quando o elevador parou, me lembrei de todas as vezes que sentia um frio na barriga inexplicável. Geralmente acontecia quando tinha uma visão, o mal estar vinha juntamente com a queda de força. O mecanismo era complicado, eu aprendi a controlar com o tempo, onde eu poderia escolher aquilo que iria ver, como por exemplo, o futuro de alguém, as lembranças e tudo relacionado às memórias. Antes acontecia sem controle, me pegava de surpresa em lugares inusitados, e nunca conseguia distinguir a respeito de quem ou sobre o que elas falavam.

Com tudo acontecendo era complicado pensar, naquele lugar apertado estava ficando difícil distinguir meus sentimentos, seja pelo Isaac ou pela situação em si. Quando o elevador parou, minha primeira reação foi segurar a mão dele, mas não por está tendo recaídas sobre o que sinto ou sentia por ele, não por medo, mas por uma sensação estranha que ele realmente me protegeria.

— Eles estão aqui Annie - Ele disse e rapidamente soltou minha mão, apertava rapidamente e diversas vezes o botão de segurança, mas nada aconteceu.

— Vamos ter que sair por cima, eu vou primeiro e te puxo lá pra cima - Disse abrindo a parte de cima do elevador, ele subiu com muita facilidade, não precisando de absolutamente nada da minha ajuda, o que me surpreendeu. Não sei como ele adquiriu essas habilidades, mas confesso que estava curiosa para descobrir.

— Vamos, agora me dê sua mão - Ele estendeu a mão e eu me agarrei a ela, mas senti algo se mexer.

— Droga, eles ligaram a energia novamente, rápido, se o elevador voltar, vamos ser espremidos contra a parede – Disse e coloquei toda minha força para sair o mais rápido possível, as luzes do elevador acenderam. E finalmente consegui subir, olhamos em volta atrás de uma solução o mais rápido possível, já que escalar não seria um opção.

— Você confia em mim? - Perguntou e eu concordei com a cabeça, havia um vácuo contra a parede, que cabia no máximo uma pessoa, ele envolveu meus braços em seu pescoço e se lançou contra o vácuo. Assim que batemos contra a parede, ele me puxou para perto com a intenção de nossos corpos se tornarem um só, evitando assim, que quando o elevador subisse nos arrastasse junto a ele. Nós dois tão pertos, tão ofegantes, e em meio a toda confusão, ele sorriu e colocou meu cabelo atrás da orelha, como sempre fazia.

— Você sabe que se não estivéssemos nessa situação onde não podemos nos mexer, eu te daria um soco né? - Disse e ao vento do elevador subindo, ele sussurrou no meu ouvido:

— Eu duvido - Quanta ironia, cada palavra que ele dizia meu corpo irradiava sangue para minha mão, com o intuito de quebrar a cara dele. Como poderia ser tão sínico? - Se eles ligaram a energia, provavelmente imaginam que vamos para cima, ou seja, não vai ter ninguém lá em baixo. Quero que segure em mim novamente, eu vou me lançar naquele fio para descermos.

— Agarrar em você? Jura? Tá achando que eu sou oque? Um macaco? Eu vou descer sozinha - Disse e me joguei para trás agarrando a fiação

— Estou vendo que te ensinaram bem - Ele sorriu e desceu logo depois. Isaac estava certo, não havia ninguém em baixo, mas estava calmo demais, silencioso demais. - Sabe atirar? - Perguntou e concordei com a cabeça, ele foi em direção a um armário escondido entre as paredes, na verdade, um arsenal. Tinha todos os tipo de armas, e uma bolsa preta, ele colocou todas as armas nela, me entregou uma pistola carregada e pegou outra pra ele. Seguimos em direção à saída, ainda sim, fácil demais. Começamos a ouvir tiros vindo do andar de cima, ele segurou na minha mão e começamos a correr em direção a um beco, e entramos em um carro que estava estacionado.

— Que porra foi essa? - Perguntei e ele olhou pra mim curiosamente

— Ora ora, que boca suja mocinha - Disse e revirei os olhos, ele sorriu - Vamos pro segundo esconderijo, no interior da cidade. Bem melhor que esse, você vai gostar - Enquanto dirigia, comecei a observá-lo, havia mudado tanto. Deixou o cabelo crescer um pouco, seu olhar era diferente, maduro. A sua aparência sempre foi algo que chamava a atenção onde ele passava, o típico cara gostoso sabe? Seu maxilar meio quadrado, cabelo castanho e olhos azulados, e o corpo? Por incrível que pareça não era musculoso, mas garanto que era de tirar o fôlego. Mas apesar de tudo, na época me apaixonei por quem era por dentro, mas com certeza não o perdoaria pelo que fez, pelo ao menos não tão cedo.

O “esconderijo”, como ele chamava, era fora da cidade, no interior. A estrada era de terra, não havia muita arborização, ou animais, apenas terra. O trajeto foi em torno de 30 minutos até chegamos, mas não tinha nada, era um campo vazio rodeado de rochas. Ele desceu do carro e foi até uma pedra, ativando um botão que abriu o chão para um lugar Mediterrâneo. Ele voltou para o carro e prosseguimos, assim que entramos, ele se fechou. Estacionamos e ele me ajudou a pegar minhas coisas, sim, eu lembrei de pegar minhas coisas antes de sairmos.

— Que lugar é esse? - Perguntei enquanto caminhávamos.

— Era uma antiga base secreta do governo, seu pai negociou com o estado e comprou depois que você nasceu. Provavelmente sabiam o que iria acontecer, ou ao menos sabiam que não seria algo bom. - Disse e apontou para a porta, indicando que eu entrasse. Era um quarto, havia uma cama de casal, uma escrivaninha com livros em cima, um banheiro e um closet. O cheiro era bom, como se tudo tivesse sido preparado a pouco tempo.

— Me explica uma coisa, o que você tem a ver com essa história toda? E porque mandaram você para me “proteger”, poderia ter sido qualquer pessoa, um agente, um policial, mas porque você... - Perguntei enquanto ele colocava minha mala em cima da cama.

— Acho melhor conversarmos amanhã, você precisa descansar, qualquer coisa que precisar estarei no quarto da frente. - Ele disse e caminhou em direção à porta, mas o interrompi puxando-o pelo braço.

— Por favor… - Pedi e ele sorriu. Parte de mim queria pular em cima dele e arrancar suas roupas, ele me atraía de uma forma que não conseguia explicar. Mas até então, a parte que ainda o odiava prevalecia, e eu estava muito grata por isso. Ele se sentou na cama e o acompanhei sentando ao seu lado.

— Depois que terminamos, eu meio que fiquei sem rumo, e as coisas começaram a piorar com o tempo...

— Ficou sem rumo? Eu fiquei sem rumo, você me fez acreditar que me amava Isaac, e depois me traiu com Jennifer, a pessoa que mais me humilhava naquele colégio – Disse e ele abaixou a cabeça.

— Você me pediu que contasse, então, por favor não me interrompa. No ano depois que você saiu do colégio, quando completei 18 me alistei no exército. Foram tempos difíceis, todo dia eu rezava para que conseguisse sobreviver, eu pensei tanto em você Annie, e prometi a mim mesmo que se eu sobrevivesse, voltaria para me desculpar e te explicar tudo que aconteceu. – Ele olhou para mim com um olhar sombrio, mas também arrependido – Eles me transformaram em uma máquina de matar, o que me deixou conhecido pelas organizações secretas. No ano passado fui contratado pela CIA como agente, além disso desempenhava a função de treinar os novatos para as missões mais simples. Até que no final do ano houve um incidente e eu fui dispensado, quando isso aconteceu seu pai me procurou, me contou sobre seu poder e tudo que havia acontecido, me contou sobre os planos e os esconderijos, disse que me queria pela ligação que tínhamos, ou tivemos, e que sabia que eu te protegeria a todo custo. Prometi ajudá-lo e em troca eu voltaria a trabalhar com a CIA, e também me deu a oportunidade de cumprir a promessa que fiz. No mês passado, no meu aniversário de 20, ele me procurou novamente, disse que você ia fazer 18 anos e que isso se tornaria perigoso, me orientou que começasse a colocar o plano em prática, planejando os esconderijos, pesquisando mais a respeito do oráculo e principalmente, tentando descobrir que tipo de gente viria atrás de você quando tudo piorasse – Disse e abaixou a cabeça - Agora é melhor você dormir, realmente precisa descansar, amanhã começaremos os treinos. – Se levantou e saiu pela porta.


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Notas finais do capítulo

Oioi não se esqueçam de comentar bastante e clicar em acompanhar para continuar recebendo mensagem quando um novo capítulo é postado.Um beijo e até o próximo...



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