Nossos Meses escrita por Samyy


Capítulo 5
Capítulo 4 - Hate That I Love You


Notas iniciais do capítulo

Eu espero muito que vocês gostem, embora esse capítulo não acrescente nada de muito novo à história



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/788632/chapter/5

— Melhor eu ir logo. – Rony fez menção de ir embora, mas foi impedido por Hermione que segurou seu braço, ou o que ela esperava ser seu braço.

— Não, você tá doido? – Ela era bem menor em relação a ele, mas sua determinação compensava. Pegou o celular e acionou a lanterna com um singelo balançar de mão. – Acabou a energia, tá tudo escuro, você pode ser assaltado.

— Eu sei, mas não posso ficar aqui, tenho que buscar meu carro e...

— E nada, vem, vamos subir.

Ela o arrastou para a área do elevador, mas ao invés de entra nele abriu uma porta lateral onde se encontravam as escadas.

— É sério?

Rony a encarava incrédulo, o que quase a fez rir: Um preguiçoso de primeira.

— Sim. Eu moro no sétimo andar, não vai ser tão ruim.

Eles subiram quatro lances de escada tranquilamente, mas quando chegaram no quinto patamar Rony começou a dar sinais de cansaço. Não estava acostumado com esse tipo de exercício, ainda mais após a comilança que tiveram mais cedo. Por outro lado, Hermione continuava mais do que disposta.

Finalmente atingiram o sétimo andar, com Rony dando graças aos céus. Hermione fingiu não ver a expressão de alívio no rosto dele, mas a verdade é que se divertia muito internamente. Algo dentro de si dizia que não devia leva-lo para seu apartamento, no entanto não podia deixa-lo andando por aí no escuro, ainda mais quando ele foi tão incisivo em lhe dar uma carona.

— Então, essa é minha casa. – Ainda com a lanterna acionada eles entraram no espaço. – Você quer uma água, vinho, alguma coisa?

— Olha, um vinho cairia super bem agora e saber onde fica o banheiro.

— Primeira porta à direita, não tem erro. – Ela apontou o corredor com o celular.

Enquanto ele ia se aliviar, ela foi atrás do reabastecimento na cozinha. Embora tenha oferecido, não tinha muita certeza se ainda tinha vinho na casa. Por sorte, achou a última garrafa que comprara, um de seus preferidos, embora não fosse um dos melhores vinhos: Lambrusco italiano. Também procurou algumas velas, a bateria do celular acabaria se usasse como lanterna pelos próximos minutos e sem energia não conseguiria carrega-lo até a manhã do dia seguinte, ou melhor, do dia que começava.

De costas e no escuro, ela não percebeu a movimentação atrás de si. Rony observou, através dos ocasionais lampejos de luz, os movimentos de Hermione. Desde a quarta-feira em que se viram não conseguia parar de pensar na mulher que Hermione se tornara. Ela não lembrava nem de longe a menina sabe-tudo que conhecera na adolescência, mas ainda mantinha a essência da garota de dezesseis anos que ele namorara. Seu desejo desde a tarde anterior era de beijá-la, toma-la entre seus braços e não deixar que fosse embora nunca mais.

Até hoje não sabia como sobrevivera ao término do namoro. Talvez fosse o pensamento de que quando ela terminasse o curso nos Estados Unidos voltaria para a Inglaterra e assim reatariam de onde pararam, mas isso nunca aconteceu e, quem sabe, fosse até melhor não ter acontecido.

Rony também aplicara para a UCLA, onde Hermione fora estudar, contudo foi rejeitado por conta do histórico escolar. No fundo no fundo ele sabia que não tinha chance alguma quando alunos como Hermione eram sempre os cotados para preencher as bolsas universitárias.

O rapaz se sentia como um adolescente se perguntando se sua paixonite sentia o mesmo que ele, e isso significava admitir que após tudo o que passou não superara seu primeiro amor.

Ela virou-se abruptamente percebendo a presença tão próxima do ruivo. A distância entre eles era pequena, mas Rony fez questão de quebra-la se aproximando mais. Tomou o rosto dela em suas mãos, acariciando levemente com o dedão direito o lábio entreaberto de Hermione. Ambos sentiam o coração disparar dentro do peito com o simples gesto enquanto se encaravam, ela tentava manter a pose de quem tinha tudo sob controle. Rony quebrou mais ainda a distância colando seus lábios nos dela.

Ambos fecharam os olhos saboreando o doce encontro secretamente ansiado. Instintivamente entreabriram os lábios permitindo que o contato fosse intensificado. Hermione se viu levando suas mãos para a nuca do jovem onde podia acariciar seu cabelo e pescoço. Ao sentir o leve toque sobre sua pele algo dentro de Rony despertou e ele cortou o beijo inesperadamente.

— Desculpa. – Ele disse ainda de olhos fechados tentando guardar em sua mente a sensação dos lábios dela nos seus. – Eu não sei o que deu em mim...

— Tudo bem... – Hermione mordiscou o lábio inferior, absorta em seus próprios sentimentos.

Ela pegou o vinho, as taças e pediu que Rony levasse as velas até a sala.

O coração dela ainda batia totalmente descompassado. A verdade é que não beijava alguém há um bom tempo, quase 2 anos para ser mais exata, e aquele beijo despertara sensações que ela até mesmo esquecera que podia sentir. Mesmo deixando a cozinha a sensação das mãos de Rony acariciando sua pele não deixaram sua cabeça e incrivelmente ela queria mais.

Astoria tinha razão, afinal. Aparentemente ela realmente sentia falta do toque humano, de alguém que a beijasse até se esquecer de seu próprio nome, do calor que emana de outro corpo, mas não era qualquer contato humano: ela sentia falta do toque de Rony, que desde sempre soube explorá-la e desvendá-la.

Eles se sentaram no sofá, Hermione sentou-se a direita de Rony, subindo suas pernas no móvel. Não sem antes servir as taças de vinhos e acender as velas. A tensão inicial estabelecida pelo beijo foi quebrada após a primeira rodada de vinho. Não importava que já passasse da meia noite ou que eles trabalhariam na manhã que nascia, eles só queriam aproveitar a companhia um do outro.

Não chegaram a ficar bêbados, apenas alegres e falantes. Hermione tentava prestar atenção ao que Rony falava, mas a verdade é que só consegue prestar atenção aos lábios dele se movendo.

Sem ter muito controle sobre o que estava fazendo, ela levantou a mão e acariciou o rosto do ruivo, exatamente como ele fizera a pouco com ela. Ele interrompeu a própria fala e a encarou por longos segundos, perdido na delicadeza de seu toque. Hermione se inclinou e dessa vez foi a responsável por diminuir a distância entre os corpos. Primeiramente, um pouco atordoado, Rony demorou a corresponder o gesto, mas não perdeu tempo quando recuperou os sentidos. Vide suas mãos, uma foi parar na cintura de Hermione e a outra voltou a acariciar seu rosto.

Hermione agradeceu os céus pela mão de Rony estar por cima de sua camiseta, sua cintura era uma área sensível e ela sabia que não aguentaria um toque mais direto ali. Mas Rony também sabia disso, afinal foram namorados e ele jamais esqueceria como excitá-la e fazê-la perder os sentidos. Lentamente os beijos dele rumaram para o queixo dela e desceram em direção ao pescoço exposto. Com os lábios entre os dentes, Hermione se controlava ao máximo para não demonstrar tanto o quanto estava rendida pelas carícias do ruivo.

Ele tinha todo esse poder de mexer com ela ou era apenas carência?

Quem sabe uma mistura dos dois?

Os beijos dele se transformaram em leves mordidas e então, a cereja do bolo, que a fez perder a compostura: Rony desceu a mão, como quem não quer nada, por debaixo da camiseta tocando-a diretamente, provocando nela o primeiro de muitos gemidos da noite. Instintivamente ela pousou uma mão sobre a dele, como quem pede pra continuar. Para Rony era a confirmação de que apesar de todos aqueles anos ela continuava a mesma.

Não ficando para trás, Hermione também resolveu investir: se era fogo que ele queria então teria fogo. Ela recuou o corpo para trás, afim de descolar os lábios dele de seu pescoço e voltou a beijá-lo, também tinha seus truques e não tardou a descer os próprios beijos para o queixo e consequentemente pescoço do ruivo. Diferente dela, ele não tinha muita tolerância a essas carícias, então não foi surpresa para nenhum dos dois quando ele a puxou para seu colo.

O encaixe perfeito.

A posição permitia que ela sentisse o corpo dele dando sinais de vida em sua parte mais íntima e ela não o culpava pois não estava nem um pouco longe disso também. Logo após concluir o pensamento, seu baixo ventre se contraiu violentamente, parecia reconhecer o sexo oposto e a possibilidade de aliviar o desejo acumulado.

Rony voltou a beijá-la, suas mãos, uma de cada lado, subiram sob a camiseta dela em direção a suas costas. Ela o agarrou pela nuca, deslizou as mãos por seus ombros e começou a despi-lo de sua jaqueta, interrompendo o movimento quando as grandes mãos dele abriram seu sutiã por debaixo da roupa. O pouco de autocontrole que residia nela caiu completamente quando ele tocou seus seios.

Reunindo o equilíbrio que restava, e a muito contragosto, ela desvencilhou-se dos braços dele e levantou-se, o puxando pela mão, não sem antes notar a cara de confusão e decepção estampadas no rosto de Rony.

Eles se encararam por segundos agonizantes, como se materializassem o pensamento de que aquele encontro estava realmente acontecendo e que não era um sonho distante. Hermione começou a guia-los pelo corredor sem quebrar o contato visual, levando consigo uma das velas que acendera mais cedo. Passaram pela cozinha, pela primeira porta à direita até entrarem na próxima porta à esquerda. O olhar só foi quebrado quando ela deu as costas a ele e começou a procurar algo nas gavetas de um móvel.

Com os relances de luz, Rony conseguiu visualizar um pouco da decoração do que descobriu ser um quarto. Aquele era o quarto dela? Ele se perguntou. Pelo o que conseguiu distinguir, as paredes eram rosa assim como o edredom da cama. O que tinha acontecido? Ela nunca fora fã dessa cor.

— Esse é seu quarto? – As palavras saíram mais rápido do que ele pôde controlar.

— Claro que não. – A resposta foi acompanhada de uma risada curta. Bom que ele ainda sabia de suas preferências. – Só estamos de passagem. – Ela mordeu os lábios e mostrou o conteúdo de sua caçada: um pacote de camisinhas.

Rony tremeu dos pés à cabeça e a puxou pela cintura. Hermione o conhecia bem, bem o bastante para saber que ele nunca estava preparado e provavelmente não andava com proteção por aí. Nem mesmo Hermione que, como citado, não sabia o que era beijar há uns bons meses. Santa Astoria que namorava e andava com caixas e caixas de preservativo.

Mais uma vez ela os conduziu pelo corredor, desta vez até a última porta do apartamento. Colocou a vela em cima do primeiro móvel que encontrou e levou um susto quando Rony a levantou em seus braços, deitou-a no que acreditava ser a cama (com uma luz baixa fica difícil distinguir as formas) e cobriu o corpo dela com o dele. Foram minutos de beijos intensos até que Hermione terminasse o que tinha começado na sala: tirar a roupa de Rony. Vê-lo sem camiseta não era nenhuma novidade, a novidade era que em algum momento desses quase dez anos ele começara a malhar, era malhado de forma a deixa-lo apenas definido, nada exagerado. Ele nunca fora do tipo rato de academia.

Ela correu os dedos pela pele exposta. Rony era muito fraco pelas carícias dela, qualquer toque seu o descontrolava profundamente. Ele pegou a mão que o acariciava e beijou, como quem diz que vai tomar as rédeas da situação. Tirou a camiseta de Hermione, que não se fez de rogada, e começou a trilhar beijos e leves mordidas que iniciaram em seu pescoço e o levaram até a barreira que a calça dela criava. Se pôs a desabotoar a peça e a cada pedaço de pele revelada seus lábios e mãos lhe dava boas-vindas.

Agora, com o pouco mais de experiencia que adquirira, Hermione podia dizer com certeza que Rony era o melhor amante que tivera, mesmo quando ainda eram adolescentes a flor dos hormônios. Talvez pelo simples fato de haver amor entre ambos, tudo com amor é melhor e mais forte. Suas mãos sempre a tocavam como se ela fosse a coisa mais preciosa do mundo e seus beijos demonstravam o que palavra nenhuma era capaz de dizer.

Ela sentiu seu mundo desfalecer quando os lábios de Rony encontraram sua parte mais íntima e sensível, tornando impossível conter os gemidos de prazer presos em sua garganta. Hermione queria xingá-lo porque não entendia como ele sabia exatamente o que fazer para deixa-la sem palavras, enquanto suas mãos se perdiam nos fios ruivos.

A beira do ápice, ela se obrigou a empurrá-lo para longe e inventar as posições, com Rony agora sentado na cama e ela mais uma vez em seu colo. As mãos dela agilmente abriram a calça do rapaz, revelando seu membro completamente ereto.

Habilmente, Hermione colocou uma das camisinhas em Rony e concretizou o desejo mais do que estampado nos dois.

O resto, como dizem, é história e a noite uma criança.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada pelo comentários e carinho e me digam o que acharam ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nossos Meses" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.