Relatos de um garoto machucado escrita por Otomizinha


Capítulo 1
Minha preciosa mãe


Notas iniciais do capítulo

Olá querido leitor!
Eu vim humildemente postar minha história sobre boku no hero, a fiz com muito carinho para um desafio.

o nome do desafio é Desafio de Fanfics do Balacobaco (DeFaBa), promovido pelo grupo Fanfiqueiros do Balacobaco

Queria estimular minha escrita em prazos, bom a gente teve um prazo de 40 dias e adiado mais uma semana, então a história é encerrada e feita somente para esse desafio, que consiste em se inspirar em uma música.

https://www.youtube.com/watch?v=kVE2GFvQhyM

Eu já escrevi outras histórias, além que é a segunda vez que escrevo para um desafio, decidir escolher esse fandom maravilhoso de boku no hero, queria deixar claro que o objetivo da história e contar alguns relatos do Midoriya após o acontecimento em sua vida, retomando seus traumas e como isso ainda afeta sua vida mesmo com o final de tudo.

Eu conversei com algumas pessoas para esse desafio, pois eu nunca sofri realmente um relacionamento abusivo de forma amorosa, queria agradecer elas por abrirem o coração para um assunto tão delicado como esse, vocês foram essenciais para tornar minha escrita viva e sentimental, espero que eu tenha conseguido passar a mensagem, as minhas amigas foram Anne e Sofia, amo vocês demais e são garotas muito fortes por terem passado algo assim e estarem aqui ♡♡.

Queria citar um dorama que me fez ter inspiração em uma cena, se já viram ele, provavelmente vão conseguir identificar a cena citada, o nome é Romance Is a Bonus Book, eu recomendo demais, pois mostra exatamente o que eu quis passar na fanfic, que nos pegamos nossas experiências e as transformamos em força!

Enfim, espero que gostem, de verdade, me esforcei bastante nesses quatro capítulos!



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Relatos de um garoto machucado 

1 Capítulo 

05 de junho

Minha preciosa mãe 


 

5 dias depois 

 

Eu estava totalmente atordoado, pois eu definitivamente estava sozinho, sem ninguém, sem amizades, sem família e principalmente sem um namorado, não era como se isso fosse o fim do mundo, mas era angustiante pensar que eu não tinha  nenhuma uma única pessoa ao meu lado, eu nem ao menos sei se posso contar com minha psicóloga, pois ela faz apenas o seu trabalho, apesar que eu sei que tudo que deseja é que eu melhore e passe a ter contato com outras pessoas, uma vez que o ser humano precisa de contato com outros, para não ficar sozinho e depressivo, o que é exatamente o que eu estou passando.

 

Naquele dia eu tinha ligado para minha mãe, mas ela não atendeu o telefone,me senti muito triste, porque queria a de volta na minha vida, uma vez que a expulsei por causa do Bakugou. Enfim, eu finalmente a entendi, mães sempre têm razão, não entendo o porquê de não ter acreditado nela, pois ela tinha toda a razão do mundo.

 

Quando resolvi dormir, por está cansado de esperar minha mãe me ligar novamente, afinal já tinha ligado umas dez vezes naquele dia, ela não ficou nem ao menos desesperada ou atordoada? Pelo seu único filho ter ligado, principalmente porque deu a impressão que eu estava desesperado, o que é totalmente verdade. Espero do fundo do meu coração que me perdoe, mereço não se retornado, entretanto não tira o fato que estou extremamente magoado.

 

Ouvi por fim batidas desesperadas na porta, meu coração parou, podia ser Bakugou, não queria que fosse, estava com medo, mas eu tinha que abrir aquela porta, não queria viver com medo o tempo inteiro, só queria minha mãe, alguém que tem o meu coração para sempre e que nunca iria me machucar, não como ele. Uma esperança acendeu em minha alma, quando finalmente a pessoa do outro lado da porta, se pronunciou:

 

— Filho! Sou eu, sua mãe, eu vim te ver…

 

 Nunca pensei que ia ficar tão feliz ao ouvir a voz dela, meu corpo inteiro vibrou, como se a vida se resumisse só nesse momento, precisava totalmente daquilo. Corri para abrir a porta, vi aquela mulher de cabelos verdes, sardas tão brilhantes quanto as minhas, com um sorriso que eu senti tanta falta, ela estava na minha frente e mal podia acreditar nisso.

 

— Eu sentir tanto a sua falta! Você não tem ideia, hoje de manhã, quando eu vi suas ligações no meu celular, depois de eu ter esquecido meu carregador em casa, entrei em desespero, eu precisava te ver, peguei minha bolsa, meu dinheiro, algumas roupas e chamei um táxi e vim aqui, eu sabia que aquelas chamadas não eram besteira.

 

— Eu também senti tanto sua falta mãe, você não tem ideia, eu senti que tudo que eu precisava era sua presença, não preciso de alguém que me destruiu e sim de quem me construiu.

 

Após minha palavras, minha mãe me abraçou tão forte que eu senti todos os ossos do meu corpo esmagados, porém essa foi a sensação mais gostosa que tive nesses dias, mesmo que doesse, era muito bom e caloroso, pensei que nunca mais ia sentir isso, mas estava errado, pois ela sempre vai me perdoa, não importava o que eu fizesse.

 

A chamei para entrar enfim em minha casa, uma vez que saiu da sua correndo para me ver, ela ficou tão feliz em finalmente ser convidada para entrar o que sobrou foi só um filho precisando de uma companhia materna.

 

— Eu queria te falar que eu terminei tudo.

 

Falei por fim, como tinha dito, ela nunca gostou do meu relacionamento e esse foi o único motivo que separou a gente, pois nunca aceitou eu ter ficado com uma pessoa tão ruim, sabia desde começo que ele não era uma boa pessoa, todavia eu estava cego de amor, que nem ao menos minha mãe conseguiu me tirar daquela situação, tive que sair sozinho, com minhas próprias forças, pois só minha pessoa podia fazer isso, ninguém iria sair por mim, só eu. Apesar de ter sido abandonado por Bakugou, ainda sim tive que sair da situação de desespero sozinho.

 

— Eu sabia, você não ia me ligar sem ter um motivo. Eu tenho um filho tão incrível, conseguiu sair de tudo sozinho.

 

— Eu não sou…

 

Fui interrompido na hora.

 

— É sim! Isso te fez mais forte, eu não podia lutar por você, obrigada por ter dado uma chance a você.

 

— Ele que me abandonou Mãe, se não fosse isso, eu ia continuar com Bakugou por muito tempo.

 

— O importante é que você saiu e está aqui de pé!

 

Não me aguentei, comecei a chorar tanto, parecia que meus olhos estavam presos por uma porta, que essa simples frase, fosse a chave para a abrir, lágrimas não paravam de sair, minha mãe ficou desesperada, não sabia que isso ia acontecer, como se não soubesse que tinha um filho extremamente chorão, que foi impedido de chorar por tanto tempo, de poder fazer isso sem ser julgado ou rebaixado. Senti os braços dela envolta do meu corpo, me sentir protegido e aquecido pelo abraço, continuei chorando como um bebê, não me importei de ser tão vulnerável, afinal era minha mãe ali, nada mais importava do que ficar com ela e ter finalmente todo o seu carinho.

 

—  Eu te amo! Sempre vou te amar, não importa os seus erros, na minha visão você é o meu filho incrível!

 

—  Eu também te amo mãe, sempre vou te amar, obrigada por não desistir de mim, pois eu também não desistir, eu vou lutar, não pela senhora, mas por mim, eu mereço, pois a senhora me criou para ser incrível.

 

Depois de ser consolado, deixando meus olhos totalmente inchados, percebi que precisava de um ponto final, então sai do seu abraço, ela sorriu para mim, tão acolhedor, parecia que estava brilhando, fiz a coisa mais normal do mundo, limpei o meu rosto com um lenço, lavei minhas mãos e lhe disse:

 

— Você quer uma xícara de café?

 

—  Prefiro chá!

 

— Eu nem me lembro como se faz chá mais.

 

— Como posso ter um filho que não sabe fazer um chá? Tomamos isso a vida inteira.

 

Então me lembrei do que eu gostava antes do Bakugou, nem ao menos fui acostumado a tomar café por ela, tinha começado a tomar por ele, pois tinha abdicado dos meus gostos pessoais para o satisfazer. Só a vi levantar bruscamente e começar a fazer chá, que aliás ela mesmo trouxe, parecia que tinha adivinhado que nessa casa, não tinha mais a minha presença. Por fim ela fez o chá para nós, comecei a beber e me senti tão melhor, como se uma pequena parte de mim tivesse voltado, sorri com esse fator, começamos então a colocar a conversa em dia, me senti tão bem, minha mãe era minha amiga, nunca pensei que ia sentir tanta falta de uma parceira.

 

Naquela manhã tive pesadelos com o passado, como se tivesse preso lá ainda, me lembrei da pior noite da minha vida.

 

3 meses antes

 

Minha mãe tinha acabado de chegar na minha casa, eu mal tinha visto a entrar, quando percebi, ela já tinha visto tudo, toda a cena, tudo que eu menos queria, era que nunca me visse nesse estado, de total desamparo. Devem imaginar muito bem o resultado de tudo, Bakugou tinha acabado de me dar um tapa na cara, o que ela presenciou tudo, bem na hora.

 

Fez o que eu podia imaginar claramente, correu e ficou entre a gente e pegou em sua mão para não desferir mais nenhum golpe daquele tipo, Bakugou olhou para ela de um jeito que nunca vou esquecer, como se pudesse bater ali mesmo em nós, fiquei extremamente assustado, não queria a envolver nisso, todavia só conseguia tremer e chorar, enquanto meu rosto ardia.

 

— Por que você fez isso? Como ousa encostar um dedo no meu filho?

 

Ela gritou tão alto, me perguntava como tinha tanta força para enfrentar ele.

 

— Ele mereceu! Fez o que eu não permitir.

 

— Você não precisa permitir nada. Sai da casa do meu filho, agora! 

 

Minha mãe começou a empurrar ele para fora de casa, teve coragem de fazer algo que eu não tive, fiquei a olhando fazer tudo isso, sem ao menos falar nada, naquele dia eu me sentir protegido, pois o meu maior medo foi embora. Ainda pude ouvir batidas na porta violentamente, enquanto ela o ameaçava falando que ia chamar a polícia se continuasse, depois me olhou e foi correndo me abraçar, me desabei em seus braços, chorando muito, aquela tinha sido a primeira vez que Bakugou me agrediu,pelo menos não tinha ficado sozinho.

 

Depois desse acontecimento, pensei que nunca ia mais voltar para ele, mas apareceu em minha casa, com flores e chocolates pedindo desculpas, eu como fraco aceitei, acreditei do fundo do meu coração que realmente o garoto ia mudar, mas para adiantar tudo, Bakugou não mudou e cenas como daquele dia, voltaram a se repetir, porém eu não tinha mais minha mãe para me proteger.

 

Ela tinha deixado bem claro que não ia mais entrar no meio das  minhas brigas, para no outro dia eu voltar com ele e indagou que eu tinha que sair daquilo tudo sozinho, não podia me ajudar mais que isso, me aconselhando e cuidando de mim de longe, pois não aguentaria me ver novamente ao lado dele.

 

6 dias depois 

 

Acordei em desespero depois daquele sonho, estava todo suado, me tremia inteiro, mas algo me fez levantar da cama, o fato que dessa vez eu não traí a mim mesmo, dessa vez eu não deixei ele entrar novamente na minha mente para me destruir. Levantei da minha cama, tomei um banho relaxante, que fez todo meu corpo acalmar e fui até cozinha, onde minha mãe se encontrava lá, só dessa companhia que precisava nesse momento.


 

— Bom dia mãe!

 

— Bom dia filho! 


 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem até aqui



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