Em meio ao Caos escrita por Val Rodrigues


Capítulo 6
Capitulo Seis


Notas iniciais do capítulo

Olha o meu dilema: Tenho tanta materia Online da Faculdade para estudar, mas toda vez que ligo o notebook, Em meio ao Caos começa a dançar na minha frente, e eu simplesmente preciso escrever.
O que dizer??? Estou amando esta Fanfic e amando a atenção de vocês.
Então, bora lá de capitulo novo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/788422/chapter/6

— E como ele esta filho? Esme perguntou preocupada e Edward apertou o telefone inconscientemente.
Há três dias, Theodoro estava internado no Hospital. Febres constantes. O virus atacando seu sistema respiratorio, resistindo aos antibióticos que eram trocados a medida que um não surtia o efeito esperado.
— Ele continua sendo medicado. Estamos esperando que os remédios façam efeito e tragam melhoras.
Esme suspirou.
— Eu vou continuar orando por vocês. Tenho certeza que ele já vai melhorar.
— Obrigado mãe. Faça isso.
— Só me entristece que eu não possa ir ate ai. A espera aqui é muito dificil. Alice tambem esta ansiosa por noticias.
— Eu sei. Mas o melhor que vocês fazem é ficar ai e se cuidarem. Ja tem gente o suficiente no isolamento e vocês virem ate aqui não vai ajudar em nada.
— Eu sei filho. Por quanto tempo vocês vão ter que ficar em isolamento?
— São quatorze dias no total. Hoje é o terceiro. Só estamos saindo Bella e eu, em dias alternados para ir ao Hospital visitar o Theo.
— Lembre-se que é apenas uma fase. Em breve tudo isso tera passado.
— Espero que sim. Mãe, eu tenho que desligar agora. Bella esta chegando do Hospital e eu preciso ouvir o que ela vai dizer.
— Claro, mas me mantenha informada e diz para a Bella que eu mandei um beijo.
— Esta bem. Ele concordou desligando no exato momento em que ela descia do carro.
Do ponto em que estava na varanda, pode observa-la caminhar. Como médico, ele estava sempre atento a todos na casa, observando se algum deles desenvolvia sintomas.
— Oi. Ela disse o notando a olha-la.
— Oi. Como foi? Perguntou ansioso e ela suspirou antes de responder.
— Sem alteração. Ele continua na mesma. Seth disse que temos que continuar aguardando o organismo dele reagir a medicação.
— Esta certo. Concordou. _ Eu estava falando com minha mãe, ela mandou um beijo para você.
— Diz que eu mandei outro quando falar com ela novamente.
— Esta bem. Concordou a olhando. As olheiras ao redor dos olhos denunciavam a necessidade de dormir. _ Você esta bem?
Ela suspirou analisando sua pergunta.
— Eu não sei se posso ficar bem nesta situação. Eu vou entrar. Vai ficar ai?
— Va em frente. Eu vou daqui a pouco.
..............................

Edward permaneceu imovel, deitado no sofá da sala de Charlie, local que havia se transformado em sua cama enquanto ele estava confinado ali. Com os olhos fechados, ele ouviu passos lentos ecoarem na escada fazendo o caminho para a cozinha.
Abriu os olhos devagar, observando-a pegar uma jarra de agua na geladeira e encher um copo.
Aquilo já se tornara um habito para ela nas ultimas noites.
— Não consegue dormir? Ele perguntou sentando-se e ela levou a mão ao coração assustada.
— Que susto Edward. Pensei que estava dormindo. Falou respirando fundo para acalmar as batidas do coração.
— Não consegui. Nem você, pelo jeito. Ele disse levantando e indo ate a cozinha.
— Não.Toda vez que eu fecho os olhos, me vem a mente a imagem do Theo no Hospital. É dificil dormir assim. Revelou com a voz triste.
— Se estiver muito dificil para você ir as visitas e ve-lo assim, eu posso ir, ate que ele saia da UTI pelo menos, vai ser menos traumatico para você. Sugeriu e um pequeno sorriso surgiu nos labios de Bella.
— Por que você esta acostumado a lidar com estes tipos de casos, não é? Perguntou o analisando. _ Mas ainda assim, tambem é dificil para você ve-lo desta maneira. Sei que quer esconder, mas eu ouvi você chorando no chuveiro, na primeira noite aqui.
— Você ouviu? Aquilo foi...
— Foi bom. Ela disse e ele a olhou com o cenho franzindo. _ Durante todo o dia que você passou com a gente, eu vi o Edward calmo, controlado, seu lado medico assumindo o controle e fiquei um pouco brava ao notar como você conseguia ser tão frio. Mas, quando eu ouvi você chorar, depois de dizer a todos nós que tudo ia ficar bem, eu finalmente percebi que você estava apenas escondendo o que realmente sentia, que você se importava sim, que o amava tanto quanto eu.
— Como não ia amar? Ele é meu filho. Respondeu e ela o olhou.
— Não precisa ser durão o tempo todo. As vezes, quando tiver muito pesado, você pode dividir o fardo. Não tem problema chorar.
Ele a olhou. Ali, naquele momento, era como se pudesse voltar a enxergar a timida garota que roubou o seu coração.
Tão perto e tão distantes ao mesmo tempo.
Edward demorou o olhar em sua boca, subindo para os seus olhos, buscando uma permissão silenciosa.
Um segundo depois, ele a estava beijando-a, enroscando as mãos nos cabelos dela e trazendo-a mais para si. Ha quanto tempo não se sentia assim? Lhe parecia uma eternidade. Pensou enquanto sentia os braços dela envolverem seu pescoço.
Sinto sua falta. Estou com saudades. Quero você.
Palavras não ditas, por que os labios estavam ocupados demais um com o outro.
— Espera. Espera. Ela murmurou quando conseguiu voltar a falar.
— O que? Ele perguntou ainda beijando seu pescoço.
— Nós estamos nos divorciando. Não é certo fazer isso.
Suas palavras foram como um balde de gelo em cima dele, que se afastou de imediato.
— Ah, é verdade. Falou voltando a realidade.
— Edward, eu...
— Tudo bem Bella. Não precisa explicar. Falou e ela se afastou rapidamente, subindo os degraus e se abrigando em quarto. Sua mente voltando ao pequeno momento que dividiram juntos.
..............................

— Por favor Seth. Me dê boas noticias. Edward pediu olhando seu filho pela vidraçaria e Seth suspirou na outra ponta do corredor. Uma distancia recomendavel e segura para ambos.
— Eu não preciso dizer que o fato dele ter asma agravou a situação. Edward acenou. Ele sabia bem disso. Fora um dos motivos pelo qual insistira com Bella para que ela não ficasse na cidade, ainda assim, seu filho estava ali.
Ele era médico, mas se via de mãos atadas, enquanto seu proprio filho lutava para sobreviver.
— Por favor Seth. Faça tudo o que puder. Pediu e Seth acenou vendo a angustia no olhar do colega.
— Você sabe que sim. Não vamos desistir Edward. Isso eu posso garantir.
Edward acenou concordando.
— Obrigado.
...........................................

Assim que Edward cruzou a porta da casa, três pares de olhos se voltaram para ele, ansiosos em busca de noticias.
— O que o médico disse Edward? Foi Charlie a perguntar e ele pousou o olhar em Bella antes de responder. Ela parecia prestes a desmoronar a qualquer momento.
— Ainda sem melhora. Seth disse que esta testando uma nova combinação de antibioticos, então, temos que continuar esperando.
— Vai dar certo. Temos que manter a fé que vai funcionar. Renne se pronunciou e Bella se levantou subindo para o quarto.
— Bella... Edward chamou, mas ela continuou.
— Va falar com ela. Ela precisa de você neste momento Edward. Renne aconselhou e ele acenou agradecendo.
Subiu os degraus de dois em dois, a encontrando no seu antigo quarto de solteira, local que dividia com Lavinia agora.
— Bella... Chamou notando-a sentada no chão, as costas apoiada na cama, o rosto entre as mãos. _ Ei... Falou tocando seu braço. Os soluços dela, agindo como flechas afiadas em seu coração.
Com lagrimas nos olhos, ele se colocou na altura dela, a envolvendo nos braços. Chorando, ela agarrou sua camisa escondendo o rosto no peito dele.
Dois corações, dividindo a mesma dor.
— Por que isto esta acontecendo? Ela perguntou soluçando um tempo depois. _ Eu não entendo. 
— Eu tambem não. Ele murmurou e ela secou o rosto. Os olhos vermelhos e a cabeça pesada. Resultado do longo periodo em lagrimas.
— Obrigada. Obrigada por estar aqui Edward. Murmurou e ele a olhou com carinho.
— É onde eu devo estar. Falou notando a convicção em suas palavras.
........................

— Coma os legumes tambem Lavinia. Bella mandou, quando um pouco mais tarde, todos estavam a mesa, tentando jantar.
— Eu não gosto mãe. É ruim.
— Não é ruim. Prove. É muito bom. Edward insistiu levando um brócolis a boca e ela o imitou. _ Você tambem Bella. Tenta comer um pouco. Ele pediu e ela acenou. Nos ultimos dias simplesmente não tinha apetite.
— Eu sei que não podemos sair, mas preciso ir ao Supermercado amanha. Renne falou tentando gerar assunto a mesa.
— Eu posso ir tambem Vovó? Lavinia perguntou.
— Não. Bella respondeu de imediato.
— Mas mãe... Lavinia choramingou sendo cortada bruscamente pela mãe.
— Nada de "mas" Lavinia. Termine seu jantar e va escovar os dentes. Bella mandou levantando-se. O prato intocado sobre a mesa. _ Estou com dor de cabeça, vou me deitar um pouco.

Abismados, eles olharam Bella deixar a mesa de repente. 
— Anh. Renne, eu posso ir ao Supermercado para você amanha. Falou e Renne olhou para ele.
— Obrigada. Eu vou fazer uma lista de compras.

Edward se ofereceu para ajudar com a louça, enquanto deixava Lavinia se distrair com um jogo online em seu celular na sala.
— Obrigada Edward. Não precisava se incomodar com isso.
— Imagina Renne. É o minimo que posso fazer.
— Eu vou levar este chá para Bella.
— Otima ideia. Ela mal tocou na comida.
— Eu sei. Estou preocupada com ela tambem.
— Deixa que eu termino aqui, vai lá. Edward pediu e Renne lhe deu um sorriso agradecido.
................................

— Para você. Edward disse lhe entregando um pacote de amendoim, assim que acabara de chegar do Supermercado na manhã seguinte.
— Obrigada.
— Use o álcool em gel antes de comer. Vou tomar um banho. Falou subiu antes de subir para o banheiro. Era uma nova regra da casa. Saida apenas com mascara e apenas quando extremamente necessário. Quem saia, sempre que voltava corria para o banho.
— O que é isso? Renne perguntou entrando na cozinha e notando Bella olhar fixamente o pacote em suas mãos.
— Amendoim. Ela disse erguendo o olhar.
— Edward trouxe isso do Supermercado? Renne perguntou e ela acenou. _ Não me lembro de ter colocado na lista. Falou com um pequeno sorriso no rosto e Bella a olhou.
— É só um pacote de amendoim mãe. Desconversou.
— Eu não disse nada. Renne se defendeu e ambas sorriram um pouco. _ Ele tem andado muito prestativo ultimamente.
— É, tem sim. Bella respondeu suspirando. _ É bom te-lo aqui neste momento.
— Eu sei. Me ajuda a guardar as compras? Precisamos higienizar tudo antes.
— Claro. O que vamos fazer para o almoço de hoje? Bella perguntou se movendo pela cozinha.
— Vamos ver o que meu genro encontrou no supermercado.
— Ex-genro, mãe. Esqueceu que estamos nos divorciando? Bella corrigiu.
— Um mero detalhe. Rene provocou e Bella sorriu balançando a cabeça _ Se ele pode gerar um pequeno sorriso com um pacotinho de amendoim... Renne provocou.
— Mãe. Vamos guardar as compras. Bella pediu ficando vermelha.
— O que? Só estou dizendo. Renne sorriu ao ver um pequeno brilho no olhar da filha, que parecia estar se apagando a cada dia que o neto passava no Hospital. _ Vamos lá.
.........................

— Você esta ja indo para o Hospital? Renne perguntou momentos apos o almoço, quando Bella desceu as escadas pronta para sair.
— Sim. Hoje é meu dia de visita. Bella falou e só então reparou na mãe. _ O que é isso mãe?
— Estou fazendo um tapete para o quarto do Theo. Quero dar de presente quando ele receber alta do hospital.
Com os olhos marejados e um sorriso no rosto, Bella abraçou a mãe apertado. Aquele gesto demonstrava o quão certa ela estava de que Theo logo estaria com eles novamente.
— De nada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Em meio ao Caos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.