Amanhecer: Novos Começos escrita por Sarah Lee


Capítulo 6
Culpa


Notas iniciais do capítulo

Acredito que por essa vocês não esperavam! Na real, nem eu esperava kkkkk.
Seguinte xuxus, duas coisas muito importantes antes de vocês lerem esse cap! A primeira, LEIAM AS NOTAS FINAIS, eu vou explicar um pouco dos acontecimentos recentes lá, assim como meus planos para o restinho desse ano. O segundo é que o capitulo anterior, que foi o extra, está atualizado. Eu não tinha gostava de como ele tinha ficado, então tratei de reformular algumas coisas, então se você já o leu, trate de dar mais uma conferida lá.
Pois agora sim, boa leitura.



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Quando voltei a mim, já era de noite.

Levantei com cuidado, ainda entorpecida com as últimas palavras de Leah. — “Nós nunca ganhamos garota, o Lobo que sempre ganha” —, e tremi pelo quanto isso parecia ser verdade. Levantei sem muita vontade, e andei desnorteada pela floresta, não me importando muito com qual caminho eu tomava. Queria me colocar em movimento logo, queria estar em casa, na segurança do meu quarto. 

Então eu escutei me chamarem, a voz grave que eu reconheceria em qualquer lugar.

— Bella! — Jacob se aproximou correndo. — Graças aos Deuses te achei. Quando eu escutei que você estava procurando a Leah eu… — Ele parou de repente, lutando contra o instinto de me dar uma bronca. Até ele percebia que não era a hora para isso.

Eu só estava cansada, confusa e com frio. Era exaustivo lutar contra algo que não se podia vencer. Não cabia mais sofrimento em mim. Então eu não reclamei quando ele limpou as lágrimas que eu não sabia que escorriam meu rosto, e me inundou com seu calor em um abraço. Também não protestei quando ele me pegou no colo e me levou para a sua casa.

— Céus, você está congelando — Ele suspirou fundo, era nítido o tom de dor na sua voz.

Jacob me colocou em sua cama e me deu um pijama grande dele para me trocar, e apesar de ter a certeza que fazia tempo que ele não usava essas roupas, por causa da sua temperatura corporal, eu conseguia sentir seu cheiro nelas.

— Vou avisar seu pai que o carro quebrou e que você vai passar a noite aqui, ok? — Eu não respondi, e ele me deixou sozinha.

Quando Jake voltou, depois de uma longa conversa com Charlie, eu estava agarrada no seu travesseiro. Encolhida, para não me deixar despedaçar. Eu senti a cama afundando quando ele sentou, mas eu não conseguia virar e encará-lo.

— Bella, eu… — Ele não conseguia encontrar as palavras certas. Mas eu sabia o que viria agora, um pedido de desculpas por uma culpa que não era dele. Ele não era culpado por ter isso dentro dele, e também não era culpado por não conseguir fugir disso tudo. Então por que eu o culpava?

Antes eu não entendia qual era a raiva de Jacob, mas ela nunca foi direcionada à alguém específico, ele apenas odiava os desdobramentos do destino. E eu não posso dizer que estava completamente feliz com o rumo das coisas também. Mas eu ainda era grata por tudo que aconteceu, de tê-lo conhecido e ao seu amor. Acho que eu só estava com medo de perdê-lo novamente. Foi então que caiu a ficha, talvez esse fosse o motivo de Jacob estar mantendo distância do máximo de pessoas possíveis por todo esse tempo, ele também tinha medo do que o Lobo poderia obrigá-lo a fazer. No fim, somos apenas duas pessoas com medo de perder alguém.

Então eu respirei fundo, eu dizia que estava cansada de ser a Bella que deixava as pessoas tomarem uma decisão por mim, a que ficava choramingando por aí, esperando uma solução cair dos céus. Passaria por cima desse Lobo idiota, e do destino se fosse preciso também. Mandei Leah se calar, como eu deveria ter feito na praia, e agradeci mais uma vez pelo conselho de Angela. Eu lutaria por quem eu amo.

Jacob sempre foi melhor fazendo do que com palavras, então eu tiraria esse peso dele agora.

Eu estiquei minha mão por cima da cama até encontrar a dele e a puxei, apesar de não ter sido forte, ele se deixou levar com facilidade. “Tão fácil quanto respirar”, era a promessa que ele fez a mim. Eu encarei seus olhos castanhos escuros, seu coração gritando pela pele cobre, e passei a mão pelo seu peito desnudo, aproveitando a sensação quente e de segurança que ele me trazia. O puxei para perto e logo a sua boca encontrou a minha, seu ser me envolvia e quase me sufocava, mas eu não queria sair de perto dele, se possível, nunca mais sairia de seu lado. Eu estava decidida agora, enquanto seu calor me derretia por dentro e por fora, eu só pensava no quanto eu queria mais e mais disso.

— Bella… — Ele sussurrou grave nos meus lábios, quase como um pedido. Então eu deixei que o calor de Jacob me preenchesse, junto com a promessa de dias mais claros. 

 

Quando acordamos de manhã o sol brilhava forte em na reserva. Eu nunca o tinha visto assim tão radiante.

Me espreguicei lentamente, aproveitando a sensação estranha e deliciosa que percorria todo meu ser agora. Eu não a conhecia, nem sabia se tinha nome, mas queria aproveitá-la o quanto fosse possível. Virei para o lado e Jake estava acordado, me observando com os olhos cansados.

— Bom dia… — Ele me disse, abrindo um grande sorriso luminoso. E eu não sei porque, mas isso me fez sentir envergonhada.

— Bom dia — Respondi também. — Estava me assistindo dormir? — Me virei na cama, tentando disfarçar minhas bochechas coradas.

— Não, isso seria muito estranho — Ele havia voltado a ser o Jake divertido. Parecia que faziam anos que eu não ouvi a sua risada. — Eu acabei de acordar também. Está com fome?

— Um pouco — Mas na verdade eu estava faminta. Me lembrei que não havia comido direito ontem.

— Vou caçar algo para você então — Ele estava visivelmente mais animado hoje, o que me dava a certeza de que nos traria problemas. Mas eu não podia culpá-lo, também estava cheia dessa alegria secreta. Na realidade, eu estava com saudades dessa normalidade entre a gente.

Decidimos então que eu passaria o resto do dia aqui para aproveitar o  sábado. Jacob havia falado ontem que meu carro quebrou, mas que ele conseguiria consertar hoje pela tarde. Não sei quais foram as exatas palavras dele para Charlie, mas meu pai engoliu até que aceitavelmente a desculpa.

Já perto do almoço, Emily nos convidou para comermos na casa dela, o que Jake ficou muito feliz em aceitar. Lá era de fato o lugar preferido dos lobos em toda a reserva, e definitivamente era o meu também. Emily cantarolava enquanto me ensinava tudo sobre receitas deliciosas e eu tentava aprender o máximo possível. Uma sensação estranha de nostalgia surgiu e inundando meu peito, e eu não tentei repelir dessa vez. 

Sam abriu a porta depressa, a batendo contra a parede em um baque surdo. Mas antes mesmo de Emily poder dar uma bronca, ele já estava falando, ansioso.

— Temos uma visita! — O sorriso discreto, porém luminoso no seu rosto. 

Quando ele afastou seu corpo enorme da entrada e abriu passagem, Paul entrou andando na sala.

Ele estava diferente, era visível que não era o mesmo Paul de antes, que a energia era tão forte que transbordava seu ser. Agora ele estava mais apagado, o olhar levemente perdido, mas calmo, a expressão suave e o andar sereno. Ele entrou cuidadosamente na casa, como se nunca estivesse estado lá antes. Os olhos negros vasculharam o lugar até encontrar os meus.

— Olá... — Foram suas palavras, e eu senti um tom de insegurança na sua voz. Mas ali estava ele, como se fosse uma miragem. Era como se a bola de ferro enorme que estava presa ao meu tornozelo, e que eu tinha ignorado a presença até esse momento, fosse puxada, me lembrando de tudo que me impedia de avançar.

Emily sorriu com ternura, e Jake também ficou tão chocado quanto eu, mas mais animado também. Paul estava aqui e eu queria sentir que a vida poderia voltar a progredir novamente.

Emily foi a primeira a se mexer, e nós a seguimos como uma líder. Eu não percebi que ela segurava a minha mão até eu sentir o seu leve aperto.

— Bem-vindo de volta Paul — Ela falou com a segurança de uma verdadeira mãe, mas eu notei quando seu olhar desviou por um segundo para Sam, que ela não estava tão certa sobre isso.

— É bom ver vocês de novo — Paul respondeu, e ele quase parecia o mesmo afinal.

— Bem-vindo de volta — Jake completou.

— Obrigado Jake — Seus olhos passaram por todos e novamente se fixaram em mim, um profundo poço negro que eu conhecia tão bem. Mas que, por algum motivo, me deu calafrios agora. — Senti falta de vocês.

— E nós a sua — Sam falou o fazendo se virar. Foi só então que eu percebi que Jacob também havia se apoiado em mim, me segurando firme pela cintura, ou talvez, eu que estivesse me apoiando nele. De qualquer maneira, eu não conseguia encontrar a minha voz.

O almoço foi desconfortável, pelo menos para mim, não conseguia encarar Paul, ou muito menos conversar com ele, de modo que me permiti apenas rir e concordar com as coisas que Sam e Jake gritavam um para o outro. Emily também permaneceu distante, acredito que mais para me apoiar e não deixar o meu silêncio parecer tão estranho, ela me dava sorrisos e ocasionalmente apertava a minha mão por debaixo da mesa, coisa que me ajudou a permanecer sã. Mas eu não acredito que ela sabia exatamente o meu temor, pois agora que Paul estava finalmente recuperado, o julgamento pela minha negligência na floresta seria feito. E eu imagino se ela continuaria me apoiando tanto assim quando soubesse de toda a história.

Havia chegado o dia que eu teria que explicar à Paul que meu plano imprudente foi a causa da quase morte dele, que se eu não o tivesse distraído, quem sabe, ele não estaria mais preparado para enfrentar Victoria. Não importa como se via a situação, eu tinha grande parte, ou total culpa, do que aconteceu a nós. E essa ferida estava ainda mais exposta agora. 

Pensar no desenrolar das coisas fez meu estômago embrulhar, e todo a comida que eu me forcei a comer estava ameaçando a voltar. 

— Você parece que vai vomitar — Jake disse quando me abraçou por trás. Estava sentada na escadaria da casa de Sam, observando o vento dançar com as folhas das árvores.

— Só parece? — Tentei fazer uma piada, mas minha voz saiu fraca, o que me deixou ainda mais patética. — Só preciso de um pouco de ar puro — O que era mentira, já que estávamos aqui há 30 minutos e eu não havia melhorado nada. Sam disse que queria discutir algumas coisas a sós com Emily e Paul, de modo que eu fiquei mais do que feliz em me retirar daquele ambiente sufocante.

— Não precisa temer o Paul, Bella. Ele não te faria mal — Ele me abraçou ainda mais forte, respirando leve na minha nuca. — Eu estou aqui, ok?

Eu sabia disso, e queria muito me sentir mais reconfortada agora. Mas eu simplesmente não conseguia. Eu o abracei de volta também, deixando seu cheiro levemente amadeirado me trazer o conforto que eu precisava.

— Eu estou atrapalhando? — Eu não havia notado quando Sue se aproximou de nós. Presa hipnoticamente com a frequência da respiração quente dele no meu pescoço. Jacob também não tinha notado ela, o que fez ele saltar para longe quando ouviu a sua voz.

— Não! Oi Sue, como está? — Jake estava visivelmente nervoso quando falou, as bochechas coradas, o que me arrancou um sorriso. — Vai para algum lugar? — Foi só então que eu desviei o olhar para a grande mala na mão dela.

Sue não era o tipo de mulher que se passa despercebido. Ela tinha um corpo forte e uma pele com um tom mais escuro do caramelo. O andar elegante contrastava com seu rosto anguloso, que a fazia ter um ar estranhamente hostil e sensual. Diferente de Leah, que apesar de se parecer muito com a mãe, era somente uma massa grande e perigosa de amargura.

— Agora que Paul já está relativamente bem eu vou precisar viajar para Seattle. Tem uma comunidade que vive pelas florestas de lá também, e eles estão precisando de uma médica — Pensei no porque deles precisarem contratar alguém tão distante para isso, eles não tinham bons médicos em Seattle? 

— Tomaremos conta dele — Jake se prontificou a dizer

— Não hesitem em me chamar se alguma coisa mudar ok? — Ela se demorou um pouco mais antes de sair — E tomem cuidado, os ventos que estão soprando não parecem ser muito favoráveis — Ela parou e observou o céu que estava azul claro, como se pudesse ver mais do que conseguimos. Uma olhada rápida para Jake e eu notei que ele também ficou confuso.

Com a menção à Seattle eu me lembrei de súbito de Angela, com toda a situação de seu primo desaparecido. Eu havia planejado contar para Jacob, para buscar por conselhos, e talvez houvesse algo que os lobisomens conseguissem fazer a respeito. Mas antes que eu pudesse formular a frase, eu fui impedida por um arrepio que subiu pelas minhas costas, era uma sensação estranha de estar sendo observada. Paul nos olhava pela janela.

— Desculpe incomodar o momento dos dois — Ele tentou brincar, mas não consegui sentir diversão alguma na sua voz. O rosto continuava sério. — Eu precisava ter uma conversa em particular.

— Sem problemas — Jacob se pôs de pé em um salto, e estendeu a mão para me levantar também.

— Na verdade, seria apenas com a Bella — E eu senti meu estômago despencar com força no chão.

— Ok… — Ele respondeu com relutância, talvez não querendo começar já desconfiando do amigo. Mas estava cuidadoso quando sussurrou pra mim — Eu estarei por perto, ok? — Se Paul conseguiu ouvir, ele fingiu que não.

Paul queria que a conversa fosse realmente particular, o que acabou nos levando mais a fundo na floresta. Quando chegamos perto da praia, o vento já soprava de uma maneira diferente, e eu cruzei meus braços junto ao peito, mais em um gesto defensivo do que por causa do frio. A noite estava chegando. O outro não me olhou, ele fitava o mar de costas. Eu sentia aquela culpa crescendo, como se fosse um grande bola de boliche na minha garganta, os olhos enchendo de lágrimas antes mesmo que eu me desse conta. Então, como esperado, não consegui segurar mais a minha língua.

— Me desculpe Paul, eu sei que nada vai mudar oque eu fiz, mas me desculpe — As palavras saiam em torrentes, como se eu tivesse aberto uma torneira. Algumas lágrimas ameaçavam a escorrer, mas eu me esforçava para não engasgar com as palavras. — Eu fiz tudo errado, e no final acabei te atrapalhando. Se eu não estivesse te distraindo talvez Victoria não teria nos pegou de surpresa. E depois eu tentei enfrentá-la sozinha, em vez de sair correndo e pedir alguma ajuda. Mas eu realmente não sei o que deu em mim, achando que eu podia matar um vampiro, foi uma atitude muito egoísta e quase matou nós dois — Era cada vez mais difícil formular as frases, mas parece que não era realmente necessário, as desculpas saiam sem para da minha boca sem o menor esforço. — Eu só queria que houvesse um jeito de você perdoar...

Eu não consegui mais continuar falando, o choro surgiu em soluços na minha garganta, e eu parei de pensar direito. Foi quando eu senti um calor familiar, e me dei conta que Paul estava me abraçando. 

O choque foi tão grande, que parou com meus soluços, mas as lágrimas continuavam escorrendo pelo meu rosto.

— Bella, apenas pare de falar.— Sua fala era uma forte censura, em contraste com a sua voz acolhedora. — Você não tem nada do que se desculpar, ok? Sam já me adiantou boa parte da história, então não é mistério nenhum saber como você estaria se sentindo. E eu sei que não será fácil te convencer que você fez um bom trabalho, tivemos sorte, de fato, mas os resultados poderiam ser bem piores — Ele não me encarava, estava sério fitando alguma coisa dentro da floresta atrás de nós. — Apenas pare de se culpar, pois você não é uma vilã aqui, quem sabe, talvez, até uma heroína?  — Ele deu uma risada leve, não do tipo sarcástico que eu estava acostumada a ouvir dele. Mas a palavra teve um gosto ruim na minha boca, certamente eu não me sentia uma heroína de jeito nenhum. — Você que deve perceber a grandiosidade do que fez. Você salvou a minha vida Bella, se sacrificou por mim, e isso é muito importante para nós  — Talvez estivesse se referindo à tribo. — E principalmente para mim — Agora olhava intenso para os meu rosto, e de repente me senti constrangida.

Eu não consegui dizer nada, eu tinha essa leve vozinha dentro de mim ainda gritando que ele estava errado, que todos estavam errados. Eu havia quase nos matado! A ideia mal formulada e perigosa de “isca viva” saiu da minha cabeça! A última pessoa que deveria ser agradecida aqui seria eu. Mas eu lutava para que ela se calasse. Apesar de eu não me sentir como uma heroína, eu estava apenas muito feliz que agora tudo estava bem, eu não queria estragar esse reencontro com mais pedidos de desculpa.

— Você tem garra garota, isso eu tenho que admitir — Ele riu, o sorriso branco se abrindo finalmente. Seus olhos eram brilhantes enquanto ele me olhava, o que me desconcertou um pouco. — Eu não preciso perdoar você, pois não há nada a ser perdoado — Ele suspirou forte, devia estar tão cansado dessa sensação de culpa que nos rodeava quanto eu. — Talvez você deve começar a busca para se perdoar agora. Não tem como você ter o controle de tudo, ou impedir que todos que você ama se machuquem.

E por um momento estávamos de volta na clareira, enquanto eu o abraçava e dizia para ele não se culpar, pois ele não era um monstro de fato, ele não tinha como controlar o que aconteceu dentro dele, e que deveria começar a buscar pelo próprio perdão. Talvez Paul já tivesse começado a seguir esse caminho, então já estava mais do que na hora de eu começar a me ouvir também

Paul deu um leve soquinho no meu braço quando estava finalmente recuando, mas eu o impedi, puxando seu corpo novamente para o abraço. O ato o pegou de surpresa, mas não o fez resistir. Eu me agarrei ao seu calor para conseguir encarar o medo, e finalmente disse as palavras que ficaram presas na minha garganta na casa de Emily.

— Bem vindo ao lar Paul, eu senti saudades.

— É bom estar de volta garota.

Então a proximidade exagerada estava começando a ficar estranha, e eu precisava das minhas mãos livres para limpar o meu rosto. Depois de um momento, todo o peso das minhas costas pareciam ter sumido, eu me sentia extremamente aliviada, o que acabou soltando um riso da minha garganta. Paul ria também, e toda aquela obscuridade, tanto dentro dele, quanto fora, pareciam só uma lembrança ruim. Ele estava de volta, eu estava mais leve, e a vida poderia continuar com seu rumo. Paul botou o braço por cima do meu ombro, e eu passei o meu por sua cintura. Agradecia por ter um apoio para me levar para casa, já que minhas pernas estavam extremamente fracas.

— Vamos, Jacob deve querer saber se você ainda é dele.

— Isso é uma coisa extremamente machista de se dizer Paul — Mas acabamos rindo mais, e seguindo rumo à casa de Emily. O sorriso discreto ainda iluminando sua expressão era incrível. E percebi com extrema gratidão, que Paul estava finalmente de volta para nós.


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Notas finais do capítulo

Bem, não tem como explicar isso de maneira fácil, mas só posso dizer que a quarentena me pegou, tentei escapar não consegui... Brincadeiras a parte, não está sendo fácil escrever, minha cabeça anda sempre cheia e é muito difícil parar um tempo para produzir. Eu estou, aos poucos, conseguindo retomar uma rotina saudável aqui, o que é uma ótima noticia! Para vocês terem uma noção da situação, esse cap foi criado em 11 de maio, mas só consegui voltar a mexer nele ontem, que foi quando eu finalmente consegui conclui-lo.
Pois bem, eu não quero deixar vocês esperando mais por algo que talvez não venha acontecer, então estou colocando a fic oficialmente em hiato até o começo do ano que vem. Eu sei que é chato, e podem acreditar que é pior para mim, mas eu não garanto que vou continuar animada na escrita, e também não quero apenas sumir novamente. Vou pedir gentilmente que se você gosta dessa fic não a abandone, pois eu prometo que voltarei mais rápido do que você imagina.
Acho que já vou encerrar por aqui, não quero que essas notas fiquem com um gostinho de despedida, pois elas não são, é apenas um "volto logo, quando a loucura do mundo der uma amenizada, e eu conseguir respirar novamente". Lembrando que ainda vou estar respondendo os comentários aqui, e se puderem favoritar a fic eu ficaria extremamente grata.
Fiquem bem, se cuidem, bebam água e façam terapia. Até mais ♥



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