Amanhecer: Novos Começos escrita por Sarah Lee


Capítulo 13
Lua - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Não vou me delongar nas notas iniciais, mas eu imploro que vocês leiam as notas finais, ok? É importante.
Enfim, boa leitura



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Eu não sabia dizer quando começou, mas eu notei, quando nos afastamos, que a minha cabeça girava um pouco pela falta de ar. Em algum momento da conversa tínhamos começado a nos beijar, e era estranhamente difícil manter os pensamentos em ordem quando o corpo quente dele estava tão próximo do meu.

— E o que você quer fazer agora? — Jake falou com um brilho malicioso no olhar, o que me fez corar na hora.

— Acho melhor irmos voltando… — Tentei descer desajeitadamente da pedra, mas só agora eu via como ela era alta. Jake prontamente pulou antes de mim com uma facilidade enorme, e me segurou para que eu não caísse.

— Nem pensar! A lua nem está tão alta assim. E seu pai já espera que você não volte muito cedo de uma festa. — Eu dei um soco fraco em seu ombro, o que o faz sorrir ainda mais. — Tente ser uma adolescente normal pelo menos uma vez, Bella. Quebre algumas regras.

— Engraçado, é exatamente isso que o namorado diz antes do casal ser morto pelo assassino nos filmes de terror. — E meu rosto quase tinha voltado a cor normal agora, o que me deu mais confiança de continuar falando.

— Não precisa se preocupar comigo perto. Se alguém tentar alguma coisa, o Jacob Lobo entrará em ação na hora. — E ele tentou fazer uma pose heróica flexionando os bíceps, mas isso só deu um tom ainda mais engraçado pelo o que ele tinha dito.

— Ok... — Respondi, tentando segurar o riso. Sabia que a partir daqui já era impossível tirar alguma ideia da cabeça dura dele. — Tem algo em mente?

— Sempre. — E o frio na barriga voltou com o tom ambíguo que a sua voz apresentava. — Mas antes é melhor passarmos na sua casa para pegar um casaco. — Só então eu me dei conta de como estava frio agora.

Após alguns minutos de preparação, eu já estava nas costas do lobo, correndo pela floresta escura mais uma vez. E apesar da velocidade ainda não me agradar, pensava em como seria mais prático fazer as minhas viagens nas costas de um lobisomem. Certamente iria preferir desse modo se tivesse realmente uma escolha. E pensei com tristeza que precisaria arranjar um novo emprego logo, para comprar um carro que realmente me ajudasse quando chegasse em Phoenix.

A casa estava escuro, assim como eu sabia que estaria. Charlie provavelmente já tinha ido se deitar, mas isso não significava que poderíamos entrar pela porta da frente, fazendo o mínimo de barulho que fosse. Ele tinha desenvolvido esse sono leve, pelos dias difíceis que passamos juntos meses atrás. Então a única opção viável seria a janela, que eu deixava destrancada por causa de Jake. Eu olhei ansiosa para ele, que já estava prontamente vestido e ao meu lado. Jacob com certeza conseguiria subir facilmente até lá, se balançando na árvore como sempre fazia. Mas a pergunta era como eu conseguiria entrar em casa. E como se lesse meus pensamentos, Jacob deu a volta correndo para a lateral, e voltou com uma grande escada.

— Por que isso estava ali? — Eu sussurrei, pois sabia que não tinha nenhuma escada encostada na casa nesta manhã. Aliás, mal me lembrava se Charlie realmente tinha alguma escada guardada.

— Eu coloquei. — Ele deu de ombros, como se a resposta fosse o suficiente. Mas não era. Eu continuei encarando, esperando o restante das explicações. — Eu queria te fazer uma surpresa. Feliz agora? — Em partes, mas ainda não tirava a inquietação que começou a borbulhar no meu estômago.

— Que tipo de surpresa? — Perguntei, impaciente com esse jogo que ele estava fazendo.

— Não seja uma estraga prazeres, Bella. Suba logo que você vai ver.

E sabendo que eu não teria mais respostas, eu comecei a subir a grande escada de metal que já estava posicionada para a minha janela. E apesar de tomar todo o cuidado do mundo enquanto eu avançava, ela ainda fazia pequenos barulhos. Mais pelo peso de Jacob atrás de mim do que o meu próprio. O que gelava meu sangue e me obrigava a esperar alguns segundos, para ter certeza que Charlie não teria acordado.

— Eu aviso se ouvir alguma coisa. — Ele sussurrou impaciente abaixo de mim.  — Não pode ficar aí para sempre.

Eu tomei a minha irritação como se fosse coragem, e subi os últimos degraus mais rapidamente. Quando eu finalmente entrei no meu quarto, e percebi que Jacob voltou a me seguir, eu comecei a vasculhar pela tal surpresa.

De início eu não encontrei nada, as coisas estavam exatamente no mesmo lugar que eu havia deixado, e na forma da mesma bagunça cuidadosa que eu estava acostumada. Não havia nada de novo em cima da escrivaninha ou poltrona. Meu olhar continuou vagando sem destino pelo quarto, até que ele se focou em algo na minha cama, apoiado cuidadosamente nos travesseiros, o que me impediu de identifica-lo de início.

Era retangular, e a capa marrom reluzia de leve com a luz que entrava de fora. Eu me aproximei ainda mais, pensando no que seria isso. A forma não me era estranha, e parecia que eu já tinha visto isso em algum lugar. Quando eu cheguei perto o bastante para relar no objeto eu estagnei por completo, encarando o velho álbum na minha frente. Meu estômago despencou em um instante, pois era como se fosse uma pessoa morta reaparecendo na minha frente após anos. E era exatamente isso que esse álbum representava.

O que isso significava? Seria esse o presente, ou outra pessoa havia ressurgido e o colocado ali? Certamente Jacob não sabia o que isso representava para trazê-lo de volta. Eu não poderia me culpar depois, já que a situação parecia tão irreal, que eu quase pude sentir mãos geladas se fechando em volta do meu braço. Também dei um salto e olhei assustada para Jacob quando ele atravessou a minha janela, sem entender o que estava acontecendo.

— Bella? — Ele me chamou, na defensiva, por um momento. E após o olhar se fixar no álbum na minha cama, completou envergonhado. — Surpresa? — Ele disse baixinho, e ficou claro que ele esperava que a minha reação fosse outra agora.

Mas eu não estava brincando. Tinha muita dor envolvida nessas páginas, e claramente ele não se deu conta disso até agora. Traição, foi o primeiro sentimento que surgiu na minha cabeça, e depois raiva e desconsolo. Onde Jacob estava com a cabeça para trazer isso de volta? Provavelmente foi o meu olhar com a raiva crescente que o fez voltar a falar, como se estivesse se explicando.

— Eu vi quando seu pai iria jogar ele fora, então eu resolvi pegar e dar uma restaurada. — Ele levantou as mãos em tom de inocência. — Ele disse que tinha sido um presente da sua mãe… Eu achei que...

Ele não completou a frase, mas eu entendi onde ele queria chegar. É claro que Jacob não faria isso propositalmente para me machucar, então meus sentimentos se acalmaram um pouco quando eu terminei de absorver toda a situação. Eu concordei levemente com a cabeça, para acalmá-lo um pouco, mas já não conseguia tirar meus olhos do velho álbum de formatura. Havia um motivo especial para ele ter ido parar no lixo, e era o lugar que ele deveria estar até hoje.

Quando os Cullens se foram, Edward pegou todas as fotos e lembranças queridas que os envolviam. Então olhar para o álbum, com todos aqueles espaços vazios, era muito doloroso na época. Edward podia ter levado todas as lembranças que eram diretamente ligadas a eles, mas mesmo as que só me recordavam vagamente da sua existência, eram incrivelmente dolorosas. Meu pai perguntou o que eu gostaria de fazer com o álbum, e mesmo sendo um presente da minha mãe, eu o pedi que jogasse fora. E devo dizer que foi muito efetivo até agora, pois só me lembrei vagamente dele quando visitei a minha mãe há um mês atrás.

Mas agora o álbum estava de volta, e as lembranças me atingiam como nunca.

— Você não vai abrir? — Jacob perguntou, ansioso.

E eu me assustei com a pergunta, como se tivesse esquecido que ele estava realmente ali. Mas para ser justa comigo mesma, essa não parecia ser uma realidade válida. As dúvidas cresciam dentro de mim enquanto eu sentia a encadernação de couro, ela estava brilhante e lisa. Passei os dedos pelas letras elegantes de Renée que foram marcadas nele. Eu tinha esse medo, que estava misturado com uma expectativa macabra, que me impedia de abri-lo de uma vez. Um medo de que, talvez todas as fotos com os Cullen tivessem sido devolvidas, que Jacob conseguiu trazer essa parte da minha vida que eu lutava tanto para deixar para trás. Seria cruel, e eu não podia me enganar que isso também me faria feliz de alguma forma. E era essa contradição de sentimentos que faziam a  situação toda ser uma brincadeira de mau gosto.

Mas mesmo sendo realidade ou não, eu respirei fundo e abri o álbum. Ele tinha fotos, muito mais fotos. Estava praticamente completo. Mas para o meu alívio e decepção, nenhuma com os vampiros tinha retornado. Os espaços que eu lembrava que suas fotos um dia ocupavam, continuavam vazios. “Será como se nós nunca tivéssemos existido”, a promessa reverberou na minha mente, mas a voz que a falava parecia estranhamente desconhecida. Como se eu não pudesse afirmar realmente que era assim que a voz dele soava. Eu certamente havia esquecido dele.

Ao analisar mais atentamente as fotografias que agora habitam esse lugar irreal dentro do álbum, eu apenas reconhecia algumas. Tirando as que eu sabia que eu havia registrado dos meus amigos, e algumas de Charlie, as outras apresentavam novidades. Eram momentos diversos, e a maioria eu estava presente, mas sempre distraída demais com alguma coisa para olhar diretamente para a câmera. Haviam várias fotos dos lobos também, apenas deles, ou de momentos que eu estava presente. Mas a maior, que ocupava uma página inteira no final da coleção, era apenas de mim. Eu estava sentada na velha poltrona do meu quarto, apoiada quase que inteiramente na minha escrivaninha por causa da luz fraca do meu abajur, lendo mais uma vez meu exemplar surrado de Romeu e Julieta. Eu olhei instintivamente para o lugar atrás de mim, como se não fosse possível que eu tivesse vivido essa realidade que o álbum apresentava. Era mágico, e eu tinha essa energia deslumbrante registrada na fotografia.

— Essa é a minha preferida. — Jacob falou atrás de mim, só então eu percebi que ele me abraçava. — Você estava tão imersa no seu livro que nem percebeu quando eu tirei a foto. Acho que você pensava que eu estava dormindo também. — Ele sorriu com a  lembrança que estava tendo.

— Como que...? — Depois de tanto tempo, eu finalmente consegui formular uma frase coerente.

— Quando eu peguei o álbum com seu pai, e vi como ele estava. Bem… eu senti uma vontade de completá-lo de alguma forma. — Ele me soltou do abraço, como se estivesse desconfortável de falar sobre isso. E foi se sentar na beirada da minha cama. — Não sei, acho que na época achei que poderia estar te ajudando, mas acho que na verdade eu estava sendo mais egoísta. — Ele deu um risinho fraco, o brilho do sorriso acendendo um farol no meu quarto. — Queria mostrar todas as coisas que você ainda tinha aqui, para não querer tanto as que foram embora. E Emily tinha uma câmera digital que ganhou de uma amiga, então a deixei encarregada de tirar algumas fotos. Também emprestei para a sua amiga Angela, e ela cobriu essa outra parte da sua vida. Foi difícil manter segredo até agora, mas as revelações demoraram muito, e escolher as melhores fotos de você também foi difícil. Você sempre fica bonita em todas. — Ele falava do seu plano elaborado com orgulho, o que quase me fez sorrir também. Eu consegui ver agora o quanto Jacob tinha se esforçado para que tudo isso desse certo. —  Já essa... — Ele apontou para a maior de todas, a que ocupava uma página inteira do álbum que ainda estava aberto em minhas mãos. — Eu mesmo tirei. E modéstia à parte, é a que eu mais gostei.

Eu fiquei envergonhada por um momento, mas analisando melhor a foto, realmente eu estava deslumbrante. Sempre me achei estranha em fotos, como quando você sabe que a pessoa está desconfortável, e claramente forçando um sorriso. Mas essa não havia nada que eu pudesse reclamar. — Mas por que você não me avisou eu…

— Por que eu sabia que você se negaria? Eu não sou burro Bella, eu sei a quem pertencem esses espaços vazios. — Ele abaixou o olhar, chateado pela menção. — E também me lembro por que estão vazios.

Então ele sabia. E talvez eu ficasse mais surpresa, mas eu devia logo parar de subestimar os poderes de dedução de Jacob. Ele realmente é muito semelhante com a minha mãe no final das contas. Pode parecer que ele está leigo às várias situações do dia a dia, mas na verdade nada lhe escapa. Eu fechei o álbum e sentei ao seu lado da cama, em silêncio, mas uma questão ainda me era estranha.

— Por que os espaços em branco? —  Se ele completou totalmente o resto do álbum, e sabia o que os espaços em branco representavam. Então ele deixou propositalmente esses espaços para trás.

— Pode chamar de orgulho ou seja lá o que for. Mas eu não me sentiria bem colocando fotos nossas ai Bella, ou de qualquer outro amigo seu. — Ele encarava o espaço vazio entre a minha janela e a floresta, como se visse mais do que apenas o gramado e a rua.. — Eu não quero ocupar o lugar de ninguém, eu quero ter o meu próprio lugar na sua vida. E eu acho que você também não gostaria disso. Ninguém conseguiria ocupar os lugares deles, não é mesmo?

Eu não respondi, mas Jacob também sabia que a minha resposta seria um “não”. Não importa quantos anos se passarem, e quanto da memória eu perdesse deles. Nós sabíamos que eu nunca conseguiria deixá-los para trás. Sempre teria esses momentos incertos de nostalgia, quando você olha para algo e sabe que algum dia aquilo já foi relacionado a uma parte especial da sua vida, mas que agora você não se lembra mais. Certamente essa sensação nunca sumiria.

Talvez eu estivesse fazendo tudo errado até esse momento, tentando cicatrizar logo essa ferida, para que a dor finalmente parasse e eu esquecesse que ela estava lá, me encarando. Mas e se eu não precisasse transformá-la em uma ferida? Na realidade, eu poderia jogar as partes ruins fora, e me concentrar apenas nas boas. Mudando tudo isso para uma fotografia dos bons momentos. Apenas valorizando os momentos bons que eu tive. Nem tudo foi ruim, e o que fosse, eu guardaria como aprendizado, assim como Emily tinha me ensinado naquele dia na cabana meses atrás. “Vai ser como se eu nunca tivesse existido”. - Mas vocês existiram, droga! E eu não posso fingir que nunca estiveram aqui. - Era o que eu devia ter gritado naquele dia na floresta. - Existiram e tornaram a minha vida muito melhor, apesar de você não conseguir ver isso. - E tornaram de fato. Apesar dos perigos, eu não trocaria o que eu passei e as pessoas que eu conheci por nada nesse mundo. Não consigo me ver mais levando uma vida simples e normal faz muito tempo. Também não posso ficar fingindo que meus erros nunca existiram, ou que os momentos ruins foram apenas sonhos. Tudo é aprendizado, e Jacob sabia isso mais do que eu agora. Devemos conviver com as dores, pois elas nos mostram onde já erramos. Para nunca errarmos mais. Talvez tenha sido a minha mãe que falou isso, mas eu não me lembro agora. 

Abracei forte o álbum, e deitei de costas na minha cama. Não queria chorar agora, mas foi inevitável que algumas lágrimas rolassem pelo meu rosto nesse momento. Jacob deitou logo em seguida, com as mãos também sobre a barriga.

— Obrigada Jacob… — Finalmente consegui agradecê-lo. — Acho que precisava disso, de verdade.

— Sem problemas, Bells. — Ele então segurou a minha mão, o calor espantando as garras frias da dor do meu braço. — Fazer as pazes com seu passado é importante. — E deu um risinho modesto. — Aprendi essa com Sam outro dia.

— Ele é bem sábio mesmo. — Respondi mecanicamente, já que era uma verdade universal.

— Emily também. — Ele completou. — Deve ser por isso que os dois combinam tanto.

— De fato.... — Foi o que eu consegui dizer.

— De fato… — Repetiu.

E continuamos em silêncio mais uma vez, absorvendo toda a informação que tinha sido jogada em mim nas últimas horas. Pensei também nas coisas que já passaram, e como crescemos tanto em tão pouco tempo. 

— Eu ainda os odeio — Jacob quebrou o silêncio, mas a informação não me surpreendeu. Na verdade, eu ainda esperava isso dele. Eu sabia que, apesar do grande esforço me dando isso de volta, os sentimentos dele não mudariam da noite para o dia. — Duas vezes mais agora. — Ele riu, e eu consegui sentir humor na sua voz. — A primeira é por serem quem são, inimigos naturais e tudo mais... — Deu de ombros. — A segunda é por ter te magoado tanto.

Eu confirmei novamente com a cabeça, respeitando os sentimentos que ele tinha. Eu não queria dizer como ele deveria se sentir sobre toda essa situação, Jacob devia achar esse caminho sozinho. Mas eu sabia muito bem como eu me sentia, sobre o que achava deles, e devia parar de negar isso agora. Eu devia isso para mim mesma. — Eu não os odeio. — E após um minuto, completei a informação que não parecia o bastante. — Mesmo depois de… Você sabe.

— Eu sei.

— E provavelmente nunca conseguiria odiá-los de qualquer forma.

— Eu sei. — Repetiu. — Não esperava que fosse diferente. Você os ama muito ainda, não é mesmo?

— Muito. — Confirmei.

— Então acho que podemos ficar assim por um tempo. — A frase me fazendo levantar para encará-lo, confusa. Jacob então olhou atentamente para o meu rosto, e em um gesto tão casual quanto deveria ser, secou as minhas bochechas molhadas com a palma da mão. — Para manter o equilíbrio do universo e tudo mais, Bella. — Ele olhou para mim como se a resposta fosse a coisa mais óbvia do mundo. — Eu os odeio dobrado, por mim e por você. E você os ama em dobro também. O importante é manter o equilíbrio.

E o pensamento era tão absurdo, que me fez rir. Essa noite tinha sido louca de tantas formas, que essa frase realmente parecia fazer algum sentido. Eu estava rindo, quase gargalhando na verdade, quando ouvi algo se mexendo no final do corredor.

— Droga! — Eu sussurrei assustada, eu tinha me esquecido de Charlie. — Precisamos sair daqui.

Jacob me olhou com uma excitação diferente nos olhos. Provavelmente ele esperaria que eu falasse para ele ir embora, pra eu fingir que estava dormindo ou algo parecido. Mas eu não queria que essa noite acabasse por agora, se fosse possível, queria mantê-la para sempre.

— Qual o plano? — Ele me perguntou enquanto me levantava rapidamente da cama.

 — A janela! — Minha mente trabalha rápido, com a adrenalina correndo em minhas veias. — Vamos!

Quando Charlie finalmente abriu a porta do quarto, nós já estávamos longe. Jacob havia pulado comigo em seu colo, e felizmente, ele não fazia quase nenhum barulho quando encontrava o solo. A escada foi colocada de lado, e rapidamente corríamos para a floresta, onde ele poderia tirar novamente suas roupas e se libertar em sua outra forma.

— Quer dar uma passadinha em La Push? — Ele me perguntou antes de se transformar.

E por um instante eu me perguntei por que nunca tinha ido à praia de noite, provavelmente deveria ser incrível, ainda mais em uma noite fantástica como essa. — Estarei logo atrás de você. — E parecia que a energia da noite finalmente tinha me contagiado. O vento frio que penetrava pelo casaco era estimulante, e eu sentia que poderia fazer qualquer coisa.

Jacob corria rápido, mais rápido do que nunca, saltando troncos e desviando de árvores. E eu me perguntava se ele se sentia tão incrível quanto eu nesse momento. Mas eu não precisava ler seus pensamentos para saber que “sim, ele se sentia”.


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Notas finais do capítulo

Chegando de paraquedas com uma explicaçãozinha básica, uma noticia babado e uma viso.
Primeiro a explicação sobre a demora do cap de hoje. Não tem muito mistério amores, o cap simplesmente não estava encaixando para mim, eu tinha os três pontos principais, mas não conseguia ver uma forma de conectar tudo mais tarde. E eu já disse e reafirmo, prefiro demorar para postar uns dias do que entregar alguma coisa de qualquer jeito que não me agrada, então srry mas não tão srry assim.
A novidade, que vai ser como eu tratarei os caps divididos por partes a partir de agora. O maior motivo de eu dividir um cap em mais de uma parte, é pela facilidade de leitura. Esse, por exemplo, daria facilmente mais de 10mil palavras ao todo, o que acaba se tornando bem cansativo para ler, e também atrapalha muito os leitores do celular. Dito isso, eu passarei a postar mais rapidamente os caps divididos por partes, pois apesar de ajudar em certo ponto essa divisão, também acaba estragando um pouco a experiencia da leitura. Eu explico, os caps são escritos como um todo, e só depois disso que eu faço a divisão, o caso é que eu as vezes crio todo um tom em uma parte, que complementaria as outras. Porém, com a demora das postagens eu sinto que esse clima que eu gostaria que tivesse acaba se perdendo em muito, e é exaustivo ficar tentando recriar o clima que estava tendo antes. Então tentarei me organizar para postar os capítulos divididos de forma seguida, um a cada dia, para tentar burlar um pouco isso. Outra dica que eu dou é: Se você for que nem eu e não aguentar esperar para ler todos os caps de uma vez, pelo menos tire um tempo do seu dia para tentar ler todas as partes seguidas, q eu garanto que a experiencia será outra e bem mais completa. Dito isso, também não se esqueça de comentar em todas as partes para ajudar a tia no engajamento aqui, ok?
Por fim, o cap que seria postado nessa sexta, será adiantado para no máximo quarta de manhã, já que é a terceira e última parte do cap único que eu estava criando. Em vista disso, não teremos o cap de sexta, mas eu postarei um extra super querido no sábado para dar uma ajudada até a postagem normal da sexta da semana que vem.
Enfim, qualquer dúvidas, sugestões ou surtos, estarei esperando nos comentários como sempre.
Até mais, e fiquem bem ♥.



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