As Duas Versões de Você escrita por RakBlack


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Olá ^^

Prontos para o capítulo final da história?
Ok, ok, ainda teremos o epílogo semana que vem kkkkkkkk Mas é para todo mundo já preparar os corações.

Boa leitura ^^



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— Caiu da cama, JieJie? – Ling Chao se surpreendeu quando viu Raquel chegar à empresa, carregando algumas sacolas. Eram umas duas horas mais cedo do que estava acostumado a ver a mais velha por ali, ainda mais com um sorriso tão calmo no rosto. Era até um pouco assustador.

— Caí. Ou melhor, eu quase caí. – a resposta veio em tom de brincadeira e ela riu ao ver a expressão totalmente confusa do menino. – Eu só acordei antes do despertador e decidi fazer um café da manhã aqui pra todo mundo, já que a gente vai ficar uma semana longe. – a desconfiança se desanuviou do rosto bonito e Ling Chao foi, todo curioso, mexer nas coisas que ela tinha trazido e estava dispondo na mesa. Levou um tapa na mão quando fez menção de pegar um pão doce da sacola de papel. – Espera todo mundo chegar, seu guloso.

Ela colocou a cafeteira para funcionar e fez um suco também, já sabendo das preferências da maioria ali.

— Como foi seu encontro? – Ling Chao perguntou, como quem não queria nada, depois de um tempo em silêncio.

— Foi bem... Esclarecedor. – ela sorriu ainda mais e ficou um pouco vermelha. – Mas não vou te falar, porque quando as meninas chegarem eu vou ter que repetir tudo pra Lunie enquanto ela faz caretas, porque ela ama implicar com o Ziyi.

Ele ainda tentou fazer manha, mas Raquel foi firme e apenas arrastou o menino para fora da cozinha e sentou com ele no sofá para esperarem os outros chegarem.

— Você falou de mim, mas tava aqui primeiro. Compromissos? – Ling Chao, folgado, se esticou no sofá e deitou a cabeça no colo da mais velha, que fez cara feia, mas logo passou a fazer carinho nos cabelos dele. Era engraçado pensar que meses antes chamava-o de “filho” de brincadeira e naquele momento podia cuidar dele de verdade.

— Não... Eu queria fazer uma surpresa pra Lunie, mas chegamos muito cedo e eu não queria acordar vocês, então preferi esperar aqui. Se eu fosse pro meu dormitório ia acabar saindo com os meninos e chegando depois de todo mundo. Mu Ziyang é muito enrolado pra se arrumar e o LaoYue é um dorminhoco.

Eles ficaram um tempo batendo papo e ouvindo música juntos. Ling Chao achava que poderia até cochilar, mas sabia que acordaria cansado e, apesar de ser o último dia antes de uma semana de folga, ainda teriam ensaio de dança e não estava a fim de dançar todo quebrado.

— Vocês têm sorte de não terem aula com a JiHo hoje. Eu só queria abraçar a Lunie e dormir pelo resto do dia, e acordar só pra comer. – ele reclamou com a voz sonolenta. Era complicado conciliar a vida de estudante com a de idol. – E você prometeu fazer brigadeiro... É assim que fala? – Raquel sentiu vontade de apertar as bochechas dele quando o ouviu falar o nome do doce, embolando a língua por causa dos sons difíceis pra ele. Ela concordou e recebeu um sorriso de resposta. – Isso, você prometeu fazer pra gente comer assistindo filme.

— Continue falando “brigadeiro” desse jeito e eu faço quanto você quiser. – não conseguiu conter o comentário. – E fale isso na frente da Lunie, que ela vai te morder. Talvez até esqueça de me atormentar pra saber sobre o meu encontro.

— Falar o que? – Lunie chegou e achou muito fofa a cena do namorado e da amiga. A atmosfera era bem diferente da que ela tinha visto entre Raquel e YueYue no outro dia, o que a fazia ter mais certeza que aquele encontro com Ziyi tinha sido uma péssima ideia. – E nem tenta fugir, porque você vai me contar tudo, eu só preciso achar um balde pra vomitar enquanto escuto.

Ela não teve tempo de continuar a reclamar, porque Ling Chao já levantava para abraçar a namorada e enchê-la de beijos, ignorando totalmente o fato de a sala estar se enchendo de pessoa, ou que ela estivesse brava. Estava com saudades. Raquel usou aquela distração para chamar todos para o café da manhã que tinha preparado. Lunie estava distraída com Ling Chao e só precisaria se focar em algum assunto com outra pessoa e poderia falar sobre aquilo quando a outra estivesse de bom humor.

— A noite parece ter sido muito boa. – o comentário de YueYue veio em um tom que Raquel não conseguiu entender, então apenas sorriu e concordou, enquanto se encostava ao lado dele, próximo à cafeteira. – Parece feliz.

— Não sei se feliz é a palavra... Consciente, eu acho. – ela encolheu os ombros. Sabia que para o outro aquilo não faria sentido, mas não adiantava tentar explicar também. – Você tá bem? Parece incomodado com alguma coisa. – ali estava um resquício do tempo que ela era apena uma fã observadora. Sempre sabia quando seus ídolos estavam mal, mesmo quando eles tentavam passar a imagem mais feliz e tranquila do mundo.

— Acho que é só sono mesmo. – ele bagunçou os fios, mas não alongou o assunto, preferindo se afastar para perto da mesa, fingindo estar interessado em comer algo. Raquel sabia que o melhor era deixar que ele lidasse com o que quer que fosse, sozinho.

— O café tá ótimo, mas todo mundo tem coisa pra fazer. Vamos, vamos, não quero nenhum atraso hoje. – JiHo chamou a atenção e até Bowen, que não tinha nenhum tipo de treinamento físico, suspirou de desânimo.

Antes de seguir para a aula de canto, a mais velha ainda recebeu um longo olhar em sua direção, mas não pareceu notar. Lunie, por outro lado, não deixou que YueYue saísse sem o olhar interrogativamente.

O que tinha de errado com aqueles dois.

Era naqueles momentos que ela entendia o que Raquel queria dizer com ”Vocês só me dão dor de cabeça”, quando se referia a ela e Ling Chao.

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Quando as aulas de canto daquele dia tinham terminado, Lunie nem pensava mais no casal de velhos ou no encontro que a amiga tivera na noite anterior. Só queria ir para a casa e dormir, longe daquele professor malvado que ficava fazendo-a repetir mil vezes a mesma nota, até conseguir fazer certo.

Mas não podia, claro. Ainda era hora do almoço e na parte da tarde elas teriam um workshop sobre rap, com uma rapper famosa. Lunie trocaria fácil aquele workshop pela aula de dança que o ONER estava tendo, mas ChaLi fez questão de lembrá-la que Lunie era parte do Sunrise e não do ONER e, se Raquel seria a main vocal do grupo, alguma das outras três teria que ficar com o posto de rapper, e aquilo ainda não estava decidido.

— A gente vai sair daqui e ir ver filme depois, pensa nisso. – Ling Chao estava em uma tentativa falha de animá-la, mas não parecia ter tanto sucesso, mesmo que Lunie o mantivesse grudado em si. – Fala pra ela, Lê. – Eles estavam enroscados no sofá depois de almoçarem, esperando o horário de seus compromissos da parte da tarde. Letícia estava conversando sobre alguma coisa com Lin e Taoo no outro sofá, enquanto Mu Ziyang e YueYue conversavam na cozinha em um tom baixo.

— É isso aí, Lunie, para de reclamar, vai, quanto drama. – Raquel caminhou até eles e sentou no chão, puxando um dos cachorrinhos de Mu Ziyang para o colo e brincando com ele.

— Cala a boca. Nem sei por que tá aqui. Ficou só me enrolando pra me contar o que aconteceu no encontro estúpido com aquele ridículo. Nem sei porque ainda acha que é minha amiga, me escondendo as coisas desse jeito. – dramática. Se tinha uma palavra que podia descrever Lunie com perfeição, essa palavra era “dramática”. Raquel revirou os olhos e riu, se ajeitando de frente para o casal.

— Tá bom, tá bom... Meus deuses, a curiosidade. Nem sei porque quer tanto sabe se vai ficar fazendo cara de nojinho. Mas eu conto...

— Não quero mais saber também.

— Ok, então eu não falo. – ela fez menção de levantar, mas Lunie a encarou com uma expressão nada boa.

— Fala logo! Que droga! Não tenho um minuto de paz com o meu namorado, tenho que cuidar de você, se não daqui a pouco você começa a namorar aquele horroroso. – Ling Chao não entendia a implicância da namorada com o amigo rapper, mas preferia não discutir. Aparentemente não era nada tão extremo, então apenas a abraçou com carinho e esperou em silêncio.

— Vou contar do começo. – Raquel pigarreou e sorriu, sabendo que acabaria apanhando se demorasse mais para começar a narrativa. – Primeiro ele me levou até um restaurante em um lugar bem afastado. Ele disse que é um lugar que as fãs não conhecem e nem imaginam que ele possa gostar de ir, então ele usa de refúgio pra quando quer ficar sozinho... Foi muito fofo. – ela cobriu as bochechas ao dizer aquela última parte, sabendo que estaria vermelha. Pela visão periférica acabou percebendo que Mu Ziyang se aproximava para ouvir também e se sentiu ainda mais sem graça de continuar falando. YueYue, por sua vez, continuava na cozinha, mas também parecia interessado no que ela falava. – Ah, eu não sei descrever exatamente como foi o jantar. Quer dizer, a gente comeu e é isso. E ele disse que não achava que eu fosse aceitar o convite porque eu parecia ser do tipo que gosta de homens mais velhos, inteligentes e coisas assim. – na verdade ele tinha sido bem mais direto, dizendo que imaginava que ela tivesse sentimentos por YueYue, mas Raquel não diria aquilo.

— Ainda bem que ele sabe que não serve pra você. – Lunie comentou. Ela podia estar quieta até aquele momento, mas suas caretas faziam os outros rirem durante toda a narrativa. – E depois você deu um fora nele e foi embora, é isso?

— Não. Na verdade a gente decidiu esticar a noite e fomos até um karaokê. – ela não se aguentou com Lunie fingindo que ia vomitar e se jogou para trás, rindo. – Você é uma pessoa horrível. Ziyi é um amor, sua implicante! – ela voltou a sentar e, só então, viu YueYue passar pelo lugar onde estavam, mas sem parar de andar ou olhar para eles. Quando ele sumiu no corredor, Raquel voltou a falar. – A gente cantou algumas músicas, dançou outras, conversamos, esclarecemos o que estamos sentindo e, quando eu falei pra ele o que eu te disse antes de sair, ele me deu um beijo...

Todos pularam de susto com o som de uma porta sendo batida com muita força no outro extremo do corredor e depois se entreolharam, sem saber o que estava acontecendo. Esperavam que tivesse sido uma corrente de ar, mas não estavam certos daquilo. Lunie foi a primeira a volta a falar.

— Eu não acredito que você deixou aquele cara te beijar! Que nojo! Ele nem é bonito!

— Na testa! Ele me deu um beijo na testa! Ziyi foi super fofo e não ultrapassou nenhum limite. E ainda disse que também não sabe exatamente o que está sentindo por mim, então não se importa se eu quiser seguir o meu coração, desde que ele ainda possa ser meu amigo, independente da minha escolha.

— Ele é tão trouxa quanto eu imaginava. – Raquel não se segurou, pegando uma almofada e jogando na amiga.

— Idiota...

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O ensaio estava encerrado, agora era apenas se arrumar e passar o resto da tarde e da noite curtindo. Não teriam responsabilidades e poderiam dormir e descansar, sem se preocupar com nada.

A única coisa que eles tinham combinado de verdade era uma noite de filmes naquela noite, com todos os trainees e idols, no dormitório das meninas. Ou pelo menos era o que todos tinham aceitado no chat dois dias antes.

Mas YueYue não parecia muito empolgado quando todos se reuniram para irem juntos, divididos em dois carros (mesmo que fosse bem perto, seria complicado que todos fossem andando). Ele estava demorando para sair da sala onde os meninos usavam para se trocar e tinha ignorado Letícia totalmente, quando ela bateu na porta e o chamou.

Raquel entendia que ele não estava em seus melhores dias e, talvez, fosse melhor deixá-lo sozinho para resolver seus próprios problemas, mas Lunie ficou falando repetidamente em seu ouvido que YueYue a escutaria se ela fosse chamá-lo.

E ela acabou indo.

Respirou fundo e caminhou rapidamente, sem muita paciência, já tendo em mente que o deixaria para trás se fosse ignorada como a mais nova.

A porta estava destrancada, mas Raquel bateu de leve antes de abri-la, para que ele pudesse saber que alguém estava entrando – seria muito constrangedor se ele estivesse se trocando. Encontrou-o parado, de frente para a porta, com os braços cruzados e com uma expressão entre irritada e magoada no rosto.

— Tá tudo bem? – cara feia não era uma coisa que poderia assustá-la. Eles tiveram um começo ruim o suficiente para que Raquel soubesse lidar com as nuances que era aquele homem. – O povo tá só te esperando pra ir, mas se quiser conversar...

— Você quer que eu vá? – a pergunta saiu sem controle, aparentemente, porque ele desviou o olhar em seguida.

— É claro que eu quero. Que porra tá acontecendo? – paciência não era exatamente uma virtude da mais velha. – Você tá esquisito desde de cedo.

Ele não respondeu de primeira, mas aquilo não a intimidou. Eles se encararam por longos segundos, até que ele desistiu e voltou a falar, mas com o mesmo ar irritado.

— O seu encontro foi bom? Foi o que você imaginou que seria com o cara que você gosta?

Raquel quis rir, não conseguindo entender onde aquela conversa queria chegar.

— O encontro foi esclarecedor, eu já disse. Foi bom porque o Ziyi é um cavalheiro, mas não, não foi como eu imagino que seja com a pessoa que eu gosto. – ela balançou a cabeça e fechou os olhos, ainda rindo do quão ridículo estava se tornando aquele momento. – Na verdade nem o encontro foi como eu imagino e nem foi com quem eu gosto. Mas, sim, foi bom.

Eles voltaram a se encarar, mas YueYue estava com um olhar mais calmo, quase confuso, mesmo que seu rosto não expressasse aquilo. O silêncio reinou mais uma vez e, mesmo muito curiosa para saber o motivo de estarem tendo aquela conversa, Raquel ficou quieta. Não falaria ou faria nenhum movimento porque sempre acabava quebrando a cara.

— Deve ter sido muito bom mesmo, pra vocês terem se beijado mesmo ele não sendo o cara que você gosta. – YueYue descruzou os braços e bagunçou os cabelos, com raiva. – Olha, esquece. Eu nem devia ter falado nada, ou ficar te perguntando essas coisas. Ziyi é um cara bonito e legal, é lógico que você ficaria com ele. – ele arregalou os olhos quando percebeu que Raquel tinha acabado com a distância entre os dois e agora o olhava bem de perto, mesmo que para isso precisasse olhar para cima por causa da diferença de altura.

— Em primeiro lugar, eu não fiquei com o Ziyi, e você saberia disso se não tivesse sido um idiota que sai batendo as portas no meio de uma explicação. – agora quem estava bem nervosa era ela. – E por que você se importa, afinal? Que eu me lembre, você é a pessoa que sempre quer deixar bem claro que somos só amigos. Então o que te importaria se eu beijasse ou não outro cara? – a voz dela já era alta por natureza, então quando estava nervosa era possível ser ouvida de bem longe. Muito provavelmente os outros estariam esperando a poeira baixar antes de mandar alguém para ter certeza que eles não tinham se matado. Ele abriu a boca para responder, mas ela não deixou. Uma vez que tinha deixado a raiva tomar conta, falaria tudo de uma vez. – Quer saber por que eu não fiquei com o Ziyi? Por que eu amo você, seu idiota! – ela nem tinha percebido, mas em algum momento de seu discurso, sua mão havia agarrado a camiseta branca que YueYue usava e amassava o tecido com força - Porque eu amo desde o momento em que eu notei você pela primeira vez, mesmo nem imaginando que você um dia pudesse saber que eu existo. Eu amo mesmo você tendo passado semanas sendo um filho da puta insensível comigo, porque é um paranoico superprotetor. Eu amo você e...

YueYue estava boquiaberto com a intensidade alheia, mas não conseguiu ficar apenas ouvindo tudo aquilo sem fazer nada. Sem pensar muito nas consequências, ele embrenhou os dedos nos cabelos alheios e se inclinou, selando seus lábios nos da Raquel em um beijo intenso e que a silenciou. Sua outra mão foi para a cintura dela e a puxou para que seus corpos se colassem totalmente.

Raquel levou sua mão livre para a nuca de YueYue, correspondendo ao beijo com tanta veemência quanto recebia. Suas unhas marcavam a pele clara e ela não queria nem imaginar qual desculpa ele teria que inventar quando alguém perguntasse algo.

Assim como tinha começado, YueYue interrompeu o beijo, mas fazendo questão de romper o contato apenas depois de morder o lábio alheio de leve, fazendo Raquel suspirar e manter os olhos fechados por mais um tempo para conseguir colocar os pensamentos em ordem. Não teve muita sorte com isso, já que ele parecia bem confortável exatamente daquele jeito e decidiu continuar a conversa falando em seu ouvido. Em inglês.

— Eu não queria que as coisas ficassem estranhas de novo entre nós, por isso queria que todos parassem com essa história de que éramos um casal. Tinha medo de você se afastar e eu perder a oportunidade de te fazer gostar de mim como eu passei a gostar de você. – Raquel desistiu de tentar abrir os olhos ou se focar, e apenas pendeu a cabeça para frente, apoiando no ombro dele, enquanto ele continuava a falar. – Quando você aceitou sair com o Ziyi e a Lunie disse tanto que você gostava dele, eu... Eu só conseguia pensar que tinha perdido tempo demais te tratando mal, e tinha perdido a chance de te fazer me conhecer de verdade. E quando ouvi sobre o beijo...

— Ziyi me deu um beijo na testa, que saco. Mas se tivesse me beijado de verdade, não faria diferença, porque não mudaria o que eu sinto. – ela resmungou aquilo e sentiu o abraço que compartilhavam ficar mais forte. – Eu não me arrependo de ter saído com ele, se quer saber. Foi bom pra eu entender que, independente se outras pessoas gostam de mim ou não, eu gosto só de você e deveria pelo menos tentar te falar isso de algum jeito. – ela começou a rir. – Eu só não esperava que fosse gritando com você, mas acho que valeu, né? – ela levantou a cabeça e os dois voltaram a se olhar bem de perto.

— Você é meio assustadora quando tá brava.

— E você é irritante quando tá com ciúmes. – alfinetou de volta e se colocou na ponta dos pés para poderem se beijar novamente, mas foram interrompidos por Lin, que tinha sido o escolhido para ver se eles estavam vivos.

— Desculpa! – o menino arregalou os olhos e saiu, fechando a porta. O casal lá dentro apenas balançou a cabeça, rindo, e decidiram que poderiam conversar de verdade em outro momento.

Sem demora, eles foram encontrar os outros, que não pouparam brincadeiras e zoação pela demora daquilo ter acontecido, mas não ligaram muito. Pelo menos até um certo ponto eles aceitaram em silêncio, mas aquilo só durou até um comentário de Lunie, quando o primeiro filme que assistiam já estava terminando.

— Ainda não acredito que você teve que ter um date com seu crush pra poder entender que o YueYue era a pessoa certa.

— Ele não é meu crush, que pessoa chata! Ling Chao, fala pra sua namorada ficar quietinha.

— Mas você sonhou com ele, depois veio com a jaqueta dele pra casa e até aceitou sair com aquele cara.

— Ah, mas eu cansei. Ling Chao, você sabia que a Lunie tem uma queda pelo Justin? E pelo Wenjun, pelo Xingjie, pelo Yanchen... – ela continuaria falando, mas Lunie pulou sobre ela, usando a almofada do sofá para tentar fazer a amiga ficar em silêncio.

A noite de paz virou uma pequena bagunça depois daquilo, com alguns dramas por parte da Lunie e outros por parte do Ling Chao, mas nada que pudesse acabar com o que tinham construído até ali.

Não restavam mais espaços para meias verdades, segredos ou outras versões das pessoas que estavam naquela sala, que não fossem apenas versões melhores no futuro. O caminho e os laços criados até ali tinham mostrado aquilo.

Eles aprenderam a gostar uns dos outros como realmente eram, e aquilo era o mais importante.

FIM


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não? Me deixem saber.
Gente, eu quase entrei em combustão espontânea escrevendo sobre eu e o YueYue... Não sirvo pra isso não kkkkkkkkkkkk
Mas é... Espero que tenham gostado da história até aqui. Vou deixar as despedidas para o próximo ^^
Bjs



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