Isolated escrita por Fanfictioner


Capítulo 3
Ditamno não! Dipirona!


Notas iniciais do capítulo

Oioi @s! Tudo bem?
Feliz páscoa atrasada!
Queria já ter postado antes, mas tive uns imprevistos.. essa semana vou atualizar mais uma ou duas vezes. Sem mais enrolações, vamos ao capítulo de hoje. Boa leitura!



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 Pelo resto do dia, Lily e James não conversaram muito. Ela se trancou no banheiro por algumas horas e nem mesmo comeu a comida que os elfos trouxeram para o almoço. James supôs que ela estava chorando, pois quando voltou ao quarto, perto das 14h, estava com o rosto avermelhado e marcado e, embora tenha tentado ser amigável e acolher Lily, ela o ignorou solenemente e sentou-se de frente para a lareira, lendo, pelo resto da tarde, no mais absoluto silêncio.

— Você pretende tomar banho agora? – James perguntou quando começara a anoitecer

— Não, obrigada. Você pode ficar à vontade. Só não transforme tudo numa imundice, Potter. – retrucou, sem nem mesmo encará-lo.

James concordou, embora não tenha se levantado imediatamente, e começara a brincar com o velho pomo de ouro que Sirius tivera o bom senso de colocar em sua mochila. O pomo voava de um lado para outro, embora muito mais lento, com as asinhas metálicas fazendo um ruído leve de enferrujamento. James até mesmo deitara completamente na cama, tentando aumentar o grau de dificuldade para capturar a bolinha, o que claramente não foi suficiente devido à sua habilidade de apanhador, quase tão boa quanto a de artilheiro, que era sua posição no time da casa.

— Você pode desligar esse treco? Estou tentando ler e o barulho está incomodando – James achou que Lily teria perdido uma parte da visão depois da enorme virada de olhos que ela lhe deu

— Ah, qual é, Lily! Estou quieto a tarde toda... você está lendo há mais de três horas! Também estou em quarentena aqui! – resmungou, embora tivesse agarrado o pomo enfiado-o dentro da mochila.

Aquilo não ia dar certo, Lily pensava. Ela usou todo seu autocontrole para respirar fundo e simplesmente dizer que Potter era irritante, ao que ele murmurou que também a amava e entrou no banheiro.

Já com fome, Lily se perguntava quanto tempo levaria para que os elfos trouxessem o jantar, pois o empadão de rins do almoço já estava frio e lhe embrulhava o estômago. Talvez trouxessem uma sopa, ou quem sabe uma macarronada fumegante, com bastante queijo, e uma jarra de suco de abóbora fresco... sua boca até salivava.

— Me imaginando nu, ruiva? Que coisa feia! Respeite meu corpinho, Evans, sua pervertida! – James recém saíra do banho, esfregando o cabelo molhado em uma toalha e enrolado em seu roupão.

Era constrangedor demais ouvir esse tipo de piadinha, mesmo que já estivesse acostumada com a constante inconveniência de James Potter. Corou, envergonhada de ele sequer supor algo assim, mostrando-lhe o dedo do meio.

— Quer fazer o favor de se vestir, garoto?!

— Se não você não vai aguentar e me agarrar? – ele continuou provocando-a, ao que Lily conjurou água gelada da ponta de sua varinha e James precisou correr para não ser atingido, gargalhando.

De repente, dos risos, veio uma tosse, seca, continua, que chegava a sufocar um pouco. No começo, Lily achou que era mais uma brincadeirinha idiota de James, mas então notou que ele estava meio vermelho, e começou a se preocupar.

— Ai Merlin! Anapneo! – levantou-se do sofá em um pulo e murmurou, apontando a varinha para o pescoço de James. Ele respirou forte, e então parou de tossir, ficando a encarar Lily com curiosidade

— Anapneo?

— Feitiço de liberação das vias respiratórias, Introdução a Medibruxaria de Emergência, capítulo 3. – respondeu com simplicidade, voltando a se sentar.

— Que bom que eu tenho você, Lily. – e riu fraco, cansado da tosse excessiva.

— Será que é sintomático? Ou você só engasgou? – ela perguntou de volta enquanto James se vestia, atrás da cortina de veludo

— Sei que não esgaguei... a garganta começou a coçar de repente e, quando vi, estava sufocando. Você também está com frio?

— Não muito. A lareira está acesa, pode se sentar aqui, se quiser. – comentou, novamente com os olhos no livro que lia.

James veio na direção do sofá e, educadamente, sentou-se na ponta oposta à de Lily, evitando que ela começasse a berrar ou brigar com ele. Além de uma blusa de manga, ele também usava um moletom surrado e um cachecol grosso da grifinória.

— Uau! A água não está esquentando no banheiro? Você está tudo encapuzado...

— Sei lá, estou sentido bastante frio. Acho que não foi boa ideia lavar o cabelo... – com a varinha, conjurou uma chama azulada e ficou brincando com ela, balançando-a pelo ar e, ocasionalmente, tentando encostar nela.

Os elfos trouxeram o jantar, uma sopa espessa e rica em legumes, acompanhada de suco de abóbora e potinhos de pudins. Lily comeu sentada a mesa, enquanto James, tremelicando de frio, jantou sentado em frente ao fogo. Eles não trocaram mais muitas palavras, mas cerca de duas horas depois, quando Lily continuava sua leitura, no sofá, James parecia bastante abatido.

— Voc.. você tam... também tá com mu...mui... muito frio, Lily? – o rosto dele parecia avermelhado e seus olhos lacrimejavam levemente.

— Potter, eu acho que você está com febre... Ai Merlin! Você tá fervendo! – exasperou ao encostar a mão na testa de James. – Tem algum antitérmico nas poções que Madame Pomfrey nos deu? Alguma coisa para febre?

James deu de ombros, mas arrastou-se até a bandeja de remédios e procurou algo que pudesse ajudar.

— Essência de ditamno ajuda?

— Você não faz aula de poções não?

— Depende... quando você explica algo eu realmente presto atenção. – Lily revirou os olhos, indo até sua mochila para ver se tinha algo que pudesse ajudar Potter e sua febre. – Afinal, ajuda ou não?

— Não, Potter. Ditamno é para bolhas e feridas. Para caso você coce as manchas vermelhinhas que provavelmente vão aparecer. Eu queria mesmo uma dipirona, ou uma poção de controle térmico... – Lily revirou sua bolsinha de remédios e produtos de higiene que Marlene carinhosamente preparara. – Ahá! Achei! Aqui...

Estendeu para James uma cartela com comprimidos antitérmicos, ao que ele tomou de prontidão e logo enrolou-se em uma coberta e resolveu ir deitar-se. Lily não demorou muito para também começar a se preparar para dormir. Não havia Dorcas ou Marlene para conversar, nem Alice para falar de livros, ou jogar algum jogo, e Potter não era lá o que Lily considerava uma amizade, nem estava em um estado lá muito bom para conversar.

— Eu vou... ahm, me preparar para deitar, tudo bem? – indicou a porta do banheiro com a cabeça

— Claro, Lils... prometo que não vou espiar... – ele riu, embora Lily não tenha achado a menor graça, e só não retrucou de volta por estar com muito sono.

“A febre está fazendo ele alucinar, no mínimo!”

Lily escovou os dentes, penteou os cabelos com paciência e trocou a roupa por um quente e confortável pijama de flanela. Quando voltou para a sala dos monitores, atualmente seu quarto improvisado, as luzes já estavam apagadas, exceto por uma bolinha de luz que James deixara dentro de um pote de vidro, na mesa de cabeceira de Lily, o que ela achou gentil.

Antes que percebesse, Lily já estava deitada, pensando em sua família, admirando o brilho prateado da bolinha de luz. Pegou no sono sem notar. Do outro lado da cortina de veludo, James dormia pesado, torcendo para que aquela febre passasse e os calafrios o deixassem em paz.


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Notas finais do capítulo

Alguém poderia me fazer feliz e deixar uma reviewzinha? Demonstrar seu amor ecarinho ou seu ódio pela fic? Sugestões, críticas... estou aberta a ouvir (no caso ler kk) tudo que vocês disserem!
Voldemort vai puxar o pé, hoje de noite, de quem não comentar! u_u
Vejo vocês nos comentários!



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