O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 49
Benjamin


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindo a mais um capitulo de O Legado, e hoje gostaria de avisar que este por enquanto será o ultimo capitulo pela visão do Ben....E não, ele não vai morrer, podem ficar tranquilos.
Decidi focar na Mel nos próximos capítulos, porque ela estará no meio de toda a ação, mas em breve voltaremos a ter os capítulos pelo ponto de vista do Ben.
Sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.
E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.



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Assim que abri os olhos novamente, a primeira visão que tive foi do céu estrelado dominado por uma grande lua cheia, que parecia estar quase me tocando de tão perto que estava da terra, ela funcionava para os lobos como uma espécie de “carregador”, ainda mais se estivessem fracos, como eu estava agora.

Olhei para o lado em busca da minha fêmea, mas ela não estava em lugar algum o que me deixou preocupado, foi impossível não pensar que talvez Melissa tivesse se arrependido em ter aceitado uma responsabilidade tão grande e não poderia culpá-la, se essa fosse a sua escolha.

Mas precisava falar com ela explicar que não tinha outra alternativa, minha mãe não podia assumir novamente o lugar de alfa, pois a magia havia lhe dado seu sucessor e o mesmo já tinha assumido, e meu irmão caçula não poderia tomar o meu lugar, nem que fosse temporariamente, Ethan havia nascido para ser um beta, isso estava registrado no seu sangue assim como o meu para liderar.

Como meu beta, o seu propósito de vida era sempre estar ao meu lado, apoiando as minhas decisões, protegendo a mim e meus filhotes, garantindo que o legado dos herdeiros de Lyva perpetuasse por gerações. Como ainda não tinha um sucessor, só poderia conceder meu lugar de alfa temporariamente para uma pessoa, a minha fêmea, Melissa.

 A futura mãe dos meus filhotes.

Até que pudesse voltar a ter a mesma força e poder de antes.

—Mel...- sussurrei sem forças e com dificuldade para respirar, pois a cada minuto ficava cada vez mais difícil me manter acordado, mas não obtive resposta para o meu chamado assim como não senti seu cheiro em lugar algum, o que me deixou desesperado. -Mel...Onde...Você...Está?

—Ela está bem, filhote, seu pai está cuidando dela. -mamãe disse amorosa se ajoelhando ao meu lado antes de acariciar meu rosto e a olhei em pânico.

—Não consigo...Sentir o cheiro...Dela...Nem ouvir...Seu coração...- disse apavorado com essa situação, pois sem isso não poderia proteger a minha fêmea ou saber se ela estava bem.

—Está tudo bem, filhote, você só está cansado e a dor não está lhe ajudando a se concentrar. Apenas respire fundo e feche os olhos, Bem, e me diga o cheiro da primeira coisa que consegui sentir. -mamãe pediu suave e fiz o que ela mandou.

—Violetas...Seu...Cheiro...Mãe- disse com dor, pois estava me esforçando muito para tentar sentir os cheiros ao meu redor, algo que sempre foi tão fácil e natural para mim.

—Isso amor, continue. - ela me incentivou segurando a minha mão e respirei fundo em busca de mais cheiros.

—Chocolate...Cheiro...Do...Ethan...- disse em um sussurro e mamãe confirmou antes de me incentivar a ir mais longe.

—Madeira, mel e violetas...Cheiro...Do...Papai. - disse cansado, mas não podia desistir, precisava sentir novamente o cheiro da minha fêmea e ouvir a batida do seu coração.

Logo um cheiro familiar e muito querido por mim, foi captado por meu olfato assim como as batidas de um coração que me era muito familiar começaram a ser ouvidas por mim, o que me deixou tranquilo. Foquei naquele cheiro e nas batidas daquele coração que tanto amava, os quais eram capazes de amenizar a dor intensa que estava sentindo, após a traição dos meus irmãos de bando.

—Canela...- sussurrei sentindo o cheiro natural de Melissa, mas logo notei que havia uma nova fragrância adicionada a canela e sorri maravilhado ao reconhecer o cheiro. -Canela...E agora...Avelã...Minha...Fêmea.

—Sim, como sua esposa perante a magia Quileute, ela possui um pouco do seu cheiro também, assim como seu pai possui o meu. Agora que conseguiu sentir o cheiro da sua fêmea novamente, precisamos cuidar de você...Você precisa da nossa lealdade para conseguir chegar até La Push.

—Não sei...Se...Consigo...Me transformar...Mamãe...Estou fraco...Demais...E...Não quero...assustar...Melissa- sussurrei com dor e preocupado com essa alternativa, apesar dela ter dito que queria conhecer esse meu outro lado.

—Sabe o que vai assustá-la mais Benjamin Elliot?! Vê-lo morrer. Agora obedeça a sua mãe, e se concentre. - mamãe disse séria usando seu tom de alfa comigo enquanto meu irmão se ajoelhava ao lado oposto do qual nossa mãe estava.

Resignado fechei meus olhos, como um bom filhotinho obediente que era, permitindo que a magia dos meus antepassados se apossasse do meu corpo, me transformando em um lobo de pelo vermelho e olhos castanhos escuros. Mas ao em vez de sair correndo pelo gramado e uivar para a lua, como sempre fazia quando me transformava, minhas patas mal conseguiram aguentar o peso do meu corpo me levando ao chão, enquanto sentia de forma muito mais intensa os laços quebrados dos meus irmão, me fazendo uivar de dor sem ao menos conseguir levantar a cabeça.

“Filhote, está tudo bem...Divida a sua dor conosco” -ouvi minha mãe pensar enquanto acariciava seu focinho no meu.

“Mamãe tem razão, mano...Se a dor é demais para suportar sozinho, divida-a conosco.” - ouvi meu irmão caçula pensar, enquanto olhava para o lobo de pelos dourados e olhos pretos em pé ao meu lado.

Respirei fundo e deixei a dor que me consumia por inteiro, ser compartilhada com os dois e começamos a uivar para a lua juntos, tendo-os cada um do meu lado me protegendo de um possível ataque, já que estava fraco demais para me fazer isso sozinho.

A cada uivo que dava lágrimas rolavam por meus olhos, por cada laço desfeito por meus irmãos de bando. Compartilhar a minha dor com os dois, aliviou um pouco o fardo doloroso que estava carregando sozinho, me permitindo respirar melhor e até levantar um pouco a cabeça para uivar.

Uivamos até a dor amenizar por hora, me deixando exausto pelo grande esforço que havia feito naquele momento. Sem fazer barulho, minha mãe veio para a minha frente e a baixou a sua cabeça, demonstrando o seu reconhecimento e respeito perante a minha autoridade.

“Eu, Leah Clearwater, herdeira de Lyva, aceito e reconheço a sua autoridade como alfa. Aceito segui-lo sem contestar suas ordens. Suas lutas serão as minhas lutas, suas dores serão as minhas dores e defenderei o seu imprinting, acima de qualquer coisa. A partir de hoje, seremos irmãos de bando e a minha lealdade sempre estará com você.” - mamãe repetiu o mesmo juramento que falou a dez anos atrás para mim, quando me entregou seu lugar de alfa na matilha Quileute.

“Aceito a sua lealdade e honrarei os laços de irmãos de bando, que estamos construindo hoje.”-pensei entre lágrimas enquanto lembrava de dez anos atrás, quando ela repetiu o mesmo juramento pela primeira vez, e senti os fios invisíveis que nos ligavam serem fortalecidos, permitindo que pudesse dividir melhor um pouco da dor que estava sentindo com ela.

Em seguida, ela levantou a cabeça e veio até mim acariciando meu focinho com o seu antes de se afastar, dando lugar ao meu irmão caçula, que também baixou a sua cabeça em minha frente, demonstrando o seu reconhecimento e respeito perante a minha autoridade.

“Eu, Ethan Clearwater, herdeiro de Lyva, aceito e reconheço a sua autoridade como alfa. Aceito segui-lo sem contestar suas ordens. Suas lutas serão as minhas lutas, suas dores serão as minhas dores e defenderei o seu imprinting, acima de qualquer coisa. A partir de hoje, seremos irmãos de bando e a minha lealdade sempre estará com você.” -Ethan jurou e olhei com gratidão para o meu irmão, por ele sempre permanecer ao meu lado.

“Aceito a sua lealdade e honrarei os laços de irmãos de bando, que estamos construindo hoje.” -pensei chorando e senti os fios invisíveis que nos ligavam serem fortalecidos, permitindo que pudesse dividir com ele a minha dor, em seguida meu irmão veio até mim e acariciou meu focinho com o seu antes de se afastar.

Foi quando ouvi ao longe um pensamento muito familiar e me concentrei nele, me ligando aquela mente para saber o que estava acontecendo em La Push, mas o que vi ali me deixou confuso, era como se não conhecesse sua dona.

“Não acredito que ainda continua respirando, priminho...Você realmente é duro na queda, mas será por pouco tempo.” -ela jurou em sua mente enquanto ainda tentava entender as imagens que saiam da sua cabeça e iam para a minha.

Foi quando a mascara de prestativa e leal, que minha prima usava por anos, ruiu permitindo que visse quem ela era de verdade, sentindo todo o ódio que nutria escondido por mim...

Desde que soube que minha mãe estava grávida do seu primogênito...

Quando percebeu que o lugar de alfa, que tanto almejava secretamente, seria entregue a mim...

Quando tentou me eliminar pela primeira vez, quando era apenas uma criança indefesa, trocado o bolo do desafio que Harry havia me feito...Naquele momento compreendi o quanto havia sido injusto com meu primo e caído no plano de Leticia de nos manter afastados, já que segundo seus pensamentos, o mesmo havia percebido o que ela estava tramando e não aceitou ficar ao seu lado, fugindo para poder se proteger, pois a irmã o havia ameaçado.

E vi todas as reuniões secretas que ela organizou, para jogar todo o concelho e nossos irmãos de bando contra mim, tendo assim o apoio dos mesmos para roubar o meu lugar.

 “Sua traidora.” -rosnei furioso em pensamento enquanto Leticia ria deliciada com a minha raiva.

“Não sou uma traidora, priminho... Nasci primeiro do que você, fui criada dentro da nossa cultura, sempre vivi para o nosso povo ao contrário de você. Que só se lembrava das suas raízes, quando estava cansado de bancar o menininho rico e mimado na Inglaterra...Você sempre teve tudo aos seus pés e ainda ficou com o lugar que sempre desejei?! Não. Eu não vou permitir isso.” - ela rosnou furiosa tentando me intimidar, o que não fez efeito.

“Nunca tomei o seu lugar Leticia. Você sabe que o tio Seth nasceu para ser o beta da minha mãe e como primogênita dele, você tem o mesmo papel. Eu não fiz as regras, elas já existiam antes de nascermos e o que fez foi alta traição...Você tramou com o seu alfa, contra o seu próprio sangue e não importa se é a minha prima, irá pagar por isso.”- disse severo e ela sorriu como se não acreditasse no que estava falando.

“Você e qual exército?! Todos estão do meu lado e não há nada que você possa fazer...Quer um conselho, da sua priminha mais velha? Não ponha os pés novamente em La Push...Esqueça esse seu lado, o que não será difícil, afinal você é muito bom nisso.”

“E se eu não quiser seguir o conselho da minha priminha mais velha?” -questionei sarcástico e ela suspirou fingindo tristeza o que me deu ainda mais raiva.

“Bom...Não vou ter outra alternativa, a não ser tirá-lo do mapa, priminho. Falhei da primeira vez, mas dessa vez não vou falhar.” - ela prometeu em pensamento como se não tivesse outra alternativa e sorri sem humor.

“Quero ver você tentar, priminha querida. Acho bom ser boa em correr e se esconder, porque quando lhe encontrar... E eu vou lhe encontrar...Vou esquecer os laços de sangue que nos unem e arrastar o seu focinho no chão, como uma boa subordinada que você nasceu para ser.” -pensei friamente e logo as imagens de Leticia em forma de loba, arrastando seu focinho na lama, totalmente humilhada e derrotada, saiam da minha mente e iam para a dela que rosnou furiosa.

“Você acha que tenho medo dos seus rosnados?! Eles não significam nada pra mim...Sou Benjamin Clearwater, herdeiro de Lyva, alfa de direito da tribo Quileute. A liderança está no meu sangue, não nasci para seguir ninguém e sim ser seguindo e você, me deve obediência até o seu último dia de vida.” - rosnei furioso e senti seus pensamentos se assustarem com a força que ainda podia exercer contra ela, mesmo que de longe.

Nervosa, Leticia parou de me ameaçar em pensamento e começou a sondar minha mente, atrás de alguma fraqueza que pudesse usar contra mim, mas havia aprendido com tio Edward numa das vezes em que visitei meus padrinhos a criar “cofres de segurança mentais”, como havíamos nomeado, para esconder as memórias ou pensamentos que não queria compartilhar com meus irmãos de bando, mantendo assim algum tipo de privacidade.

Com o tempo e muita prática me tornei muito bom nisso, foi em um desses “cofres de segurança mentais” extremamente reforçado, que guardava todas as memórias dos momentos que passei com o meu imprinting, que Leticia esbarrou por último.

“Essa defesa mental é diferente das outra...E você está gastando toda a sua energia para protege-la...O que está escondendo atrás dessa barreira, priminho? Com certeza é algo ou alguém muito importante para você...Seria o seu imprinting?” - ela questionou em pensamento e tentou romper novamente as barreiras de defesa que lutava para mantê-las em pé.

“Sai...Da... Minha...Cabeça...Agora...” -rosnei com fúria expulsando-a da minha mente antes de voltar a ser humano, já que havia gastado todas as minhas forças para defender a identidade do meu imprinting, não conseguindo manter a minha transformação.

—Não acredito...Leticia...-mamãe sussurrou traída deitada no chão ao meu lado, assim que voltou ao normal e fiquei com pena dela. Afinal, ela tratava a minha prima como filha e saber que a mesma tramou contra o seu filhote, devia ser um golpe muito duro para ela.

—Nunca confiei na Leticia, nunca soube a razão dessa desconfiança, mas agora tudo está explicado, era o meu instinto tentando me alertar sobre ela...Leticia sempre planejou te derrubar, meu irmão. - Ethan disse cansado também deitado ao meu lado. -Você conseguiu proteger suas lembranças da Melissa?

—Sim. Leticia pode estar desconfiada...De que eu possa ter... Um imprinting, mas ela não tem certeza. Graças aos laços rompidos...Ela não pode...Acessar a mente de vocês. Só conseguimos...Nos comunicar...Porque captei seus pensamentos...E me liguei a ela... Para saber o que estava acontecendo em La Push. -expliquei cansado e percebi que já conseguia respirar um pouco melhor assim como a diminuição das pausas, que fazia em buscar de ar enquanto falava.

Demonstrando rapidamente os efeitos benéficos de voltar a ter irmãos de bando, mesmo que sejam apenas dois, mas eram os dois que valiam por um exército inteiro.

—Leah? Filhotes? - meu pai chamou preocupado assim que se aproximou correndo de nós, que estávamos caídos um perto do outro na grama, sem forças para nos levantar.

Resultado do esforço físico e mental que havíamos feito, e também da descoberta da traição da minha prima, que sempre foi tão querida por nós, menos por Ethan, que sempre deixou claro que gostava mais de Harry do que dela.

—Estamos bem, pai...Cansados mais bem. - Ethan assegurou para o meu pai quando o mesmo se sentou perto da nossa mãe antes de puxá-la para o seu colo.

—Elliot, foi a Leticia...Foi ela que virou todos contra o nosso filhote...Ela sempre odiou o Ben...Deus, ela poderia ter machucado o nosso filhote quando ele era apenas um bebê, nas vezes em que o deixava com ela por alguns minutos...Coloquei a vida do nosso filhote em risco várias vezes...- mamãe soluçou com dor e meu pai a acalentou com carinho, tentando reconforta-la.

—Você não teve culpa de nada, amor. Graças a Deus, não aconteceu nada de pior quando nosso filhote era indefeso, mas agora Benjamin é um homem feito e você o ensinou a se defender muito bem, mesmo que tenha que ser contra a própria prima. - meu pai disse com a voz calma, mas podia ver nos seus olhos o quanto ele também estava abalado por saber da traição da minha prima.

—O papai tem razão...Mãe...A senhora não tinha...Como saber...Quem a Leticia era...De verdade. Ela enganou...Todo mundo. - disse cansado enquanto olhava para ela que ainda possuía tanta culpa no olhar.

—Me desculpe, por ter arriscado a sua vida quando era indefeso. - ela implorou olhando nos meus olhos.

—Não precisa me pedir...Perdão, mãe. Está tudo...Bem. -assegurei amoroso enquanto olhava nos seus olhos e ouvi a zoada de um carro parando perto de nós.

 Logo reconheci a Mercedes que meus pais usavam, só que quem saiu do banco do motorista não era Xavier, o responsável por leva-los a todos os lugares e sim a minha namorada, ou melhor, minha esposa perante a magia Quileute.

E vê-la ali me fez sentir tão culpado, por ter duvidado da sua lealdade a mim...Por ter duvidado do juramento que havíamos feito minutos atrás, o que me fez chorar de remorso.

—Demorou um pouco, mas consegui trazer o carro para mais perto. -Melissa disse quando se aproximou de nós com os cabelos soltos o rosto corado e a chave do carro em mãos, depois que deixou as portas do carro abertas facilitando assim a nossa entrada.

Assim que ela olhou para mim e percebeu que estava chorando, vi a preocupação tomar conta de seus olhos antes dela correr para o meu lado e me segurar novamente em seus braços.

—Está tudo bem, amor, estou aqui com você. -Mel sussurrou preocupada acariciando meu rosto, enquanto a olhava sem acreditar que estava ali comigo, mesmo sabendo toda a verdade. -Achei que você fosse melhorar um pouco, pelo menos foi o que seu pai me disse.

—Eu me sinto...Um pouco melhor. -assegurei acariciando seu rosto com carinho.

—Então, porque está chorando?

—Porque fui um tolo por um segundo, ao achar que você havia desistido de mim.

—Jamais desistiria de você, Benjamin Thompson, eu te amo. E além do mais, seria uma péssima esposa se abandonasse meu marido, minutos depois de nos casarmos.

—Me desculpe...Por duvidar...De você. - disse arrependido enquanto olhava em seus olhos cor de mel.

—Está tudo bem, vamos ter tempo para fortalecer a confiança que temos um no outro. - ela disse sabia e concordei sorrindo antes de perceber que seu rosto estava extremamente corado, enquanto evitava desviar os olhos do meu rosto.

Sorri assim que entendi o motivo do seu rosto estar tão corado e dela não desviar os olhos dos meus, como não havia tirado as roupas que estava usado para o casamento de Daniel, elas acabaram não suportando a minha mudança corporal e se tornando pedaços de pano inúteis, espalhados por toda grama me deixando totalmente pelado.

Mesmo evitando olhar para baixo, a curiosidade de Melissa era maior que a sua timidez. Houve um momento em que a ouvi sussurrar, que acabaria cometendo uma loucura, não podia negar que gostaria muito de saber qual seria o tipo de loucura que ela pretendia cometer, mas não tive tempo de perguntar pois meu pai veio me levar para o carro, depois que havia colocado minha mãe e meu irmão nele.

—Eles estão bem? - Mel questionou preocupada assim que entrou no carro e se sentou ao meu lado no banco de trás, olhando em seguida para a minha mãe e meu irmão, que estavam dormindo cobertos por uma manta igual à que me cobria.

—Sim...Só estão cansados...- disse exausto, afinal havia parado de dividir a minha dor com os dois, pois não era a responsabilidade deles suportar a traição do bando, isso cabia a mim como alfa.  

—Assim como você. - ela disse preocupada e concordei antes dela me puxar para os seus braços onde escondi meu rosto em seu pescoço, apreciando seu cheiro natural de canela que agora possuía traços marcantes do meu cheiro, confirmando que Melissa havia se tornado minha fêmea.

Fechei meus olhos para apreciar melhor o novo cheiro dela, antes de adormecer ao som da sua respiração enquanto o carro corria pela estrada deserta em direção ao aeroporto.


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Notas finais do capítulo

Chocada com a Leticia...Por isso nunca gostei dela.
Beijos e até segunda.



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