5 Anos escrita por Tatá


Capítulo 13
Primavera


Notas iniciais do capítulo

Tô de volta!
Boa leitura :)



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Tony e Pepper acordaram - mais uma vez - com o choro do bebê vindo da babá eletrônica.

— É a vez de quem? — Tony perguntou grogue. — Quer saber, deixa pra lá. Eu vou.

— Não… — Pepper o segurou. — Ela deve estar com fome, então eu devo ir.

— É, eu não posso te substituir nessa missão.

— Tente dormir mais um pouco. — ela disse ao se levantar. — Considere isso um presente. — então se aproximou do rosto do marido e depositou um beijo em sua bochecha. — Feliz aniversário… — disse com um sorriso. E o homem mal conseguiu agradecer, pois já pegava no sono novamente.

Quando o sol iluminou seu rosto, Tony enfim se levantou. Se alguém não o conhecesse, jamais desconfiaria que aquele homem que saía para buscar laranjas e alimentar os animais logo cedo costumava dar festas até o sol raiar, dormia até tarde e era completamente irresponsável anos antes.

Ele deixou Pepper dormindo e foi até o quarto do bebê, para encontrar Morgan acordada e se remexendo no berço.

— Bom dia, flor do dia!  — ele a pegou no colo. — Dormiu bem? Eu aposto que sim. A mamãe está dormindo, então somos só você e eu. Vamos trabalhar? — conversou com ela, enquanto caminhava. — Primeiro eu vou te apresentar a um amigo. Tenho certeza que você vai amá-lo!  — ele foi até o jardim e se aproximou de Gerald, que comia folhas das plantas que se erguiam na grama.  — Bom dia, amigão! Eu vou te apresentar alguém muito especial… Então por favor não cuspa nela, ou nós dois teremos que encontrar outro lugar para morar... — ele passou a segurar a filha com só um braço, para usar o outro como escudo, caso a alpaca não o obedecesse. — Gerald, essa é Morgan. 

A alpaca se aproximou devagar e cheirou o bebê, que agarrou um punhado de pêlos dela. Tony abriu a mãozinha de Morgan com todo cuidado. E quando terminou de fungar, Gerald se afastou. 

— Viu? Ele gostou de você. Quando ele não gosta de alguém, cospe na cara deles. Você vai adorar ouvir a história de quando ele cuspiu na cara do tio Happy… — Tony voltou a conversar com a filha, enquanto caminhava pelo jardim.

Ele deixou a menina confortavelmente deitada em sua cadeirinha e recebendo eventuais fungadas de Gerald, enquanto pegava o sol da manhã. Então alimentou as galinhas e pegou os ovos, deu umas folhas para a alpaca e colheu laranjas para o café da manhã. Quando voltaram para casa, era possível ouvir Pepper falando ao celular na sala. Tony deixou Morgan, ainda em sua cadeirinha, no balcão e começou a tentar preparar o café da manhã.

— Oh, não, não, não! Pare o que está fazendo agora mesmo, Stark! — ela ordenou ao entrar na cozinha. O homem levantou as mãos, pego. — É seu aniversário, então sente-se!

— Sim senhora. — ele se sentou em um banco e observou a mulher trabalhar. — Com quem estava falando?

— Happy. Ele e minha mãe virão mais cedo para me ajudar com o jantar, então pedi que parassem para comprar algumas coisas no caminho.

— Legal da parte deles ajudarem. — Tony disse, brincando com os pés de Morgan, que se remexia e fazia barulhos de bebê.

— Sim. Se eles não me ajudassem eu pagaria alguém para fazer. Acabei de ter um bebê, estou cansada demais para preparar um jantar para tantas pessoas.

— Quantas pessoas?

— Meus pais, James, Happy e alguns colegas de trabalho, como Bambi. Eu convidei Harley, mas ele tem prova amanhã. E os Vingadores…

— O que tem eles? — Tony perguntou sério.

— Eles não disseram nada. 

— É, nós dois sabíamos que isso iria acontecer. — ele voltou a brincar com Morgan. 

— Sinto muito.

— Não sinta. Tenho tudo o que preciso bem aqui. — Tony acariciou a mãozinha da filha. Então Pepper se esticou e o beijou nos lábios.

— Falando nisso! — a mulher quebrou o contato. — Está preparado para perder toda a atenção, na sua própria festa de aniversário, para esse serzinho aqui? — ela cheirou os poucos tufos de cabelo de Morgan, que se remexeu.

— Não teria como eu vencer, ela é muito mais fofa que eu. 

— É, você vai perder tão lindo. Pelo menos até às oito, quando a rainha vai para cama.

— Receio que a rainha precise ter sua fralda trocada... — Tony comentou, vendo que a filha estava prestes a chorar. — Vamos lá, rainha. Seu lacaio vai te deixar limpa. — ele saiu da cozinha carregando a menina, que já chorava alto.



De fato, a atenção de todos os convidados foi voltada ao bebê até a hora de dormir, quando Morgan começou a chorar e logo a entregaram aos pais. Depois disso o holofote foi todo para Tony, que comeu, bebeu, contou histórias e se divertiu com todos, enquanto monitorava a babá eletrônica por um ponto eletrônico em seu ouvido.

— Antes de tudo eu queria agradecer…  — Pepper começou seu discurso, tendo toda a atenção das pessoas na sala. — Por você ter sobrevivido. Por ter voltado. Pela sua recuperação.Por me dar aquele pacotinho que está dormindo lá em cima, e que em menos de um mês já tem todos nós na palma da mão.  — ela brincou, e todos riram. — Você é uma pessoa incrível, um marido excepcional e um ótimo pai. Obrigada por nos fazer feliz todos os dias. Obrigada por ser você, mesmo que às vezes me deixe doida. Eu tenho muito orgulho de quem você é, e do que se tornou. Eu te amo demais.

— Ao Tony! — Rhodes disse e todos brindaram. Então o casal se beijou apaixonadamente, e Tony sussurrou um “obrigado por tudo” nos lábios da amada.

— Mais uma primavera, hum? Se sente velho? — James brincou quando todos começaram a comer.

— Me responda você, que teve essa idade há alguns anos. — Tony retrucou.

— É, obrigado por me lembrar. — o amigo se calou e todos riram.



O jantar estava delicioso e a sobremesa espetacular. Então aos poucos todos foram embora, restando apenas os donos da casa e os sogros do aniversáriante.

— É impressionante como ela é parecida com Tony! — disse a mãe de Pepper, antes de beber um pouco de vinho. — Dez horas em trabalho de parto, e a criança vem igual o pai! 

— Pelo menos o pai é muito bonito. — Tony inflou o ego.

— Disso eu não posso discordar… — Pepper disse, com os olhos fechados e a voz fraca. Estava deitada no sofá, com a cabeça no colo do marido e quase pegando no sono com o cafuné recebido nos cabelos.

— Sim, ainda bem que Tony é uma graça. Porque não há nada da nossa família naquele rostinho, exceto pelas bochechas e os lábios. E seu lindo nome, é claro. — ela fez uma pausa, com um sorriso nostálgico no rosto. — Meu irmão iria adorar conhecê-la. 

— E com certeza me deixaria de cabelos brancos levando-a para passear com os animais de estimação dele.

— Bem, vocês já tem uma alpaca... — o pai de Pepper entrou na conversa, se sentando no sofá.

— Sim, nós vamos chegar lá. 

— Não, nós não vamos! — Pepper abriu os olhos ao ouvir as palavras do marido. 

— Por que não?

— Porque eu já tenho quatro galinhas, um bebê, uma alpaca e você. É o suficiente.

— Mas…

— Não vamos ter um zoológico em casa. — ela deu a palavra final.

— Oh! Ela pode ter sua personalidade! — a senhora Potts mudou o assunto.

— Por enquanto ela me lembra o Tony, quando dormia durante o dia e dava festas às três da manhã, quando eu estava tentando dormir… — Pepper fechou os olhos novamente, exausta. Ela e o marido não dormiam direito desde que saíram do hospital. — Mas todos os recém-nascidos são assim, então veremos quando ela crescer. — concluiu.


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Notas finais do capítulo

Se eu estiver melosa demais, avisem. Tô meio sensível desde aquele-filme-que-não-deve-ser-nomeado.



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