Why Not Me escrita por cleoo


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Up Up Up
Finalmente o 12
o/



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Naruto, pingüim e tutor encaravam-se.

-Abra – ordenou Sasuke.

Naruto mordeu o lábio. “Nunca”, pensou. Jamais abriria a boca para o cara de coruja azeda.

Estavam numa guerra de nervos,  na qual a cozinha era o campo de batalha e nenhum deles estava disposto a perder, muito menos se render.

- Abra a boca, moleque... – rosnou Sasuke.

-Não vou.

-Você é mesmo um fedelho estúpido. Sua mão está enfaixada, se usá-la vai piorar.

-Eu não sou!!! – retrucou, embora nem soubesse o significado da palavra estúpido, mas sabia que vindo do carranca não poderia ser nada de bom, deveria ser alguma palavra maligna, e cheia de significados diabólicos, do dicionário plutoniano.- Você que é feio! E eu posso comer com a outra mão.

Ambos estreitaram os olhos, Naruto de lábios selados e Sasuke com a colher cheia de mingau em riste diante da boca do menino.

O som do telefone tocando quebrou a tensão e concedeu a ambos uma, pequena, trégua.

-Fique aí e não faça nada estranho – advertiu Sasuke indo atender o aparelho na sala. Logo que colocou o aparelho no ouvido, e a voz “doce” e feminina soou, percebeu que era Tsunade.

-Quero saber como está o Naru-chan.- Disse o apelidinho carinhoso com uma voz, irritantemente, infantil.

-Bem.

-Como assim? Só bem... Seja mais detalhista.

-... – Sasuke bufou, fechando os olhos e pensando por um minuto sobre o que dizer.- Está inteiro e irritante. O que mais quer saber?

-Não seja grosseiro Sasuke, isso não é maneira de falar comigo. Aliás, você não tem amor à vida? Você sabe que...

Tsunade iria começar a tagarelar. Depois que a falação começava, poderia durar horas a fio e Sasuke não estava disposto a ouvir, já que afinal o moleque estava sozinho na cozinha.

Se fosse qualquer outra pessoa, Sasuke desligaria na hora, sem pensar. Porém, era Tsunade, e ele tinha um certo respeito por ela.

O barulho de algo se quebrando chamou sua atenção novamente para a cozinha.

-Falo com você mais tarde - disse desligando o telefone.

O menino estava no chão ao lado da tigela quebrada e do pinguim, com rosto, mãos e uma mecha dos cabelos sujos com mingau de baunilha.

- Avisei para não fazer nada... Moleque estúpido...

- Você que é!

Sasuke agachou-se em frente à Naruto e um meio sorriso formou-se nos lábios do tutor.

 

- Não sou eu que estou no chão, com fome e todo sujo, parecendo um porquinho na lama.

Nem mesmo o congelante Sasuke Uchiha resistiu a fazer um piada om o humor da cena.

 “E.T, convencido”, pensou Naruto. Rindo dele, na sua própria cara. Ele iria ver se continuasse rindo.

Poft. A mão melecada do loirinho escorregou da testa até o queixo do E.T, melecando todo seu rosto.

Uma veia de irritação brotou em Sasuke e ela parecia estar prestes a  explodir.

-Moleque – grunhiu entre os dentes – vai pagar caro por isso. – pegou Ed do chão - Essa coisa agora vai para a panela.

-QUÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ????!!!!!!!!!! SOLTA O ED E.T!!!!!!

O loirinho avançou para salvar Ed, escorregando no mingau e levando o tutor consigo, caindo os dois no chão melecado.

-DEIXA O ED EM PAZ! – disse em cima de Sasuke, ainda tentando arrancar o pingüim das mãos do E.T.

-Vamos ver se vai continuar me desafiando com essa coisa na panela...

-NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOO!

-Sim.

Naruto pegou a bisnaga de mel do chão apontando-a para o plutoniano. Ele não cozinharia o Ed, não com ele ali.

-Nem pense...- advertiu o tutor.

-Solta ele.

-Nem morto

Plerggggg! Fez a bisnaga enquanto o rosto de Sasuke enchia-se de mel.

Sasuke passou os dedos sobre o mel em sua face.

-Eu avisei. moleque – disse lambuzando o rosto do menino com os dedos enquanto virava a tigela , ainda meio cheia, sobre o garoto.

 

Naruto teve um arrepio de surpresa, o mingau escorria por seus cabelos e sobre o mel em sua pele.

-.E.T, traiçoeiro.

-Moleque encrenqueiro...

 

Encararam-se como quem reconhece um bom oponente, mas ainda sim um adversário.

Novamente os dois estreitaram os olhos. A cozinha ainda era o campo de batalha, porém a “guerra” era menos psicológica e, digamos, mais melequenta.

 

XxX

 

No quarto, Tsunade olhava para Sasuke incrédula. Não tinha certeza se havia realmente visto aquela cena ou se havia sonhado: Sasuke e Naru-chan no chão jogando mingau e mel um no outro.

-Que? -  Sasuke inquiriu, secando os cabelos molhados pelo banho, diante do olhar abobalhado da loira.

Tsunade nunca vira Sasuke numa situação parecida com aquela. Era surreal e engraçado.

-Deixa para lá – sorriu.

Melhor não falar nada, pensou a loira. Kakashi havia dito para deixar as coisas acontecerem naturalmente. Dessa vez, pelo menos, seguiria o conselho do advogado.

- O que você queria comigo, afinal?

-Com você nada. Eu vim ver o Naru-chan. Você além de não me dar informações, desligou o telefone na minha cara. Precisa ver se ele estava bem. À propósito, vou levar ele para passear hoje.

-Faça como quiser. Se quiser levar para sempre fique à vontade. – falou o moreno indiferente - Só não invada a casa da próxima vez..

A loira franziu a testa irritada.

-Não seja idiota. Não é um móvel, ou uma mala,  é uma criança. Ouviu?! Não fale assim.

-Que seja... Moleque atrevido. – Sasuke limitou-se a dizer lembrando-se do atrevimento do garoto de atirar o mel nele.

-Falando no Naru-chan, o banho dele, já está demorando... Rin! – gritou chamando pela assessora que chegara a casa junto com ela, e coincidentemente com a babá a casa.

-Não grite pela minha casa. – advertiu o moreno - E porque diabos você trouxe a Rin?

-Não sabia que você tinha contratado uma babá. Aliás, isso é muito impessoal. Você deveria cuidar pessoalmente dele. Crianças criadas por empregados não são... felizes...

 

Tsunade interrompeu-se. Não deveria ter falado aquilo.

Sasuke parou de secar o cabelo.

-Não sou obrigado a criá-lo...

Tsunade o encarava sem saber o que dizer. O que poderia argumentar? Gritar  que ele não tinha coração, que não podia deixar uma criança sozinha não adiantaria. Ela conhecia aquela expressão fria nos olhos dele muito bem, incomovível como sempre fora.

-Senhora? – Rin surgiu na porta, ligeiramente emocionada. Nunca pensou que um dia conheceria o quarto do senhor Uchiha.

-Rin você poderia ver se a babá já terminou o banho...

Tsunade interrompeu a fala diante do olhar mortal de Sasuke para as duas.

-Tsunade não de ordens aos meus empregados e Rin... - A assessora tremeu diante do olhar do chefe – Obedeça só a mim.

O coração da assessora acelerou. Ok! Que era uma frase ameaçadora. Mas aqueles olhos fixos nela, aquele olhar... sentia o ar escapar dos seus pulmões, até... até... paralisá-la. Que homem!

A babá chegou ao quarto trazendo Naruto, finalmente, limpo.

-Rin? Você está bem? – Tsunade perguntou diante da imobilidade da outra que não respondeu e tombou petrificada diante dos olhos perplexos de todos. Porém antes que alguém se mexesse para ajudá-la, levantou, com o rosto em brasa, ajoelhando-se.

 

-Desculpem, desculpem. Senhor Uchiha, perdão, eu me distraí um minuto.

-Você tem certeza que está bem? – Perguntou a babá.

-Meu Deus Rin. Sasuke vai te dar folga, você precisa descansar.

Enquanto as duas acudiam Rin. Naruto encarava Sasuke.

-Que foi moleque?

-Eu sei que foi você, E.T.

Sasuke sentiu sua enxaqueca habitual começar a latejar. Em poucas horas a paz e o silêncio monótonos da, antes vazia, mansão do jovem Uchiha  haviam sido erradicados por uma menino, um pingüim e as mulheres que trouxeram consigo.

 

XxX

 

Tsunade sorridente  acompanhava Naruto. Explicava cada coisa sobre cada descoberta nova do menino. 

Naruto a ouvia atentamente enquanto seu olhar fascinando explorava  cada centímetro do aquário. Pensava que Tsunade era a pessoa mais esperta do mundo, em relação assuntos aquáticos.

Naruto correu indo de encontro ao vidro de proteção. Haviam chegado ao habitat dos pingüins.

-Um monte de Eds!!! – disse com os grandes olhos azuis surpresos.

Tsunade sorriu.

-É, é um monte de Eds – abaixou-se para ficar na altura de Naruto. – Você gosta muito dó Ed não é?

Naruto assentiu com a cabeça.

-É meu melhor amigo.

Ela sorriu.

-Ele ficaria muito feliz com isso.

-Quem?

-A pessoa que lhe deu Ed. Sei que ficaria feliz de ver vocês juntos.

Naruto olhava curioso para a loira. Será que ela conhecia aquela pessoa? Talvez devesse perguntar.

O celular de Tsunade tocou.

-Naruto só um minuto- pediu a loira levantando-se. Atendeu ao telefone sem se afastar  sob os olhos atentos do menino.

Um dos pingüins mergulhou na água gelada fazendo um grande splash. Naruto voltou à atenção para os pingüins novamente.

Não sabia se devia perguntar, mas precisava encontrar aquela pessoa...

Tsunade  desligou o telefone com o rosto levemente tenso.

-Tsu- chan – chamou Naruto

Tsunade se autoapelidara assim para Naruto. Ficava muito mais fofo na voz do loirinho.

A loira sorriu para o menino voltando a ficar a sua altura.

-A pessoa... A que me deu Ed... Você conhece ela?

-Sim.

Tsunade lembrou-se das recomendações de Kakashi ao telefone.

-Naruto. Um dia eu lhe conto tudo sobre ela. Eu prometo.

Naruto assentiu com a cabeça. Embora quisesse perguntar muitas coisas. O sorriso doce de Tsunade o convencera.

-Vamos ver os tubarões. E depois lanchar.  Disse levando Naruto até o aquário dos tubarões

-Uhhh – fez Tsunade – olha só esses dentes, não dá medo.

Naruto sacudiu negativamente a cabeça. Se não tinha medo do E.T carrancudo não iria ter dos tubarões. Perto do E.T, e suas experiências malignas, eles eram como peixinhos dourados.

-Eu defendo você! – Gritou confiante o pequeno

Tsunade olhou surpresa para Naruto.

As mesmas palavras que Itachi já usará.

 Apertou as bochechas de Naruto.

-Você é muito corajoso e fofo.

Só o desnaturado do Sasuke para resistir a Naruto, pensou a loira.

 

 

XxX

 

-Ele estava exausto –Tsunade suspirou descendo as escadas, após colocar Naruto para dormir.

-Hum.. Pelo menos enquanto dorme não incomoda... - Resmungou o tutor, jogando sobre uma poltrona na sala.

-Você que é implicante! Mas... Antes de dormir ele suspirou: “proteger Ed... E.T”

Tsunade riu com a lembrança.

-  Nunca quis aquela coisa.

-Então... você se lembra?! Não pensei que lembraria de um brinquedo.

-Isso não tem nenhuma importância.

Tsunade suspirou.

- Acho que no seu caso, infelizmente não, mas é curioso você ainda lembrar.

A loira despediu-se do tutor, também estava exausta. Mas valera a pena, havia gostado muito de passar o dia com Naru-chan.


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Notas finais do capítulo

Meu obrigada a
Blum fox que betou e completou as lacunas do meu cérebro pifado
bjos