Affection Of Father escrita por Any Sciuto
A equipe BAU, a NCIS de Washington, Los Angeles e New Orleans estavam seguindo para o Havaí. Penelope havia descoberto que a passagem era uma isca e que Abby havia sido colocada em um jato diretamente para a ilha.
Gibbs estava sentado na parte de trás do jato. Jéssica, a filha de Hotch e Emily estava com Fran Morgan, assim como a pequena Jenny, uma vez que Penelope foi junto.
Jenny se sentou ao lado de Gibbs. Ela passou a ele um pequeno pacote de nozes. Ele parecia chateado demais para falar, mas parecia que ele precisava desabafar.
— Precisa de alguma ajuda? – Ela se sentou na frente dele. – Eu sei que o jato está meio cheio, temos agentes de quatro divisões aqui. Mas você não precisa ficar como se tivesse mastigado um punhado de cinzas.
— Eu só queria descobrir porque essa mulher está se passando por Mary. – Gibbs suspirou. – E por que ela sequestrou Abby.
— Acho que é hora de contar tudo o que eu sei. – Jenny se levantou e todos olharam para ela. – Está na hora.
Caminhando até a frente da aeronave, ela esperou.
— Senhorita Shepard, gostaríamos de descobrir o porquê e qual seu envolvimento com a mãe de Abby? – Hotch foi direto.
— Sim e porque eu tenho certeza que tem mais alguém em perigo. – Reid continuou. – Você sabe, metade das psicopatas tem um contato nas forças da lei.
— Eu não conheço essa mulher, mas a mãe de Abby, Mary, foi morta um ano depois do nascimento de Abby. Ela estava saindo de um hospital e um homem se aproximou dela. – Jenny entregou uma foto. – Eu fui a agente designada para a cena de crime. Ela foi morta com seis facas no estomago. Encontramos uma roupinha de bebê e uma foto. Nós éramos amigas e ela me fez prometer cuidar de Abby caso algo acontecesse.
— Jen, porque não conta a eles todos a verdadeira razão de se fingir de morta? – Gibbs estava um pouco nervoso ao descobrir tudo aquilo.
— Agora não é hora, Jethro. – Jenny revirou os olhos.
— Sim, agora é. – Gibbs parecia mais do que irritado. – Quero dizer, eu...
Não ouvindo mais uma palavra, Jenny arrastou Gibbs até o banheiro do jato. Todos olharam para eles.
— Acho que mamãe e papai estão brigando. – Tony estava assustado. – Eita.
— Nada de “Eita”, Tony. – Ziva o beijou para que ele não falasse outra besteira. – Vamos esperar que ela não o jogue pela janela.
Todos olharam para ela, tentando ver se ela estava brincando. Mas parecia incrivelmente séria.
— Então, no momento em que a Maria do Carmo encurralou a Nazaré em um galpão abandonado, ela começou a dar umas bifas nela. – Fornell estava comentando com Hetty e Rossi. – A verdade é que até mesmo a amiga dela caiu da escada.
— Ela matou a melhor amiga? – Rossi se aproximou ainda mais de Fornell. – Que mulher doida.
— A amiga dela caiu da escada sozinha. – Hetty ganhou olhares curiosos de Rossi e Fornell. – Ela disse que iria cantar para subir e numa coincidência esquisita do destino, ela acabou quebrando o salto e rolando a escada.
— Mas ela não chamou o resgate. – Fornell contribuiu. – Quero dizer, debochar de sua amiga enquanto ela está caída no chão não é ser amiga.
— Ei, onde você pensa que vai? – Hetty perguntou a Rossi.
— Me jogar do avião. – Ele disse em tom de brincadeira.
Callen e Sam estavam jogando cartas quando o celular de G começou a tocar.
— Hey, pudimzinho. – Callen sabia que era a namorada. – Eu ainda estou em algum lugar no meio do mar.
— E se o bebê nascer antes de você chegar? – Elisa acariciou a barriga de quase sete meses. – Você sabe o que o médico disse.
— Se isso acontecesse eu pegaria um teletransporte e chegaria a tempo. – Callen sorriu quando ela riu. – Bem, Arkady está cuidando de você. Então, quem sabe ele possa trazer você para cá, nós nos casamos e fazemos nossa lua de mel?
— No momento eu estou querendo comer todos os chocolates dele. – Elisa fez um beicinho. - Espero que consigam achar Abby.
— Eu também, pudimzinho. – Callen mandou um beijo por telefone. – Eu te amo.
— Também te amo. – Elisa desligou o celular e foi em busca de Arkady. – Eu quero ir para o Havaí.
O homem apenas assentiu e foi preparar o jato.
Abby acordou em outra sala. Qualquer coisa que tenham dado a ela fez um longo efeito. O tempo aqui parecia muito mais quente e ela quase podia ouvir um vulcão silencioso. Sua audição era perfeita por ser criada por seus pais surdos.
Ela duvidava das verdadeiras intenções de Mary. Para quem estava frente a frente com a filha, ela era muito fria.
— Finalmente acordou. – Mary entrou. – Vamos colocar você no porão. Estou recebendo alguns convidados e eles não podem ver você.
— Por que está fazendo isso? – Abby perguntou. - O que foi que eu fiz?
— Depois que Gibbs se casou com aquela mulher, eu te perdi. – Mary abriu a porta do porão. – Eu comprei essa casa no ano passado. A mulher que morava aqui foi mantida no porão.
— Ela está morta? – Abby estava preocupada com a mulher. – Por favor, apenas me diga.
— Ela não está lá de qualquer forma. – Mary colocou Abby na escada e sem mais nem menos, a empurrou para baixo.
Abby sentiu que sua cabeça estava colidindo cada vez nos degraus de cimento. Quando ela chegou ao último degrau, a porta de cima se fechou e ela acabou caindo inconsciente.
Mary abriu a porta da casa e encontrou dois homens parados lá.
Steve estava tendo um bom dia até que a ligação de um agente mal-humorado de Washington o tirou de sua cama. Assim como Danno, que pela primeira depois de muito tempo, estava tendo um encontro.
— Comandante Steve McGarrett. – Ele mostrou o distintivo. – Sou da força tarefa 5-0. E esse é meu parceiro, Danny Willians.
— Recebemos a denúncia que você está mantendo uma garota refém aqui. – Danno começou a verificar a casa. – Senhorita Mary Owens.
— Eu não tenho nenhuma garota aqui. – Mary cruzou os braços. – Agora, se você não tem mais nada ou uma ordem de revista eu adoraria que vocês dessem no pé.
— Primeiro é mandado. – Steve literalmente entrou. – E segundo, eu não preciso de um mandato para revistar uma casa.
Ele entrou e Mary apenas ficou de cara enquanto os dois homens revistavam a casa, mas não conseguiram encontrar Abby. O cadeado com efeito de velho disfarçou bem a porta.
Mas Steve não estava convencido de que a porta era mesmo nunca usada.
— Que diabos deu em você, Gibbs? – Jenny trancou a porta do banheiro do jato. – Eu fingi minha morte basicamente porque você queimou a minha casa tentando disfarçar a minha morte.
— E parecia que você realmente havia morrido quando atiraram você naquele restaurante. – Gibbs suspirou. – Você de algum jeito....
Ele nem falou mais uma palavra. Jenny o beijou tentando salvar o resto de paixão que ela tinha por ele. E de alguma forma funcionou.
Gibbs mal tentou resistir. Passando as mãos pela cintura de Jenny, ele a aproximou e a sentou sobre ele quando ele se sentou na privada com a tampa abaixada.
— Eu precisava que você calasse a boca. – Jenny sorriu e corou um pouco. – Agora, podemos voltar?
Gibbs apenas assentiu, mas antes de qualquer coisa, ele puxou Jenny para ele novamente e a beijou. Ele agora era realmente levado e pela única mulher que ele queria no momento. E Vance, com certeza seria retirado da NCIS e Jenny voltaria para seu lugar.
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