Hogwarts e o Mistério do Cristal Maldito — Vol 1 escrita por Linesahh


Capítulo 30
Capítulo 29 — Derrubada


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, meus bruxinhos e bruxinhas lindos ♥

Ou devo dizer boa tarde? Eita, eu me atrasei um pouquinho, né? Hehe

Em minha defesa devo dizer que estava fazendo o almoço e colocando roupa para lavar, afinal, o sol voltou!

Bem, sem mais delongas, quero dedicar esse capítulo para meus adoráveis leitores, Corvinal01 e SuperHero323, por serem sempre incríveis e muito espontâneos com a obra *-* Sério, brigadão para vocês dois ♥

Agora vamos à DERRUBADA! Acho que vocês irão se divertir MUUUITO com esse capítulo!



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♦ Louisa Northrop ♦

 

Derrubada…

Uma palavra que despertava o ânimo e o temor de todos os jovens bruxos da Grã-Bretanha. Aquela aula definitivamente entraria na lista de “Piores-Aulas-de-Voo” para uma certa Northrop de cabelos louros e expressão horrorizada.

Enquanto todos os outros alunos desatavam a falar com animação e entusiasmo, Louisa permanecia estática no lugar, amargurando sua falta de sorte.

A voz do prof. Lukar interpôs-se á da maioria:

— Para quem não sabe, Derrubada é um jogo popular criado em Devon, aqui na Inglaterra. Consiste num único objetivo: derrubar o máximo de adversários de suas vassouras até que reste apenas um em pé, ou melhor, em voo. O vencedor! — ele sorriu.

— Como assim? — Charlotte Hevensmith torceu o nariz, evidentemente contrariada. — Que ideia mais louca é essa? Iremos cair em queda livre nesse chão duro? A maioria irá, no mínimo, perder alguns dentes...

Muitos concordaram com Charlotte, e Louisa ficou levemente incomodada por fazer parte desse pequeno grupo. Contudo, o argumento da garota era até bem válido...

— Claro que não, srta. Hevensmith. — o professor negou com a cabeça tranquilamente. — Foi por esse motivo que trouxe isto. — ele indicou o saco cheio e parcialmente rasgado. Retirou algumas sementes negras de dentro, exibindo-as para os alunos. O formato era oval e elas possuíam algumas riscas quadriculadas nas pontas, isso além de uma fina seiva azul-clara vazando das laterais. — Alguém sabe dizer o que são?

Anne Crystal empertigou-se toda, dando um passo à frente.

— Essas sementes se chamam Ziboríneas¹, professor. — sua voz saiu com superioridade. — São cultivadas no norte da África, em montanhas muito perigosas e hostis; extremamente difíceis de conseguir. Quando desabrochadas, se tornam um algodão perfeito.

O professor olhou-a fixamente, impressionado.

— Olhe, não sou professor de Herbologia, mas vou dar 10 pontos para você, srta. Crystal. Nem eu poderia ter explicado melhor. — deu um largo sorriso, piscando em aprovação.

Todos os colegas observaram o sorriso convencido de Anne em um misto de tédio e inveja. Algumas garotas mostraram as línguas.

O professor continuou:

— Como nos explicou a srta. Crystal, as Ziboríneas são sementes muito difíceis de se obter. Contudo, felizmente, o prof. Beery tinha algumas reservas delas em uma de suas estufas. Ao contato com o solo, suas sementes abrem e desabrocham instantaneamente, adquirindo o formato e textura de algodão. Jogarei por todo o campo e, assim, não haverá perigo de ninguém se machucar, pois cairão em algo macio e fofinho! — encorajou-os.

Com a explicação, aos poucos os nervos alheios foram diminuindo, e logo todos trataram de pegar uma vassoura da enorme pilha. 

Embora tivesse acabado de ser uma aluna-exemplo, Anne Crystal não parou de reclamar, dizendo que não queria participar do jogo por ter medo de altura — ela logo sossegou ao saber que valeria nota.

Era do conhecimento de todos que a Crystal detestava Quadribol, vassouras e de praticar qualquer esporte no geral.

Louisa apenas sentira pena de Emily Parker, que parecia verde de tanto medo. A garota tremia da cabeça aos pés, mas ninguém parecia estar reparando — nem mesmo o professor.

... E o tamanho dela também não ajudava muito.

Logo, o prof. Lukar montou em sua vassoura (uma Tinderblast) e fez o enorme saco de Ziboríneas flutuar ao seu lado. Antes de alçar voo, ele gritou acima do ombro para os alunos:

— Vejam a obra de arte acontecer! 

… E saiu como um míssil.

Todos observaram o professor dar a volta completa no imenso campo antes de parar perto das balizas norte. Ele então fez um rasgo no saco, dando para distinguir alguns pontinhos de grãos caindo em direção ao solo...

... E assim a “mágica” aconteceu.

Todos olharam maravilhados, ao longe, os grãos virarem, em questão de segundos, tipos de “algodões-gigantes”, com cor azul bem clara. Eles cresciam em velocidade sobre-humana e alcançavam a altura de um metro no gramado. Pareciam como ondas se abrindo conforme o professor ia jogando as sementes em cada extensão do Campo de Quadribol.

— Uau!... — Iris Legraund levou as mãos ao rosto, o azul dos algodões refletindo-se perfeitamente em seus olhos cor-gelo, totalmente admirados com o que via.

Ao terminar, o prof. Lukar pousou ao lado das duas turmas e ofertou-lhes um sorriso maroto.

— Gostaram? Bem legal, né? Perfeito para meus planos, como disse... — falou satisfeito. — Agora: todos montados e alçando voo daqui a exatos trinta segundos! Não há regras, podem derrubar seu adversário da maneira que quiserem, isso, é claro, sem causar cegueiras ou contusões que levem à morte. Depois o culpado sou eu.

Os alunos montaram nas vassouras, alguns poucos carregando olhares preocupados e temerosos. Já outros pareciam extremamente animados com a proposta do jogo — Louisa viu Billy e Matt sorrirem perversamente na direção de alguns garotos sonserinos; estes pareciam tão felizes e maléficos quanto.

Louisa sentia um nó subir em sua garganta, o medo começando a lhe invadir. Não conseguia acreditar que iria mesmo jogar aquilo...

O professor levou o apito aos lábios e, com uma piscadela para os alunos, assoou:

Píííííííí!!

Louisa impulsionou os pés desajeitadamente sobre o solo e logo estava nos ares, vendo tantas outras sombras subirem junto com ela pelo canto dos olhos.

... Passaram-se apenas cinco segundos desde que estava voando e ela já tinha constatado uma coisa:

Aquele jogo era uma completa e grandessíssima LOUCURA!

Nos primeiros dois minutos Louisa saiu-se razoavelmente bem. Desviava e fugia das pessoas que tentavam esbarrar ou colidir bruscamente nela e em sua vassoura. Talvez, se fizesse aquilo para sempre, poderia ser uma das finalistas…

Porém, Charlotte parecia querer pegar-lhe a todo custo. Desde o início a garota fora em se encalço, carregando uma expressão maníaca e um sorriso gigantesco na face, não parando de lhe perseguir por nem um instante sequer.

Louisa voava por toda a extensão do Campo de Quadribol tentando fugir dela enquanto ficava atenta à proximidade dos outros competidores.

Lá embaixo, já dava-se para ver algumas pessoas caídas sobre as Ziboríneas — as primeiras a fracassar na disputa...

Finalmente pareceu conseguir despistar Charlotte. Começava a pegar um pouco (bem pouco mesmo) do jeito de comandar uma vassoura, pois já não dava zigue-zagues como antes.

Voo tratava-se da única matéria que Louisa não se saía muito bem. As primeiras aulas — aprender a chamar a vassoura e a como permanecer levitando alguns metros acima dela — foram um desafio e tanto para ela. 

Ali, de nada adiantava os conhecimentos didáticos, pois as aulas necessitavam de uma participação estritamente física.    

Louisa adorava Quadribol. Era seu esporte preferido, assim como o de seu pai. Contudo, tinha um porém: ela gostava de assistir partidas de Quadribol e não participar delas. Sua sincronização com vassouras devia estar por volta dos dez por cento...

De toda forma, Louisa nem ao menos conseguiu comemorar direito sua fuga de Charlotte....

... Pois, no instante seguinte, entrou em sua visão dois garotos parrudos, vindo em sua direção em linha reta, suas expressões sádicas revelando uma informação bem óbvia:

Ela seria a próxima vítima.

Louisa não pensou muito: Largou a vassoura e jogou-se no ar, tomando a direção dos algodões fofos e seguros lá embaixo.

Um digno sacrifício, em sua opinião.

Foi como afundar na neve. Louisa não sentiu dor ou incômodo algum, ficando aliviada por isso. Tentou sair do considerável buraco que criara com seu corpo, indo para a parte de cima do algodão. Ele era bem compactado e firme, apesar da sensação de estar acima de uma nuvem.

Observou os horizontes, analisando quem já havia caído nas Ziboríneas assim como ela...

Localizou Emily Parker perto das balizas. A pequena garota tinha as mãos cobrindo o rosto, parecendo estar deveras baqueada, provavelmente pela queda.

Anne Crystal também estava no chão e visivelmente irritada. De braços cruzados, a garota olhava para o céu com extrema cólera, observando os outros colegas que ainda continuavam a voar alegres lá em cima.

Sua atenção voltou-se alguns metros adiante, vendo Glória Tudor caindo como uma bala no solo, de cabeça para baixo. Pelo que deu para ver, o responsável fora Setrus Fisheer, que saiu às gargalhadas com sua vassoura em busca de outras vítimas.

Eram poucos os alunos que haviam perdido, a maioria ainda se encontrava pelos céus. Louisa não se sentiu triste com isso, afinal, entre perder o jogo por escolha dela mesma, ou ser nocauteada por dois “brutamontes”, ficava com a primeira opção sem pensar duas vezes.

Decidiu focar sua atenção no jogo que acontecia acima de sua cabeça e, após alguns segundos, descobriu uma coisa: era bem mais interessante assistir a uma rodada de Derrubada do que participar dela, principalmente naquele ângulo...

No alto, muitas coisas aconteciam, principalmente “complôs”. 

Na maioria das vezes, uma vítima era visada por mais de uma pessoa e, quando os “caçadores” percebiam isso, decidiam apenas com um simples olhar unir forças para deixá-la fora do jogo.

Isso aconteceu com Zoe Hill, que fora derrubada por duas garotas  da Sonserina. Louisa não se sentiu nada mal com o fato.

Billy Sánchez e Matt Ryman era o que se podia denominar como “dupla-implacável”. Eles voavam perto um do outro e, quando havia uma isca à espreita, juntavam os braços e a derrubavam com um golpe fatal, às vezes pegando no pescoço ou na cabeça do adversário...

Mas havia uma pessoa que era, de longe, a melhor jogadora:

Iris Legraund.

Louisa observava com um misto de assombro e certa admiração os movimentos da ruiva. Iris desviava de todos que vinham em seu encalço com curvas perfeitas e perigosas, percorrendo o campo como um foguete. Ela derrubava suas vítimas em um piscar de olhos, muitas delas nem sabendo quem as tirara do jogo.

Foi com imensa satisfação que Louisa observou Iris perseguir Charlotte como uma predadora e, após alguns desvios infrutíferos da sonserina, a ruiva bateu na ponta de seu cabo com imensa força. A Hevensmith caiu no chão (algodão) aos rodopios, sendo logo acudida por Glória Tudor. 

O jogo ia avançando e a Legraund já deveria ter derrubado quase metade dos colegas, contando com as duas turmas.

Todos os primeiranistas da Grifinória, incluindo Louisa, sabiam que Iris Legraund era uma das melhores da classe nas aulas de Voo. 

Embora as vassouras oferecidas pela escola possuíssem todas o mesmo quilate, Iris sempre era a mais rápida e tinha uma ótima coordenação para desvios e perfeita mira para lançar a Goles nos aros. A ruiva costumava dizer que só participava ativamente das aulas por pura diversão e para realizar seu sonho de voar como um pássaro...

... Mas hoje, ela estava levando o jogo bem a sério

Todos que já haviam perdido assistiam às últimas pessoas voando em campo com extrema atenção, como se assistissem a uma partida oficial de Quadribol.

Os que ainda estavam no jogo pareciam mirar somente na Legraund, por ela ser a que apresentava mais ameaça dentre todos ali.

Oh! Agora ela está arruinada!… — Suzanne Roowar, há alguns metros de Louisa, cobriu os olhos ao averiguar o cenário que se desenrolava à cima.

Observaram, atônitos, Iris ser perseguida pela “dupla-de-brutamontes” da Sonserina, no mesmo momento em que, à sua frente, vinha Billy e Matt, ambos se preparando para puxá-la para fora da vassoura...

... Quando, num movimento quase imperceptível de tão rápido, Iris fez sua vassoura ir para baixo subitamente. Os quatro garotos colidiram-se em cheio; todos caíram em queda livre em direção às Ziboríneas, próximos de onde Louisa estava. Ela fez uma pequena careta quando uma das vassouras, com a queda, bateu na cabeça de um dos sonserinos, que pareceu perder a consciência.

Ouviu-se um coro de exclamações animadas vindas do solo com o desvio sensacional da menina; agora só restava ela e um garoto loiro da Sonserina no páreo.

Esta muchacha loca é uma sanguinária tenebrosa! — Billy Sánchez exclamou quando conseguiu se levantar; o menino passava as mãos sobre o rosto totalmente inacreditado (as fiéis moscas, injustiçadas enquanto ele estava voando, voltavam agora, felizes, ao redor de sua cabeça).

— Pode ser... Mas uma sanguinária tenebrosa que sabe jogar. — Matt admitiu, olhando com atenção os dois competidores à cima, evidentemente admirado com os movimentos da ruiva.

Todos esperavam com expectativa o desfecho do jogo. Algumas apostas já eram-se feitas: “Quem vai vencer a batalha? Iris Legraund ou Alexander Mackendrick”?!

Louisa não iria tão longe ao ponto de gastar seus galeões com apostas bobas, como muitos começavam a fazer, mas admitia que esperava pelo resultado tão ansiosa quanto o resto de seus colegas. Ela havia observado o tal Mackendrick também, e ele era indiscutivelmente bom, pois havia derrubado muitas pessoas assim como Iris...

Louisa fixou os olhos na Legraund. A garota percorria o campo com rapidez; Mackendrick estando em seu encalço, louco para pegá-la. Já estavam nessa situação há alguns segundos e a maioria já não aguentava mais esperar...

Foi quando, repentinamente, Iris tomou a direção dos aros, indo em caminho reto até o cabo grosso do maior deles, o que ficava no centro. 

O sonserino não pareceu entender, mas permaneceu perseguindo-a mesmo assim. Iris continuou a seguir reto com mais rapidez ainda, num gesto bem arriscado mas que, no fundo, mostrava para os atentos observadores que ela sabia exatamente o que estava fazendo. Quando todos acharam que ela iria bater em cheio no cabo de ferro da baliza...

... Iris, num movimento calculado, estendeu o braço, agarrou o cabo (Louisa perguntou-se assombradamente como seu braço não havia se partido em dois com a velocidade que estava) e, num impulso, fez uma curva completa, voltando no sentido oposto, na direção de Mackendrick.

O garoto nem teve tempo de desviar ou regredir a velocidade: a ruiva deu-lhe um tremendo esbarrão, o derrubando violentamente da vassoura.

A zoeira foi total no campo de algodão: todos pareciam eufóricos e entusiasmados com o final surpreendente e digno de uma verdadeira final memorável.

O prof. Lukar voou na direção da garota, que olhava para baixo com um sorriso vitorioso e radiante, averiguando todos que fracassaram.

O professor parecia tão animado quanto o resto. Ele levantou o braço direito de Iris para o alto, estendendo-lhe uma caixa de Feijõezinhos de Todos os Sabores, e anunciou em alto e bom som:

— A vencedora!

            

[...]

 

Iris Legraund saltitava durante caminho de volta ao castelo, parecendo extremamente leve e satisfeita, colocando um punhado de feijõezinhos na boca entre cada intervalo da caminhada. Parecia estar mais radiante do que nunca por ter vencido aquele “divertidíssimo” jogo.

Todavia, como era de se esperar, existiam os infelizes que punham-se a ficar amolando a menina, implorando para que ela lhes cedessem alguns feijõezinhos.

Vamos allá, Legraund! — suplicou Billy Sánchez, que insistia em caminhar ao lado da garota. Ele espantava as moscas que voavam em torno de sua cabeça com irritação. — Você pode muito bem dar ao menos um feijão para mim, o prof. Lukar comprou uma caixa extra-grande para você!

Na-na-ni-na-não. — a ruiva continuou seu caminho, relaxada. — Você ouviu bem o que o professor falou: isso é só para os vencedores. — destacou. — Você é vencedor?

No... — o garoto corou, num misto de incômodo e derrota.

— Bem observado. — ela estalou os dedos, abrindo em seguida um sorriso zombeteiro. — Mas devo admitir que sua queda junto do Ryman foi bem surpreendente... Talvez consigam o título de “melhores-patetas-que-caíram-em-um-simples-truque-de-desvio”.

Vários colegas deram risadinhas maldosas. Matt colocou a mão sobre o ombro de um Billy lamuriado, olhando com nítida irritação para a Legraund.

— Vamos Billy, não perca tempo pedindo esmolas para a “soberana-rainha”. — ele ironizou, em seguida pondo-se a encaminhar o amigo para a frente do grupo, que parecia estar bem chateado.

Louisa não dera muita atenção à cena.

No momento, encontrava-se ocupada demais retirando os intermináveis requisitos do fofo algodão de suas vestes — todos estavam banhados da cabeça aos pés pela macia planta azul, mas, por algum motivo, eram poucos os que se incomodavam em limpar-se.

Olhou de relance para Charlotte, imaginando que ela era uma das que não iriam querer andar por aí feito uma “mulamba” (como ela mesma costumava dizer).

… E Louisa acertou em cheio. Ao que parecia, a Hevensmith já havia arrumado uma ótima alternativa para ver-se livre de todos aqueles restos de algodão: Glória jazia caminhando na cola da amiga, que dava ordens para que ela deixasse sua capa brilhando. A Tudor obedecia sem reclamar.

… Como Iris Legraund costumava dizer frequentemente nos corredores, Glória parecia de fato uma verdadeira “cachorrinha” (mas, ao contrário da ruiva, Louisa nunca diria essa ofensa em voz alta).

Quando finalmente chegaram ao térreo, muitos já se punham a adentrar o castelo enquanto outros permaneciam pelos pátios de fora, certamente querendo aproveitar aquele fim de tarde na beira do Lago Negro ou na suntuosa sombra de uma grande árvore.

Louisa finalmente dera-se conta de que estava sendo um tanto tonta em limpar sua capa com as mãos. Sua varinha estava no bolso, por que não utilizá-la, afinal?

Enquanto já despia a capa, balançando a cabeça negativamente por sua clara distração (contudo, por ser uma utilizadora de varinha há pouco tempo, seu esquecimento em relação a ela era bem compreensível), começou a sugar cada extensão de sujeira do tecido negro com o objeto. Sua varinha era um tanto diferente da de seus colegas; a cor branca brilhante impressionava à primeira vista, assim como a base curvada num espiral. O que eles não sabiam era que Louisa tinha de lustrá-la toda manhã, pois ela acumulava sujeira muito rápido.

Seguindo na direção da entrada do castelo, ouvia, sem dar muita atenção, uma conversa descontraída que o prof. Lukar estava tendo com alguns alunos mais velhos da Grifinória que haviam acabado de abordá-lo. O assunto parecia ter algo relacionado com o próximo jogo da Temporada de Quadribol — não fora difícil para Louisa reconhecer a voz ativa da capitã do time da Grifinória, Griselda Milles, vinda do grupo.

Suspirou em alívio quando finalmente viu-se limpa, chacoalhando a capa uma última vez. Voltaria para dentro e tomaria um banho. Talvez conseguisse sentir-se mais leve depois de todo aquele jogo deveras cansativo...

Foi nesse momento em que um grito horrível ecoou pelos terrenos:

EI! SOCORRO!! POR FAVOR, ALGUÉM ME AJUDE!!


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Notas finais do capítulo

♥ Curiosidades ♥

Ziboríneas¹ — Planta Mágica Original. As Ziboríneas, como disse Anne Crystal, são sementes que desabrocham ao mínimo contato com um solo fresco e vivo, tomando a textura perfeita de um algodão, fofinho e compactado. Apesar da aparência frágil, as Ziboríneas possuem força suficiente para aguentar o peso de uma pessoa que caia acima delas sem que esta atravesse sua matéria. Essa propriedade peculiar é um grande mistério para os bruxos.

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Gente, eu simplesmente AMEI esse capítulo! Foi um dos mais divertidos de escrever, sério, eu adorei a Derrubada! Jogo perigoso mas BEM competitivo, é o que eu adoro!

Louisa, tadinha kkkkk Ela se jogou lá embaixo para não ser esmagada, aiai… Mas eu teria feito o mesmo, admito ;)

E quem diria que Iris seria a vencedora, hein? Essa garota ainda tem muitas habilidades a apresentar! A minha parte preferida foi esse giro final dela antes de bater com tudo nesse meninooooo!! Foi massa!

O que vocês acharam das Ziboríneas? Pois é, eu e minha irmã inventamos essas plantas de última hora… Sabe como é, eu fui dar uma pesquisada nas plantas mágicas de HP pra ver se alguma corresponderia ao que a gente precisava, MASSSSS, acho que tinha mais de DUZENTAS plantas pra ver, e acabamos decidindo criar uma planta com as propriedades que queríamos (a preguiça falou meio alto, admito, mas no fim eu gostei MUIIITO desse nome ;) Ziborínea é bem nome de planta, né não?).

E esse final, gente??? Quem será que gritou por ajuda? O que está acontecendo???

Bem, vocês descobrirão a resposta no próximo capítulo ;) Já para avisar, o próximo capítulo será postado um pouco mais cedo, gente, provavelmente na sexta-feira. O motivo é que no Sábado estarei fora, então vou adiantar :).

Espero que vocês tenham um ótimo fim de semana e uma boa semana também ♥ Acho que eu queria falar mais alguma coisa... Ah, esquece, deixa pra depois quando eu lembrar kkk

Até a próxima!

Malfeito, feito. Nox.



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