Same Girl escrita por Biax


Capítulo 1
The


Notas iniciais do capítulo

Oieee!
Faz MUITO tempo que eu queria escrever uma história baseada/inspirada em uma música. Eu não vou falar qual é, apesar de parecer óbvia (pra mim), porque eu não quero estragar a surpresa. No segundo capítulo vocês vão descobrir qual é.
Teremos três capítulos.
Espero muito que vocês gostem! Boa leitura!



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Castiel enroscava nos dedos os fios escuros de Florence debaixo do chuveiro, sem perceber o que estava fazendo, concentrando-se mais nos beijos que trocavam. Ele pensava que, apesar do desejo que ainda sentia, estava perdendo o controle dos seus sentimentos em relação àquela garota.

Naquele dia, estavam fazendo dois meses juntos. Não, eles não estavam namorando. Não oficialmente. Não, Florence não tocou no assunto, talvez nem lembrasse da data. Sim, Castiel lembrava e resolveu fazer algo especial.

Apesar da leve decepção, ele ignorou aquilo, pois sabia que a menina era cabeça oca. Poderia esquecer do próprio nome se fosse possível. Então, resolveu aproveitar o momento, já que era difícil seus horários baterem, e deixou-se levar. Até o momento em que ela sorriu, pegou a toalha e saiu do banheiro.

A água quente escorria pela cabeça do homem, como em um filme de drama, e ele suspirou, fechando o registro, pegando sua própria toalha e saindo enquanto se secava.

— Já vai? — indagou Castiel.

— Sim. Entro as nove no hospital. — Florence começou a se vestir com as mesmas roupas que veio. Ele devia ter imaginado que ela não passaria a noite.

— Ah.

— Sinto muito. — Ela se aproximou e deu um beijinho em seus lábios. — Amanhã é a minha folga. Venho pra cá.

— Não é a primeira vez que você diz isso. — Deu um sorriso brincalhão, tentando ignorar sua própria chateação.

— Eu sei, mas você sabe como é. — A menina calçou seus sapatos e colocou a mochila nas costas. — Você também não tem uma agenda muito vazia, né?

Ele deu de ombros.

Após um último beijo, Castiel a acompanhou até o elevador. Sorriu enquanto as portas se fechavam, e logo sua expressão mudou assim que ela se foi. Voltou ao apartamento e começou a juntar as louças sujas do jantar.

Depois que colocou tudo na lavadora, começou a arrumar a bagunça do quarto. De repente, seu celular começou a tocar, e ele abriu um sorriso ao atender.

— Olha, quem é vivo sempre aparece.

É o que dizem — respondeu Nathaniel rindo. — Você está em casa?

— Sim. Por quê?

Posso dar um pulo aí?

— E desde quando você está na cidade e não me avisou? — Castiel colocou a mão na cintura, preparando-se para xingar o amigo.

Desde hoje, calma, não precisa me ofender. Vim visitar minha irmã.

— Hm. Sei. Pode vir, estou livre agora.

Agora? Hm... — Soou malicioso.

— Anda logo.

Já vou.

Não demorou mais do que dez minutos para que Nathaniel chegasse. Os antigos amigos se cumprimentaram com um abraço apertado e foram para o loft.

— É, você estava mesmo com uma mulher — comentou Nathaniel.

— E como você sabe?

— Perfume.

— Analisa o chão também, vai descobrir o número que ela calça — debochou, indo para a cozinha ao ouvir o alarme da lavadora de pratos.

— Trinta e cinco, provavelmente — brincou ele, seguindo o anfitrião.

— Não posso confirmar, isso eu não sei.

Nathaniel observou as panelas acima do cooktop, as louças que Castiel deixava na pia, já secas, as velas pela metade na mesa de jantar...

— Qual foi a ocasião especial? — O loiro perguntou, indo se sentar em uma das cadeiras da mesa.

Se sentindo um pouco bobo, Castiel demorou alguns segundos para responder, fingindo estar muito concentrado em por taças e pratos no mármore da bancada.

— Não teve ocasião especial. Foi só um jantar romântico. Estamos ficando há dois meses.

— E coincidentemente hoje vocês fazem dois meses e você quis fazer um jantar romântico? Quer mesmo tentar enganar um investigador profissional? — Deu risada.

Castiel bufou. — Eu tô louco por ela, tá bom assim? Percebi isso faz umas semanas.

Sorrindo, triunfante, Nathaniel se recostou na cadeira e cruzou os braços. — Então faz dois meses que vocês se conhecem?

— Praticamente.

— E onde vocês se conheceram? Em um dos seus shows?

— Em um festival de bandas. Tinham várias. Depois do nosso show, ficamos por aí, conversando com alguns fãs, bebendo... — contou, guardando as louças nos armários. — Uma menina veio tirar foto comigo e o Simon, pedir autógrafo, e a Florence estava junto.

— Florence é ela?

— Sim. Enquanto a amiga dela falava com o Simon, ela ficou de lado, esperando. Ela não parecia ser do tipo que gostava de estar em um lugar daquele e eu acabei comentando isso, e ela confirmou. Ela nem gostava de rock, mas estava ali pela amiga. Eu... senti algo diferente nela, sabe? Ela tinha uma vibe tão... calma. Enquanto conversávamos sobre outras coisas, esqueci completamente todo o alvoroço de lá. Já estávamos flertando, eu pedi o número dela, e no outro dia, saímos. Depois eu entendi por que ela era tão tranquila, ela é enfermeira. Quer dizer, ela já devia ser tranquila antes de ser.

Nathaniel ergueu as sobrancelhas, talvez surpreso, talvez intrigado. — E aí, só foi.

— É. Eu tô a cada dia mais fascinado por ela.

— Mas vocês estão namorando?

— Eu não sei. Não oficialmente.

— Estando dois meses juntos, já é um namoro, não?

— Acho que sim. Sei lá.

— E por que você não pergunta pra ela? Tá com medo de alguma coisa?

— É que... — Assim que terminou, Castiel foi se sentar na outra cadeira. — Ela nunca falou sobre oficializar. E eu não sei se ela quer... Quer tomar alguma coisa?

— Tem cerveja?

Prontamente, Castiel buscou duas garrafas na geladeira e as abriu antes de voltar. Eles brindaram e tomaram um gole.

— Bom, você sabe como as coisas funcionam. Eu te conheço, e você se conhece. Sem conversa, sem conhecimento.

— É... — Ele ficou perdido em pensamentos enquanto bebia, e Nathaniel segurou a risada. Ele nunca tinha visto seu amigo apaixonado daquele jeito desde o ensino médio. — Mas e você? Como estão as coisas? Saindo com alguém?

— Tudo está ótimo. Estou feliz com o meu trabalho, estou me dando bem com os meus colegas e sim, estou saindo com alguém.

Castiel abriu um sorriso. — Ótimo. Fico feliz por você. Há quanto tempo?

— Menos de um mês.

— Tá gostando dela?

— Sim — admitiu, rindo de si mesmo. — Estou pior do que você.

— Que situação. — Deu risada junto, tomando mais um longo gole de cerveja.

Nathaniel ergueu o quadril para pegar o celular no bolso frontal do jeans e desbloqueou a tela. — Vou te mostrar uma foto dela. Deve ter no Facebook.

— Ok, também vou mostrar. — Castiel pegou seu aparelho na mesinha da sala e voltou, já clicando em uma foto que ele e Florence tiraram em um restaurante, dias atrás.

Os amigos trocaram de celular ao mesmo tempo, e seus sorrisos diminuíram gradativamente conforme observavam as fotos. Suas sobrancelhas juntaram, suas bocas entreabriram, e em questão de segundos, se encararam, pasmos. Como se lessem a mente um do outro, deixaram os aparelhos na mesa, lado a lado, para comparar as imagens.

— Caralho... — sussurrou Castiel.

— Só pode ser brincadeira — disse Nathaniel, deixando a garrafa no tampo, afastada.

— É a mesma garota — Ambos exclamaram de olhos arregalados.


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Notas finais do capítulo

Hihihi
E agora? O que os amiguinhos farão após essa descoberta?
Talvez eu poste o próximo capítulo amanhã, vamos ver.
Deixe seu comentário, vou adorar saber sua opinião e sua teoria xD
Até mais o/



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