Sangue escrita por Salomé Abdala


Capítulo 57
Capítulo 55 – O rabo e as pernas.




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Capítulo 55 – O rabo e as pernas.

                Manuel estava mesmo dando em cima de mim? Que sensação esquisita! Nunca na vida tive quem se interessasse por mim, ao contrário, sempre me desprezaram! Estou tão habituado às criticas e más opiniões ao meu respeito que simplesmente me parece impossível conceber que alguém me queira!

                -Eu sou bonito? – perguntei de repente.

                Natasha respondeu do banco de trás (pois estávamos no carro):

                -Muito.

                Olhei para sua cara pelo retrovisor buscando algum traço de sorriso ou de sarcasmo em seu olhar... não encontrei nada. Aquilo soava ainda mais esquisito, nunca pensei que Natasha pudesse ter uma opinião positiva ao meu respeito(Em verdade, até aquele momento tinha a sensação de que ela não gostava de mim):

                -Você também acha Fip?

                -É claro que eu acho seu idiota! Se eu não achasse não tava com você.

                É... vindo do Fip eu não podia esperar uma resposta mais delicada:

                -Mas então por que eu não consigo enxergar essa beleza em mim?

                -Porque a sua idiotice deturpa sua visão.

                -Não. – disse Natasha – É porque a gente nunca se acha bonito mesmo.

                -Eu me acho bonito.

                -Mas você é bonito Fip.

                -Pois é. E eu sei disso!

                Aquela segurança me machucou. Causou-me certa inveja na verdade. Seria mesmo verdade que ele pensava aquilo? Ou estaria falando da boca para fora? Alguém poderia ser (de verdade) tão seguro da própria beleza? Olhei-me no espelho, sempre achei meu rosto muito fino, o nariz grande talvez. Os olhos... talvez os olhos fossem bonitos, mas só... Achava meu conjunto esquisito, desajeitado. Nunca entendi o que fazia Fip querer ficar comigo... também nunca tive coragem de perguntar... em verdade também nunca soube o que me fazia querer ficar com ele. Talvez essa coisa de gostar seja muito abstrata pra se entender ou explicar:

                -Vocês acham mesmo que o Manuel estava me cantando?

                -De novo com essa história?!

                -Ah eu acho. – disse a Natasha – Acho e muito!

                Tentei segurar o sorriso, sabia que aquele assunto irritava o Fip (e talvez por isso eu o tenha puxado):

                -Na real? – ele disse – O Manuel dá em cima de todo mundo...

                -Só de você que não? – perguntou a Natasha.

                Fip freou o carro no meio da estrada e olhou para ela:

                -Quer ser jogada no meio da estrada de novo?

                -Ah nem vem! Dessa vez eu nem to bêbada... super consigo reagir.

                -Fip quer acelerar esse carro! A gente tá no meio da estrada! – eu gritei.

                Ele seguiu a maior parte do caminho emburrado.  Eu fiquei observando a estrada tentando ignorar o clima tenso dentro do carro. Na verdade esses pitís do Fip estavam começando a me irritar num nível preocupante. Tudo tinha que girar em torno dele! Do umbigo dele! Tudo tinha que ser dele, pra ele, por ele! Coisa chata isso! Agora ia ficar emburrado sei lá por quanto tempo, uma porque não tinha ganhado o festival, outra porque o Manuel não o desejava! Que coisa! Parece que o mundo tinha a obrigação de estar sempre ao seu agrado!

                De repente me percebi imaginando uma vida na capital, talvez ao lado do Manuel. Por que não? Ele me pareceu um homem tão simpático, educado, seguro. Um homem de verdade, mais velho, experiente... o Fip era um moleque que nem eu... E suas molecagens começavam a incomodar... por sua constância... por sua repetição... Mas logo esqueci o pensamento, Manuel com certeza tinha também seus defeitos. E Fip, mesmo sendo chatinho as vezes ainda era o meu menino...:

                -Alguém mais reparou que o Felipe tava com um puta chupão no pescoço? – ele disse de repente.

                -Chupão no pescoço? – eu disse tentando disfarçar o susto – Jura?

                -Juro! – ele disse – Enorme, bem aqui. – apontou o lugar – Você não viu?

                Claro que eu vi, eu o tinha feito! Será que ele sabia? Estava me testando?

                -Sério isso? – disse Natasha – Hmmm, quem será que fez?      

                -Será que ele e o Michel estão se pegando!? – eu disse antes que alguém pudesse ligar os pontos de que o único que tinha dormido sozinho com ele naquele apartamento havia sido eu:

                -Será?! – disse o Fip com uma surpresa tão genuína que me tranquilizou – Meu deeeeeus! Isso seria um babado absurdo!

                -Ah eu acho que não! Michel teria me contado!

                -Às vezes não deu tempo!

                -Claro que deu, a gente ficou tanto tempo sozinho.

                -Será que ele ta saindo pras baladinha escondido? – disse Fip – E fica dando pinta de bom moço?

                -Mas que dia ele poderia ter feito isso? – perguntou Natasha.

                -Sei lá. Teve altos dias que saiu todo mundo.

                -Às vezes ele tá namorando. – eu disse – Sei lá, no dia da sua apresentação mesmo ele sumiu da gente.

                -Verdade. – disse Natasha – Ele deu um perdido na gente e assistiu o festival todo sozinho.

                -Sério?! – disse o Fip – Disso eu não sabia!

                -Como não sabia? – eu disse – Eu te contei.

                -Contou nada!

                -Claro que contei! Você que não prestou atenção!

                -Como eu não prestei atenção?! É claro que você não disse!

                Eu não liguei nem um pouco para o fato de Fip não se lembrar de que eu havia dito aquilo, na verdade era mesmo um assunto passível de esquecimento, mas persisti no assunto para desviar  as atenções:

                -Ah Fip! Você nunca presta atenção no que eu falo! Depois reclama que eu não conto as coisas pra você! Na real? To começando a desistir de te contar as coisas! Você não lembra nunca!

                -Ai ai! Vão começar a baixaria já? Lembra que eu to no carro, cacete!

                -Desculpa Natasha. – eu disse – Mas e o Artur? Vocês ficaram bem?

                -Ah acaba ficando. Não tem jeito mesmo.

                -Eu achei ele um fofo sabia? – o Fip disse.

                -Eu também.

                -Ai gente, é tão tenso isso. Sei lá. Eu queria desapegar dele e tal... mas enfim, vamos mudar de assunto?

                Acabamos permanecendo em silêncio o resto do caminho. Quando chegamos fomos cada um para o seu canto. Voltei para casa, estava com uma sensação esquisita no peito, Fip mal se despediu de mim. Natasha subiu direto para o quarto. Chegar em Alvinópolis depois de tudo que eu tinha visto e amado na capital dava certa sensação de fracasso. Como se minha vida estivesse estacionada. Tanta coisa girando e acontecendo no mundo, e eu ali, emerso naquele nada, naquelas ruas sem vida... quantos anos ainda me seriam roubados naquele lugar? Quanta vida eu perderia naquele lugar fora do tempo? Quantas pessoas legais (como Manuel) eu continuaria perdendo a chance de conhecer por estar enterrado ali!?

                Cheguei em casa, minha tia estava no trabalho. Tinha arrumado toda a casa, em cima da mesa um bilhete:

                “Deixei uma lasanha pronta no forno para quando você chegar. É só colocar para esquentar. Espero que tenha feito boa viagem. Estou com saudades, te amo!”

                No final uma marca de beijo que ela fez com o batom vermelho. Eu morria de achar aquilo brega, mas isso estranhamente fazia com que o bilhete ganhasse um apego a mais. Minha tia, mesmo com suas pieguices e chatices... mesmo com seu jeito torto de viver a vida, ainda era a maior referência de amor que eu tinha. Sorri meio sem jeito, mal esperava a hora de poder abraça-la.

                ...

                “Voltar a Alvinópolis depois de tudo o que aconteceu desde a primeira vez em que estive aqui me fez pensar um monte de coisa. É engraçada a dicotomia entre a sensação de vitória que me trouxe até aqui e a derrota que parece povoar essas paredes hoje em dia. Natasha está no quarto meio choramingando as mágoas do seu amor perdido, eu estou olhando para o piano, a poltrona, os móveis. Tudo que eu mais gosto está aqui. Essa casa está aqui! Meu jardim, meu estúdio de dança, minhas coisas! Tudo isso é tão lindo, tão perfeito! Um lugar que é como a extensão do meu corpo! Gastei tanto dinheiro e tanta energia pra trazer tudo pra cá! Tanta dedicação a esse lugar e agora tudo parece tão vazio!

Tinha me esquecido do quanto gostava do movimento, da vida na capital! O festival era só uma pontinha minúscula do iceberg de possibilidades artísticas que existiam lá!! E agora, sem meu pai me proibindo de fazer tudo, eu podia viver intensamente esse universo! Voltar a sentir meus pés formigarem antes de uma apresentação! Talvez não seja hora de me enfurnar em uma cidade de interior e esperar a morte chegar... talvez minha vida ainda precise de ritmo... ainda precise de jazz!

Foi quando senti um estalo me bater no peito. Uma urgência, uma necessidade inteira! Era vida me chamando! Era o Jazz!!!!!

-Natasha! Natasha, posso entrar?

-Entra.

-Você já desfez suas malas?

-Nem vou mexer com isso hoje...

-Ótimo. Então pegue o resto das suas coisas. Vamos voltar para a capital!

-Como assim, Chico?

-Rápido! Antes que dê tempo pra gente pensar! Pega suas coisas, a gente fecha a casa e vamos pra lá!

-Mas você tá doido? A gente vai ficar onde?

-A gente fica no Michel até alugar um apê maior! Rápido antes que eu mude de ideia!

Estava eufórico! Poucas vezes na vida temos a possibilidade de tomar uma decisão precipitada! É eletrizante sentir-se dono de sua vida nesse nível! Natasha se levantou com um sorriso no rosto, estava tão eletrizada quanto eu:

-Então vamos! – ela disse – Mas e as coisas? Não vai querer levar nada?

-A gente compra tudo lá ou manda buscar depois, sei lá! Vamos antes que a gente mude de ideia!

Corremos para pegar nossas coisas, amontoamos tudo no carro e nos dirigimos até a casa do Flavius. Mal via a hora de ver a sua cara de surpresa! Parei o carro na sua porta e fiquei buzinando até ele aparecer!

-Calma Chico! E se a tia dele sai na porta?

-Que se dane! Estamos indo embora mesmo!

-Você é louco! Para com essa buzina!

-Deixa eu incomodar a vizinhança um pouco! Essa gente precisa de movimento!

-Oh lá! Ele já saiu! Para eu to com vergonha!

-Tá! Parei.

O Flavius foi até o carro com um sorriso bobo na cara:

-O que vocês estão aprontando? – ele disse.

-Estamos voltando para a capital. Arrume suas coisas!

Ele fechou imediatamente o sorriso:

-Como assim voltando? A gente acabou de chegar!

-A gente vai morar lá! Vamos!!!Pegue suas coisas!

-Como assim Fip? Eu não posso simplesmente pegar minhas coisas e mudar de cidade!

-Por que não?

-Eu tenho minha tia! Tenho a minha escola! Eu preciso pelo menos me planejar antes!

-Então você não quer ir?

-Eu quero! Mas essa não é uma decisão que se tome desse jeito!

-Ah quer saber? Se você quiser ficar fica!

Acelerei o carro e sai cantando pneu:

-FICA AÍ NESSA VIDINHA DE MERDA! – gritei pela janela – EU VOU CORRER ATRÁS DO QUE É MEU!

Natasha ficou me olhando com os olhos esbugalhados:

-Que foi? – eu disse.

-Você tem certeza do que está fazendo?

-Relaxa, eu não dou uma semana pra ele aparecer na capital com o rabinho entre as pernas.

Imagine se Flavius conseguiria viver sem mim! Ainda mais naquela cidade de merda! Ninguém ali gostava dele, duvido que ele conseguiria voltar a ter a vida que sempre teve depois de ter conhecido a todos nós. Sem eu e sem Michel na cidade Flavius jamais suportaria a vida em Alvinópolis!”

               

                ...

                -O que você tem Flavinho? – perguntou Sofia se sentando ao lado da cama – Faz dias que você não sai dessa cama.

                -Eles foram embora...

                -Seus amigos?

                -É...

                -Como assim foram embora? Eles se mudaram?

                -Sim, foram morar na capital? Assim, do nada?

                “Parece que quando os outros percebem uma situação que nos magoa ela passa a nos magoar mais”

                -É tia! É!

                -Também não precisa ser bruto comigo! Eu só to tentando entender!

                -Desculpa.

                Sofia passou a mão na cabeça do menino.  Não sabia como dizer o que queria dizer:

                -Esse menino... esse Fip... ele não é só seu amigo, é?

                -Como assim?

                -Ele é... mais que isso, não é?

                -E... se for? – disse sentindo certo frio na barriga.

                -Não me importa. Eu só quero entender a gravidade da situação.

                -Eu não sei mais o que ele era meu. Se ele fosse mesmo o que eu pensava que era não teria ido embora assim.

                -A vida é mais complicada do que parece, meu querido. Amar, viver não é tão simples quanto parece nos filmes. É assim mesmo...

                -E... você não se importa?

                -Flavius, eu sempre soube que você era diferente. Sempre teve em você alguma coisa que te separava dos outros.  Isso nunca me importou... Eu me preocupo com você, com a sua solidão... Eu estava tão feliz por você ter seus amigos... Eu não consigo entender o que aconteceu!

                -Nem eu! NEM EU!

                -Você prefere ficar sozinho?

                -Não... – abraçou a mulher – Eu só queria entender porque ele me deixou!

                -Eu também fui deixada tantas vezes sem entender o porque... tantas vezes...

                -E por que dói tanto...?

                -Porque você está vivo.

                -Eu preferia estar  morto.

                -Não prefira. Não ia aguentar perder mais ninguém...

                -Nem eu.

                -Então deixa eu dormir aqui com você essa noite?

                -Por favor....

                Abraçaram-se....

                ...

                -E depois disso vocês não se falaram mais?

                -Não. Ele não apareceu por aí?

                -Não! Se não tivesse me dito eu nem saberia que eles estavam aqui!

                -Você tem o ICQ do Michel? Queria conversar com ele.

                -Hmm, tenho não. (Mentiu) Mas vou ver se descubro alguma coisa.

                Flavius ficou olhando para a tela. A internet estava terrivelmente lenta aquela noite.  Fazia três semanas que não tinha o menor sinal de Fip. Ele não ligou, não atendeu as suas ligações, não enviou mensagens. ... começava a se perguntar se ainda podiam se considerar namorados.  Felipe era seu único elo com a capital e por isso só podia contar com ele para receber informações:

                -E aí?

                -E aí o que?

                -Conseguiu falar com Michel? Ele deve saber onde eles estão!

                -Pior que não. Vou tentar amanhã, aí te falo!

                -Ok.

                “Droga!” – gritou esmurrando a mesa. Fip não podia terminar com ele desse jeito! Flavius não sabia o que fazer. Gostaria de correr até a capital e tirar satisfações, mas não podia! Não sabia onde encontra-lo, se ele gostaria de ser encontrado! Isso tudo soava muito esquisito, onde estava todo o amor que Fip lhe dedicava? Onde estavam seus juramentos de amor eterno? Jogados fora como se fossem nada? Por que? Pareciam estar tão bem! O que houve de errado? Onde o amor deles falhou?

                -Conseguiu falar com Flavius? – perguntou Fip olhando a televisão.

                -Não. Faz dias que ele não entra. O sinal deve estar ruim lá em Alvinópolis. – respondeu Felipe sentado diante do computador.

                -Que merda! – gritou Fip – Eu tinha que perder a merda do meu celular logo agora? Cacete!

                -Mas você não tem nenhum outro telefone? Um e-mail, nada?

                -Não! A gente era vizinho eu nunca preocupei em salvar essas coisas!

                -Manda uma carta!

                -Eu não lembro o endereço dele de cor! Quer saber? Eu acho que vou lá! Vou falar com ele pessoalmente!

                -Mas você não pode! – disse Felipe – Você tem ensaio.

                Logo depois que chegou a capital, Fip foi aceito como bailarino no ballet do estado.  Seu primo havia conseguido uma audição particular para ele entrar. A carga de ensaios era pesada e isso havia impedido que Fip tomasse alguma providência quanto ao Flavius. Fora isso havia perdido misteriosamente seu celular. Felipe dizia que ele podia ter sido roubado na rua, que isso estava cada vez mais frequente na cidade. Porém o gatuno verdadeiro tinha uma face muito mais ardilosa. Na calada da noite, sem que ninguém visse, Felipe havia surrupiado o aparelho e jogado em um bueiro próximo. Fip estava vivendo com ele até alugar um apartamento.  Natasha passava cada vez menos tempo em casa, tinha arrumado um trabalho como assistente de cozinha em um restaurante perto do teatro e passava a maior parte do seu tempo livre com Artur:

                -Que se dane o ensaio! Eu preciso falar com o Flavius! Ele deve tá achando que eu não quero falar com ele!

                ‘’-Se você tiver qualquer notícia do Fip me avisa?” – disse Flavius no computador.

                “Acho difícil ele aparecer. Você sabe como o Francis é! A essa altura já deve estar com outro! Esqueça isso, Flavius.” – respondeu.

                “Mas ele não pode jogar fora toda a nossa vida assim!”

                “Eu te disse que isso aconteceria. Francis é assim... não espere nada diferente dele.”

                -Você não pode mandar o ensaio à merda, Francis. Você sabe que outra chance como essa pode nunca mais ter! Você já teve a sorte de eu conseguir te colocar lá dentro! O grupo nem estava aberto para audição! Sorte que eu sou muito amigo da Carine, ela conseguiu arrumar os esquemas.

                -Mas eu não posso esperar mais! Eu preciso falar com o Flavius!

                -Vamos fazer o seguinte? – disse Felipe desligando o computador – Fica você aqui participando dos ensaios! A Carine disse que você está indo muito bem! Que dependendo do seu desempenho vai poder participar desse próximo espetáculo! Você não pode deixar isso passar! Vocês vão viajar muito com esse espetáculo! É uma grande chance pra ti!

                -Eu sei... mas...

                -Mas nada! Você vai ficar aqui ensaiando. Eu tenho direito a uns dias de folga no meu trabalho porque fiz muitas horas extras essa semana. Eu pego o carro, vou até Alvinópolis, procuro o Flavius, descubro o que está acontecendo e pronto. Fica tudo resolvido.

                -Sério que você faria isso?

                -Claro Francis! Flavius também é meu amigo! Eu quero o bem de vocês!

                -Se você fizer isso por mim eu não vou ter como te agradecer!

                -Você já fez tanta coisa por mim, querido!  Agora vá descansar que amanhã cedo você tem ensaio.

                -Mas quando você vai para Alvinópolis? Amanhã?

                -Amanhã mesmo, pode ser? Amanhã assim que eu sair do trabalho eu vou direto pra lá.

                -Obrigado Felipe! Você é como um irmão pra mim!

                


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Notas finais do capítulo

Todo mundo xingando o Felipe em 5, 4, 3...