A Ilha - a Descoberta do Amor escrita por velgoncalves


Capítulo 7
Capítulo 6 - O encontro


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, temos nos sentido um pouco desanimadas devido a falta de comentários de vcs. De modo que não sabemos se a fic está dentro daquilo que vcs gostam ou esperam. Pedimos tb que deixem as sugestões de assuntos que querem ou gostariam que fossem abordados no decorrer da fanfic.



Bjos e boa leitura!



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Capitulo 6 – O encontro

 

 

PDV Bella

 


Meu pai me lançou um olhar fulminante quando me viu entrar em casa com Alice. Só não foi pior porque a minha mãe era uma grande fã da loja que ela tinha, onde só podiam ser compradas roupas de grife. – onde está com a cabeça? Explique–me como dormiu no carro de Alice Cullen! – meu pai pediu explicações.

– Desculpe Sr. Swan, foi culpa minha – Alice interferiu. – depois do jantar nós a trouxemos até aqui, porém olhamos para o banco de trás, meu marido e eu, e ela estava adormecida. A noite foi longa e problemática. Ela não fez por mal. Foi... Culpa minha.

– Sem problemas Alice. – minha mãe interferiu – sente–se ela apontou para o sofá. Alice obedeceu – Bella tem passado por momentos difíceis ultimamente. Desde que Jacob viajou, minha filha não tem saído muito.

– Ah... – Alice me olhou com curiosidade. – eu posso ajudar. Bella me cativou. – sorrimos.

– Como assim? – Charlie indagou.

– No nosso meio não podemos contar com muita gente Sr Swan. Apenas com nossa família e eu quero muito ajudar Bella nisso.

– Saindo com Edward Cullen? Nem pensar. – ele deixou claro em poucas palavras.

– Não só com Edward, mas sim com toda minha família. Embora não pareça, meu cunhado é capaz de respeitar as mulheres, meu marido e seu irmão mais velho também gostam muito da Isabella. Nós só estamos querendo ajudar, de verdade.

– Ei, vocês estão falando de mim... E eu estou aqui... – Reclamei.

– Eu só me preocupo com você filha. – ele disse virando–se para mim.

– Eu sei pai, e sempre será meu melhor amigo. Mas é que eles me receberam tão bem e me ajudaram tanto ontem a noite. Se não fosse por isso. Eu não teria conseguido sair. Por favor, pai... Confie em mim.

– Eu confio em você... É no play boy que eu não confio... – tentei conter o sorriso. Se ele soubesse onde eu tinha passado a noite, certamente teria um infarto fulminante.

– Pai... – notei Alice escondendo o sorriso também.

– Está bem Bella, você é muito ajuizada. – ele se deu por vencido. Eu o abracei com força – mas agora vá se arrumar, nós temos que ir visitar o Studio de Mike outra vez. Ele vai precisar refazer algumas fotos da campanha da Dior.

Alice seguiu pra sua loja e meu pai foi comigo para o Studio, ele definitivamente não aceitaria de tão bom grado minha amizade com os Cullen.

 

 

PDV Edward.

 

 

Eu já estava no escritório a pelo menos duas horas e meu dia ainda não havia iniciado, eu já tinha caminhado pelo pátio industrial, pelos galpões de montagem, pelas salas dos meus irmãos. Já tinha pedido café duas outras vezes, minha secretaria já estava ficando preocupada com a minha inquietação. Meus irmãos disseram que eu deveria ir a um médico, já que lhes dei a desculpa de que era uma mera ressaca.

Eu sabia que não se tratava de nada disso, eu nem havia bebido tanto assim. Não era nenhum tipo de alcoólatra irresponsável que se esquecia do trabalho no dia seguinte.  Minha inquietude tinha um nome, e um apelido de cinco letras: Bella. Eu não conseguia tirar seus olhos da minha mente, vê–la enxugando–os. A tristeza estampada no seu rosto. Por um breve momento eu poderia me permitir um momento de insanidade e telefonar? Será que ela atenderia a ligação? Certamente que não, ela nem ao menos pediu o numero do meu telefone. Contudo, na noite anterior quando deu o seu, disse que poderíamos ligar a qualquer momento. Não seria nada demais ligar para saber como ela estava.  Seria?

Peguei o telefone ainda incerto de se deveria tomar aquela iniciativa. Tentei me convencer de que só queria saber como ela estava realmente, se estava bem. Disquei o numero e desliguei logo em seguida. – o que está fazendo seu tolo? – me repreendi em voz alta. Apertei o send mais uma vez e ouvi o telefone tocar, chamou uma, duas... Na terceira vez eu estava pronto para desligar quando a voz suave e feminina atendeu.

– Isabella Swan, pois não?

– Er... Alô, Bella?

– Sim, quem é? – ela perguntou, não reconhecendo minha voz. Lógico que não saberia quem era, ela nos deu seu numero e NÃO pegou o nosso, passei a mão no cabelo, eu estava nervoso. Meu coração estava acelerado e minhas mãos suavam.

– Sou eu, Edward Cullen. Estou ligando pra saber como você está. Espero que esteja se sentindo melhor.

– Alice... – ela soltou no ar. – Não nos falamos hoje pela manhã? O que te faz me ligar no meio da minha sessão de fotos? – ela disse com a voz trêmula, parecia estar nervosa.

– Eu e meus irmãos ficamos muito sensibilizados com o episódio de ontem à noite.

– Ah, estou bem. Obrigada por se preocupar. Neste momento estou com meu pai no estúdio de Mike Newton para refazer algumas fotos.

 – Seu pai está com você? Alice me contou sobre a conversa que vocês tiveram pela manhã. Fico feliz que esteja se sentindo melhor. Ocupada neste momento?

– Sim, como disse antes estou de volta ao estúdio para refazer algumas fotos. Estamos eu e meu pai. Mas logo que terminar esta sessão, retorno sua ligação. Pode ser? Mike acaba de chegar e tenho que ir.

– Claro, eu entendo... E... Posso esperar então?

– Sim, claro – ela respondeu aparentemente ainda mais nervosa. – será que eu poderia retornar a ligação depois? É que Mike está me esperando e meu pai já está ficando nervoso... Calma pai! – eu a ouvi falar. – ele não gosta que o trabalho seja interrompido por um papo de amigas. Esse é o seu número?

– Sim – respondi. Se ela não podia falar, mesmo a contragosto eu precisava entender. – você demora em retornar? – eu estava ansioso.

– É só o tempo de refazer as fotos, daqui à uma hora está bem... Preciso ir, até mais... Tchau! – De repente o telefone ficou mudo. Droga! Eu não deveria ter ligado. Ela não quer falar comigo. Ela sequer percebeu minha preocupação. Por outro lado isso é muito bom, ela não irá denegrir a minha imagem de conquistador. Mas uma coisa agora me intrigava. Por mais incrível que aquilo parecesse, eu me sentia capaz de voltar às minhas atividades e desenvolver me trabalho com destreza. Eu apenas tive que falar com ela.

 

 

PDV Bella

 

 

Desliguei o telefone rapidamente e o guardei em minha bolsa, mas não o fiz sem que Charlie percebesse a minha inquietude.

  – Quem era? – Meu pai às vezes era implacável. Parecia que ele tinha um sexto sentido aguçado, que sentia coisa errada a quilômetros de distância.

  – Alice Cullen. – Respondi de imediato, pois dizer que era Edward não ajudaria muito, especialmente quando meu pai já estava pé atrás.

  – Mas vocês já não estiveram juntas hoje?

  – Sim, mas é que ela queria saber se estou bem.

  – E? – Incrível, mas tenho certeza que Charlie possuía algum curso que o ensinou a detectar quando alguém estava mentindo.

  – E mais nada.

  – Bella...

  – Droga pai, você às vezes é muito super protetor. Ela queria saber se podíamos combinar algo para esta noite. A propósito, antes que você surte de vez, será uma noite só de garotas: Eu, Alice e Rosálie.

  – Hummm... Sei. Menos mal. Já falei que não quero você por perto do cunhado dela, o tal Edward Cullen.

  – Relaxa pai, ele não estará com ela esta noite.

Meu Deus, o que eu estava fazendo? Por que cargas d’água, agora eu mentia para o meu pai? Ainda mais para proteger um sujeito que eu achava arrogante e sem sentimentos como Edward Cullen. Pior eu já havia até arrumado uma desculpa para dar, caso eu retornasse à ligação dele e saíssemos para algum lugar. Que boba que eu era. Ele apenas se sensibilizou pelo meu sofrimento, nada mais.

  – Vamos querida?!!! – Uma voz chamava longe do meu devaneio.   – Minha querida, tempo é dinheiro...

  – Ah! Desculpe Mike, eu estava perdida em pensamentos.

  – Não deixei de notar, é claro que é por conta dos últimos acontecimentos.

  – Sim. Não. Eu não sei. Vamos à maquiagem, não temos tempo a perder.

A estranha ligação de Edward Cullen me deixou inquieta. O que será que eu havia dito na noite anterior? Era impressão minha ou ele estava realmente nervoso? Será que tinha acontecido algo? Eu só saberia depois que retornasse a ligação, e isso eu só poderia fazer depois que estivesse sozinha. Poucas fotos precisaram ser refeitas devido a um erro ocorrido na hora da revelação. Os negativos borrados não permitiram uma boa qualidade no material que fizemos dias antes.

Não demoramos muito a voltar para casa, meu pai se mantinha quieto desde a hora que Alice me deixou em casa pela manhã, ele não gostava do Edward... Eu, no entanto, tinha conseguido mudar, um pouco, meu conceito. – então você está de amizade com o playboy idiota...? – ele finalmente perguntou.

– Não somos amigo pai, Alice se ofereceu para me ajudar nessa fase difícil, por favor, não torne as coisas piores do que elas já são. A ausência de Jake é cortante, ele nem ao menos retorna as minhas ligações, está levando a sério essa coisa de dar um tempo. Já faz 15 dias que ele viajou e respondeu apenas um dos meus milhares de e–mails, passo metade da noite on line esperando que ele dê notícias e nem ao menos uma mensagem instantânea. O celular está sempre fora de área... Às vezes me pergunto se vou abrir o jornal do dia seguinte e encontrar a notícia da sua morte. Ontem liguei pára o Billy e ele me garantiu que Jacob está bem e trabalhando muito. É notório que ele nunca aprovou nossa relação, então, posso afirmar que para ele nosso rompimento foi um alivio. – respirei, eu sentia que minha voz estava ficando embargada, meus olhos se encheram de lágrimas. – eu nunca dei nenhum motivo para que ele me abandonasse assim, eu o amei sempre sendo leal ao que nós tínhamos de mais bonito que era nossa amizade. Não posso me enterrar, pai, eu tenho que viver.

– Bella, eu só temo que você se envolva com esse rapaz e se magoe ainda mais. – ele justificou.

– Eu sei da sua preocupação, pai, precisa confiar mais no meu julgamento. Não vou cair no conto do conquistador e se quer saber, acho que não agradei Edward Cullen, não fui paquerada.

– Mas está na capa das revistas da semana saindo do elevador do hotel ao lado dele, os repórteres contam como ele foi feroz em te proteger para que não fosse fotografada, fizeram uma reconstituição de todos os fatos até quando a família dele interferiu... Bella, eles são estranhos. Aquela moça que esteve lá é muito gentil e muito educada, eu realmente gostei dela. Mas... O Cullen playboy não e agrada.

– Edward só tentou me ajudar, por mais estranho que isso pareça. Não é correto julgar toda sua família pelos erros dele? O Jasper é doce e o Emmett é um crianção, Rosálie e Alice me ajudaram muito. Jake não estava lá para me defender pai. Embora eu tivesse pedido que ficasse ele preferiu partir. Foi ele quem me deixou não o contrário. – eu me sentia perdida. – às vezes... Eu penso que estava errada desde o inicio. Eu queria fugir do que sinto, mas não posso deixar de crer que não sou uma boa pessoa, porque no fundo fui capaz de magoar o único homem, além do Sr, que me amou de verdade. – eu comecei a chorar – e com tudo isso, por todas essas coisas... Ele me deixou pai, e eu sei que não irá voltar. Ele nem quer mais ser meu amigo... – ele segurou minha mão com carinho. Eu estava verdadeiramente triste.

– Me perdoe filha, sei que Jake não foi tão correto com você, ele deveria ter te preparado antes. É o que eu faria... A forma como ele foi embora, te deixando assim tão quebrada... Não foi correto. Eu mato aquele moleque!

– Não vai matar ninguém. Ninguém é certo e ninguém é errado. O fato é que ele também está partido e eu sei... Eu sinto. – encostei minha cabeça no banco no carro olhando pelo vidro a rua que passava pelos meus olhos, passei pelas lojas que comprávamos chocolates, pelos cafés da cidade, quantas vezes sentamos na calçada para beber um chá? Mas eu não queria mais chorar. O que eu queria era me recuperar.

Cheguei em casa um pouco mais das três da tarde morta de sono e de cansaço, a noite anterior tinha sido mais longa do que eu acreditava. Joguei–me na cama tentando encontrar uma maneira de me esquecer daqueles dias negros da minha vida. Olhei o celular e lembrei que havia ficado de retornar a ligação que Edward me fizera mais cedo, não queria, eu nem me lembrava de ter dado o meu numero para ele. Será que eu dei? Disquei o numero sem vontade, eu queria descansar. Não era que não valesse à pena ter uma amizade com o Cullen, na verdade, meu medo era o de acabar vendo–o de um jeito diferente.

Ele era lindo, aliás, perfeito. Os dentes brancos e a pele alva. Os cabelos constantemente desalinhados castanhos acobreados... Edward era de uma beleza muito maior do que qualquer mulher imaginasse existir. Contudo, tinha o maior defeito que podíamos desejar num homem, não amava ninguém, talvez nem ele mesmo. Perguntei–me o que teria acontecido para que ele agisse daquela maneira? Será que ele foi magoado? Será que tem medo de amar? Disquei seu número, ele atendeu no segundo toque. Parecia já estar esperando.

– Bella – ele parecia aliviado. Mas por quê?

– Oi, o que te levou a me ligar? Perdeu a noção do perigo?

– Eu queria saber se você ficou bem depois do pileque de ontem...

– Me ligou para saber se eu estava de ressaca?

– Na verdade, liguei para saber se gostaria de tomar um café... Talvez pudéssemos conversar um pouco.

– Não sei se é uma boa idéia.

– Eu entendo, no seu lugar também não confiaria em mim... – eu podia imaginar a expressão dele dizendo aquelas palavras.

– Um café onde? – perguntei. Houve um minuto de silencio – Edward? Você ainda está ai?

– Ham... Estou sim, eu estava pensando em algum lugar no qual não corrêssemos o risco de ser vistos. Não interprete mal, não é por mim... É por você e pelo seu... Namorado. – as ultimas palavras foram ditas com dificuldades. – sei que mentiu quando disse que ele era assunto encerrado.

– Estarei em casa, quando encontrar um lugar me liga. Preciso descansar um pouco... Até mais. – eu estava pronta para desligar quando ele falou algo que me chamou a atenção.

– Não... Estou me colocando na fila, ou querendo fazer com que se sinta melhor... Na verdade o que estou tentando dizer é que você tem milhares de olhares de admiração. Sei que é complicado e muito difícil se reconstruir, mas acho que sofrer não vai adiantar nada... Na verdade nem sei mais o que estou dizendo, mas é que eu acho que a melhor forma de ser feliz é correr atrás da felicidade. Se ele não te liga, tenta ligar para ele.

– E você acha que já não tentei? – eu disse desanimada. – Jake não quer falar comigo e... – era difícil para mim, admitir aquela possibilidade. – eu acho que não tem mais volta. – desabafei – ele não irá me responder... Bem, o que eu quero agora é descansar um pouco. A noite foi muito longa e eu nunca tinha bebido na vida... Então, estarei pronta as cinco esperando que saiba para onde vamos. – eu disse já me despedindo.

– Tudo bem... Até mais então.

– Até. – desliguei o telefone e joguei do lado do meu corpo adormecendo imediatamente.

Acordei assustada com o toque insistente do celular, olhei no identificador e vi o nome de Edward, droga que horas seriam? Olhei o relógio e vi que havia dormido demais. Já eram seis da tarde. – alô – atendi sonolenta levantando rapidamente.

– Te acordei? Perdoe–me...

– Acho que dormi demais, não imaginei que uma noite perdida e um pileque fossem me dar tanta dor de cabeça. Decidiu para onde nós iremos?

– Pensei no Jardim Botânico do Brooklyn, sendo noite não há como os nossos amigos inconvenientes nos abordarem. Podemos dar uma volta, espairecer... Conversar um pouco. Depois podemos ir a um restaurante da sua escolha, o L'Atelier de Joël Robuchon, por exemplo. – lembrei–me do dia em que eu e Jake nos separamos.

– Não, não nesse restaurante. Ele não me trás boas lembranças... Poderia ser o Le Bernadin? Ele fica entre a entre 6th e7th Aves... – perguntei.

– Claro... Encontramos–nos no jardim botânico então? A não ser que você prefira que eu vá te buscar... – ele se ofereceu.

– Não, eu o encontro lá em uma hora. Adeus. – desliguei sem esperar que ele dissesse nada. Eu não sabia verdadeiramente o que estava fazendo, mas precisava sair realmente. Com Edward ou não, ele não parecia interessado em fazer com que eu fosse uma das suas cobaias. Isso era bom. Escolhi um jeans clássico preto de cintura baixa e ajustado ao meu corpo, coloquei minhas botas pretas sem salto, queria estar casual para que ele não entendesse a minha aceitação em jantar, como um sim para qualquer investida que ele pretendesse dar. Vesti uma camiseta branca e coloquei minha jaqueta de couro preto por cima, coloquei a bolsa no ombro e finalmente estava pronta. Ouvi leves batidos na porta – entre – pedi enquanto prendia o cabelo com um rabo de cavalo.

– Você vai sair? – meu pai perguntou.

– Vou sim pai. – dei–lhe um beijo no rosto e sai do quarto passando pelo corredor e descendo as escadas.

– Vai sair com sua nova amiga?

– Noite de garotas lembra? – falei a verdade, mas sabia que iria precisar mentir. – vou caminhar um pouco pela cidade, depois vou pegar um cinema... Está passando um filme o qual estou louca para assistir. Estou precisando esquecer meus problemas.

– Tudo bem, meu amor – ele deu um beijo na minha testa – digo a sua mãe que você não irá jantar conosco. – ele me acompanhou até o taxi.

 

 

PDV Edward.

 

 

Ela tinha dito daqui à uma hora, mas eu não consegui ficar em casa esperando o tempo passar. Já fazia algum tempo que eu a estava esperando naquele lugar tão encantador, as árvores estavam floridas dando as boas vindas à primavera. Percebi um taxi parado na calçada e esperei para vê–la saindo de dentro dele, não estava vestida como uma modelo famosa, ela estava vestida como a garota Bella. Longe dos holofotes e sem maquiagem ela parecia ainda mais frágil.

– Boa noite – ela disse colocando as mãos no bolso da calça super ajustada a seu corpo, meus olhos percorreram toda a extensão dele. Provavelmente eu estava com a boca aberta, pois ela sorriu timidamente.

– Boa noite vai caminhar? – perguntei. Não havia o que conversar, não tínhamos nada em comum. Profissões diferentes, idades um pouco diferentes. Em cinco anos de diferença entre o meu nascimento e o dela, podia dizer que houve muitas mudanças no mundo. Embora não fosse uma diferença tão grande assim.

– Então, o que nos trouxe aqui esta noite? – ela quebrou o silêncio com um leve sorriso.

– Nada demais, posso ser famoso pelas minhas conquistas, mas sei que estar com você me faz sentir... Diferente. – ela me olhou com duvida – deixe–me explicar, não sinto como se você estivesse deslumbrada ou interessada em algo que eu possa te oferecer. Ontem quando te vi chorando na sacada do hotel, não tive a intenção de usar da sua fragilidade para mais uma conquista. Eu quis te proteger.

– Ah! – foi tudo que ela respondeu.

– Só isso? Sem me dizer que digo isso a todas? – ela gargalhou.

– Não, você deve ter motivos que desconheço para ser como é... Mas como não me desrespeitou para mim você é uma pessoa como outra qualquer, no bom sentido. Claro!

– Que bom. Podemos ser amigos então? Sem nada mais? – estendi minha mão para que ela a tocasse, embora parecesse relutante ela o fez. – muito prazer eu sou Edward Cullen.

– Eu me chamo Isabella Marie Swan. – sorrimos juntos e continuamos caminhando. – eu gosto do coldplay e amo comida chinesa.

– Eu adoro o Elvis e sou fã de comida italiana.

– Sério? Elvis? Você é tão jovem...

– É mesmo, mas ele era um grande cantor – sorri.

– Vamos nos sentar ali. – apontei para um banco vazio embaixo de uma árvore chamada Cherry Blossom. Aquelas árvores tinha sido um presente dos japoneses. Ela seguiu calada. Sentamos lado a lado olhando para o céu. – nessas primeiras noites de primavera, o céu fica ainda mais bonito. – ela concordou com a cabeça quando seu celular tocou.

 

 

PDV Bella

 

 

– Jake – atendi prontamente – onde você está? – eu estava eufórica me esquecendo por completo da presença de Edward ao meu lado.

– Bella! Quantas saudades... – ele disse do outro lado da linha – como você tem passado? Vi as ultimas noticias sobre você, Edward Cullen. Ah! Qual é Bella? Você consegue um substituto melhor. – ele foi irônico.

– Não estou entendendo, do que você está falando?

– Do seu encontro com ele na festa, não se faça de boba está em todas as revistas. – ele parecia aborrecido.

– Só um instante, com licença. – pedi a Edward me afastando um pouco.

– Você é um tolo, não há nada entre eu e o Cullen. E você nem pode me cobrar nada, não têm retornado minhas ligações, respondido meus e–mails, nem ao menos tem entrado no MSN como falou que faria. Eu te disse que iria tomar aquela atitude por desespero. As pessoas me cobram, insistem que nós... – não consegui terminar a frase.

– Estou com saudade, meu corpo sente saudades... Minha boca, eu queria que você pudesse ter me abraçado naquela noite.

– E como eu não estava ele fez isso por mim?

– Você não ouviu nenhuma palavra do que eu te falei? Eram os seus braços que eu queria ao redor de mim. Eu nunca vou ter nada com o Cullen... Você não vê que essa separação forçada está fazendo mais mal do que bem. Entendo o que você quer fazer e sei que não há trabalho em Forks... Você e eu temos uma historia e você a está jogando fora porque seu pai o joga de um lado para outro como um fantoche. Eu te quero aqui, Jacob. Aqui comigo, eu te amo! – eu praticamente gritei as ultimas palavras. Percebi que Edward me olhou desconsertado.

– Sinto muito Bella, você está enganada, eu vim a trabalho. Estou indo para Washington daqui a dois dias. O escritório está pronto e eu terei que ficar por tempo indeterminado.

– Jake! – balbuciei – esse é o nosso fim então?

– Eu te ligo amanhã... Eu te amo... Adeus Bella – ele desligou.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e que antes de sair deixe seu tão importante coment com a sua impressão e com aquilo que vcs desejam que seja melhorado...Bj!