Capitulo 42

 PDV  EDWARD

Depois que Bella partiu naquele avião, minha vida voltou a ser o mesmo marasmo anterior. Ir ao trabalho já não era tão interessante, minha inspiração já não era mais a mesma. Jasper já estava completamente ensandecido com isso – como sem inspiração? Só faz uma semana que Bella viajou com Alice e você já está assim? Como se fosse um dependente químico? O que é que a Bella andou te dando afinal?

- Amor meu irmão... Ela me ama como sempre desejei ser amado.- Eu também amo a Alice, eu poderia morrer por ela... Mas não estou assim deprimido por causa disso.- Entenda Jazz, você e Alice já estão juntos desde a faculdade, já se casaram a pelo menos cinco anos e poucas foram às vezes que ela se ausentou. Lembro-me que na primeira viagem você praticamente adoeceu.
- Acho que estou enlouquecendo dessa vez de novo. Alice é tudo para mim... Não saberia viver sem ela. – ele finalmente deu o braço a torcer...- Assim como eu não saberia viver sem a sua mãe – meu pai entrou na sala – talvez deva se dar um tempo filho, você e Bella sempre foram inconstantes e esse é o melhor momento para se provarem que o amor de vocês pode superar tudo, inclusive a distancia.

- Temos nos falado todos os dias, via chat, telefone, e-mail... Ela me mandou fotos da Itália e semana que vem está se preparando para Londres. Ainda faltam mais de dois meses.- Tudo se supera com força de vontade, melhor voltarem ao trabalho. Não pensem que estão de folga por estarem sozinhos hã? Esme pediu que os levasse para casa, quer os filhos juntos hoje. A mãe de vocês conhece os filhos mimados que tem. Jasper, que tal pegar o rumo da sua sala? Deixei uns balanços na sua mesa que precisam de revisão. Edward, sua mesa de trabalho espera a criatividade voltar, pelo que vejo Emmett é o único que parece estar trabalhando, embora eu ache que isso para ele é mais uma diversão.- Pai... Eu...
- Aqui ainda sou seu chefe, Edward Cullen, volte ao trabalho nesse exato momento. – ele disse apontando para a mesa. – não tive outra coisa a fazer, se não obedecer.

(...)

Na casa dos meus pais à noite, me dei conta de como sentia falta de me reunir com eles. Só nós. Sentamos os cinco a mesa, soubemos naquela noite que Emmett finalmente decidira se casar. – já não era sem tempo – minha mãe disse – a pobre Rosálie já deve estar cansada de esperar.Ali na presença da minha família consegui me sentir um pouco mais confortável, ao final do jantar, conversamos sobre as coisas que fazíamos quando éramos crianças. Lembrei de quando cai sobre Emmett por estar escalando as paredes, e de quando Jasper quase se afogou por querer entrar na banheira antes da nossa mãe se aproximar... Sorrimos. Não era de se admirar que eles tivessem sentido tanto a minha falta quando me perdi, ou quando viajei e os deixei sem noticias. – o que foi Edward? – minha mãe perguntou.- Estou pensando no quanto fui injusto com vocês, quis minha independência e sai de casa, me perdi por uma mulher e fui embora por causa de outra. Acho que nisso, superei meus irmãos.
- Isso, é passado – meu pai disse.- Você está aqui agora, isso é o que importa para nós. Vê-lo feliz, realizado, completo... Embora esteja saudoso.- Estou quase morrendo... Passei a ultima semana dormindo mal, já estava acostumado a levantar durante a noite para cuidar do Peter. A falta que ele me faz nunca vou poder descrever... Um filho... – sorri. Jasper bagunçou meu cabelo – nunca imaginei que me sentiria assim...- É irmãozinho, Bella pegou você pelo ponto fraco. – Emmett sorriu também.- Vocês ficarão aqui essa noite? – ela perguntou, embora soubéssemos que era mais um pedido quase suplicante da nossa mãe. Eu e Jazz nos olhamos.- Claro mãe... Ficaremos aqui com vocês! – respondi – vamos voltar a uma parte boa do nosso passado.- Chocolate quente e colo de mãe – gritamos os três e nos jogamos em cima dela. Meu pai, ainda sentado sorriu.
- Já vi que hoje, a minha Esme terá outros donos. Vou ler meu jornal. – ele se retirou. Naquela noite e nas sete outras seguintes voltamos, eu e Jazz, a casa dos nossos pais. Minha mãe não cabia em si de tão feliz... E, embora Bella estivesse longe com meu Peter. Eu ainda me sentia feliz. Com saudades, porém muito feliz.

(...)

Já era hora de voltar para casa naquele final de tarde fria de terça-feira no centro de Nova York. Olhei o céu coberto de nuvens cinzas e decidi ligar para Bella antes de sair – alô! – Alice atendeu.- Alice? Sou eu, Edward.- Olá Edward... Saudades de mim cunhadinho?- Bem, na verdade eu queria falar com Bella...- Ela está se arrumando, espera. BELLA!! – ela gritou – já está vindo Edward. – se arrumando? Para onde ela iria afinal?
 - Amor! – ela atendeu eufórica.- Bella, estou com tanta saudade de vocês... – murmurei com a boca colada ao telefone.- Eu e Peter também, queríamos que pudesse estar aqui.- Infelizmente estamos a pico na produção, semana que vem começamos a enviar as remessas para Europa e America do Sul. Amor, tenho sonhado com você todos os dias.- Eu também... Estou com tanta saudade...- Alice disse que está se arrumando, vai sair?- Um convite da empresa que me contratou, iremos a um jantar depois que nos apresentarem as peças do desfile de amanhã.- Você... Vai sozinha? – mordi meu lábio inferior e cocei a cabeça. – algum modelo... masculino, acompanhará vocês nesse passeio?- Há alguma coisa escondida nas entrelinhas da sua pergunta? Você está com... Ciúmes?- Curiosidade, talvez – respirei fundo e olhei para o teto... – Bella!
- Alguns sim... talvez uns dois atores que foram convidados também.- Amor... Estou morrendo aqui. – respirei fundo – talvez você devesse deixar tudo ai e voltar para casa, ficar comigo... Bella... Eu...- Edward, não há motivos para sentir ciúmes, você é o único no meu coração... Na minha vida... Mas confesso que estou amando te ver com ciúmes de mim. Isso me instiga... Mas, agora não é hora para esse tipo de conversa. Eu tenho que ir.-Por favor, diz que vai ligar quando chegar. Mesmo que seja tarde... Promete que me liga!- Ligo sim amor... Edward! Eu te amo!Mesmo sabendo que fizéramos um acordo eu estava completamente inseguro, sabia que Bella não seria capaz de atentar contra o nosso casamento. Mas mesmo assim. Meu coração não aguentava saber que ela era muito cobiçada.  

 PDV BELLA

O jantar seria no restaurante do Hotel Mandarin Oriental Hyde Park, um hotel de luxo no centro de Londres, eu não estava me sentindo muito segura quanto àquela reunião. Ainda mais por estar desacompanhada. Alice ficou com Peter enquanto eu ia para mais aquele compromisso de trabalho. Ahh! Como eu queria voltar para minha casa, para o meu marido. Porém, enquanto o carro me levava, pensei que aquela era minha ultima campanha, que depois dali, eu iria deixar aquele mundo para sempre e que por isso, eu deveria aproveitar ao máximo.Os flashes brilharam nos meus olhos quando sai do taxi que me deixaria na frente do hotel, alguns repórteres indagaram sobre meu casamento, outros sobre o fim da minha carreira – esta é sim a minha ultima campanha, foi muito bom poder estar sobre as passarelas, mas agora pretendo me dedicar a minha família. – respondi. – e não, meu marido nada tem a ver com essa decisão, sou mãe agora e meu filho requer total atenção. Estamos bem e felizes. Obrigado por nos acompanharem e pelos votos de felicidade. – me despedi entrando acompanhada pelos seguranças da Dolce.
No salão de festas me deparei com centenas de rostos, alguns conhecidos e outros que nunca havia visto na vida. Era provável que fossem os novos rostos da moda. Ângela, que havia chegado naquele mesmo dia veio em minha direção – que bom – respirei aliviada quando ela finalmente chegou perto de mim – eu, de fato, estou me sentindo deslocada aqui.- Deslocada? – ela questionou – Bella, esse sempre foi seu mundo!- Deixou de ser no instante em que me casei com Edward... Estou morrendo sem ele aqui comigo.- Venha, quero te apresentar uma pessoa especial, obvio que há muitas mulheres cercando-o como moscas no mel. Porém, posso dizer que tenho a sorte de ser Ângela Weber. O que isso quer dizer? Convivo nesse meio e ao contrario de você, não vou largar tudo por um homem. – ela saiu me puxando.- Ang, não sei se isso é uma boa idéia – fixei meus pés no chão.- Calma Bells. Edward nem está aqui, o que os olhos não vêem o coração não sente amiga.
- Do que você está falando? – antes que ela pudesse responder me deparei com aquela figura belíssima a minha frente. Ele me encarou com surpresa. Os olhos azuis me olharam de cima abaixo como numa analise. Senti-me despida pelo modo como ele havia me afrontado.- Robert – ela chamou fazendo-o com que olhasse para ela – esta é Isabella Swan – ela nos apresentou.- Muito prazer – ele segurou minha mão e a beijou.- O prazer é meu – respondi desconcertada pelo modo como ele me olhou – sou uma grande admiradora do seu trabalho. - Eu nem podia acreditar que estava diante de Robert Pattinson. Antes de conhecer Edward ele era não só um ídolo era também como um sonho de consumo. Devo dizer que não só meu provavelmente da população feminina mundial.Naquele momento estar ali não fazia diferença, meu coração pulsava, respirava e desejava estar apenas nos braços do homem que eu amava. – então você é a famosa Isabella Swan? – ele perguntou lançando-me um sorriso estonteante.- Sou sim – respondi com um sorriso sem graça.- Tenho acompanhado sua carreira, você é ainda mais linda pessoalmente – ele segurou minha mão e a beijou.
 - Obr.. Obrigada – gaguejei – você também é – retribui o elogio. Naquele instante vi-me cercada de pessoas e fotógrafos. Os flashes piscavam em torno de nós como se fossemos criminosos. Meu rosto enrubesceu, mas, não era vergonha. Era raiva e uma fúria incontrolável. Robert tomou a frente e logo fechou o semblante deixando claro que os paparazzi não eram bem vindos ali.Não adiantou muito, pois eles continuavam cercando e indicando que onde quer que estivéssemos, certamente, eles também estariam... Ângela veio acompanhada pelo seu agente e me segurou pelo braço – vamos Bells – ela me conduziu pelo grande salão de festas dando um aceno para os fotógrafos.- Claro... – murmurei – obrigada Ang – eu disse enquanto caminhávamos pela multidão de modelos e famosos que estavam naquele lugar. Uma mesa de jantar redonda para oito pessoas nos aguardava. Eu não estava sentindo nem um pouco de fome, tudo o que se passava pela minha cabeça era poder estar em casa, nos braços do meu marido. Ah! Que saudades do meu Edward. Que saudades do meu amor. A mão masculina no meu ombro me tirou do devaneio, olhei surpresa quando o vi sentar ao meu lado.
- Pelo visto estamos marcados para nos encontrarmos essa noite – ele disse num tom jocoso – para mim isso é verdadeiramente maravilhoso – e aproximou a boca do meu ouvido murmurando – mais do que você pode imaginar.Estendi nervosamente o guardanapo sobre meu colo, ninguém havia dito o que ele havia falado afinal, do outro lado da mesa eu podia ver Ângela no seu mais limpo e belo sorriso. – Robert... – murmurei ainda tremula pelas ultimas palavras que ele havia dito. – eu... Na verdade... – minha voz era tremula e ao mesmo tempo eu gaguejava – não sei se sabe, mas... Sou casada.- Sei, eu sei... E também não estamos fazendo nada demais. Não podemos apenas conversar?- Claro... – sorri meio desconsertada.O jantar transcorreu normalmente, depois da segunda taça de vinho consegui me soltar um pouco mais. Pude conhecer os modelos que participariam comigo da campanha da Dolce. Estilistas e os principais acionistas também estavam lá. Não estava nos meus planos passar a noite toda ali, senti meu celular vibrar dentro da bolsa e pelo toque diferenciado eu já sabia quem era. Pedi licença e me retirei.Segui pelos corredores em direção a um jardim externo, e lá finalmente pude atender aquele que parecia ser o chamado silencioso do meu coração. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ao atender ao telefone ele me falou – eu não consegui esperar você chegar em casa para saber como andam as coisas – eu podia imaginar e visualizar cada expressão facial dele naquele momento. - E quem disse que precisaria esperar? – falei imediatamente.- Sabe que não costumo fazer isso, não ligo quando está num compromisso importante.- Nada nesse mundo é mais importante do que você minha vida...- Bella, estou morrendo aqui... Sem você e o nosso filho. Eu...- Agora falta pouco Edward, não será muito mais tempo e saiba que meu coração também está cheio de saudades, meu corpo está vazio de você.- Acho que estou tendo uma crise de abstinência – a voz dele parecia desanimada.- Tudo o que te peço é que me ame e me espere... – senti meus olhos lacrimejarem.- Não precisaria pedir, pois mesmo que durassem anos. Eu estaria aqui quando você voltasse... Com quem você está nessa festa?- Ângela apenas, encontrei poucos conhecidos e... Estou indo embora em no máximo vinte minutos. – olhei ao redor – isso tudo não faz sentido sem você aqui comigo. – murmurei.- Me liga quando chegar em casa? – ele pediu.- Como sempre – respondi. – e Edward... Eu te amo!- Eu também te amo minha Bella... Chega logo e me liga.
- Está bem, melhor eu começar logo a minha maratona de despedidas. Afinal, nesse evento não posso sair à francesa. Adeus meu amor... Até logo.- Adeus – ele respondeu do outro lado da linha. Fiquei ali alguns segundos olhando para o celular depois de tê-lo desligado. Minha mente vagou por alguns instantes e me vi perdida naquela ilha com Edward. Depois nossos encontros furtivos recheados de amor e ódio. Nem podia imaginar se ele houvesse desistido de mim. Quem seria eu agora? Um fantasma? Uma sombra dessa Bella que sou hoje? Não, eu não ousava imaginar simplesmente por que eu não me imaginava longe do meu Edward Cullen.Percorri o salão me despedindo de todos, queria o quanto antes chegar ao hotel onde estávamos hospedados eu, Alice e Peter. Não via a hora de poder deitar na minha cama e sonhar com o meu marido. Seu corpo e seu cheiro... Tudo em Edward me convidava a cometer atos insanos. Sim, insanidade era meu nome quando eu estava perto dele. Longe, tudo o que eu podia fazer era imaginar onde, como e com quem ele estaria.Não fazia mais parte da minha vida imaginar com que tipos de mulheres ele estaria, eu sabia, lá no fundinho eu sabia que Edward me era completamente fiel. E ele merecia toda aquela confiança, nos nossos meses de casados, ele nunca houvera me dado um motivo para desconfiar. Passei pelas mesas dos amigos e dos estilistas que assinariam aquela coleção da Dolce, teríamos também os lançamentos das linhas de perfumes e lingeries. Aquele meu ultimo mês sim... Seria desgastante.
Cheguei finalmente à mesa onde Ângela estava com seu marido e alguns amigos, dentre eles Robert. Ele era de fato muito mais maravilhoso pessoalmente do que pelas telas de cinemas e fotos – estou indo – avisei – preciso voltar para casa, estou exausta. – sorri numa linha.- Ah Bella! – Ângela reclamou – mas já amiga? A festa ainda promete muito...- Sim Ang, preciso mesmo ir – afirmei minhas palavras sacudindo levemente a cabeça – Edward... – eu ia continuar quando ela interrompeu.-... Já sei, já sei... Edward a espera ligar para poder dormir o sono dos justos – ela levantou e caminhou na minha direção – precisa se desgruda do seu marido Bells, sei que Edward é perfeito e... – ela emudeceu ao ver meu olhar de reprovação. - ta, parei, sei o quanto é ciumenta e prometo não falarei mais sobre isso.- Se me conhece tão bem sabe que seus argumentos não me prenderão aqui não é?- Sim - ela respondeu – mas também depois não poderá dizer que não avisei. – ela deu de ombros.Senti uma mão masculina atravessando meus ombros e emudeci, senti meu rosto corar violentamente – se está indo eu poderia oferecer uma carona – Robert disse descendo seu braço até minha cintura.- Não será necessário desviar-se do seu caminho por mim – respondi me afastando.
- Para de ser boba Bells – Ang o incentivou – é apenas uma carona, se dependermos das limusines ou dos táxis nessa noite londrina tão cheia de eventos. Talvez não dê tempo falar com Edward nessa noite. – ela sorveu um pouco da bebida com um sorriso levemente malicioso.- Está bem – eu disse depois de pensar por alguns minutos – talvez você esteja certa. – olhei para Robert que sorria de forma despojada.- Então vamos – ele chamou – meu carro já está a espera, sairemos pelos fundos para evitar especulações quanto a inofensiva carona eu estou te oferecendo – aquelas palavras caíram como uma bomba nos meus ouvidos, desde quando a palavra inofensiva soava como ameaçadora naqueles lábios tão perfeitos. Não era que eu não confiasse em mim, mas a forma como ele me olhava indicava que o percurso ate o hotel onde eu estava hospedada seria longo.- Vamos – eu disse ainda incerta – preciso chegar o quanto antes. – despedi-me de todos e seguimos pelas portas traseiras do hotel. Imaginamos que talvez assim chegássemos às ruas sem nenhum problema, porém, não foi bem assim que ocorreu. Nas portas de trás alguns paparazzi se lançaram sobre os vidros do BMW de vidro fume tentando fotografar quem quer que estivesse ali dentro. E como eu poderia explicar a Edward uma saída furtiva no meio da noite de uma festa com Robert Pattinson? Certamente ele jamais entenderia.
Escondi meu rosto entre as mãos, meu corpo começou a tremer. Eu já havia passado por toda aquela situação anteriormente, exatamente na noite em que conheci o homem que hoje era meu marido. E eu o amava, perdidamente. – fique tranquila minha Bella, aqui dentro eles jamais saberão quem é você. – ele me tranquilizou – seu marido não corre risco e nem você. – ele afirmou – embora eu deva admitir que é uma mulher tentadora. – ele sorriu e me olhou para logo depois voltar a dirigir.Fizemos o percurso até o hotel em silencio, ele havia ligado o radio e lá estava tocando Another Day de Paul McCartney. – amo essa musica – ele revelou e depois voltou a ficar mudo e completamente concentrado no transito. – chegamos e conforme o prometido eu te trouxe sã e salva.- Obrigada por ter sido tão gentil – agradeci entendendo mão para que ele a apertasse.- Não há pelo que agradecer – ele se virou para mim e lançou o seu sorriso mais sedutor – se não fosse casada, certamente eu a teria abordado de uma forma diferente – ele continuou sorrindo.- Serio? – fingi ignorar o fato de que ele fizera isso durante toda a noite – me sentiria lisonjeada, mas infelizmente não poderia retribuir.- O que? – ele gargalhou sedutor – não acredita que eu seria um bom amante?- Jamais poderia dizer isso – assustei-me com o rumo daquela conversa quando ele tomou minhas mãos e as levou ate a sua boca tocando-as com alguns beijos. – possui mãos macias senhora Swan. – ele disse roçando-as suavemente em seus lábios. Meu corpo tremeu nunca em nenhum momento da minha vida eu poderia imaginar que aquilo fosse acontecer comigo.

Link para a musica: http://www.youtube.com/watch?v=Y3nVqLfPBtw

Desvencilhei minhas mãos das dele e sorri sem jeito – é melhor eu ir Robert, obrigada pela carona. – me preparava para abrir a porta quando ele fez sinal para que esperasse.- Eu abro – ele disse saindo e dando a volta no carro de forma graciosa. Com o coração aos saltos o vi parado do lado de fora da porta abrindo-a para mim. Ele estendeu a mão para que eu a pegasse ajudando-me a sair do carro. Minhas pernas tremiam mais do que eu podia imaginar quando ele tocou minha cintura e me prensando entre seu corpo e o carro atrás de mim. Com um pouco mais de força ele fechou a porta e me olhou de forma devoradora. – é mesmo uma pena – ele trouxe sua outra mão tocando meu rosto.- O que é uma pena? – murmurei estática por me encontrar naquela situação.- Você ser casada e fiel, eu certamente não me arrependeria de levar uma jovem senhora como você por caminhos diferentes essa noite – ele roçou o nariz no meu pescoço e me apertou um pouco mais contra o carro. Toquei seu peito para afastá-lo, mas meu gesto junto ao cheiro do álcool que vinha dele me levou a crer que ele estava um pouco alterado.- Seu convite seria tentador realmente, mas agora preciso ir – eu o empurrei com um pouco mais de força em vão.- Não precisa me temer, eu não faria nada que você não quisesse – ele tocou meu rosto e colou seu corpo ainda mais contra o meu, senti seu volume crescendo e tocando meu abdômen, uma das suas mãos tocou a pele da minha perna suspendendo meu vestido quando ele se colou ainda mais a mim. – seria um verdadeiro cavalheiro – ele aproximou a boca do meu ouvido murmurando – seria muito bom.
Juntando minhas forças eu o afastei e sai daquela posição na qual eu me encontrava – me desculpe, mas eu preciso mesmo ir – senti quando ele me puxou pelo braço e de forma furtiva colou seus lábios nos meus. Selei minha boca e empurrei-o com força, ele se manteve imóvel, suas mãos seguraram minha nuca soltando meus cabelos presos logo em seguida. Ainda com os lábios selados tentando impedir aquele beijo empurrei-o conseguindo finalmente me soltar.Ainda sob efeito da adrenalina levantei o indicador fazendo com que ele parasse onde estava. Sai correndo pelo estacionamento deserto do hotel, entrei recepção adentro sem nem mesmo olhar para trás seguindo diretamente para o elevador. As recepcionistas me olharam e depois se encararam com duvidas. Quando o elevador chegou, estava vazio e no espelho ao fundo pude notar porque elas me encararam tão surpresas. Meu batom estava manchando meu rosto e meu cabelo completamente desalinhado indicavam que eu não deveria estar fazendo nada direito ou correto naquela noite.“Edward” pensei automaticamente. Tomara que ninguém nos tenha visto, seria difícil explicar a ele que não era nada do que parecia. Retirei um lenço da bolsa e limpei o rosto, Alice não poderia me ver chegar naquele estado. Eu queria contar-lhe o que aconteceu, porem, não queria que minha visão a fizesse desconfiar das minhas palavras. Eu só contaria a verdade.  
Entrei no apartamento e encontrei uma Alice completamente adormecida ao lado de Peter, aquela visão me enterneceu... Nossa conversa teria que esperar até a manhã seguinte, a minha noite seria longa...

[...]

Dormir não foi nada fácil naquele dia, para falar a verdade eu nem imaginava como eu havia conseguido dormir. Depois de falar com Edward e me virar por longas horas na cama consegui adormecer. Minhas pálpebras ainda estavam pesadas quando senti uma voz ao longe me chamando – Bella, acorde... – ela me chamava num tom meio desesperada, meio aborrecida.- Hã... – tentei abrir os olhos.- Bella... Acorde – ela me sacudiu aquilo não poderia ser um sonho. Desde quando os sonhos podem te tocar fisicamente? – Isabella Swan Cullen – ela disse alto acorde.Abri os olhos a pulso ainda tentando encontrar um rumo para os meus pensamentos. Olhei e vi uma Alice parada ao lado da minha cama com um jornal na mão, na outra um copo de café. O pé batia agitadamente no chão e sua expressão era brava. – o que houve Alice? – perguntei confusa.Ela pôs a xícara sobre o criado mudo e me olhou seria. Pegou o jornal e o abriu mostrando para mim... – Você quer me explicar exatamente o que significa isto? – meus olhos se arregalaram... Não podia ser.Levei às mãos a cabeça. Olhei para Alice completamente incrédula – meu Deus, o que eu faço agora? Alice... – minha voz sumiu diante da noticia estampada na capa do jornal. O que eu iria dizer ao Edward? 

PDV  EDWARD

Ter falado com Bella na noite anterior havia me feito dormir bem melhor, mesmo que ela estivesse parecendo preocupada, mesmo que negasse algo quando lhe perguntei o que estava havendo o simples toque aveludado da sua voz me fizera descansar como uma criança no colo da sua mãe.Eu não tinha muito para fazer na Toys Cullen aquela manhã, decidi que chegaria um pouco mais tarde e resolvi ver o jornal calmamente. Liguei a TV. Preparei o café. Peguei o jornal deixado na porta da minha casa. Enchi uma xícara e sentei no sofá para apreciar aquele momento de paz interior que pela primeira vez me invadia nas ultimas semanas. Eu havia preparado uma serie de surpresas para a mulher que eu amava, bem como para meu filho. Eles eram minha vida.Estirei as pernas sobre a mesa de centro e bebi um pouco do liquido quente que desceu queimando minha garganta. Meu telefone tocou, olhei no visor e identifiquei o numero, era a Isabelle, repórter que me havia entrevistado poucos meses depois que eu e Bella nos conhecemos. O que será que ela queria? Ignorei a ligação e voltei a e focar no jornal a minha frente. Aumentei o volume da televisão e o nome da minha esposa na capa daquele jornal me chamou a atenção.
“Romance em noite londrina” a noticia era destaque na capa, olhei incrédulo para uma foto de Bella com uma figura masculina conhecida, eu não conseguia lembrar seu nome, foi quando na televisão ouvi o seu nome e voltei meus olhos para lá. A repórter tinha um sorriso nos lábios ao dizer – será que temos um novo romance a vista? Há pouco mais de um mês afastada do marido, o empresário mais cobiçado de Nova York, Edward Cullen, a modelo Isabella Swan foi flagrada com o ator Robert Pattinson saindo de um evento. A modelo seguiu para o hotel onde está hospedada com o filho e a estilista Alice Cullen no carro do galã. Chegando lá, fontes informam que os dois pareciam um pouco mais que simples amigos... – ela foi irônica – será que logo teremos mais um casal famoso separado nesse ano de zebras entre casais famosos?Minha cabeça tentava assimilar as informações quando vi uma foto estampada no jornal “Isabella Swan e Robert Pattinson, será romance ou amizade?“Como podia ser?” Pensei. Ela havia falado comigo na noite anterior e nem se quer mencionara o que havia acontecido. Pisquei os olhos tentando ainda encontrar uma resposta para o silencio de Bella na noite anterior... Ouvi batidas na porta, vozes conhecidas me chamaram do lado de fora. Caminhei até lá ainda atônito pelos últimos acontecimentos. Abri a porta e me deparei com meus irmãos. Jazz tinha as mãos no bolso e Emmett me olhava com uma expressão divertida – o que fazem aqui? – perguntei ríspido.- Viemos ver como você está maninho – foi Emmett que respondeu.
- Imaginamos que você já tenha lido o jornal – Jazz completou – decidimos que era melhor vir ver como você estava antes e irmos para a empresa. Nosso pai já está descendo.- Nosso pai ainda está em casa? – perguntei.- Fomos tomar café na casa da nossa mãe hoje pela manhã, lá vimos o jornal e como sabemos que você costuma ver a TV e ler o mesmo jornal, imaginamos que precisaria conversar.- E o que os leva a crer que quero conversar?Jasper me olhou nos olhos – a forma como está nos respondendo, Edward... Não acreditamos nesse jornal. Não achamos que Bella seja capaz de um ato como esse.- Eu também quero acreditar, mas essa foto – eu disse mostrando a ele uma foto onde o atorzinho de merda segurava as mãos da minha esposa e as beijava, outra logo abaixo que mostrava ele a segurando para que saísse do carro.- Essa foto não diz muito – Emm disse – sério maninho, eu posso ser meio pirado às vezes, mas confesso desta vez não vejo nada nessas fotos.
- O que vocês fizeram com o Emmett?  - questionei a Jasper.- Nada, por quê? – ele respondeu.- Vamos, sejam francos... Eu vou para Londres no próximo vôo e vou quebrar a cara desse canalha, como ele ousa tocar na minha esposa?- Vai ver ela até gostou ué... – Emm cruzou os braços e escondeu o sorriso com uma das mãos.- Decidiu voltar ao normal agora? – eu disse irado.- Vou ligar para Alice, ver se ela sabe de algo... Edward, você não pode sair da empresa agora, estamos na fase final do projeto e precisamos de você. Meu irmão, não houve nada e sei que Bella jamais faria isso com você. Tudo não passa de especulação. – Jazz disse calmamente.- Não, você não irá ligar para Alice... Eu não quero saber de nenhum projeto quando estou vendo meu casamento descer pelo ralo. Não vê? Se eu a tivesse acompanhado nada disso estaria acontecendo. E por que ela não me falou sobre isso ontem à noite quando conversamos? Ela escondeu Jazz... Eu não acredito que nada tenha acontecido. EU MATO ESSE CANALHA. O próximo papel dele será numa cadeira de rodas depois que eu o pegar. – eu caminhava na sala de um lado para o outro.
- Você não baterá em ninguém – ouvi a voz do meu pai – criei um homem e não um troglodita. Não irá tomar atitudes precipitadas baseado em um jornal sensacionalista talvez seja melhor ouvir seu irmão, deixe-o ligar para Alice.- Não pai, eu não quero. Pegarei o próximo vôo para Londres e lá saberei o que houve. Mas uma coisa é certa – levantei o indicador – se esse... Esse... – apontei para a foto no jornal – acha que vai roubar minha mulher está enganado... Eu o mato e isso é uma promessa.- Edward, você não deveria viajar nervoso do jeito que está... – minha mãe disse intervindo.- Ahh! Mas eu vou sim, eu irei nem que para isso eu precise me demitir. Eu vou voando ou até mesmo nadando, mas esse um vai ter o que merece – gritei nervoso.- Não será necessário tanto – meu pai se aproximou – esfrie a cabeça, respire, vá conversar com Bella de alma limpa e sem conceitos pré-formados. Jasper e eu daremos conta do trabalho, mas não quero saber que você está com problemas em outro país.Olhei para meu pai, ele sempre foi um homem bom e pacifico – está bem pai, farei o que me pede... Agora preciso providenciar minhas passagens e até já sei para quem vou ligar.[...]
O telefone tocou, tocou e nada fazia com que Jacob atendesse ao telefone. Aquela já era minha décima tentativa e nada. Demorei a entender e colocar minha família para fora do meu apartamento. Meus irmãos queriam me levar ao aeroporto e meus pais eram contra minha viagem, contudo nada me faria mudar de idéia. Eu estava decidido. Comprei as passagens e meu vôo seria dali a duas horas. Eu estava quase pronto quando meu telefone tocou, olhei o visor e atendi.A voz do outro lado me encheu de esperanças – o que o faz ficar tão desesperado a ponto de ligar dez vezes para o meu celular? – Jacob perguntou.- Ainda não leu os jornais de hoje?- É obvio que já li, vai me dizer que acreditou nessa palhaçada? – ele disse sorrindo.- E não é para no mínimo querer partir a cara desse Robert em duas?- Assim como foi minha vontade partir a sua... – ele afirmou – se for se desesperar cada vez que arrumam um amante para Bella seu casamento não durará mais um ano – ele disse – entenda que ela está nesse meio há anos e nada pode ser feito quando um bando de urubus decidem que ela ou você tem um amante. Edward pensa comigo. O que houve e o que foi dito sobre você a ter levado para aquela ilha? No entanto a responsável de fato tinha sido a anã Cullen. Se formos acreditar em cada palavra...
- Você não está entendendo Jacob. Responda-me como suportou tanta especulação quando vocês namoravam?- Simples – ele respondeu – eu confiava nela, sempre conversávamos e eu acredito que você nem mesmo deve ter telefonado para saber não é?- Não... Meu vôo para Londres sai em 2 horas.- Hum... Então está disposto a viajar e brigar por nada?- Não vou brigar, vou acompanhá-la no resto da viagem... Se esse talzinho chegar perto dela de novo eu juro... Mato-o.- Se o que o levará a Londres é ciúmes, aconselho-o, não vá. Mas se só está tentando se resguardar quanto a Bella... Boa sorte sei que ela ficará feliz por vê-lo. – ele respondeu – mas, Edward... Não se precipite. Ouça o que ela tem a dizer antes de colocar essas suas duvidas para fora, sei como se sente, já passei por isso e eu também quis te matar. Assim como quis bater numa centena de amantes que arrumaram para ela enquanto estávamos juntos.- Não sou tão controlado. – afirmei.
- Precisa ser. Conheço a Bells desde nossa infância, se hoje sou seu amigo e dela é porque você me fez crer eu a faria feliz. Juro, se a fizer chorar por isso te caço e te mato. Agora eu preciso ir, estava numa reunião importante e achei que alguém tinha morrido.- Obrigado Jacob – agradeci.- Disponha Edward e boa viagem. – ele desligou.Vendo por aquele ângulo ele bem podia estar certo, era obvio que eu estava cego de ciúmes e pronto a cometer erros por isso. Ouvindo o conselho de Jacob e da minha família decidi que a Inglaterra seria minha lua de mel.

[...]

Aquelas longas horas de vôo entre o aeroporto internacional JFK e o de Londres foram o suficiente para me fazer pensar em quais atitudes eu tomaria no instante em que visse Bella. Não falaria nada a menos que ela me contasse o que havia realmente acontecido. Peguei o táxi e segui para o endereço do hotel onde ela estava hospedada.Na recepção me apresentei e vi os risinhos maliciosos das recepcionistas ao me virem dizer quem eu era. Fingi descaso e fui seco quando pedi eu informassem a Alice que eu estava subindo.
Minha cunhada abriu a porta com o olhar estarrecido. Bella não estava naquela hora ela estava fotografando no parque St Louis para a campanha da Dolce. – também fui pega de surpresa pela noticia no jornal Edward. – Alice me disse depois que expressei minha preocupação. Ali, sentado com meu filho em meu colo, vendo-o sorrir eu nem mesmo me lembrava o motivo que havia me levado até ali.- Assim como eu Alice. Mas agora estou aqui para cuidar do que é meu daquilo que me pertence e foi tão difícil conquistar, ninguém vai tirar Bella de mim, nem mesmo essezinho... – respondi com descaso.- Não sei como ela entenderá sua presença...- Não se preocupe, ela irá entender – levantei com Peter no colo – vamos buscar a mamãe – eu disse olhando para ele.- Edward, eu não sei se é uma boa idéia – Alice tentou argumentar, olhei para ela completamente serio.
- Alice... – me aproximei e toquei seu rosto – obrigada por você estar aqui, mas agora eu e meu filho iremos buscar a mamãe dele no trabalho. Terei outra postura em relação a minha Bells de hoje em diante, nunca mais a deixarei sozinha.- Então deixe Peter comigo, ficarei com ele para que vocês aproveitem cada segundo juntos.- Deixarei, mas nesse momento eu quero que ela nos receba juntos; quero que Isabella Swan Cullen saiba que eu estou aqui e que nunca irei desistir.

CONTINUA......