A Ilha - a Descoberta do Amor escrita por velgoncalves


Capítulo 41
Capítulo 40 - O casamento


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora na postagem, tive alguns problemas de ordem pessoal.
Mas ai vai o cap 40



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/78758/chapter/41

Capitulo 40 – Casamento.

PDV Edward

TRÊS MESES DEPOIS...

Enfim a semana tão esperada chegou, os últimos três meses foram os mais duros de toda minha vida. Mesmo podendo acompanhar de perto o desenvolvimento da gravidez da mulher que eu amava, acompanhando-a ao hospital para que fizesse os exames, não estávamos em paz como fantasma de Erim nos rondando. Nem mesmo o tempo que passamos separados me causou tanto frisson quanto o medo de perdê-la em definitivo. Depois da nossa ultima conversa, fazia três meses, ela estava sempre arredia e distante embora se esforçasse para demonstrar o contrario. Era obvio que não estava conseguindo. Naquele mesmo dia, por algum motivo que não me lembro qual, rememorei a conversa que tive com meu pai fazia algum tempo.

#FLASHBACK ON#

Depois que saímos da casa dos Swan na noite em que adiamos o casamento, voltamos todos juntos para casa em comitiva. Depois de deixar minha mãe na cobertura, meu pai bateu na minha porta já era quase de madrugada – filho, o que houve? Pensei que estivesse tudo bem entre vocês.

- Sei que a desculpa dada por ela foi falsa, pude ver em seus olhos que a fiz chorar. Alias, só não percebeu quem era cego – respondi.

- Você contou o que aconteceu?

- Exatamente como disse que faria. Embora eu tivesse pensado que ela nunca mais iria querer me ver, tudo o que fez foi adiar o casamento, mais uma vez.

- Pelo menos dessa vez ela te ouviu.

- Aprendemos com os erros. Bella não é boba...

- Ela está sofrendo...

- Eu também... Agora é só esperar assentar a poeira e trabalhar para que possamos ter uma lua de mel. Eu devo isso a ela.

- Está bem... Vou deixá-lo descansar.

Pouco depois que meu pai saiu à campainha tocou, achei que ele tinha esquecido alguma coisa e quando abri a porta me deparei com Jacob Black. – onde você está com a cabeça?- ele disse antes que eu fizesse sinal para ele entrar.

- Do que está falando?

- Acabei de deixar Bella em casa, ela estava chorando. Que parte de se a fizer chorar eu te dou uma surra você não entendeu?

- Espera... Do que você está falando? – indaguei.

- Para que você contou a ela sobre a sua ex... O que queria? No que estava pensando?

- Em ser sincero, só isso! Não queria que depois ela recebesse essa noticia como algo catastrófico.

- E quem, além de você seria burro o suficiente para contar isso?

- A própria Erim, ela é ardilosa Jacob. Sei que daria um jeito dessa informação chegar até Bella.

- Edward... É difícil para mim ver minha amiga chorar, jurei a ela que não te bateria e a Leah que iria direto para casa, mas não consegui. Se há algo que eu deva saber, me conte agora... Essa é a oportunidade que temos para sermos amigos. Não vou permitir que Bella se case com você se imaginar que pretende feri-la.

- O que você pretende fazer para impedir...

- Nem queira saber. – ele ameaçou.

- Não houve nada. Eu juro – menti. Ter Jacob como meu amigo e meu aliado seria muito importante se eu queria manter uma vida pacifica com a Bella. – eu só falei a verdade, por que julguei que ela entenderia... Vejo que ela não entendeu... Por isso ela adiou o casamento não foi? Ela vai me deixar não vai?

- Não, ela te ama demais para ter coragem de deixá-lo. Por favor, não faça mais nenhuma burrice além de dar tempo ao tempo. Agora preciso ir. – ele disse se despedindo. Talvez esse fosse o momento de provar a Bella o quanto eu a amava.

#FLASHBACK OFF#

Meu coração estava acelerado, nos últimos dias tinha estado assim praticamente 24 horas ininterruptamente. Eu estava esperando Bella para que pudéssemos almoçar juntos, meu carro parado em frente a sua casa, quando ela saiu, parecia uma boneca, uma princesa de contos de fadas. O vestido branco na altura dos joelhos se amoldava perfeitamente a barriga já saliente, ela estava com sete meses de gestação. Os cabelos soltos caiam em cascatas sobre os ombros, na frente uma tiara também branca evitava que eles caíssem nos olhos, à maquiagem simples em tons de rosa lhe dava um ar mais angelical.

Estendi os braços e ela se aconchegou dentro deles encostando a cabeça levemente no meu peito – não sei mais ficar sem você Bella – suspirei beijando o topo da sua cabeça. Ela me olhou e seus olhos brilharam. Um sorriso verdadeiro brotou dos seus lábios. Jacob estava certo, nada como o tempo para poder conseguir reverter uma situação que eu já havia dado como perdida.

- Estamos perto... Faltam só alguns dias...

- Não quero mais fingir para as pessoas, não vamos mais adiar nosso casamento. Eu preciso de você ao meu lado – segurei seu rosto e toquei minha boca na sua, ela entreabriu os lábios me deixando aprofundar o beijo, segurei-a pela cintura colando seu corpo no meu. Eu estava sedento, eu a queria... Amarrei minha mão em seus cabelos e apertei seu rosto contra o meu fazendo daquele beijo minha redenção.  Afastei-me um pouco para deixá-la respirar, eu podia ver que ela também me desejava, afinal, desde o dia em que conversamos sobre Erim na sua casa, não havíamos mais feito amor – eu te amo! – sussurrei.

- Eu te amo mais... – ela sorriu – aonde vamos almoçar? Estou faminta...

- Eu pensei em algo especial e embora nosso tempo seja curto, vendo você vestida assim, outras idéias passaram pela minha mente.

- Nem estou tão desejável assim... – ela apontou para a barriga.

- Você é sempre desejável, mesmo que estivesse vestida num saco de alinhagem. Eu ainda te desejaria...

- Falando assim você me dá idéias...

- Eu quero que você tenha idéias. – eu disse abrindo a porta do carro para acomodá-la dentro dele. Depois dei a volta e entrei ligando o motor.

- Para onde nós vamos?

- Para a nossa casa...

PDV Bella

- Você está me levando para o seu apartamento? Pensei que só poderia ir lá depois do casamento, foi o que você me disse.

- Não é mais meu apartamento Bella, agora é nossa casa, nosso lar. Eu queria te fazer uma surpresa. Claro que algumas coisas eu deixei para que você mesma fizesse, as demais, pedi a Alice. Junto a minha mãe e Rosálie que fizessem o melhor – ele sorriu corando nas bochechas – tome – ele mantinha o punho fechado – abra a mão vamos, é seu – coloquei minha mão debaixo da dele quando percebi o que ele havia deixado lá – essa é a sua chave, mesmo que ainda faltem alguns dias para o casamento. Eu já te considero Isabella Marie Cullen.

Levou um tempo até que eu pudesse esquecer o motivo que me levou a ficar tão distante do homem que eu amava, mas Edward fazia de um jeito que não havia como me manter zangada, ou longe dele por muito tempo. Era um dom. Manter-me presa como se fosse um encantador... – sinto-me insegura.

- Por quê?

- Todas as vezes que me lembro de mim, penso nos meus pais. Nos últimos dias Charlie tem andado nervoso e agitado. Quando falamos no seu nome ele só falta explodir... Disse que você me roubou dele. Sei que está com ciúmes e também está inseguro com nosso casamento, estamos sendo bombardeados constantemente com amantes e pequenos casos. Qualquer mulher que se aproxime de você é um risco – suspirei – meu pai tem medo que não suportemos essa pressão

- Precisamos suportar, nós nos amamos.

- Ainda faltam dois meses para nosso filho nascer e eu tenho recebido diversas propostas de trabalho. Decidi que depois do casamento... – pausei, ele me olhava atentamente.

- O que tem depois do casamento? – seu olhar era terno

- Depois do casamento, me darei um tempo longe de tudo. Mas depois que nosso filho nascer, escolherei um contrato, apenas um, para marcar o fim da minha carreira – ele segurou minha mão.

- No precisa fazer isso Bella, você ama o que faz.

- Você não entende? Não suportaria ser alvo de fofocas. Amo a minha carreira e o meu trabalho... Mas eu te amo muito mais e não quero ter que correr o mundo enquanto você esta aqui em Nova York.

- Você não confia em mim... É isso?

- Não... Não é isso, assim como você Edward. Eu não consigo mais ficar longe, todos esses dias que nos impus, só me fez ter certeza de que é com você que eu quero ficar. Penso em Charlie longe de Renée quando viajamos, eles se falam pelo telefone e sei que minha mãe sofre. Não quero isso para nós.

- Bella – ele passou a mão pelo meu cabelo – estarei sempre ao seu lado não importa o que acontecer... Agora vamos comer...

O caminho até a casa dele, ou melhor, a nossa casa foi feito em um pouco mais de tempo devido ao congestionamento. Eu me sentia sufocada, quando finalmente paramos em frente ao prédio de luxo no Central Park. Ele saiu do carro, deu a volta e me ajudou a descer. Em frente à porta do seu apartamento ele fechou meus olhos e a abriu guiando-me com cuidado para dentro, lá ele retirou a mão e me deixou ver a sua nova decoração. Os móveis e as cortinas, antes em tons de marrom, agora tinham tons de branco para clarear o ambiente, segurando minha mão ele me conduziu até a cozinha agora mais espaçosa devido a uma visível reforma. Na varanda, havia flores de todas as cores.

Ele me guiou em direção ao quarto, tudo estava diferente. A cama estava disposta a direita e não à esquerda como antes, no banheiro ele colocou uma banheira de hidromassagem. Olhei para seu rosto e ele fingiu estar com vergonha... Caminhamos um pouco mais, era um apartamento muito grande para uma pessoa apenas, como ele havia dito. Na segunda porta ele reservou um espaço com TV, computador algumas almofadas e um grande sofá. Na terceira porta era seu escritório, agora estava tudo devidamente organizado e não com os objetos jogados pela sala como antes...

Na quarta porta ele me deteve – elas fizeram uma boa parte das coisas, mas quisemos deixar o restante com você. – e a abriu. O quarto era todo forrado num tom de verde, o papel de parede tinha pequenos enfeites ornamentando-o. Os brinquedos expostos em prateleiras e o berço lindamente arrumado. Toquei as peças e senti que meus olhos estavam marejados.

Virei-me para ele que parecia apreensivo – oh Edward! – abracei-o com força e beijei-lhe com vontade – está tudo tão lindo... Obrigado. – seus olhos sorriram – segurei-o pela mão e o conduzi de volta ao nosso quarto – é aqui que vamos dormir, certo?

- Esse é o nosso ninho de amor... – ele sorriu torto.

- Então faça amor comigo, vamos inaugurar nossa casa, eu quero você agora.

- Você está certa do que quer? Porque no instante em que iniciarmos, não terá volta... Depois que finalizarmos você nunca mais vai poder me deixar. Está no contrato que vem junto com a casa... – ele falou sedutoramente se aproximando de mim, ficando a poucos centímetros da minha boca.

- Que contrato?

- Aquele que diz que assim que consumarmos nosso amor aqui, seremos donos um do outro e não haverá mais volta.

Sorri – eu já sou sua, senhor Edward Cullen – parei virada de frente para ele e abri o zíper do vestido deixando-o cair no chão. Embora não estivesse na minha melhor forma, eu sabia que não estava tão ruim assim. Ele me olhou boquiaberto e por alguns segundos me senti estranha, estava me preparando para pegar o vestido no chão quando ele murmurou.

- Não ouse fazer isso... Você está linda – corei. Ele começou a tirar o paletó e a gravata e num impulso me agarrou colando seu corpo ao meu – eu te desejo tanto Bella... Não fique mais longe de mim, não me prive mais de te sentir... – e me beijou nervosamente.

Enterrei meus dedos em seus cabelos pegando sua nuca e trazendo- para mais perto, a língua dele estava ávida, o corpo tão quente que mais parecia estar com febre, abri os botões da camisa branca e passei os dedos nas suas costas, ele se arrepiou e aprofundou o beijo. As mãos dele subiram da cintura para o feixe do sutiã abrindo-o. Ele tocou meus seios já avantajados e sorriu maliciosamente. – deliciosa.

- Como?

- Você está deliciosa – ele me conduziu até a cama sentando-me nela ajoelhando aos meus pés, retirou pacientemente um pé do meu sapato e depois o outro. Ele escorregou suas mãos pelas minhas pernas até a altura das coxas onde soltou a liga das meias – você me excita quando usa essas meias – ele puxou a primeira e beijou a parte interna da minha perna. Tremi. Ele tirou a outra meia fazendo o mesmo movimento anterior... Nossos olhares se encontraram enquanto ele ainda estava posicionado entre minhas pernas. Minha respiração estava alterada, descompassada – o que pretende fazer agora? Contrariar mais uma vez as ordens médicas?

- Tendo em vista que da ultima vez não houve nenhum problema, acho que nosso filho não se importaria se o seu pai desse um pouco mais de carinho a mamãe dele.

- De que tipo de carinho estamos falando? – guiei minha mão até seu cinto e ele se manteve imóvel, com os olhos fixos em mim. Abri a fivela e o botão da calça deixando a mostra o cós da cueca – está sendo bem saidinha senhora Cullen.

- São os efeitos da sua presença senhor Cullen.

- Esse tipo de carinho requer tempo e prática, confesso que me sinto tentado a jogar o trabalho para o alto esta tarde e ficar trancado com você em cima dessa cama. Assim poderíamos inaugurar a nova mobília de cada cômodo.

- É tentador realmente, mas não conseguiria fazer as coisas que faria se não estivesse assim tão gorda.

- Não vejo isso que você está dizendo, é uma tentação te ver assim tão iluminada. Será que não percebeu ainda? Seus olhos estão mais brilhantes assim como sua pele e seu cabelo, isso lhe dá uma sensualidade extra...

- Acho que devo ficar grávida mais vezes então...

- Sim, pelo menos mais umas cinco... Meus pais adoram crianças – ele disse me beijando mais uma vez, abri minha boca para recebê-lo, ele segurou o elástico da minha calcinha e sorriu – essa não dá para rasgar – gargalhamos.

Deitei na cama e arqueei o quadril para que ele a retirasse, depois de me deixar nua, ele levantou e retirou toda sua roupa também, o calor que ele manava me fazia sentir desejada, amada. – Edward, beije-me. – ele obedeceu sugando minha língua vorazmente. Suas mãos começaram a passear pelo meu busto tocando meu seio com a ponta do polegar. Gemi. Estava ainda mais sensível do que da ultima vez que ele havia me tocado.

- Adoro você assim, entregue, pronta para ser minha – ele me puxou para perto apertando minha coxa, senti seu corpo enrijecido tocando minha perna e suspirei. Ele voltou a me beijar com carinho. Aquele momento era perfeito... E eu o amava sem medidas, sem receios, sem medo e sem pudor. Edward me virou de costas para si, beijou minhas costas e desceu pelo meu dorso, percebi que não poderíamos fazer amor como antes, minha barriga não permitiria, então notei qual era a outra alternativa.

Ele me tocou delicadamente, seus dedos passearam pelo meu ponto sensível me deixando completamente entorpecida, ele me abraçava por trás trazendo-me para perto enquanto me tocava e massageava meu sexo. Pouco a pouco ele me penetrou com o dedo, senti meu corpo se contrair e fechei os olhos tamanho era o prazer que me invadia. Ele voltou a me virar de frente para abocanhar meu seio. Dando pequenas mordidas, ele o sugou com cuidado. Depois de beijar minha barriga pedido desculpas ao nosso filho por me querer tanto, ele colocou a cabeça entre minhas pernas.

A simples lembrança pelo modo como sua boca me tocava, me levou a querê-lo intensamente. Edward me penetrou com a língua enquanto me massageava com o dedo. Delicadamente ele me virou de lado e deitou atrás de mim segurando minha perna, senti seu membro brincando na minha entrada e me permiti tocá-lo. – não me toque amor, se você fizer isso, não chegarei a entrar em você.

- Uhum... – foi tudo que consegui dizer quando num único impulso ele me penetrou, nunca o tinha sentido tão viril... Meu corpo foi se amoldando ao seu tamanho enquanto ele entrava e saia em movimentos suaves. Ele se movia dentro de mim, eu podia senti-lo latejante...

- Bella... Não posso me segurar por muito tempo – ele disse enquanto começava a aumentar a velocidade dos movimentos – você está tão quente, tão convidativa...

Enquanto ele falava, eu podia sentir seus movimentos me levando a inconsciência, era sublime a nossa união. Nossos corpos que se juntavam como se nada mais existisse – não se segure Edward, estou pronta para você...

Ele segurou meu quadril e se enterrou em mim com uma força extra, pude sentir todo seu corpo se acomodando dentro do meu, nosso suor nos mantendo colados e sua respiração descompassada quando atingiu o seu orgasmo, ele percebeu que eu ainda não havia chegado lá e continuou se movimentando rapidamente, sua mão encontrou meu sexo mais uma vez. Meu corpo cresceu como se eu fosse explodir, só quando percebeu que eu havia chegado ao meu cume, ele parou de se mover e me virou para si me envolvendo em seu abraço e selando meus lábios com um beijo. – eu te amo!

PDV Edward

Como eu havia previsto, não consegui trabalhar naquela tarde. Liguei para a minha secretaria e pedi que desmarcasse todos os meus compromissos, ela reclamou, disse que teria uma reunião com o meu pai e não sabia qual seria a desculpa a ser dada – diga que estou com Bella, ele irá entender – respondi desligando. Cumpri minha promessa e embora se achasse gorda, fizemos amor em vários cômodos da casa, bom mesmo era que a minha mesa de desenho era grande e resistente. Sim, contrariamos as ordens médicas que me impediam de tocar na minha mulher, era assim que eu a considerava, para mim, Bella já era minha mulher.

Ela estava adormecida ao meu lado na cama, eu a observava com emoção. Tudo nela era convidativo e não só ao pecado, mas também abria as portas do amor. Não me imaginava longe dela por mais tempo... Acariciei seu cabelo e beijei seu rosto, a tarde havia passado rápido e eu francamente não queria levá-la para casa nunca mais. Bella se acomodou em meus braços se encolhendo em meu peito, ressonando. Enquanto dormia, ela sussurrou meu nome, nunca me senti tão envaidecido, nunca imaginei que estaria ansioso com uma reforma, com um casamento... Em ter uma mulher deitada permanentemente na minha cama. Aquela sensação me fez repensar todos os anos que passei me enterrando nos vícios que me levaram a tanto sofrimento.

Naquele momento nada que era passado fazia sentido, eu só queria pensar no futuro, no meu futuro ao lado de Bella. Levantei vagarosamente para não acordá-la, fui até a cozinha e preparei algo para que comecemos na hora que ela acordasse, peguei o telefone e liguei para Charlie – boa noite Edward – ele tendeu prontamente.

- Sempre me esqueço do identificador de chamadas – tentei quebrar sua seriedade.

- Ligou para dizer que minha filha vai dormir com você? Perdeu tempo, já imaginávamos que essa visita a casa nova acarretaria em Bella dormindo na sua cama.

- Você precisa se acostumar com isso, só falta três dias para o nosso casamento...

- Renée já me disse a mesma coisa, não gosto da idéia da minha filha única saindo de casa. Dormindo com um marmanjo...

- Não é como se fossemos morar no Japão e você sabe que poderá vir sempre que quiser, Bella não sabe viver sem vocês...

- Sabe, a primeira vez que vi ou ouvi seu nome sendo pronunciado pela minha filha quase tive um infarto fulminante, você não era a primeira opção de casamento para Bella. Mas depois daquela burrice que fizemos enterrando vocês naquela ilha, vendo como você se portou e se porta perto dela, embora lhe tenha feito um filho – ele frisou num tom de reprovação – percebo que é um homem de bom coração e que a ama, sei que sou um pai ciumento e muitas vezes pego no seu pé. Contudo quero que saiba Edward, que estou feliz que vocês tenham dado certo. Só quero te lembrar que no meu tempo a ordem para casar era com a moça virgem... Ou pelo menos sem barriga.

- Me desculpe por esse lapso. Não era a intenção, entretanto, você conhece a minha muito bem e sabe que foi esse filho que nos uniu e eu já o amo...

- Eu sei, obrigado por amar a minha Bella do jeitinho que ela é.

- Tonta e teimosa?

- Completamente sem noção... – sorrimos.

- Adeus Charlie, até amanhã. – desliguei. Estava de costas para porta quando ouvi um tossido ao fundo. Virei para encontrar Bella vestida com minha camisa e ainda mais sensual com os cabelos desarrumados.

- Posso saber quem é tonta e teimosa?

- Você oras, levou tanto tempo para entender que tudo o que eu queria era te dar o meu amor.

- Hum... – ela me abraçou por trás – o que meu pai disse sobre você me ofender dessa maneira?

- Bem... Ele disse que você é completamente sem noção – deu-me um tapa no braço – sabe que esse tipo de agressão tem uma punição não sabe?

- Não... E qual seria esse castigo?

- Inaugurar outro cômodo da casa, por exemplo, a cozinha ainda não foi usada, essa mesa é bem forte e você está altamente desejável com essa camisa.

- Você está abusando da minha falta de noção?

- Estou abusando da sua libido... – ela mordeu o lábio inferior e tudo que pude fazer foi sentá-la sobre a mesa, enterrar minha mão no seu cabelo e beijá-la. Naquela noite provavelmente eu iria cessar minha necessidade de Isabella Swan.

(...)

O sol brilhou por entre os espaços da persiana no meu quarto, um celular tocava insistentemente na sala. Bella estava adormecida sobre o meu braço. O que me fez lembrar sobre minha imprudência na noite passada, eu deveria ter mantido o controle, todavia, ao lado dela, eu não conseguia fazer isso. Ao lado dela eu era incontrolável... Segui o som que vinha da bolsa dela. Abri sem permissão e peguei o celular onde tinha escrito o nome de Jacob no identificador de chamadas, olhei a hora, nove da manhã... Deus! Eu estava perdido e atrasado. Sem pensar muito atendi o telefone – Jacob!

- Edward?! Esse não é o telefone da bela? Onde vocês estão, esqueceram do ensaio na igreja... Estamos todos aqui esperando por vocês. Seu celular está desligado e na sua casa ninguém atende...

- Acho que dormimos demais... – me espreguicei.

- O padre está uma fera e a Alice disse que vocês querem arruiná-la, seus pais chegaram e os da Bella também... Vocês perderam a noção? Charlie está com uma cara enorme, acho que trouxe a espingarda...

- Certo... Olha... É... Segura todo mundo ai, chegamos ai em meia hora. – desliguei o telefone. Corri para o quarto e olhei para Bella adormecida... Sentei na cama e beijei sua bochecha...

- Se acordar casada for assim tão gostoso, quero casar logo... – ela balbuciou.

- Pena não podermos continuar no clima de romance, estão todos na igreja nos esperando...

- Igreja... Igreja... Igre... Edward, estamos atrasados para o ensaio de casamento... Ai meu Deus! Alice vai nos matar... – ela levantou correndo. O dia estava prestes a começar...

PDV Bella

Chegamos à igreja o mais rápido que pudemos, aquela tinha sido uma noite longa e prazerosa. Edward havia me mostrado que poderia cumprir sua promessa. Entramos desconsertados e enquanto seguíamos na direção dos outros Jake veio ao nosso encontro. – vocês estão loucos? – ele sussurrou – estamos aqui há duas horas esperando por vocês...

- Dormi demais Jake, você me conhece – tentei me desculpar. Eu sabia que não o enganaria facilmente.

- Não faz mal... Venham – ele segurou minha mão e me levou até os outros. Enquanto caminhávamos Edward adiantou os passos e se aproximou dos irmãos. Eles se abraçaram fortemente.

- Ai maninho... Vai se enforcar de vez – Emmett disse num to me brincadeira. Rosálie o golpeou com o cotovelo na costela. – mas é verdade, meu irmão vai ser um homem casado, quem vai me inspirar? Vou ter que procurar outro ídolo...

- Emmett se você não calar a boca eu juro que te bato...

- Tá, não está mais aqui quem falou...

- Liga não Bella, ele é uma criança crescida. – ela lançou-lhe um olhar fulminante. Embora calada e um tanto fria, Rosálie era uma mulher gentil e educada.

Depois que ouvimos o sermão do padre, do meu pai e do Jasper, Edward me deixou com Jake e seguiu para o escritório com a promessa de que voltaria no final da tarde. As mulheres seguiram para o Buffet e em seguida iriam para o cerimonial. Jake estava me levando para a prova do vestido. – como você se meteu nisso? – perguntei.

- Eu me ofereci... Queria conversar com você antes do seu casamento.

- É? E sobre o que nós vamos falar?

- Sobre você e o Edward... Bella, vejo como o adora e ele a você. Imagino que ainda está insegura, conhecendo bem a minha amiga. Sei que tem duvidas em relação ao seu casamento e minha função é dizer, não tenha... Seja feliz e curta seus momentos pelo menos uma vez. Eu quero te ver feliz Bella... Muito feliz.

DOIS DIAS DEPOIS...

Enfim meu dia tão esperado chegou, meu bebê dava pulos na minha barriga e eu não sabia se isso era compartilhamento da mesma felicidade que eu sentia naquele momento. Meu vestido estava um pouco mais apertado do que no dia que o experimentei, também, eu havia engordado um dia antes de casar. Ansiedade talvez, nem ao menos consegui fechar a boca. Faltava apenas duas horas para o eu casamento, eu estava quase pronta. Respirei fundo e tentei controlar minha aflição pré casamento.

Alice já tinha me vestido e maquiado, logo depois correu para casa no intuito de se arrumar, Rosálie havia arrumado meu cabelo. Me olhando no espelho, me via perfeita... Como nunca estivera antes. Ainda me olhava no espelho quando a campainha tocou. Meu pai estava no banho e minha mãe se vestindo. Abri a porta e me deparei com a última pessoa que gostaria de encontrar – o que você quer aqui? – indaguei nervosa.

- Quer dizer que vocês vão mesmo se casar?

- Lógico que vamos...

- Aposto que você está toda segura de si acreditando que o Edward a ama de verdade! Saiba minha querida que isso não passa de um jogo para ele. Que tipo de importância ele te dá se nos momentos de folga vai para cama comigo?

- Que baboseira é essa que você está dizendo? Escuta aqui Erim, não quero que tente me envenenar contra Edward, não vai funcionar. Ele me contou sobre sua visita, ele me disse que você o beijou...

-... E te contou como retribuiu? Contou como me tocou com desejo? Como sua mão me excitou? Como me movi sobre ele enquanto seu desejo era visível para mim? Certamente essa parte ficou oculta.

- Eu não acredito em você. – eu disse com firmeza.

- Pergunte a ele Isabella, sei que Edward nunca dirá a verdade. Um homem como ele, acostumado a mentir nunca te diria que transou com a ex-namorada pouco antes do casamento. Isso não te prova quem ele é de verdade?

- Ele me contou sobre você... Disse-me o que aconteceu no outro dia... Falou do seu veneno.

- Contou? E você acreditou? Pobre Isabella... Bem, meu recado está dado. Casar-se com Edward é uma tolice... Eu mesma cansei desse joguinho de gato e rato que ele nos impôs.

- Vá embora da minha casa agora! – eu disse apontando para a porta.

- Eu irei. Mas não diga que não foi avisada, ele é o tipo de homem que nos faz suspirar. Você foi muito difícil e certamente não o olhou de imediato, ele gosta da conquista. Quando você deixar de ser interessante ele vem me procurar, e eu? Estarei de braços abertos esperando por ele, pois é a mim que ele ama de verdade e não você... Adeus garota tola. – ela abriu a porta – certo como dois e dois são quatro que esse casamento só esta se realizando por causa dessa barriga e que quando o seu filho nascer... A relação estará fadada ao fracasso. – ela saiu levando consigo todos os meus sonhos e a minha esperança de ser feliz.

(...)

O caminho até a igreja foi o mais curto de toda minha vida. Quem era Edward afinal? Que tipo de homem ele era? Minha expressão era apática e meu sorriso o mais falso possível, eu não queria sorrir, não sabia mais se queria me casar. Contudo, não iria ferir minha família, magoar os Cullens que certamente não sabiam o filho que tinham. Vê-lo ali no altar me fez ter duvida sobre o que realmente me levara até aquele momento. Eu o amava, e precisava confiar nele.

Caminhei de braços dados com meu pai, Charlie quase não conseguia dar um passo tamanho era o seu nervosismo. Havia algo sobre o juramento que eu devia falar. Porém eu não me lembrava tamanha era a perfeição do homem que me esperava... O sorriso alvo e o cabelo finalmente arrumado faziam uma enorme diferença. Em uma nota mental, lembrei-me de bagunçar seu cabelo tão logo a cerimônia na igreja tivesse um fim. Ele vestia um smoking que se ajustava ao seu corpo. Era feito sob medida. Andamos até o altar e o padre começou a cerimônia.

Minha cabeça trabalhava no intuito de esquecer o que aquela mulher havia me dito, ele não podia estar mentindo para mim de forma tão descarada. Não podia ser verdade aquela afirmação. Em dado momento, o padre pediu que fizéssemos o juramento, viramos de frente um para o outro e ele começou a falar - Sem você eu me sinto só, incapaz de plantar a semente do amor em jardins sem vida.

Olhei para ele ainda confusa, pisquei os olhos e olhei ao redor, todos esperavam uma resposta, Alice já estava aflita com o meu silencio. Os olhos escuros de Edward me encararam sem certeza. - Com você não preciso mais inventar minha paz. Vou ligando teu ser ao melhor de mim.

Notei seu suspiro de alivio quando ele continuou - Meu espelho real, alma gêmea moldada em prata. No meu desejo eu te invento com emoção

- Me dê a mão, cante a canção, faz a sublime roda do amor girar, segue a voz do coração. E ensina o mundo a se amar.

- Lá no final, há um lugar, ondas de puro amor vão nos envolver. Segue a voz do coração e ensina o mundo a se amar. Outra vez

- Pra você eu espero ser uma voz, uma luz, um momento de paz. Pra velar seu sono. – minha voz saiu embargada.

- De você eu vou receber a razão de viver, seu contato vital me mantém feliz. – ele acariciou meu rosto com as costas da mão.

- Seu mistério maior, meu segredo e revelação. Linhas extremas se encontram com emoção.

- Eu, Edward Anthony Cullen, te recebo, Isabella Marie Swan, como minha esposa e prometo amar você por toda minha vida, em cada segundo dos meus dias até que a morte nos separe. – e colocou a aliança no meu dedo esquerdo.

- Eu, Isabella Marie Swan, te recebo, Edward Anthony Cullen, como meu marido e prometo te amar e respeitar, por toda minha vida até que a morte nos separe. – coloquei a aliança no dedo dele. Não foi um engano quando vi seus olhos lacrimejarem. Não foi invenção quando os meus permitiram que algumas caíssem livres pelo meu rosto. Foi então que quando ele me beijou, todos naquela igreja desapareceram. Restando no meu pequeno mundo apenas, Edward e eu.

Foi um beijo doce e terno, como aquele momento pedia... A partir dali, eu era oficialmente Isabella Marie Cullen.

(...)

Recebemos os parabéns numa recepção simples feita somente para os nossos amigos e familiares, eu estava louca para ir embora, queria ficar a sós com Edward. Não podia mais esperar... Por mais que tentasse esquecer o que aquela víbora tinha me dito, as palavras pesavam como toneladas de concreto em minhas costas - Você está bem? – ele perguntou.

- Minhas pernas estão doendo – eu disse no seu ouvido.

- Quer se sentar?

- Não... Eu quero ir embora... Vamos sair à francesa, vamos para casa.

- Suas malas estão no nosso apartamento, lá é sua casa agora, precisamos passar lá para trocar de roupa e só viajamos pela manhã – ele murmurou próximo ao meu ouvido.

- Então vamos, eu quero muito sair daqui – eu quase supliquei.

- Só um momento – Edward seguiu até onde Jacob estava com seus irmãos e sussurrou algo nos seus ouvidos, os homens sentados fizeram um sinal positivo e ele voltou ao meu lado – eles nos darão cobertura, vamos. – ele segurou minha mão e me levou pela lateral do cerimonial.

Saímos sorrindo e entramos no seu carro de onde fomos direto para minha nova casa. A nossa casa.

(...)

Quando entramos naquele apartamento minha cabeça não pensava em nada a não ser em falar sobre a conversa que tive com Erim, e se ele me dissesse a verdade? E se essa fosse à verdade. Sentei-me desanimada no sofá. Edward se aproximou de mim e sentou-se ao meu lado – Bella, você está bem?

- Por que está me perguntando isso?

- Sei lá, você está tão estranha... Desde o casamento, parece alheia a tudo. Está desligada...

- Não sei... Não me sinto muito bem...

- Bella, o que é que você tem?

- O que eu tenho? – levantei nervosa – o que eu tenho? – comecei a caminhar de um lado para o outro.

- É... O que você tem? Se não me contar, não saberei como ajudá-la a resolver.

- Ótimo – eu quase gritei – é bom que saiba como resolver Edward Cullen, porque sua namorada esteve na minha casa horas antes do nosso casamento e me contou tudo que aconteceu no seu escritório... – minha voz saiu alta demais.

PDV Edward

- É... O que você tem? Se não me contar, não saberei como ajudá-la a resolver. – perguntei.

- Ótimo – ela se descontrolou – é bom que saiba como resolver Edward Cullen, porque sua namorada esteve na minha casa horas antes do nosso casamento e me contou tudo que aconteceu no seu escritório... – ela disse aos berros.

Meus olhos devem ter dito a verdade porque as minhas palavras ficaram presas na minha garganta – Bella...

- Não precisa dizer nada, sua mudez me diz que ela não mentiu – ela andava de um lado para o outro nervosamente – como eu fui burra, céus como fui idiota... Devo ser mesmo uma pessoa sem noção.

- Bella – deixe-me explicar – tentei segurá-la e ela se soltou afastando-se de mim.

- Como eu pude acreditar em você? Como? Sua mentira foi tão boa que convenceu as pessoas ao seu redor... Você me enganou... Que tipo de pessoa você é?

- Você vai me julgar novamente sem me ouvir? Não se lembra do que aconteceu da ultima vez? – eu também gritei nervoso. Ela se calou.

- Explique-se Edward Cullen e eu espero que seja uma explicação muito boa.

- Ela chegou ao meu escritório, tudo aconteceu exatamente como expliquei. Exceto pelo fato de que... Bella, eu estava dormindo. Juro... Eu pensei que fosse você.

- Você transou com ela pensando que era eu? Você quer que eu acredite nisso? Se não foi importante, porque escondeu isso de mim? – ela começava a chorar, as lágrimas desciam sem cessar. Eu queria me aproximar, mas ela estava arredia. Não era para menos, agi como um canalha e agora não sabia como fazer para consertar meu erro.

- Não escondi, eu te contei tudo...

- Omitindo os detalhes? Para se casar comigo? Eu te dei opções, disse que não precisava me assumir como um fardo na sua vida. Como vamos viver agora? Diga-me! Como vou te olhar, sabendo que me enganou? Não bastava se afastar? Deixar-me? Eu iria sofrer, mas com o tempo sua lembrança não me perturbaria mais... Não iria mais doer e seu rosto cairia no esquecimento.

- Você não vê que era exatamente isso que eu não queria? Não quero que me esqueça simplesmente porque eu te amo Bella.

- Tem certeza? Será que eu não sou somente mais uma conquista para você? Que foi tão excitante o fato de eu te negar que você não desistiu e só se casou pelo filho que eu espero? Olhe para ela e olhe para mim...

- Será que eu te respeitar não é o suficiente para você entender que tudo o que está dizendo não faz sentido? Eu não me casaria por um filho se não te amasse. – gritei no mesmo tom dela.

- Eu não quero mais saber, não quero que me toque mais, nunca mais – seu corpo caiu no chão e ela chorava, seus soluços eram tão altos que me corava o coração – como vou competir com ela? Como vou competir com uma mulher tão bonita?

- Ela não chega aos seus pés Bella! Ela não tem sua sensibilidade, ela não é você... – me ajoelhei na sua frente – perdoe-me, por favor, se não te contei tudo como aconteceu de fato, foi porque tive medo de te ver assim. Segurei seus braços – venha comigo, esqueça tudo isso.

- Não me toque, eu já pedi. – ela gritou mais alto se desvencilhando de mim.

- Vamos viver assim? É isso? Ela me abandona e some por anos a fio... Quando minha vida finalmente está refeita, ela aparece e estraga tudo? Você quer saber o que eu estava sonhando? Na minha cabeça eu te vi, linda e perfumada, quando ela me beijou retribui porque era seu rosto que eu via. Já estávamos sem nos tocar fazia um tempo, o acidente nos afastou. Eu sempre dava um jeito de aliviar a tensão... Mas era um sonho tão real... Só acordei quando ouvi a voz dela, não era a sua voz... E foi isso que me fez despertar, eu quase bati nela e foi ai que meu pai chegou com Jasper, meu irmão a levou embora. Fiquei inseguro quanto a te contar, eu sabia que você me deixaria e eu quero que você entenda... Eu não quero te perder.

- Eu não sei se sobrevivo a isso, Edward não sei se tenho forças – ela estava pálida.

- Bella, por favor, entenda, eu te amo... Você é a melhor coisa que já me aconteceu, não me deixe. Será que você não vê que essa era a intenção dela? Fazer-nos brigar e nos colocar um contra o outro? Se você ceder, ela terá vencido e nós nunca seremos felizes.

- Eu preciso pensar. Vou dormir...

- E te acompanho...

- Não, eu não vou dormir com você, pelo menos não hoje.

- Como assim? Nós acabamos de nos casar Bella, você não pode fazer isso.

- Posso e vou, eu quero ficar sozinha. Preciso pensar. Não vou me deitar com você sentindo essa raiva crescente dentro de mim. É você que não está percebendo todo o mal que essa relação me trouxe.

- E os momentos bons? Eles não fazem diferença?

- Eles ficam afogados no tanto de desilusão que vieram nos acompanhando – ela continuava a chorar – por mais que eu tente entender o que nos liga, isso mais parece uma doença... Não pode ser saudável esse sentimento, essa dependência que tenho de você.

-Bella você é a única coisa que me importa nesse momento, não deixe que a presença de algo que já passou nos afete.

- Se eu não me der esse tempo agora, sei que não te perdoarei nunca... – fez-se silêncio.

- Vou acatar, mas não vou entender...  – dito isso eu a vi se retirar ainda vestida de noiva em direção ao quarto. De todos os males o menos pior, pelo menos agora estávamos casados e não a deixaria ir a lugar algum sem mim.

(...)

Deitado no sofá da sala podia repensar todo o meu relacionamento com Erim e com Bella. Eram situações diferentes, pessoas diferentes, quando Erim estava comigo era como se meu corpo entrasse em combustão, eu era completamente devoto aquela figura exótica e linda de uma maneira diferente de todas as outras que eu me lembrasse de ter visto. Foi muito envolvente o tempo que passamos juntos, a época da faculdade, onde eu tinha o apoio financeiro dos meus pais. Podíamos ir a festas e restaurantes caros, meu pai nunca me comediu no que se referia a dinheiro. Fazíamos amor em qualquer lugar que nos desse vontade e aquilo me excitava.


Link seguro para a musica: http://www.youtube.com/watch?v=q7tCpOLrOPM&feature=fvst

O Vento

Los Hermanos

Posso ouvir o vento passar,
assistir à onda bater,
mas o estrago que faz
a vida é curta pra ver...
Eu pensei..
Que quando eu morrer
vou acordar para o tempo
e para o tempo parar:
Um século, um mês,
três vidas e mais
um passo pra trás?
Por que será?
... Vou pensar.

- Como pode alguém sonhar
o que é impossível saber?
- Não te dizer o que eu penso
já é pensar em dizer
e isso, eu vi,
o vento leva!
- Não sei mais
sinto que é como sonhar
que o esforço pra lembrar
é a vontade de esquecer...
E isso por que?
Diz mais!
Uh... Se a gente já não sabe mais
rir um do outro meu bem então
o que resta é chorar e talvez,
se tem que durar,
vem renascido o amor
bento de lágrimas.
Um século, três,
se as vidas atrás
são parte de nós.
E como será?
O vento vai dizer
lento o que virá,
e se chover demais,
a gente vai saber,
claro de um trovão,
se alguém depois
sorrir em paz.
Só de encontrar... Ah!!!


Aos poucos fui tentando desenvolver um sentimento maior por ela, algo que não se resumisse a sexo e cama. Eu a queria comigo. Depois que nos formamos, eu a pedi em casamento, disse que construiria uma carreira solida na fábrica da minha família, mas que para isso começaria de baixo. Enquanto isso, viveríamos do meu salário. Ela sorriu e me disse que estava acostumada a outros padrões de vida, que queria um homem capaz de pagar pelos seus caprichos. Naquele momento algo dentro de mim se quebrou e parecia que nunca mais seria reconstruído. Ate que eu conheci Bella.

Não foi só por vê-la chorando que meu coração disparou, eu não podia ter duvidas em relação ao que eu sentia. Era algo puro e verdadeiro, tomou-me de um jeito que ninguém havia me tomado antes. Ela era desinteressada, incapaz de me julgar por levá-la a um restaurante barato ou uma simples lanchonete. Não se importava com jóias e supérfluos, ela era simples e delicada, sensível e geniosa. Não, eu não estava apaixonado pela conquista, definitivamente não.

Eu precisava mostrar a ela que meu coração estava em pedaços, que não tive a intenção de mentir... Eu só queria seu bem. Já passava de duas da madrugada e o sono nem dava sinal que chegaria tão cedo, estar com ela ali, no quarto ao lado e não poder tocá-la me deixava frustrado. Levantei decidido a fazê-la entender que eu a queria e que ninguém era mais importante do que ela e o nosso filho. Caminhei até o nosso quarto e encostei o ouvido na porta,queria perceber os movimentos lá dentro. Ouvi sons de soluços, ela estava chorando... Era tudo minha culpa, eu teria que resolver aquela situação.

Abri a porta e entrei pé ante pé sentando-me ao seu lado na cama – perdoe-me amor, não quero ficar tão longe de você assim...

- Edward – ela murmurou chorosa.

- Não posso viver sem você Bella, não me prive de te amar. – pedi ela se manteve calada – eu sei que fui um completo idiota, sei que devo pagar pela minha burrice, mas não me faça pagar sem poder te tocar, sem poder ao menos te beijar... Você é tão importante para mim. É como se cada célula do meu corpo me atraísse até aqui somente para te dizer que eu te amo... Eu amo tanto você Bella... – ela não respondeu. Apenas segurou meu braço e o apertou. Apoiei minha mão na cama para compreender o que estava acontecendo, senti o lençol molhado e aquilo me assustou. – Bella, o que está acontecendo?

Rapidamente levantei e segui para o interruptor acendendo a luz para ver claramente, a cama estava ensopada e uma enorme mancha de sangue estava se formando entre suas pernas – estou em trabalho de parto – ela balbuciou entre respirações e tentativas inúteis de conter a dor.

- Céus! O que eu faço agora? É prematuro... O bebê não deveria nascer imediatamente!

- Edwaaaaard – ela gritou – precisamos ir para o hospital agora.

Minha cabeça não funcionava, minha razão se perdera quando vi seu rosto pálido agora vermelho escarlate, ela arriscava se apoiar no braço, porém, toda vez que tentava fazê-lo caia na cama gritando com as dores – preciso chamar a ambulância. – peguei o telefone e liguei para a emergência, depois de dar todos os dados, eles informaram que uma ambulância chegaria em aproximadamente cinco a dez minutos – calma Bella – eu tentava acalmá-la segurando sua mão.

- Ahhhh! - Ela gritava.

- Vou ligar para minha mãe, para Alice... Alguém que possa nos ajudar. – fiz menção de levantar.

- Não ouse soltar minha mão... – ela apertou a minha com força – não saia de perto de mim Edward... Por favor. – ela pediu entre uma contração e outra.

- Eu estou aqui Bella... Estarei sempre aqui...

(...)

Não demorou muito e ambulância chegou chamando a atenção de todos no prédio, como era de se esperar, minha família ainda estava acordada por ter chegado a poucos minutos da nossa festa de casamento. Alice se dispôs a avisar Charlie e Renée, enquanto Jasper avisava a Jacob sobre o nascimento prematuro do nosso filho. Bella estava com pouco mais de sete meses e aquilo me preocupava... Bastante.

PDV Bella

As luzes do corredor passavam como pelos meus olhos quase me deixando cega, Edward segurava minha mão enquanto seguia ao lado da maca. – eu não vou te deixar Bella... – eu queria dizer a ele que já estava perdoado no instante em que coloquei os pés no quarto. Mas não podia, minhas contrações diminuíram o intervalo de tempo me lavando a sentir as dores do parto. Eu sentia falta do seu corpo junto ao meu, naquela noite tudo o que eu precisava era do seu carinho e do seu calor... Eu o amava.

#FLASH BACK ON#

- Vamos viver assim? É isso? Ela me abandona e some por anos a fio... Quando minha vida finalmente está refeita, ela aparece e estraga tudo? Você quer saber o que eu estava sonhando? Na minha cabeça eu te vi, linda e perfumada, quando ela me beijou retribui porque era seu rosto que eu via. Já estávamos sem nos tocar fazia um tempo, o acidente nos afastou. Eu sempre dava um jeito de aliviar a tensão... Mas era um sonho tão real... Só acordei quando ouvi a voz dela, não era a sua voz... E foi isso que me fez despertar, eu quase bati nela e foi ai que meu pai chegou com Jasper, meu irmão a levou embora. Fiquei inseguro quanto a te contar, eu sabia que você me deixaria e eu quero que você entenda... Eu não quero te perder. – ele disse nervoso, eu podia ver a verdade em seus olhos, mas, saber que ele a tocou fez nascer uma enorme insegurança em mim.

- Eu não sei se sobrevivo a isso, Edward não sei se tenho forças – senti minhas pernas fraquejarem, tentei não demonstrar minha fraqueza. Eu queria expor meus sentimentos, deixar fluir as minhas emoções. Sabia que se não o fizesse, nunca o perdoaria.

- Bella, por favor, entenda, eu te amo... Você é a melhor coisa que já me aconteceu, não me deixe. Será que você não vê que essa era a intenção dela? Fazer-nos brigar e nos colocar um contra o outro? Se você ceder, ela terá vencido e nós nunca seremos felizes. – ele praticamente suplicou.

- Eu preciso pensar. Vou dormir... – eu sabia que se continuasse ali, cederia. Não queria ceder, não podia...

- E te acompanho...

- Não, eu não vou dormir com você, pelo menos não hoje.

- Como assim? Nós acabamos de nos casar Bella, você não pode fazer isso.

- Posso e vou, eu quero ficar sozinha. Preciso pensar. Não vou me deitar com você sentindo essa raiva crescente dentro de mim. É você que não está percebendo todo o mal que essa relação me trouxe.

- E os momentos bons? Eles não fazem diferença?

- Eles ficam afogados no tanto de desilusão que vieram nos acompanhando – eu sentia as lágrimas escorrerem pelo meu rosto sem que tivesse controle sobre minhas emoções – por mais que eu tente entender o que nos liga, isso mais parece uma doença... Não pode ser saudável esse sentimento, essa dependência que tenho de você.

-Bella você é a única coisa que me importa nesse momento, não deixe que a presença de algo que já passou nos afete.

- Se eu não me der esse tempo agora, sei que não te perdoarei nunca... – não consegui responder ao seu pedido. Naquele momento Edward era um espelho de mim, ele era o verdadeiro reflexo do meu sofrimento.

- Vou acatar, mas não vou entender...  – ele respondeu com o dedo em riste, não era ameaçador, mas a sensação de derrota me invadiu quando entrei no quarto. Não queria dormir sem ele, deixar de sentir o cheiro da sua pele. Olhei para trás e o vi sentado de costas no sofá. Ele olhava para o nada... Era assim que eu me sentia, um nada.

Retirei o vestido que naquela altura já me sufocava, joguei-o no canto e deitei na cama para tentar me acalmar... Senti uma tontura que me levou a alguns minutos de inconsciência. Acordei pouco depois e olhei para o relógio, ele apontava pouco mais de meia noite. Algumas pontadas ao pé da barriga se fizeram notar, tentei me acomodar sem sucesso, virei de um lado para o outro por pelo menos meia hora antes de tentar me levantar e chamar Edward. No momento em que tentei senti uma dor viva e aguda, a intensidade era tamanha que me deixou sem ar... Sem fala. Meu corpo se contorceu e pouco tempo depois a senti outra vez. As dores vinham e iam sem me dar tempo suficiente para respirar.

- Edward... – minha voz saiu muito baixa enquanto as contrações continuavam a me acometer. Eu não tinha forças para levantar, minhas pernas tremiam e o suor era frio... Tentei respirar como havia aprendido nas aulas do pré-natal... Por um instante até me perguntei para que nos ensinavam a respirar se naquele momento de dor, isso não me adiantava de nada? – Edward... – chamei entre uma respirada e outra... O desespero e o medo de meu filho nascer ali começaram a me atormentar.

Senti frio e calor no instante em que finalmente a porta se abriu. Vagarosamente e sem acender a luz ele sentou na cama e começou a dizer – perdoe-me amor, não quero ficar tão longe de você assim... – as palavras não saiam, mas entre um esforço e outro consegui murmurar seu nome.

- Edward – minha voz tremeu.

- Não posso viver sem você Bella, não me prive de te amar. – por que ele não me olhava? Por que não acendia a bendita luz? – eu sei que fui um completo idiota, sei que devo pagar pela minha burrice, mas não me faça pagar sem poder te tocar, sem poder ao menos te beijar... Você é tão importante para mim. É como se cada célula do meu corpo me atraísse até aqui somente para te dizer que eu te amo... Eu amo tanto você Bella... – senti como se um balão de água tivesse estourado dentro de mim, apertei seu braço tentando chamar sua atenção de alguma forma – Bella, o que está acontecendo? – ele se apoiou na cama.

Edward finalmente se levantou e acendeu a luz do quarto, seu rosto empalideceu quando olhou para mim – estou em trabalho de parto – eu finalmente consegui expressar o que estava sentindo, enquanto tentava conter a dor de mais uma contração..

- Céus! O que eu faço agora? É prematuro... O bebê não deveria nascer imediatamente! – ele levou às mãos a cabeça...

- Edwaaaaard – no auge do meu desespero consegui gritar – precisamos ir para o hospital agora.

Tentei levantar meu corpo da cama e não consegui, ele ainda estava estático quando alguma coisa dentro dele pareceu estalar – preciso chamar a ambulância. – ele correu até a sala e ligou para a emergência -preciso de ajuda – ele falava rápido.

Alguém do outro lado da linha perguntou algo e ele respondeu – minha mulher está em trabalho de parto – e se calou mais uma vez.

- Nosso bebê é prematuro... Preciso de ajuda e... Acho que bolsa estourou – silencio mais uma vez. Ele andava de um lado para o outro quando finalmente o ouvi dar o nosso endereço. Jogando o telefone sobre a cômoda ele sentou-se ao meu lado e segurou minha mão - calma Bella. – era quase como se silenciosamente ele dissesse estou aqui...

- Ahhhh! – senti outra contração ainda mais forte do que a anterior.

- Vou ligar para minha mãe, para Alice... Alguém que possa nos ajudar. – ele tentou levantar e eu o puxei de volta forçando-o a ficar do meu lado.

- Não ouse soltar minha mão... – ordenei segurando a sua com toda força com força – não saia de perto de mim Edward... Por favor. – segurei seu braço com a outra tentando não gritar. Ele me olhou com dor, seus olhos continham tanto medo que quase esqueci daquilo que estava sentindo para afagar-lhe os cabelos... Não era possível tanto sentimento comprimido dentro de mim. As contrações continuavam a vir quando o ouvi dizer.

- Eu estou aqui Bella... Estarei sempre aqui...

#FLASH BACK OFF#

Estava ali, naquela maca ainda indo em direção a sala de parto, ele ainda segurava minha mão quando a enfermeira pediu que aguardasse ali – nãoo – gritei – ele vai comigo... Por favor, amor vamos comigo. Não me deixe sozinha... – comecei a chorar.

Ele olhou num tom de suplica para a mesma se derreteu. Em outros momentos eu teria morrido com aquela cena, mas, naquele momento, eu o queria perto de mim. Poderia até piscar o olho para ela se fosse para permanecer comigo, eu não me importaria... – acompanhe-nos, por favor. – ela chamou.

Ele se manteve ao meu lado. Segurou minha mão no momento de maior dificuldade da minha vida... Eu fazia força e empurrava, Edward estava atrás de mim, me ajudando a ter entusiasmo para expelir o nosso bebê, nosso primeiro filho. Como as contrações estavam fortes e a bolsa já havia rompido, meu parto foi rápido. Senti a cabeça do meu filho saindo e depois seu corpo, contudo, foi quando ouvimos seu choro que nossas lágrimas vieram; o médico pediu que a enfermeira o enrolasse num lençol e me entregou meu nenê. Edward me olhou também chorando de emoção. – eu te amo Bella. E amo nosso filho também.

- Eu amo você Edward... E nunca vou te deixar. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

oi meus amores, não esqueçam que capo 42 na integra na comunidade sem UPS segue o link:

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=107581839

O juramento feito no casamento é parte da música RAZÃO DE VIVER do Roupa Nova.

Não deixem de comentar.