A Ilha - a Descoberta do Amor escrita por velgoncalves


Capítulo 39
Capítulo 38 - Reconciliação


Notas iniciais do capítulo

Olá amores,

espero que tenham tido uma passagem de ano maravilhosa... Segue a continuação da história da minha grande e amada amiga RACA.

Nada foi inventado, tudo que está sendo contado nesse capitulo foi cedido por ela.



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Capitulo 38 - Reconciliação

PDV Edward

Aqueles foram os piores momentos da minha vida, desde que Bella fora atropelada naquela tarde. Ter que esperar para ter notícias suas estava me deixando louco. – Edward! – Renée chamou quando entrou no hospital vindo em minha direção. Meu rosto estava lavado pelas lágrimas que não queriam parar de descer.

Ela me abraçou carinhosamente e afagou minha cabeça dando-me seu ombro para que eu pudesse chorar, Charlie, nervoso, tentava informações com a recepcionista de plantão sem mais sucesso do que eu que já havia tentado poucos minutos atrás. Ele coçava as têmporas e me olhava penalizado. Devia ser ridícula a minha situação, mas eu não me importava... Eu só queria Bella viva e bem.

- Você fez certo em acertar aquele repórter maldito – Charlie resmungou. – acho que eu o teria matado...

- Como sabe o que eu fiz?

- Seu irmão me contou quando me ligou... Sua família deve estar chegando. E... Edward... Muito obrigado por estar ao lado da minha filha nesse momento.

- Não tem o que me agradecer Charlie, eu amo Bella mais do que qualquer coisa no mundo... Eu daria minha vida para estar no lugar dela nesse instante, não queria que ela sofresse... Eu queria matar aquele repórter maldito pelo que fez a ela...

- Ele não tinha como saber o que iria acontecer Edward – Renée intercedeu.

- Ainda assim, eu devia tê-lo matado. Meu pai me impediu... Eu estou com tanto ódio daquele amaldiçoado.

- Meu querido, você não deveria se sentir assim. Isso não pode te fazer bem. – ela segurou minha mão.

- Eu teria feito a mesma coisa... – Charlie disse entredentes.

- Charlie, isso não ajuda em nada. Não vê como ele está nervoso? Acho que você deveria tomar um calmante, deveria ter um atendimento médico. – ela brigou. – estou tão preocupada com Bella quanto vocês, mas sei que não devemos nos desesperar... Minha menina precisa ficar bem... Ainda bem que você estava lá Edward.

- Não fui capaz de fazer nada, eu jurei protegê-la e agora ela está em cima da cama de um hospital, entre a vida e a morte, ela precisou de uma doação de sangue, sua saúde já estava delicada... E eu não pude cumprir minha promessa...

- Você fez o que pôde. – deitei minha cabeça em seu colo e deixei que meu desespero desse vazão demonstrando como eu me sentia por dentro. Ela continuou acariciando meu cabelo até que meus pais chegaram acompanhados pelo resto da minha família. Minha mãe se ajoelhou ao meu lado me trazendo para si.

- Não sei o que vou fazer se acontecer algo a ela ou ao meu filho... – consegui falar num murmúrio baixo e dolorido.

- Oh! Edward... – abracei minha mãe que já chorava junto comigo.

- Vai ficar tudo bem filho... Não é Renée? – ela procurou apoio na amiga.

- Claro... Eu também estou rezando para isso...

(...)

Estávamos todos reunidos quando o Dr. Simon Sullivan se aproximou de nós para informar que Bella estava estável e não corria mais nenhum tipo de risco de morte.

- E o bebê? Como está o meu filho? – indaguei.

- Perdoe-me Sr. Cullen, contudo, não conseguimos visualizar o saco gestacional. Pela ultrassonografia, podemos ver um descolamento na placenta, porém, não podemos afirmar se houve ou não um aborto... Há muito sangue na região do ventre e não quisemos fazer nenhum tipo de interferência, até mesmo porque, não sabemos se o feto ainda está vivo. Pela doença que Bella tem, estamos receosos quanto a sua recuperação, talvez leve um pouco mais de tempo.

- Como assim? Eu não entendo...

- Isabella teve um ferimento profundo na cabeça e por isso ainda está desacordada. Conseguimos conter a hemorragia para diminuir a pressão intracraniana e a sedamos para que não sinta dores. Pela dúvida sobre o estado gestacional, não pudemos realizar o Raio-X que poderia identificar o tamanho da lesão no seu fêmur direito ela já tem muitos problemas nesse momento para que criemos mais um. Pudemos perceber, no entanto, que ela teve uma fratura grave e por isso nós tivemos que imobilizar a perna afim de que os ossos possam se calcificar e voltar ao seu devido lugar. Tivemos que induzir uma condição de coma para tentar ter um mapa geral do seu estado de saúde. Ela teve sorte Sr. Cullen, pelo que pude observar, a batida foi forte e quando ela caiu no chão causou a fratura da cabeça. Ela terá sorte se a criança sobreviver. Estamos esperando que isso aconteça...

Eu não tinha idéia do que poderia perguntar, minha mente tentava assimilar as informações, entretanto, eu não conseguia capturar todas elas. – teremos que esperar então? Quanto tempo? – foi meu pai quem perguntou.

-Não sabemos ao certo... Podem ser horas, dias... Talvez semanas. Tudo vai depender do poder de recuperação dela. Desculpem-me, mas como eu já havia dito, agora só podemos esperar.

- E eu... Posso vê-la? – perguntei choroso.

Ele olhou ao redor e ao ver os olhares de cumplicidade de todos na sala respondeu – claro, contudo, não poderá ficar lá por muito tempo...

(...)

Depois de me vestir adequadamente entrei no quarto da UTI onde Bella estava ainda desacordada e completamente sedada – toquei seu rosto machucado dando-lhe um beijo suave sobre os lábios. A pele estava fria e pálida, era como se todo sangue estivesse escorrido do seu corpo. Toquei seu ventre ainda um pouco volumoso. Pedi aos céus que nosso bebê estivesse bem.

- Bella, não me deixe – murmurei ao pé do seu ouvido – eu preciso de você...

PDV Bella

Eu estava perdida nas sombras da escuridão e da inconsciência, tudo o que eu podia ver eram meus pés descalços num caminho completamente escuro a minha frente, não havia uma seta, nenhuma placa para me guiar. Uma indicação sobre o que eu poderia fazer para encontrar o caminho de volta. Tentei me lembrar dos rostos daqueles que eu amava e nenhum deles me veio à mente...

Forcei a mente um pouco mais e consegui visualizar um sorriso branco em lábios perfeitamente desenhados, ele tinha os cabelos castanhos acobreados... Era Edward... Era principalmente por ele que eu queria voltar para casa, para a minha consciência.

- Bella, não me deixe – ouvi uma voz suave me chamando de volta – eu preciso de você... – ele pediu num tom de súplica... – Bella, por favor, você prometeu que não iria me deixar.

Edward... Edward... Seu nome era como um remédio para meu corpo e para minha mente, eu podia sentir o toque suave dos seus dedos na minha pele, podia sentir o hálito quente e doce próximo ao meu rosto, ele me pedia para voltar, pedia insistentemente para que eu ficasse ao seu lado e nunca mais o deixasse. Senti meu coração acelerar diante dos sentimentos que ele me transferia, no entanto, minha cabeça se mantinha presa naquela escuridão onde a luz parecia ter sido apagada.

Ele começou a cantar uma musica linda, ela tinha uma letra melancólica e apaixonada...


Link seguro para a musica: http://www.youtube.com/watch?v=r_8s3gurPDc

Já nem se mais

Roupa nova

Às vezes não entendo o frio,

que o silencio trás,

Me leva a sonhos tão vazios, já nem sei mais.

De manhã, buscando a minha paz,

meu desejo vai te procurar

Eu tenho a luz das estrelas, na palma da mão,

mas, tudo o que eu mais quero

é o seu coração

Eu posso andar no arco-íris,

dar prata ao luar

mas, no céu azul,

no azul do mar

Quero poder te tocar.

Me pego olhando tão distante

Quanto tempo faz

Será que vai ser como antes?

Já nem sei mais.

Amanhã,

Quem sabe eu possa te achar

Tanta coisa eu tenho pra falar.

Eu tenho a luz das estrelas, na palma da mão,

mas, tudo o que eu mais quero

é o seu coração

Eu posso andar no arco-íris,

dar prata ao luar

mas, no céu azul,

no azul do mar

Quero poder te tocar.


Eu queria gritar, eu precisava dizer que o amava, que nunca mais eu o deixaria... Eu não sabia se estava morta, talvez aquela sensação de que meu coração estivesse batendo fosse somente uma ilusão... Edward... Edward... Eu tentava falar. Aos poucos sua voz foi ficando fraca, eu queria gritar para que ele continuasse falando. Minha voz estava presa na minha garganta e à medida que a sua voz desaparecia o incônscio voltou a tomar conta de mim...

PDV Edward 

Por um instante, quando seu coração acelerou, imaginei que ela acordaria... Contudo, o médico entrou no exato momento em que toquei sua mão e estava pronto para dizer o quanto eu a adorava, que para mim bastava de jogos a espera que ela pudesse dizer que me amava. Talvez, se eu o tivesse feito antes, nada disso precisasse acontecer.

Eu queria mostrar a ela que o meu sentimento era verdadeiro sem nem ao menos me dar conta de que as palavras EU TE AMO, poderiam ter um significado mais importante do que eu supunha. E naquele momento, poderiam trazê-la de volta para mim. – Sr. Cullen, precisa deixá-la descansar agora.

- Não posso ficar mais um pouco?

- Melhor deixarmos que Isabella descanse e depois poderemos ver a possibilidade de mais alguns instantes junto a ela – ele foi enfático.

- Poderei vê-la mais um pouco amanhã?

- Esperamos que seu estado melhore e que o inchaço no seu cérebro diminua a pressão no crânio... Depois que entrou aqui ela teve uma aceleração cardíaca o que bombeia muito sangue para a cabeça e nesse momento isso não é o mais indicado.

- Compreendo – eu estava me preparando para levantar, toquei sua mão pegando-a entre as minhas dando-lhe um beijo leve na palma da sua.

Percebi que a respiração dela se alterou e que depois de um breve suspiro ela sussurrou – Edward... – olhei para o médico que também não entendeu aquela reação, será que ela estava voltando?

- Bella – chamei – eu estou aqui amor. - Seus dedos se apertaram aos meus.

- Edward – ela repetiu num murmúrio quase inaudível... – eu... – ela calou e voltou ao estado anterior.

- Te amo Bella...

(...)

UMA SEMANA DEPOIS...

Depois daquele fato isolado onde ela pareceu despertar, não houve mais nenhum tipo de reação do seu corpo. A imprensa estava estacionada a frente do hospital interrogando qualquer pessoa que passasse por ali, meus pais se revezavam com Renée e Charlie no intuito de diminuir a pressão sobre eles. Fazia uma semana que eu estava dentro daquele hospital e não tinha planos para sair dali a não ser quando ela acordasse.

Jacob veio nos ver junto com sua noiva e ficou ao meu lado e me apoiando naquele momento tão duro, o que gerou muito mais fofocas acerca da sua relação com Bella, algumas fotos dela na UTI sozinha ou enquanto estávamos juntos, foram tiradas e entregues a imprensa, e o hospital abriu sindicância para saber quem foi o responsável por tal ato. Eu já estava à beira de um colapso nervoso. Meu coração doía e minha cabeça não parecia querer me obedecer.

- Fico feliz por saber que mesmo depois do erro que cometi vocês tenham conseguido se acertar. – ele iniciou uma conversa.

- Eu não iria desistir dela tão facilmente – dei um meio sorriso, eu sabia que ele estava tentando amenizar minha dor.

- Foi bom você ter mudado sua postura em relação a ela. Bella é muito sensível e muitas vezes nos engana com aquela camada externa que aparenta frieza e muitas vezes uma maturidade que ela não tem.

- Lá no fundo ela é uma menina e eu quero muito ter a oportunidade de estar ao seu lado mesmo quando ela envelhecer.

-Imagino que a ama de verdade não é? – ele disse pensativo – ainda que eu peça desculpas, nunca será o suficiente para que eu deixe de me sentir culpado pelos meses que ela chorou.

- Talvez isso tenha nos fortalecido...

- Minha interferência poderia tê-los feito perder a oportunidade de se amar...

- Ei! – dei um soco no ombro dele – você nem pode tanto assim... Sou mais eu, cedo ou tarde ela iria ceder.

- Não agindo como você estava atuando. – ele afirmou.

- Eu sei, você tem razão... Minha imprudência e falta de tato só iriam me afastar mais dela a cada dia – fechei os olhos e suspirei - as cenas do acidente não saem da minha mente.

- Imagino o que está sentindo Edward – ele disse.

- Acredito em você... Sei que a ama tanto quanto eu – passei a mão nos cabelos. – eles não nos deram noticias nem mesmo sobre nosso filho... Dizem que ainda não dá para ver se houve algo mais grave com o bebê. O que eu vou fazer se acontecer algo a ela Jacob? – meus olhos lacrimejaram e eu tentei conter o choro.

- Não há nada que eu possa te dizer para confortá-lo nesse momento, por isso estou aqui... Ao seu lado – ele foi compreensivo. O médico entrou na sala de espera e caminhou na minha direção.

Meu coração disparou mais uma vez, naquela ultima semana, era assim toda vez que ele vinha me trazer noticias. – Isabella já está fora de perigo – ele sorriu e aquilo foi mais animador do que sua cara de morte dos últimos dias – de ontem para hoje observamos que a frequencia do seu coração se normalizou e o inchaço intracraniano diminuiu. Ela já está respirando sem a necessidade do oxigênio e já poderá sair da UTI ainda hoje. Se tudo correr bem e não tivermos nenhum tipo de surpresa, ao final da tarde poderá ficar ao lado da sua noiva.

Senti minhas mãos tremerem – você ouviu isso Jacob? Ela vai ficar bem... – ele me abraçou também feliz com a notícia.

- Vou informar aos pais de vocês Edward, vai lá ficar com a Bella.

- Obrigado Jacob, é muito bom poder contar com você.

PDV Bella

Eu já tinha perdido a noção de tempo e espaço fazia muito, eu só rezava e pedia aos céus que me permitissem ouvir a voz de Edward mais uma vez, sempre que eu o ouvia algo dentro de mim gritava e me pedia para voltar. Eu queria voltar...

Naquele lugar escuro eu podia ouvir sons distintos e desconhecidos para mim, ouvi alguém falar sobre o meu bebê... Será que havia acontecido algo com ele? E seu houvesse acontecido, será que Edward ainda ficaria comigo? O desespero e a dúvida começaram a castigar minha mente ainda confusa e desorientada. Eu não queria perdê-lo, não queria que me deixasse e fosse embora... Aos poucos eu precisava recobrar a sanidade e pensar com clareza.

Uma claridade no fim daquela escuridão me chamou a atenção e eu comecei em caminhar na direção daquela luz desfocada. Eu ouvia vozes que diziam o tempo todo que ainda não podiam ver meu filho. A voz de Edward voltou e dessa vez acompanhada por outra tão conhecida e igualmente amada por mim... Jake!

Eles conversavam como se sussurrassem – ela vai ficar bem Edward, aqui no quarto eu sei que logo ela irá melhorar. Falei com seus pais e com os dela, todos estão vindo para cá, estão ansiosos para vê-la... Ah! Leah também está vindo.

- Fico feliz que tenha desistido dela, me perdoe o trocadilho, mas se você não tivesse ido embora eu não a teria conhecido e se o tivesse, do jeito que você é ciumento, jamais me deixaria chegar perto. Acho que teria que desafiá-lo para um duelo como na idade média.

- Bella é uma pessoa muito importante na minha vida, por isso exijo que a trate bem sempre... Como eu já havia dito, se a magoar... Vai levar uma surra. – Jake disse num tom de brincadeira.

Desde quando eles eram amigos? Desde quando Edward e Jacob se falavam como se fossem velhos conhecidos? Aquilo era estranho e completamente inacreditável... Será que eu estava ficando louca? Ouvi a voz do meu pai entrando no quarto e também a minha mãe. Carlisle, Esme e Alice vieram logo em seguida e havia outra voz feminina que eu não reconhecia. Eles pareciam estar em festa. De repente senti mãos quentes tocarem as minhas, pela textura pude reconhecer de quem se tratava. – estão todos aqui por você, amor. – amor? Aquela palavra em especial me fez sentir algo diferente. Será que ele finalmente estava sentindo algo por mim?

- Sim, Bella. Estamos aqui por você – senti o toque na minha outra mão. Era a voz de Jake. Eu não me lembrava de nada, do motivo que me levara até aquele lugar e tinha tão estranhamente aproximado Edward e Jacob deixando-os íntimos.

Senti u formigamento nas minhas pernas, meus braços começaram a esquentar... Saber que as pessoas que eu amava estavam ali me dava forças para tentar voltar daquele limbo terrível onde eu estava aprisionada, onde meu único momento de lucidez e esperança eram as vezes que podia ouvir a voz do homem que eu amava mais do que a mim mesma.

- Edward... – vociferei com esforço. Senti seus dedos se apertarem em torno dos meus, tentei dizer mais uma vez seu nome – Edward... – o som saiu mais alto.

- Bella... Minha Bella... – ele me beijou o rosto depois de sussurrar meu nome ao pé do meu ouvido. – minha Bella adormecida. Estamos aqui, esperando você voltar para nós... Volte para nós, volte para mim, amor.

Minhas pálpebras antes pesadas se davam a oportunidade de movimentar-se com mais facilidade, percebi a claridade penetrando-as – estamos aqui Bella – a voz de Alice fez coro com a de Edward.

- Todos aqui, esperando que fique boa... – Jake completou apertando minha mão esquerda entre as suas... O ar entrou livremente pelos meus pulmões, respirei fundo e suspirei sentindo um cheiro forte de flores.

- Vou chamar o médico – Carlisle informou.

- Vai sim meu bem – Esme apoiou.

Abri os olhos e a luz que entrava pela janela me incomodou, parecia fogo queimando minhas retinas, dilatando minhas pupilas. – Bella – vi o sorriso estampado no rosto de Edward – você voltou – uma lágrima solitária escorreu do seu olho esquerdo. Ele passou os polegares nas minhas bochechas e encostou sua testa na minha como se quisesse acreditar que eu estava ali... Naquele momento eu sabia, estava viva.

- On... – minha voz não saiu. Respirei fundo mais uma vez e olhei ao redor para ver meu pai e minha mãe abraçados, Jacob acompanhado por uma linda mulher de pele morena e aparência indígena. Devia ser Leah. Ela segurava sua mão com carinho enquanto com a outra ele segurava a minha, no seu rosto a expressão de felicidade e olhar apaixonado que eu reconhecia em mim mesma – onde eu estou? O... Que houve?

- Calma Bella. O médico já está vindo, ele explicará melhor – minha mãe deixou meu pai e caminhou em minha direção parando ao lado da cama, acariciando meus cabelos.

- É melhor esperarmos ele vir – a voz doce de Esme me fez olhar em sua direção.

Alice deu um gritinho de felicidade e veio saltitante na minha direção – Jasper, Emmett e Rosálie deverão chegar daqui a pouco. Eles precisaram fazer uns serviços extras já que estamos todos aqui. Bem, dentre todos, o único que não saiu daqui um minuto sequer foi o Edward.

- Eu sei, eu ouvi sua voz me chamando. – respondi ainda confusa e ele sorriu complacente.

A porta se abriu e um homem calvo e grisalho adentrou o recinto acompanhado por Carlisle, sempre lindo e impecavelmente vestido. – seja bem vida Bella – meu sogro disse com um largo sorriso no rosto.

- Filha – Charlie me chamou – esse é o Dr. Sullivan, ele esteve cuidando de você na ultima semana... Minha menina, que bom que está de volta.

- Pai – eu disse começando a chorar.

- Acredito que seja melhor reduzirmos o numero de pessoas dentro do quarto, ela acabou de voltar de um estado de coma e muitas pessoas juntas poderão confundi-la.

- Claro – minha mãe falou – esperaremos lá fora e seremos pacientes.

- Sei que estão ansiosos e que querem muito a filha de vocês de volta, mas eu preciso fazer o meu trabalho e examiná-la com cuidado e muita calma. Embora ela tenha voltado antes do que previmos, devido à lesão, não podemos abusar.

- Certo, vamos lá pessoal – Charlie chamou.

- Vão tomar um café – ele sugeriu – chamo-os assim que acabar.

- Podemos ir então – Carlisle segurou a mão de Esme. Edward beijou as minhas se despedindo. Um desespero descomunal me dominou e eu segurei sua mão com força, era um grito silencioso para que não me deixasse. Eu precisava da sua presença como precisava do ar para respirar. Eu não queria que ele saísse de perto de mim já que ele havia sido a causa do meu retorno a consciência...

- Calma Bella. Eu volto...

- Mas eu não quero que vá. Dr. ele pode ficar comigo? Não pode?

- Pode sim Isabella, não ousaria tirá-lo daqui... Não depois de tudo o que ele passou – eu o olhei confusa, entretanto, relaxei.

Os outros saíram e Jake me beijou a testa antes de abraçar Leah seguindo com os que foram anteriormente – daqui a pouco nós voltamos. – ele fechou a porta atrás de si.

(...)

Depois de me examinar da cabeça aos pés, ele tentou ouvir as batidas do coração do bebê, o olhar significativo para Edward me dizia que eu estava perdendo algo – o que houve? – eu quis saber. Os dois homens se entreolharam e viraram para mim.

- Nada demais Bella... – Edward respondeu tentando esconder o nervosismo.

- Posso ter voltado de um coma como disse o Dr. mas não sou tola e embora não lembre do que aconteceu realmente, sei que há algo errado. E então? Vão me contar ou eu vou ter que descobrir sozinha?

- Você não se lembra de nada do que aconteceu no dia do acidente?

- Eu me lembro que fui encontrar você. Lembro que um homem gritou meu nome e eu olhei pra trás tentando identificar quem era. Depois disso, há focos perdidos e desconexos.

- Isabella – o médico iniciou – você foi atropelada.

- Como? – imediatamente levei a mão ao ventre tentando proteger meu filho – atropelada?

- É Bella. Estamos aqui há uma semana... – Edward explicou.

-Espera. Conte-me tudo do começo, preciso entender porque, de fato, estou aqui.

- Você estava indo me encontrar no restaurante próximo a empresa lembra? – assenti e ele continuou – esperávamos você chegar quando a vi do outro lado da rua, alguns paparazzi estavam te seguindo e eu estava saindo para te buscar quando a vi olhar para trás, foi nesse momento que um carro em alta velocidade a atropelou e fugiu. Para nossa sorte um homem que viu o atropelamento e anotou a placa do carro que invadiu o sinal vermelho.

- E depois?

- Você bateu com a cabeça muito forte no chão, o carro te arremessou a alguns metros entre onde você estava e onde você caiu.

- Eu me lembro agora do tombo e de ter tentado proteger minha barriga, só isso... – meus olhos lacrimejaram.

- Bella, você teve uma fratura na perna que está imobilizada e machucou a cabeça... Vamos nos ater a isso agora.

- Você falou do carro, o que aconteceu enquanto eu dormia?

- Entregamos o número da placa a policia que encontrou o motorista e o indiciou por tentativa de homicídio doloso. Quanto ao repórter que te chamou, depois de ter quebrado o nariz dele, eu o denunciei a policia informando que o mesmo já te seguiria a dias e que poderia continuar colocando sua vida em risco. Mas, infelizmente, quanto a esse infeliz não poderemos fazer nada. Ele foi preso por agressão, contudo, foi solto sob fiança. Charlie entrou na justiça e conseguiu um mandato que não o permitirá chegar a mais de quinze metros de você. Como já prevíamos, as revistas anunciaram nosso noivado, já que anunciei em alto e bom som no centro de Nova York com uma centena de pessoas como testemunhas e desde então, não se fala em outra coisa a não ser no modo como nossa família se portou te protegendo mais uma vez enquanto esperávamos a ambulância e nosso casamento quando você finalmente sair daqui.

Ele apertou ainda mais minha mão – e o meu bebê?

- Bem – dessa vez foi o médico quem iniciou – a pancada foi forte e você teve uma hemorragia, você precisou tomar sangue devido a sua doença, fizemos uma ultrassonografia transvaginal que indicou um descolamento de placenta e outra obstétrica para tentar ver se conseguíamos visualizar o feto. No entanto, não conseguimos ver muita coisa e nem escutar os batimentos cardíacos dele.

- Como assim? Quer dizer que perdi o bebê?

- Ainda é cedo para dizer, o sangue está sendo absorvido pelo organismo e dentro de alguns dias poderemos confirmar as nossas suspeitas. Preciso te deixar preparada. Infelizmente nós não acreditamos que o feto tenha sobrevivido à pancada e a queda que você levou. – antes que ele pudesse terminar eu já sentia as lagrimas escorrendo pelos meus olhos, busquei os de Edward, mas ele focava o chão tentando conter sua emoção – Isabella... As chances de sobrevivência do bebê nesse caso são quase nulas.

- Edward... – eu o chamei enquanto ele ainda estava de cabeça baixa. – o que eu vou fazer agora?

- Fique calma Bella – ele disse com evidente tristeza na voz levantando os olhos para me fitar – vai dar tudo certo. – ele passou a mão no meu rosto.

- Daqui a alguns minutos uma enfermeira virá para aplicar os seus remédios... Deixarei vocês a sós agora para que possam conversar. Pedirei que informem aos familiares que poderão vir um de cada vez...

(...)

PDV Edward

Depois que o medico saiu do quarto, ela ficou em silencio por longos minutos. Não me falou nada e nem mesmo me olhou. Eu podia ver seu medo, sua insegurança... Sua respiração estava alterada, como se o ar estivesse lhe faltando – Bella – chamei. Ela me olhou de forma vazia e sem sentimento – você está bem?

Depois de mais um longo tempo em silencio ela falou – não...

- Eu sei o que está sentindo, eu me sinto igual.

- Não tenho certeza! – ela exclamou.

- Entendo sua dúvida, estou certo de que seu sentimento de mãe é muito mais forte do que o meu, mas, eu também estou inseguro e com muito medo do que está por vir.

- Talvez... – ela iniciou e parou por um instante. Como eu queria poder ler sua mente.

- Talvez? – perguntei.

- Talvez agora você fique livre da pressão do casamento e da obrigação de ter que ficar comigo por causa do nosso filho. Se as dúvidas do médico se confirmarem e eu não estiver mais grávida? Você vai poder seguir com sua vida e me deixar de novo.

- Bella, que absurdo é esse que você está falando? – levantei bruscamente – você voltou do coma com alguma outra lesão na cabeça?

- Estou falando do óbvio, você me disse que sua única preocupação era o bebê. E se não houver mais uma criança entre nós Edward? Agora você já pode se sentir livre das suas obrigações matrimoniais e seus conceitos de formar uma família comigo. Não há mais nada que nos uma.

- A batida na sua cabeça foi mais séria do que pensei... Será que você não vê um palmo adiante do seu nariz? Eu continuarei aqui... Bem ao seu lado como sempre estive e só você não notou, quantas vezes mais terei que provar isso? Por favor, Bella, não vamos falar disso. – estava começando a me desesperar com os rumos daquela conversa.

- Precisamos falar, eu não quero sair daqui com a falsa ilusão de que tudo está ou ficará bem. Sei que depois que tudo isso passar e você perceber que estou bem, você vai me deixar – eu a segurei pelos ombros.

- Mas que droga, pare de camuflar que não há nenhum sentimento entre nós... Pare de tentar dissimular, de me afastar quando as coisas finalmente começam a andar do jeito que deveriam ter sido desde o inicio.

- Eu quero acreditar, do fundo do meu coração quero crer que há algo maior entre nós.

- Então se permita sentir, deixe que as coisas tomem seu curso e vamos seguir adiante.

- E se não houver mais um bebê?

- Faremos outros, temos saúde e disposição para isso, Bella. Somos jovens e embora eu esteja sofrendo pela possibilidade de ter perdido algo que já era tão importante para nós, eu quero ficar do seu lado. Por favor, não me tire isso também.

- Você tem razão, é melhor não falarmos sobre esse assunto nesse momento, mas eu quero te pedir uma coisa.

- Qualquer coisa, eu faço. É só pedir.

- Deixe-me sozinha um instante – olhei para ela com dúvidas.

- Por favor – ela pediu. E foi assim, que mesmo com receio pelo que ela havia acabado de me dizer. Eu saí.

(...)

Sentado do lado de fora do corredor, ouvi passos vindo em minha direção – o que houve? Por que não está lá dentro? – ele perguntou

- Estou tentando assimilar o pensamento dela que acredita que eu só iria me casar por causa do filho – olhei para Jacob que estava parado ao meu lado – ela acha que eu a deixarei agora que os médicos a desacreditaram sobre a gravidez. Em que parte eu errei dessa vez? Não fui claro o suficiente?

- Bella acreditou por muito tempo que você era um canalha, muito disso tudo é culpa minha e eu tentarei reverter à situação.

- Mesmo que você não interferisse; será que ela não vai conseguir entender nunca o quanto eu a amo? Meu sentimento é muito maior que eu Jacob e está me matando viver dessa maneira. Pode não fazer bem para ela, mas também não faz bem para mim. Olhe o meu estado. Enterrei-me nesse hospital esperando que ela voltasse e agora? Ela me fala de separação!

- Releve a confusão mental dela, Bella está com medo de perder o filho e você ao mesmo tempo... A defesa que ela possui é somente o ataque. Agindo assim, ela acha que sofrerá menos... Acredite em mim, eu a conheço como a palma da minha mão.

- Eu quero acreditar no que está me dizendo.

- Eu irei falar com ela, espere aqui e não deixe ninguém entrar... Eu preciso me redimir pelo erro que cometi.

PDV Jacob

Entrei no quarto e vi a minha amiga chorando compulsivamente – Bella! O que aconteceu?

- Oh Jake! – ela esticou os braços e eu a abracei com força – agora não teremos mais chances. – ela disse entre soluços.

- Do que você está falando?

- Você já deve estar sabendo – eu fiz um sinal positivo com a cabeça e ela se apertou contra mim – sei que Edward vai me deixar mais uma vez.

- Na verdade, tecnicamente, você o deixou. – ela me olhou ainda chorando – e devo dizer que por culpa minha que interferi diretamente para isso. Bella, eu preciso te explicar uma coisa e quero que mantenha a mente aberta para o que vou te dizer. Você está me entendendo?

- Uhum! – ela respondeu.

- Eu conversei com Edward e ele me provou por A+B que não teve culpa pelo sequestro e pela ida de vocês aquela ilha. – ela ia argumentar, eu fiz sinal para que esperasse – eu fui um irresponsável e julguei o livro pela capa, eu o condenei pelo seu passado e isso não foi junto. Ele tem se mostrado um homem descente e extremamente apaixonado por você. Em nenhum instante depois do seu acidente ele saiu do seu lado. Não dormiu direito e às vezes mal se alimentava para não sair daqui, somente na esperança de que você acordasse a qualquer momento.

- Está dizendo isso agora, por quê?

- Porque cometi um erro terrível e preciso me redimir, não posso ser feliz com Leah sabendo que fui injusto e que por isso vocês estão infelizes. Edward te ama Bella. Ele é louco por você e nesse momento está sofrendo, imaginando que você vai cancelar o casamento... Não há motivos reais para isso e todos nós, até mesmo eu, já percebi isso. Já está na hora de acertar sua vida e perceber que o que une você e Edward Cullen e nada mais nada menos do que amor.

- Não acredito que estou ouvindo isso de você.

- Por muito tempo pensei que nunca ouviria me dizer isso também, mas as coisas mudaram e ele me provou que estava sendo sincero. Conversei com Charlie, com Alice e Renée, falei com todos os Cullens, era o que eu devia ter feito desde o inicio e não fiz. Bella, agindo assim eu te privei de ser feliz por ciúmes... Mas agora, aqui eu pude ver o tamanho do erro que cometi. Pedi desculpas a ele e acredito que isso ainda é pouco para o que fiz vocês passarem.

- Jake! – ela estava boquiaberta.

- Bella! Eu posso ter muitos defeitos, contudo meu senso de justiça ainda funciona muito bem.

- Ele não me disse que me amava.

- Você também não... Ele só queria que você dissesse para assumir o que todos nós já sabemos, aquilo que é visível a olhos nus. Ele não vai te deixar se não estiver mais grávida, vai se casar do mesmo jeito porque esse era o plano desde o inicio.

- Não sei se posso acreditar no que está me contando... – ela parou de falar e olhou para a porta. Virei-me seguindo o seu olhar.

- Diga a ela Edward – pedi – diga a verdade, sem jogos e sem medo de ser quem você é realmente e quem mostrou ser todos esses dias. Acabe com todo esse sofrimento por teimosia e orgulho.

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Sem Ar

D'Black

Composição: D'Black / Felipe Zero

Meus pés não tocam mais o chão
Meus olhos não vêem a minha direção
Da minha boca saem coisas sem sentido
Você era o meu farol e hoje estou perdido

O sofrimento vem à noite sem pudor
Somente o sono ameniza a minha dor
Mas e depois? E quando o dia clarear?
Quero viver do teu sorriso, teu olhar

Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito, é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar

- Eu queria poder voltar no tempo e apagar todo o meu passado desde que fui abandonado. – ele iniciou - A principio tentei me envolver com outras garotas e fui traído, humilhado ou até mesmo escorraçado por não aceitar viver daquilo que meu pai podia me dar. Não me orgulho por ter sido fraco e ter decidido pagar na mesma moeda o que as mulheres me fizeram passar. Minha família me repreendeu e meus pais tentaram me mostrar que cedo ou tarde eu pagaria o preço pela minha burrice. – ele falava mirando o chão. As mãos dentro dos bolsos das calças, Edward tinha um aspecto cansado e abatido pelas noites que passara no hospital. – no dia que te vi na sacada daquele prédio chorando tentei vê-la como apenas mais uma, havia sabido pelos jornais que vocês estavam separados e eu queria te seduzir. Mas ao te ver chorando, ao ver sua vulnerabilidade eu me desconheci. Eu só senti um impulso, um grito desesperado vindo do fundo do meu coração. A necessidade de te cercar de cuidados era muito maior do que a minha vontade de...

- Me levar para a cama? - Bella inquiriu e ele a olhou.

- Isso mesmo – ele afirmou – meu primeiro pensamento quando a segui até aquele terraço, foi o de te jogar na primeira cama que encontrasse. Aos poucos, enquanto conversávamos, percebi que se o fizesse, poderia não só estar sendo um cafajeste, seria também o homem mais idiota do mundo. Eu simplesmente não pude te machucar. À medida que nos encontrávamos, eu me via mais preso aos seus laços e conceitos de família. Percebi que com você eu seria capaz de fazer tudo o que sempre quis e nunca pude, como ser eu mesmo. Sorrir por bobagem, conversar sobre meu trabalho, perguntar como foi seu dia... É tão bom ter uma pessoa especial te ligando só para te perguntar como foi seu dia. Eu nunca pude demonstrar que tinha algo além do que tenho dentro do meu bolso para oferecer. No dia em que fomos supostamente sequestrados, pedi a Alice que me indicasse um lugar onde pudéssemos conversar a sós e acabamos naquela ilha. Eu tentei resistir aos seus encantos, tentei não ceder aos impulsos de te tocar.

Perdi o jogo, e tive que te ver partir
E a minha alma, sem motivo pra existir
Já não suporto esse vazio quero me entregar
Ter você pra nunca mais nos separar
Você é o encaixe perfeito do meu coração
O teu sorriso é chama da minha paixão
Mas é fria a madrugada sem você aqui,
Só com você no pensamento

Eu corro pro mar para não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito, é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz

- Um momento – pedi. – acho melhor deixá-los a sós... – caminhei em direção a porta – Edward – chamei – conte a verdade... Toda a verdade. – ele fez que sim com a cabeça, dei algumas batidas no seu ombro e eu saí.

PDV Edward

- Acho que agora você poderá ficar mais a vontade – ela me indicou um pedaço da cama a sua frente. Sentei tocando sua perna em seguida segurando sua mão. Ela apenas me olhou.

- Fazer amor com você foi à coisa mais idílica que já aconteceu comigo e mesmo quando o fizemos cedendo aos impulsos da pele e do corpo, eu nunca experimentei sensações tão verdadeiras e puras em toda minha vida. Naquele dia no elevador, eu estava sentindo tanta abstinência da sua presença que não pensei... Simplesmente cedi ao impulso de te tocar e fazer amor com você ali mesmo...

- E as coisas que me disse depois?

- Eu quis te magoar do mesmo jeito que você havia feito comigo. No dia das fotos da Calvin eu quis ficar com você, mas quando Jacob ligou. Quando você atendeu ao telefone, imaginei que era a ele que você amava e aquilo me cortou de varias formas.

- E as mulheres depois que nos separamos? Se me amasse realmente, não teria voltado à vida anterior.

Meu ar, meu chão é você
Mesmo quando fecho os olhos
Posso te ver

Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito é mais que uma emoção
Esqueci o meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar

- Eu estava magoado, ferido por você não ter acreditado em mim, por não ter querido me ouvir e por te ver frequentemente com Jacob ao seu lado. Quase morri de ciúmes e decidi que faria você sofrer também. Era um tipo de vingança cretina e sem noção, eu sei, mas era tudo que passava na minha cabeça. Fazer você dizer que me amava para somente depois assumir o meu amor por você. Não consegui dormir com nenhuma delas, apenas deixei que espalhassem os boatos.

- Acreditei do fundo do meu coração que não me amava. Foi por isso que você me fez aquela pergunta antes do desfile? E durante as fotos da Calvin?

- Eu queria que você entendesse através das minhas atitudes que não há nesse mundo, nada que seja mais importante do que você Bella... Independente de termos ou não um filho nesse momento, eu te amo... Te amei no instante em que te conheci e sempre vou te amar – me aproximei um pouco mais. – não posso medir o meu desejo em um tempo estipulado. Mas há coisas que a nossa vida pede que revejamos, nós ainda podemos voltar atrás e recomeçar de onde paramos. O tempo nunca apagaria de mim ou de você os momentos em que pudemos passar sozinhos naquela ilha, o meu coração me dominou no instante em que pus meus olhos em você e a tentação de resistir às vezes que estivemos juntos no meu apartamento quase foi mais do que eu podia suportar.

- Ai você criou os sinais.

- Para te desvendar, descobrir até onde eu poderia ir sem te ferir, existem coisas que nem a terra nem o mar irão levar e nós nascemos para ficar juntos. Fique comigo e deixe-me te provar o quanto eu  te amo! Eu não tenho mais o que fazer se você não aceitar, sua presença trás as cores que me dão vida. Não há um jeito de me distinguir longe de você... Simplesmente porque eu não existo se você não estiver ao meu lado...

- E se você estiver enganado? Eu tenho medo de tentar...

- Bella... Não há enganos; EU TE AMO! – segurei-a pela nuca puxando-a para mais perto de mim. Selei seus lábios com um beijo profundo e apaixonado – eu vivo por você e acredite... Morreria sem você aqui.

Com os olhos marejados ela me abraçou para logo em seguida me encarar – EU TE AMO Edward Cullen, e vou te amar por toda minha vida... Por toda eternidade. Perdoe-me não ter te ouvido, perdoe-me não ter confiado em você... Eu fiquei com tanto medo de te amar conhecendo seu passado que não me permiti ver a possibilidade de que você era inocente. Eu tive tanto medo da dimensão do sentimento que nutria por você que... Talvez por isso não tenha tido coragem de aceitar que todos estavam certos e eu errada – ouvir aquelas palavras foi tudo o que eu precisava para que meu coração voltasse a bater com a mesma frequencia de quando estávamos naquela ilha. Ela cercou meu pescoço e me puxou para mais perto colando sua boca quente e macia na minha... – eu te amo, te amo, te amo... – ela repetiu diversas vezes.

- Bella... – sussurrei.

- Perdoe-me Edward, diga que perdoa o fato de eu quase ter te perdido por teimosia... Por acreditar que você era o garanhão conquistador que o acusei ser... Oh! Edward... – ela levou as mãos ao rosto – como pude ter sido tão tola?

- Vamos deixar isso para lá Bella... Vamos deixar o passado lá atrás... Só diga que me ama mais uma vez.

- Era por isso que você queria que eu te dissesse que o amava? – fiz que sim com a cabeça – então eu digo nesse momento quantas vezes quiser que eu repita. Eu te amo... Te amo... Te amo... Te amo....

Da porta ouvimos o som de palmas e toda nossa família reunida. Aquele sim seria o nosso ‘felizes para sempre.’


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Notas finais do capítulo

Espero que todos tenham um 2011 maravilhoso... Espero que tenham gostado do capitulo...

Spoiler 39:


"Eu não imaginava que ter o amor daquele ser tão inimaginavelmente perfeito pudesse ser tão infinitamente idílico. Eu o amava, sim, amava-o de todo coração e com toda minha alma... Edward era simplesmente o sonho de qualquer mulher. O Dr. Sullivan entrou no nosso quarto um pouco depois que Alice nos deixou com a promessa de que faria uma cerimônia simples, questionei-me ate que ponto aquilo seria verdade, tendo em vista a mente criativa e fantasiosa da minha cunhada.
—Bella, Edward – ele nos cumprimentou – desde a última ultrassonografia feita no dia em que a trouxemos para o quarto, não conseguimos visualizar o feto. Faremos uma nova agora, a sala está pronta e o maqueiro a levará ate lá. Assim poderemos tentar encontrar o seu bebê... Mas de antemão os aviso, não mantenham esperanças.
— Sempre há esperanças Dr. Sullivan – eu disse apertando firme a mão do Edward que piscou o olho para mim em retorno."