A Ilha - a Descoberta do Amor escrita por velgoncalves


Capítulo 36
Capítulo 35 - Ajustando os ponteiros.


Notas iniciais do capítulo

Olá amores,



Capitulo impróprio para menores de 18... estão avisadas.



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Capitulo 35 – Ajustando os ponteiros

PDV Bella


Ele me puxou da cama com carinho e me colocou de pé ao lado dela, deu a volta e ficou atrás de mim. Com cuidado abriu o zíper e deixou meu vestido cair até os meus pés. Ainda detrás do meu corpo ele me abraçou tocando meu abdômen um pouco saliente – você está linda – ele disse.

- São seus olhos – eu me virei de frente para ele e fiz a mesma coisa que ele tinha feito comigo, a calça estava aberta deixando a mostra apenas a barra da cueca. Ele tirou os sapatos com os pés e deixou a calça cair. Retirei a peça intima e visualizei a perfeição masculina parada a minha frente. Estávamos nus, um de frente para o outro, foi quando ele me carregou mais uma vez e me levou para o banheiro.

- Esta é a suíte dos meus pais – ele disse – aqui tem uma banheira que gostaria de experimentar com você... – ele me colocou no chão e abriu a torneira para que ela se enchesse.

Enquanto fazia isso eu o observava se movimentar naquele espaço mínimo, ele pegava sais e os jogava dentro da cuba, essências e aromatizantes. Velas e incensos – não tinha planejado um clima romântico e não pensei que ficaríamos juntos, se não, teria feito isso antes – ele justificou e eu apenas sorri.

Aos poucos o aroma agradável de flores encheu o ambiente, a banheira estava cheia e vi que Edward entrou na água me estendendo a mão para que eu o acompanhasse. Eu não diria não, não queria mais repetir aquela palavra. Ele se sentou e me colocou entre suas pernas, com carinho começou a me banhar com uma pequena esponja macia e confortável... Eu sentia meu corpo dar sinais de alerta, sabia que enquanto permanecêssemos juntos, aquela sensação não passaria. Ele passou a espuma sobre meus seios e na parte interna das minhas pernas, aquele toque me fez estremecer.

Ele sorriu e beijou minha nuca, as mãos ágeis continuavam passeando pelo meu corpo me levando a um mundo de fantasias o qual nunca havia experimentado senão com ele mesmo. A presença, o toque, os beijos, até mesmo seu cheiro era como um poço cheio de tentações que precisavam ser provadas. – Bella... Eu quero você – ele murmurou enquanto trazia sua mão para meu abdômen e me puxava para mais perto. Aquela voz hipnotizante e capaz de me levar a cometer os atos mais insanos me chamou para o fundo do abismo como se tivesse me encantado, enquanto ele falava e sussurrava em meu ouvido, não havia tempo para pensar. Não havia como resistir... Tudo o que eu podia fazer era me entregar...

- Vamos trocar de lugar – sugeri. Ele passou para frente e eu o entrelacei com minhas pernas.

- Bella, assim você me dá idéias... – ele quase não conseguiu falar.

- Eu quero que você as tenha – afirmei. Ele me olhou e se posicionou de frente para mim, minhas pernas sobre as suas e aquele aroma agradável no ar... Não havia muito que pensar quando ele me beijou profundamente segurando meu rosto entre suas mãos. Depois as descendo pelas minhas costas e me puxando para perto. Por dentro da água pude sentir seu corpo latente e pulsante... Antes mesmo que ele me pedisse me sentei no seu colo. Meu corpo estava sensível, seu toque poderia me levar ao clímax sem esforço.

Ele não entendeu quando fechei os olhos e me arrepiei – eu ainda nem te toquei.

- Perto de você sou ninfomaníaca lembra? Deixe que eu te dome agora.

- Você já me domou... – ele brincou.

- De outro jeito – eu o toquei e apertei seu sexo já ereto. Movimentei minha mão gentilmente para cima e para baixo. Ele fechou os olhos e gemeu meu nome de forma quase inaudível. Enquanto ele ainda estava com os olhos fechados sentei-me sobre ele encaixando-o dentro de mim.

- Oh! Bella! – ele gritou alto demais.

Comecei a me movimentar rapidamente enquanto ele tentava manter o controle do próprio corpo. Cada vez que eu percebia que ele estava se aproximando do orgasmo eu parava de me mexer prolongando seu prazer... E o meu.

- Céus – ele gritava enquanto eu continuava sobre ele, num movimento rápido Edward levantou comigo no colo e me colocou de costas na borda da banheira – desculpe Bella, mas eu também quero fazer parte da brincadeira – ele murmurou no meu ouvido e me penetrou por trás fazendo com que dessa vez eu liberasse um grito de prazer.

Eu o sentia dentro de mim, se movimentando, entrando e saindo como um animal no cio e adorava cada vez quando suas mãos seguravam meus seios e os massageava... – Edward – gritei e ele percebeu que meu corpo estremeceu. Parou de se movimentar na mesma provocação que eu fizera com ele anteriormente.

- Vou te torturar um pouco, não será tão fácil assim minha Bella... – ele saiu de mim e me trouxe para perto me banhando um pouco mais... Meu coração batia tão depressa que eu nem conseguia respirar direito. Devagar ele levantou e saiu da banheira, caminhou ate o quarto e voltou com uma toalha. Ele me chamou e eu saí para que ele me enrolasse.

Caminhamos até o quarto e ele me deitou na cama – agora sim, vou te dar o que considero justo para a senhora Cullen – aquelas palavras me fizeram tremer. – calma Bella, estamos apenas começando.

PDV Edward

- Agora sim, vou te dar o que considero justo para a senhora Cullen – ela tremeu – calma Bella, estamos apenas começando. – vendo seu corpo exposto sobre a cama deitei em cima dela e a beijei novamente, mas dessa vez fui descendo. Beijei os ombros marcados pelas mordidas anteriores, desci para os seios agora mais volumosos e os suguei com cuidado. Percebi que estavam sensíveis quando ela praticamente chegou ao clímax... Olhei para ela e sorri.

Beijei a barriga e mordisquei os quadris até que na virilha passei a língua e ela segurou meu cabelo com força – Edward, por favor – ela disse entredentes.

- Calma Bella, estamos chegando lá – eu disse quando minha boca tomou sua intimidade. Toquei seu ponto sensível com a língua e suguei sua umidade. Ela estava mais receptiva do que das outras vezes, mais sensível e aquilo estava me deixando louco. Movimentei-me dentro dela fazendo com que ela segurasse meus cabelos mais uma vez.

- Edward – ela gritou desesperada enquanto com uma mão segurava meu cabelo e a outra apertava o colchão. Percebi que ela havia atingido o cume do prazer. Senti seus líquidos escorrerem e os suguei com voracidade, coloquei um dedo dentro dela e levantei para beijar sua boca e notei o rosto vermelho... A respiração pesada. – o que está fazendo comigo?

- Te dando todo prazer que você merece - retirei meu dedo e a penetrei de uma única vez. Ela cravou as unhas nas minhas costas enquanto eu me movimentava mais e mais rápido... – você é minha Isabella, só minha. – beijei seu pescoço e involuntariamente deixei uma marca nele.

Com o corpo suado e pesado me movimentei mais rápido e mais profundamente, meu corpo enrijeceu no mesmo momento em que ela atingiu seu ápice. Tomei seus lábios enquanto deixava que nosso gozo se misturasse dentro dela. Estávamos inconscientes, éramos um e dali pra frente eu podia jurar que sempre seriamos.

(...)

Adormecemos e já era madrugada, ficamos encolhidos em formato de concha. Segurei sua mão e afaguei seu cabelo... Depois de toda experiência que trocamos naquela noite não havia como negar o inegável. Nós nos amávamos tanto que era praticamente impossível ficar separados.

(...)

O dia amanheceu e o sol adentrou pela janela do barco fazendo com que abríssemos os olhos quase ao mesmo tempo, ela virou para mim e deu um leve beijo no me rosto. A claridade a deixava ainda mais radiante... Percebi que havia deixado marcas por todo seu corpo, nos ombros o arroxeado dos meus dentes e no pescoço o famoso “chupão”. Fiz uma careta – o que houve? – ela perguntou – estou com o cabelo bagunçado?

Eu sorri – antes fosse isso, você é linda de qualquer jeito. Só estava aqui pensando o que vamos dizer ao Charlie quando eu for te deixar em casa.

- Você vai me deixar em casa?

- Lógico, quero que todos saibam que estamos juntos, que você é minha – eu a beijei – e que eu não te deixarei nunca mais...

- Então porque a preocupação com o meu pai? – engasguei. – isso ele já sabe...

- É melhor que você mesma veja. Precisaremos ser mais conscientes quando estivermos fazendo amor ou vão me prender por maus tratos a minha esposa – levantei e virei o espelho na direção dela que se olhou e ficou perplexa.

- Edward... Eu não estou tão melhor do que você... – ela apontou para o meu peito e olhou meu dorso – você tem marcas de unhas em toda a extensão das costas. – sorrimos juntos.

- Agora não há como negar que pertencemos um ao outro – abracei-a com carinho – mas precisamos voltar para a cidade, tenho um dia tumultuado de trabalho e reunião do conselho a tarde. Deixarei você em casa e volto à noite para te dar um beijo de boa noite.

- Não há a possibilidade de te prender aqui mais um pouco? – ela perguntou se roçando em mim.

- Talvez só mais um pouco... – eu disse me rolando e ficando sobre seu corpo enchendo seu rosto de beijos. - Tempo suficiente para te provar que você é minha e de mais ninguém...

- E como você pretende fazer isso? – ela perguntou faceira.

- Prefiro mostrar ao invés de falar...


Link seguro para a música: http://www.youtube.com/watch?v=moJ-elBZs_A&feature=related

Não Diga Nada

Prêntice

Olha pra mim
Não diga nada
Nos seus olhos vai nascer a madrugada
Sonha pra mim
Um sonho lindo
Nos seus olhos vejo um filme colorido

O momento de esquecer
Esse mundo absurdo
Mas não pense que eu fico mudo
Por não ter razão

Não diga nada
Talvez eu encontre o caminho
Não diga nada
Entre nós não existe segredo
Não diga nada
Deixe o vento varrer as palavras
Olha pra mim.


Depois que fizemos amor naquela manhã linda e ensolarada, lembramos que o dever me chamava. Ela fez beicinho, contudo entendeu – acho mesmo que está na hora de irmos – voltamos ao deck onde a claridade atingiu nossos rostos em cheio, as marcas deixadas no corpo dela eram ainda mais evidentes do lado de fora. Peguei algumas frutas e deixei para que ela se alimentasse, junto há um pouco de leite e suco e me dirigi ao timão para fazer o percurso de volta.

Enquanto direcionava o barco em direção ao porto eu a observava sentada no sofá que Alice havia improvisado, nem nos meus sonhos mais loucos, o que acontecia constantemente desde que nos separamos, eu imaginei aquela noite. Bella, era finalmente minha. Ancoramos em pouco mais de 30 minutos, eu a cobri com meu smoking para que quem a visse não questionasse de onde aquelas manchas haviam surgido. Lá o marinheiro ficou com o barco e nós seguimos para o meu carro, acomodei-a no banco do carona e dei a volta entrando em seguida. Depositei um beijo no seu ombro e ela me sorriu.

Eu estava tão cheio de contentamento que não conseguia deixar de sorrir, pela primeira vez desde que nos separamos, eu estava feliz de verdade. – não será fácil esconder isso da imprensa – ela falou.

- Não pretendo esconder. Você pretende?

- Não – ufa. Pensei que ela estaria se escondendo agora que estávamos nos acertando – só me perguntei se ela sabe sobre nós.

- Isso foi uma pergunta?

- Preciso saber o que me espera... Acho que se estamos nos acertando, tenho o direito de saber de tudo sobre você.

- Sou um ex-solteiro e tenho uma noiva ciumenta... Minha vida é um livro aberto Bella. Não tenho nada para esconder, é claro que ela sabe. No dia em que Erim esteve no escritório, pedi que me deixasse em paz e não atrapalhasse minha vida. Até mesmo porque, nós ainda não tínhamos nos acertado e eu não queria interferências, conhecendo seu gênio, eu sabia que ficaria desconfiada.

- Está bem. Acho que você me conhece mais do que eu imaginava... – ela assentiu.

- Conheço sim, o suficiente para não acreditar que está tudo bem. Bella, eu quero que me diga o que estiver pensando. Não pretendo iniciar um relacionamento baseado em segredos e mentiras.

- Está tudo bem sim, de verdade – ela sorriu com preocupação.

PDV Bella

Eu estava preocupada com os rumos que a minha vida estava tomando, estava com medo de me arrepender um pouco mais a frente quando Edward se cansasse de mim. Mas eu precisava ao menos tentar. Ele tinha sido tão carinhoso comigo, tão intenso na noite anterior. Eu não queria mais acordar longe dele.

“Minha vida é um livro aberto” aquele era o meu medo, descobrir mais do que queria. Sofrer mais do que deveria, ele guiou segurando minha mão todo o percurso do cais até minha casa. Quando abri a porta meus pais já nos esperavam na sala e fizeram uma cara de surpresa quando nos viram entrar abraçados.

- Bella, filha, não acredito que vocês se acertaram – minha mãe quase chorou.

- Já não era sem tempo – meu pai resmungou – só espero que agora não tenhamos mais problemas, cansei de ver os dois amuados, cada um no seu canto... Sem ter a capacidade de pedir desculpas um ao outro por tanta burrice junta.

- Charlie – minha mãe reclamou. – Edward, fica para o café – ela convidou.

- Dessa vez terei que recusar, só passei para deixar Bella em casa, preciso correr para a empresa, tenho um projeto para apresentar hoje a tarde e ainda não o finalizei. Desculpe senhora Swan, mas fica para a próxima... – ele se virou para mim – Bella, eu venho ao final do expediente para te dar o que prometi.

- Um livro aberto Edward, não esqueça – ele me fitou dentro dos olhos, eu pude me ver dentro deles.

- Sempre – ele me beijou e seguiu para a porta – preciso correr, adeus. – e saiu fechando-a atrás de si.

- O que foi isso? – Charlie questionou. – onde está o respeito a nossa presença?

- Para de reclamar Charlie, eles já são grandinhos e seu ciúme de nada vai adiantar – minha mãe intercedeu.

- Bella – meu pai chamou quando eu seguia para o quarto. Olhei para ele que coçou as têmporas meio encabulado – fico feliz que você e o playboy fizeram as pazes, ele é um bom rapaz e sei que gosta muito de você. Estou orgulhoso por você, finalmente, ter ouvido a razão. E por falar em razão... Já tomou seus remédios hoje? Precisa continuar cuidando da saúde filha.

- Obrigado pai, tomarei o remédio no horário indicado, como sempre. Agora vou tomar um banho e dormir um pouco – eu disse desanimada saindo da sala, não estava entusiasmada, naquele momento, eu tinha outra preocupação. Uma feminina e capaz de roubar Edward de mim.

(...)

Tomei um banho quente e me joguei na cama, vesti uma camisa de manga embora o tempo não estivesse frio. Meu pai não entenderia se visse as marcas no meu corpo. Marcas do amor que fizemos na noite passada... Meu corpo estremeceu, que insanidade era aquela? – Bella? – minha mãe entrou no quarto – podemos conversar?

- Claro, mãe. – ela trazia uma pequena bandeja com um copo cheio d’agua e meus comprimidos.

Depois que tomei o remédio ela me olhou amorosamente e disse - Vou direto ao ponto. O que há de errado dessa vez?

- Não entendi... – me fiz de boba

- Bella, em outros tempos você estaria pulando de felicidade. Você vai se casar com o homem que ama e está ai com cara de poucos amigos. Vai me dizer agora o que houve? – que droga, ela era minha mãe, minha amiga... Precisava confiar nela. Precisava conversar com alguém.

(...)

Contei a minha mãe tudo o que aconteceu na noite anterior, às coisas que conversamos e sobre a ex namorada que ressurgiu do nada para me enlouquecer. – por isso decidiu ceder? Por que sabia que podia perdê-lo em definitivo?

- Não sei o que fazer...

- Bella conselho só é bom quando é dado com amor então ouça o que vou te dizer. Faça-se presente na vida de Edward, vocês passaram muito tempo separados e tem muitas coisas para colocarem dia. É evidente que o sentimento que ele nutre por você é forte e verdadeiro, então, se está com medo de perdê-lo, aja como somente uma mulher apaixonada faria. Visite-o no trabalho, telefone, mande e-mails, dê-lhe um presente e seja sincera. Não é só sexo que vai prendê-lo.

- O que eu sinto por ele não é igual a nenhum sentimento que eu tenha sentido antes. Ele me domina por completo. E eu não falo só do sexo mãe, sei que é clichê, mas Edward é o primeiro pensamento do dia, domina minha cabeça durante todo ele e é também o ultimo antes de dormir... Estou tão impregnada desse sentimento que não me importa mais se ele me ama ou não. Pode parecer loucura, mas eu o quero tanto que todas as minhas barreiras foram derrubadas numa única noite ao seu lado. Preciso dele como ao meu próprio ar.

- Isso se chama amor Bella. Para mim está claro e evidente, transparente como água... Você o ama!

- Ah mãe! – eu a abracei – eu o amo e eu sei! Preciso descansar um pouco, vou seguir seu conselho e irei buscá-lo no trabalho e não me espere a noite, acho que não volto para casa. Ahh! Não pense que não percebi sua manipulação, você me queria naquele encontro, sei que queria o melhor para mim e juro que dessa vez não me importei por ter seguido seu conselho.

Ela sorriu e disse – Já fui jovem como você minha querida, confio no seu julgamento e sei que tem juízo, agora preciso inventar uma boa desculpa para o seu pai, caso contrário, é agora que Charlie enfarta e uma vez...

(...)

Eu contei as horas para o dia passar naquele dia, cheguei as indústrias Cullen exatamente as 16:00 hs naquela tarde de sexta feira. A recepcionista não ficou muito feliz em me ver, mas me deixou subir sem ser anunciada. Com a secretaria do Edward foi mais fácil, ele ainda estava em reunião e ela pediu que esperasse na sala dele. Pedi que não contasse que eu estava ali, queria fazer surpresa.

(...)

Esperei ainda por uma hora quando ouvi vozes do lado de fora, com certeza era a voz dele, só não consegui identificar a outra que o acompanhava. Ouvi a secretaria dele tentando passar um recado que foi ignorado quando o vi abrir a porta – claro que um almoço amanhã para selar a parceria seria bem vindo, como teremos a segunda rodada de negociações nos preços da matéria prima... – ele parou de falar quando a figura exótica ao seu lado paralisou na porta.

Virando na minha direção, seu olhar divertido deu lugar à surpresa – Bella, eu não a esperava aqui amor – ele disse simplesmente como se não tivesse nada a esconder. Olhei a mulher loira ao seu lado, os olhos grandes e azuis contrastavam com a pele branca. Os cabelos presos num rabo de cavalo cheio de cachos caindo soltos pelas costas. O vestido de corte reto indicava que devia ser de alta costura, talvez fosse um Versace ou Gabana. – Bella? – ele caminhou em minha direção passando o braço pela minha cintura depositando um beijo breve sobre meus lábios.

- Vim para te fazer uma surpresa, mas acho que atrapalhei seu trabalho então é melhor deixar para outro dia – eu ia me desvencilhando quando ele apertou o braço em torno mim – Natália, essa é Isabella Swan, minha futura e ciumenta esposa.

- Prazer Isabella, Edward tem muito orgulho das bonecas Bella’s. Defendeu a exportação dessas peças com afinco e conseguiu um bom contrato para isso.

- Que bom – eu disse envergonhada pela minha atitude anterior. Meu rosto deveria estar vermelho como um pimentão.

- Não fique assim. Ele é um homem cobiçado, é natural que sinta ciúmes – ela brincou. – é sinal de que ele é importante para você. Mas nunca admita, os homens se acham quando demonstramos nossa insegurança – ela disse com propriedade – agora preciso ir e Edward, não se esqueça do almoço de amanhã e traga sua linda noiva. Afinal a mulher que inspirou um projeto tão rico em detalhes merece participar de todo processo de negociação – ela piscou para mim e saiu.

Senti-me uma completa idiota depois que a porta se fechou, não tive tempo de me virar e já senti o par de braços que estava preso a minha cintura me puxar para trás. – Isabela Ciumenta Swan, em breve Cullen – ele brincou – estou feliz com a surpresa.

- Mesmo que eu quase tenha estragado sua reunião no final com uma atitude tola e infantil?

- Para te ter comigo eu colocaria qualquer um para correr, mas, o que te trás aqui?

- Você não é o suficiente? – abracei-o. Ouvi a porta do escritório se abrir novamente e um gritinho de alegria soou atrás de mim...

- Alice!

PDV Edward

- Ai, vocês não podem imaginar meu contentamento em vê-los juntos.

- Bella! Alice foi à responsável pelo jantar de ontem – eu disse meio desconcertado.

- Imaginei, era mesmo a cara dela e não a sua, só não entendi porque a banheira não estava pronta. – ela obviamente fingiu indignação, pois logo depois seu sorriso se abriu.

- Edward me podou – ela se defendeu – ele disse que não queria nada extremo, nada que pudesse fazer você pensar que ele queria sexo selvagem ou uma noite inteira de amor, ele disse que queria algo simples. Minha mente não funciona sob pressão...

- Aquilo era simples? – Bella gargalhou – Alice foi um verdadeiro jantar de luxo.

- Eu sei... – ela sorriu correndo ao nosso encontro para me abraçar – estou feliz que tenha funcionado dessa vez. – fui tão infeliz na minha ultima tentativa de aproximá-los e. - fiz sinal para que parasse, ela entendeu – você é muito bem vinda a nossa família Bella.

- Hum... – tossi – Alice, o que você está fazendo aqui?

- Vim buscar o Jazz e a recepcionista me disse que Bella estava aqui... Imaginei que a noite anterior tinha sido um sucesso e isso me deu novas idéias para Jasper e eu... Acho que ele vai adorar a parte do chantilly – ela estava contando seus planos quando meu irmão apareceu na porta.

- Soube que minha esposa veio me seqüestrar. Bella! – ele sorriu surpreso – que bom que está aqui – ele a abraçou e rodopiou com ela no ar, o sorriso sincero da sua parte me deixou imensamente feliz. Ela estava se entrosando com minha família mais uma vez.

- É bom te ver também Jasper.

- Acho melhor tomar cuidado com os planos de Alice, no mínimo você será devorado vivo. Essa minha cunhada é um assombro – segurei Bella pela cintura mais uma vez, era estranho como aquele ato tão comum, com ela tinha um gosto diferente. Beijei o topo da sua cabeça e ela a encostou no meu peito.

- Temos que fazer uma mega festa, melhor, um mega evento para o casamento de vocês... Já posso visualizar tudo. Ai, deixa eu organizar a festa, por favor. Por favor, por favor, por favorzinho...

- Alice, você é sempre tão exagerada. Não vamos dar um mega evento, só estarão convidados os amigos íntimos e a família o que dá no máximo 100 pessoas. Claro, desde que Bella esteja de acordo com essa quantidade de pessoas. – ela me olhou e assentiu sem dizer nada.

- Ei, o que estão planejando sem mim? – Emmett entrou – uma reunião de irmãos e eu nem fui convidado isso me magoa.

- Estamos falando sobre o casamento do Edward com a Bella – Jasper se defendeu.

- Ei Alice, onde está minha ursinha? Vai dizer que a deixou sozinha na loja outra vez? Eu juro que não me aborreço se você disser que dá tempo deu dar uns amassos na minha secretaria sem ela chegar e me pegar no flagra. – todos o olhamos de cara feia.

- Calma pessoal, eu só estava brincando... – ele se defendeu. – eu só teria medo de permitir que Alice organize a festa, a mente criativa dela é assustadora.

- O que é assustador? – meu pai chegou com um largo sorriso no rosto – soube que uma linda modelo está na fabrica e não poderia deixar de dar um beijo nela e no meu neto.

- Ou neta – Alice pulou. Ele se aproximou e deu um abraço apertado em Bella que retribuiu com o mesmo carinho.

- Estou muito feliz por vocês terem se acertado e espero que tenha nos perdoado.

- Não poderia odiá-lo Carlisle, nunca conheci um homem tão bom quanto você.

- Obrigado Bella, obrigado por fazer meu filho feliz, por trazê-lo de volta para nós – ela o olhou sem entender e sorriu – acho que Esme adoraria um jantar em família, podemos chamar Charlie e Renée. Reunir-nos na nossa casa, comemorar.

Alice deu um sorriso amarelo e Emm começou a assoviar, Jasper fez cara de desentendido e sobrou para mim, explicar ao meu pai que, naquele dia, cada um tinha seu próprio plano – pai, é que nós já temos outros planos e não acredito que possamos fazer parte desse jantar festivo hoje. Talvez, na próxima vez... Quem sabe...

- Compreendo. - Ele pareceu desapontado.

- Claro que meus pais adorarão o convite – Bella concluiu – eles adoram estar com vocês.

- Claro – meu pai voltou a sorrir – falarei com Esme agora mesmo, afinal a união dos nossos filhos merece mesmo uma reunião de velhos cinqüentões fazendo planos para o neto único que está para chegar. É uma pena que os homenageados não possam estar presentes, dessa vez...

- Obrigado pai – agradeci – vamos Bella? – saímos todos juntos.

PDV Bella

Ver Carlisle certamente me deixou mais tranquila, não que os irmãos de Edward não fossem capazes de me amolecer, mas Carlisle era algo diferente. O sorriso gentil, as palavras de conforto. Ele sempre foi um grande mediador independente da situação. Entramos no elevador e todo mundo ficou olhando enquanto Edward sussurrava coisas no meu ouvido me fazendo rir. Discretamente assentou um beijo no topo da minha cabeça. Quando eu me preparava para sair do elevador ele me puxou e me beijou com fervor. – agora ninguém mais vai olhar para você com cobiça, amanhã todos na fabrica saberão que estou acorrentado. – sorrimos enquanto caminhávamos pelo corredor em direção ao estacionamento e as pessoas nos encaravam como dois ETs

- No que está pensando? – Edward perguntou quando entramos no carro.

- No seu pai – respondi.

- Ainda bem, acho que já havia dito o quanto sou extremamente possessivo e ciumento naquilo que diz respeito a você.

- Sim, você já disse – sorri.

-Planos?

- Seu apartamento.

- Você tem planos para o meu apartamento?

- Tenho planos para você em seu apartamento...

- Será que fico vivo até amanhã? Espero que não tenha planos de me levar para a cama, me seduzir, encantar e me deixar ao cair da madrugada. Não sei mais viver sem você – ele sorriu.

- Ohhh! Como você é chantagista. Tenho armas mortais dentro da minha bolsa senhor Cullen. Espero que consiga me seguir.

- Não tenho mais 18 anos, mas também não estou tão velho assim e embora tenha passado a noite com uma mulher insaciável, acho que consigo dar conta do recado. – ele deu a partida no carro, do outro lado da rua pude ver um homem com uma maquina na mão. Assim que nos viu ele começou a fotografar. Mal humorado, Edward acelerou o carro – está pronta para ser capa dos tablóides amanhã?

- Você está?

- Como eu te disse, não pretendo esconder das pessoas que estamos juntos. Só não sei como irão informar nossa ligação nas revistas de fofoca e queria saber se você está preparada para o que podem dizer.

- Eu estou com você Edward, e não vou mais negar isso – ele me olhou e respirou fundo.

- Isso quer dizer que poderei respirar aliviado agora? Você não vai mais me deixar?

- Não. – o caminho entre o centro e o Central Park não foi tão difícil quanto imaginávamos, passamos numa delicatesem e compramos alguns alimentos. As pessoas nos reconheciam e fofocavam umas com as outras, porém, aquilo não me importava mais. Edward mantinha o braço no meu ombro para afastar qualquer comentário maldoso sobre nosso relacionamento. Nunca tínhamos andado assim, livres de medo ou receios que nos vissem juntos.

Chegamos ao prédio onde ele morava e percebemos que havia alguns paparazzi do outro lado da rua, Edward entrou na garagem sem olhar para trás, entretanto era evidente que no dia seguinte seriamos matéria principal de novo e aquilo não o estava agradando – o que o aborrece?

- Não se lembra da ultima vez? Eles te machucaram... Se isso acontecer de novo, eu juro que passo com o carro por cima de cada um deles como no filme. – ele prometeu – ninguém Bella, ninguém vai te fazer mal mais uma vez. Nem a você e nem ao meu filho e eu juro... Vou te proteger sempre.


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Notas finais do capítulo

Gostaria de desejar a todas vcs um Natal maravilhoso e cheio de luz e paz... Meu maior presente esse ano foi poder ter conhecido e conversado com vcs via e-mail, msn ou simplesmente via comentário. Agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de conhecê-las e pelo carinho e atenção que dedicaram para ler essa fic.

É a minha primeira história feita para adultos e acreditem, as criticas sempre serão bem recebidas se forem feitas no intuito de melhorar. Saibam que essa é a minha vontade, melhorar sempre para que vcs continuem nos acompanhando... Milhões de beijos e muitas felicidades a todas... É o meu sincero desejo.

Segue um spoiler do cap 36:



"- Eu não irei fugir, não irei à parte alguma... Pelo menos não sem você ao meu lado... – ela disse segura.

— Depois que tudo isso for resolvido, não deixarei mais que vá embora – beijei sua boca e vi o flash da maquina de um dos paparazzi de um pouco mais cedo. Fiz menção de ir até ele, mas Bella me deteve.

— Não vá... Deixe-o espalhar por ai que estamos juntos. Não quero outras ex suas aparecendo na nossa porta depois que nos casarmos.

— Vou pagar para sempre pelo meu passado não é? – perguntei desanimado.

— Não foi uma decisão minha. Mas também não posso esperar que as coisas aconteçam para tomar uma atitude madura, passei meses fugindo de você e daquilo que aconteceu. Não sei dizer se acredito que é inocente, ou se realmente gosta de mim... Tenho muitas duvidas no que diz respeito a nós, entretanto, juro que estou tentando simplesmente porque não posso fingir que não sinto nada por você. Por favor, Edward, tente me entender. Seu passado é a única referencia que tenho de você e... – eu a fiz calar colocando a mão sobre seus lábios.

— Bella... Eu prometo que não irei te decepcionar. "