A Ilha - a Descoberta do Amor escrita por velgoncalves


Capítulo 3
Capítulo 2 - Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Ainda não vi muitos comentários me dizendo se gostaram, se devo realmente continuar... Ai gente não custa muito não, só a nossa satisfação de saber ou não quando vocês estão gostando ou se querem fazer alguma crítica. Espero que gostem desse capítulo, ele tá um pouquinho Ligth, mas o terceiro promete um pouco mais de calor. Bjos e boa leitura!



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Capitulo 2 – Surpresa

 

PDV Bella



Os jornais daquela manhã estavam anunciando um novo escândalo envolvendo o herdeiro das indústrias de brinquedos Cullen – playboy imbecil. – briguei. Meu pai que dirigia atento não pode deixar de me perguntar o que tanto me irritava.
- O que aconteceu filha?
- O herdeiro da indústria Cullen, ele é o namorado da Ang lembra? – ele fez que sim com a cabeça. – pois bem, ele foi flagrado ontem à noite com aquela cantora inglesa... A Jessica Stanley. Minha amiga deve estar arrasada.
- Por isso que eu sempre te alerto sobre esses gaviões, eu não sei o que faria se isso acontecesse com você. – ele advertiu mais uma vez, lá no fundo eu sabia que ele estava certo, que não adiantaria contestar. Meu pai era meu empresário, foi uma condição imposta para que eu aceitasse a minha primeira campanha aos dezesseis anos. Ele era meu melhor amigo, me compreendia muito bem. Embora eu não fosse uma santa propriamente dita, ele nunca saberia que durante minhas viagens eu também tinha uns namorados, nada que passasse de alguns bei jos e um pouco de caricias, ou seja, nada que desabonasse a minha conduta. Embora depois do Jake, eu tenha abandonado de vez a minha vida de menina solteira e todas as benefices que ela trazia consigo.
- Eu sei que o senhor está certo pai, sei que quer o meu melhor. – dei um beijo sapeca na sua bochecha. Seguimos o resto do percurso em silencio, naquela altura já estávamos passando pela Times Square. Como eu me sentia culpada por não ter avisado Ângela sobre minhas suspeitas, fazendo isso, de certa forma eu havia incentivado minha amiga a fazer a bobagem de namorar um cafajeste como Edward Cullen. Não sei se foi porque ela estava tão empolgada com o suposto namoro que forçou a ver as qualidades físicas dele ou porque ela praticamente me forçou a dizer que ele era um cara legal. Ainda sim, eu me sentia culpada. 
Edward era dotado de uma beleza que eu não havia visto em outro homem, ao lado da Ângela, eles pareciam uma dupla de deuses recém saídos do Olímpo. O ar boêmio era sua marca principal, porem não era só isso. Extremamente exibido, ele havia se permitido fotografar apenas de cueca para uma revista feminina. Seu corpo era bem definido sem ser musculoso demais, os traços fortes do seu rosto retangular demonstravam seu ar superior, como se as mulheres devessem cair aos seus pés. Mesmo não querendo notar, era evidente a sua beleza. Não era uma beleza clássica... Os olhos negros eram intensos, pareciam capazes de ler nossa alma, os cabelos castanhos acobreados completamente desalinhados e os lábios eram um convite ao pecado. No entanto, sua personalidade era duvidosa. As imagens daquela revista não saiam da minha cabeça... Muito menos o meu sonho.
Chegamos ao Studio de Mike Newton, ele era um fotografo conhecido em toda America e Europa, varias modelos já haviam estado no seu Studio para fotografar marcas como Dolce Gabbana, Versace entre outras. A campanha da Dior daquele ano era uma das maiores, meu rosto havia sido escolhido dentre uma centena de modelos espalhadas pelo mundo. Não havia sido fácil, eu tive que trabalhar duro para conseguir alcançar o nível o qual eu estava naquele momento. Eu precisava aproveitar ao máximo, tendo em vista que a carreira de modelo era muito curta.
- Hola mi amor. Como está você?
- Eu? Trabalhando como louca, cheia de olheiras, mas nada que você não de um jeito. – sorri. 
- Vamos rápido, a senhorita já está atrasada. – ele me empurrou para dentro da sala de maquiagem, ver Newton era muito bom. Ele era um quarentão muito bem conservado, o corpo atlético e a pele bronzeada pelo sol, eu tinha um desejo especial de conhecê-lo mais... Profundamente. Era uma pena ter que aceitar sua opção sexual, embora ele nunca houvesse dito nada sobre aquilo, todos sabiam dos seus romances. - Que necesita quitarse la ropa. – ele disse.
- Não quero tirar a roupa, vou fazer propaganda de maquiagem. Não do meu corpo... Isso não estava no contrato. – me recusei.
- Querida, preciso do seu busto nú... – oh mi Dios, pensei. Já não bastava aquele sonho antes de acordar, agora estava prestes a ficar nua diante de uma tentação... Mike era forte, não aparentando ser gay. Os cabelos loiros com mechas brancas eram curtos, os olhos verdes e o sorriso enigmático já havia me levado a ter fantasias com ele diversas vezes. Que ninguém me ouvisse dizer aquilo... Ainda bem que pensamentos existem. Ele me deu um pequeno top onde pude esconder meus seios, para fotografar ar Dior tive que usar de toda sensualidade que possuía, pois os perfumes daquela estação, deveriam transmitir volúpia.
Passamos mais de uma hora entre os flashes e das câmeras fotográficas, o agente da Dior acompanhava tudo filmando e anotando cada coisinha que nós fazíamos. Houve um momento no qual me senti invadida, contudo Charlie, meu pai, estava comigo. E com ele ali eu nada poderia temer. Eu sorria forçosamente para a lente da câmera, minha cabeça naquele momento visualizava Jacob, já fazia uma semana que não nos encontrávamos devido à incompatibilidade das nossas agendas. Imaginei se um casamento com ele seria bom. Quantas vezes por semana nos veríamos enfim? Ele como advogado no escritório do seu pai, havia conseguido clientes famosos, também viajava muito... Na verdade, nem sei se me amava tanto assim.
O toque dele na minha pele era delicioso, meu corpo arrepiava só de me lembrar das suas mãos grandes. Senti meu corpo estremecer. – isso mi amor, essa é a expressão que precisamos, sensualidade... – me assustei com as palavras de Mike, será que havia ficado tão evidente assim a falta que eu sentia de poder estar com o meu noivo, nós dois a sós? As lembranças de estar com Jacob eram muito boas, seu corpo era quente e forte, seus braços musculosos me mantinham presa, lembrei-me dos seus beijos quentes e dos seus lábios carnudos. De repente, algo me chamou a atenção... Não estava pensando nele com amor... E sim, com desejo.
Segurei meus pensamentos voltando minha atenção as fotos que estavam sendo tiradas, notei ao longe que um homem estava parado, me observando. Mike parou um pouco para descarregar as fotos da maquina, aproximei-me devagar e com toda minha curiosidade perguntei quem era a figura loira parada na porta. – aquele é Jasper Cullen, ele veio tirar as fotos como modelo masculino para a Dior. – Cullen? Ele era...
- Ele é parente de Edward Cullen? – eu quis saber.
- Irmãos, para ser mais exato. Porém meu bem... Jasper é cansadíssimo com a estilista Alice Cullen, ninguém tem chance com ele... Fiel até a alma. Completamente diferente do irmão do meio... Você soube da ultima fofoca envolvendo um dos irmãos Cullen? – fiz um sinal positivo com a cabeça.
- Coitada da Ang... – disse ressentida.
- Coitada mesmo, aquele homem merecia uma lição. Embora ele seja tudo de bom, você não tem noção de quantas modelos já choraram e se descabelaram no meu ombro por terem sido descartadas pelo milionário bonitão.
- A fama dele não nega...
- Não mesmo. – observamos Jasper se aproximar devagar, ele era um homem bonito, com cabelos loiros e ondulados, embora tivesse a expressão séria, eu podia notar que ele era apenas tímido. – Jazz – Mike disse se virando para o recém chegado. – veio tirar as fotos? – ele assentiu com a cabeça. – então me deixe fazer as devidas apresentações. – Isabella este é Jasper, Jazz esta é Isabella Swan.
- Só Bella, por favor. – ele apertou minha mão.
- Muito prazer, só Bella. – ele seguiu para a sala de maquiagem quando voltamos a fotografar, pouco depois ele se juntou a nós. Jasper vestia apenas uma calça jeans, bem como eu. Passamos toda a manhã naquele Studio, eu já não agüentava mais quando Newton finalmente anunciou que minha parte havia chegado ao fim. Finalmente eu poderia ir embora... Casa.
- Vocês deixarão a campanha lindíssima, se entrosaram muito bem. – Sam Uley, o agente da Dior, se aproximou. Daremos uma festa na próxima quarta feira para o lançamento da nossa nova linha sintam-se convidados, principalmente por serem os rostos representantes da nossa marca. – ele disse segurando minhas mãos entre as dele.
- Lógico que estarei lá Sr. Uley. – retribui o aperto de mão.
- Chame-me apenas de Sam, por favor. – ele piscou de leve com uma expressão divertida. Sam era um homem moreno de traços indígenas, alto e muito bonito. Aparentava ter trinta e poucos anos.
- Ok Sam, estarei lá, adeus Jasper, foi um prazer trabalhar com você e Mike! Até a próxima. - eu disse me despedindo. Segui ao encontro do meu pai que havia saído minutos atrás e para minha surpresa, quem me esperava era Jake, sorri alegre e sinceramente quando o vi parado ao lado do seu carro, com os braços cruzados na frente do peito. Ele retribuiu meu sorriso abrindo os braços quando me viu correr em sua direção. – Jake! Onde está o meu pai? – gritei abraçando-o com força, era uma incrível coincidência eu ter pensado nele durante toda manhã e ele ter aparecido para me buscar no horário do almoço.
- Ele saiu faz pouco, pedi que me deixasse levá-la para casa. Achei que teria tempo para almoçar comigo – ele disse me envolvendo em seus braços, pousando seus lábios gentilmente sobre os meus. Nesse momento senti meu corpo amolecer, deixei-me cair languida e permissiva no seu abraço forte e dominador. O que nos unia era intenso, meu coração estava completamente descompassado.
- Claro que sim meu amor... Vou a qualquer lugar com você – segurei seu rosto entre minhas mãos e beijei-lhe com força. Minha boca sentia a urgência de beijá-lo deixando extravasar toda saudade que sentia por estarmos sem nos ver a pelo menos uma semana. Ele retribuiu o beijo com a mesma intensidade, nossa respiração ficou irregular, pude sentir o coração dele tão acelerado quanto o meu. Meu Jake!
- Não me dê idéias Isabella, não posso deixar de te levar para casa no final da tarde. Tenho que viajar ainda hoje para Forks é uma cidadezinha que fica em Washington, preciso encontrar um cliente amanhã pela manhã. – ele disse quase sem fôlego. – mas, a tarde é nossa e eu adoraria fazê-la feliz. Onde a minha noiva gostaria de ir depois do almoço?
- Eu quem digo para não me dar idéias Sr. Black... – sorri olhando-o de maneira intensa, cheia de desejo. Ele entendeu minha mensagem sorrindo do mesmo jeito
- Se essa for à idéia, eu não iria me opor... Embora saibamos que a assistência não seria tão eficaz quanto eu gostaria. – fiz bico. – sem biquinho, por favor, sabe que isso me deixa muito chateado também... Entretanto, prometo que irei recompensá-la quando voltar para casa. Ai você terá muito mais do que apenas uma tarde comigo. – ele prometeu olhando nos meus olhos, Jacob nunca foi capaz de me prometer algo que não pudesse cumprir.
- E como pretende fazer isso? – perguntei, quando fui beijada de forma calorosa e cheia de más intenções, a língua de Jacob percorria minha boca invadindo e andando por cada centímetro dela. Minhas pernas fraquejaram e ele me segurou com força entre seus braços. Apoiando-me contra seu peito forte e quente. Ele continuava a me segurar quando soltou um dos braços e me segurou pela nuca mantendo-me completamente presa a ele. Eu não conseguia pensar, eu não conseguia raciocinar... Eu não conseguia nem ao menos respirar.
- Precisamos ir – ele disse subitamente se afastando enquanto eu ainda podia sentir sua respiração. A boca muito próxima a minha. – caso contrário, seremos presos por atentado violento ao pudor, não sou capaz de beijar sua boca sem imaginar algo mais – ele sorriu cinicamente olhando ao redor.
- Vamos sim – tentei me recompor – e... Para onde vamos mesmo? – Jacob sorriu me soltando, ele seguiu segurando minha mão. Com a outra ele abriu a porta do carro fazendo sinal para que eu entrasse. 
Ele deu a volta pela frente e entrou no carro respondendo minha pergunta – nós iremos ao L'Atelier de Joël Robuchon, aquele da Madison que você gosta... Lá podemos ficar a sós. – disse dando a partida no carro. – modelo da Dior? – ele continuou conversando enquanto seguíamos para o restaurante.
- É sim, meu pai trabalhou duro para conseguirmos esse contrato, será muito bom para minha carreira. – sorri.
- Sei, como se o fato de você ser uma das modelos mais requisitadas do mundo não fosse suficiente... – ele brincou prestando a atenção no transito. – é verdade que o Jasper Cullen vai fazer parceria com você? – ele perguntou curioso.
- É sim – respondi simplesmente.
- E... Ele é bonito? Digo... Ele... É... – as palavras se perderam em sua boca.
Naquele instante percebi o que estava acontecendo – você está com ciúmes? Jacob?
- Não... Imagina, eu? Com ciúmes? – ele gaguejou. – eu só... er... Só quero saber com quem você trabalha. Acho que não é nada demais. É?
- Não – fingi acreditar no que ele dizia. – se quer saber, você é muito mais bonito e muito mais... – fiz um gesto como se estivesse saboreando algo. Sorrimos.
- Tá, eu entendi – ele disse retirando uma das mãos do volante segurando a minha. – estamos quase lá.

 

 

PDV Edward

 


O relógio marcava duas da tarde quando Jazz entrou pela porta da minha sala com um enorme sorriso estampado no rosto – olá mano, como vai? Dando muito duro?
Emmett, nosso irmão mais velho, que estava ao meu lado não podia perder a oportunidade de responder aquela pergunta – duro ele vai dar mais tarde, na hora que for pegar aquela modelo gostosona.
- Emmett! – Jazz disse num tom de reprovação. – então Edward, como foi à reunião com nosso pai? – ele quis saber.
- Ele é teimoso – passei a mão no cabelo deixando-o ainda mais desalinhado – ele não entende que os tempos mudaram. Como vamos colocar nas lojas um brinquedo sem nenhum atrativo Jazz? – eu estava nervoso.
Emmett se manteve calado, meu irmão mais velho não tinha muito tino para os negócios, embora estivesse com vinte e seis anos, ele ainda era um meninão. Sua função era testar os brinquedos, imagina por quê? Ele não cresceu... Ao menos não mentalmente. Eu estava à frente da linha de produção, enquanto Jasper ficava com os contratos e fornecedores. – você vai conseguir convencê-lo. Tenha paciência. – ele pediu.
Joguei-me na minha cadeira completamente aborrecido, ainda não tínhamos comido nada, e eu não estava mais com saco para suportar aquele assunto. – e ai? Me diz, como foi a sessão de fotos? – indaguei.
- Fotografei com a Isabella Swan. – ele finalmente sentou numa cadeira de frente para a minha mesa.
- Pera – Emmett interrompeu – você fotografou com aquela modelo maravilhosa? Cara de sorte, eu sou seu fã. Me dá o numero do telefone dela. – Emmett interrompeu.
- Sério cara? Acho que ela é amiga da Ângela Weber, já a ouvi dizer esse nome uma centena de vezes, ela tem verdadeira adoração pela amiga. – disse sem interesse.
- E quem não tem? A mulher é uma deusa... – Emmett fez o desenho de um violão no ar. – aquele corpinho. Ah! Se ela caísse na minha rede.
- Devo concordar com Emm dessa vez, que Alice não me ouça – ele colocou a mão na boca – a mulher estava apenas com uma calça jeans extremamente justa. Os seios estavam cobertos apenas por uma faixa. Cara o noivo dela deve tomar muito cuidado.
- Mano, se fosse eu, acredite que ela iria sair de lá toda apalpada. – sorrimos os três, embora eu tivesse a fama de galinha, Emmett era ainda pior. Namorando a Rosálie Hale, sócia da minha cunhada Alice, ele ainda conseguia burlar a constante vigilância dela. – você viu a foto do Edward estampada nos jornais hoje pela manhã?- ele perguntou a Jazz como se eu não estivesse ali. – papai ficou uma fera.
- Não é pra menos, você ficou louco Edward? Não deixou vazar pra mídia que estava namorando a modelo? Como foi se meter nessa cara?
- Eu só queria variar o cardápio, sabe como é não é? Na verdade, nem sei como você agüenta comer apenas macarronada todo dia. – me referi ao fato dele ser tão fiel a Alice.
- Eu simplesmente amo a Alice, não me vejo sem ela e um dia acreditem ou não, isso vai acontecer com vocês também. Agora preciso trabalhar. – ele se levantou e seguiu para o seu escritório seguido por Emmett. Olhei para o jornal em cima da minha mesa. Era minha foto na varanda da casa de Jessica Stanley abraçado a ela, que burro, dei um tapa na minha testa. Mas também, como eu iria adivinhar que esse bando de repórteres urubus estariam a minha espreita, achei que depois de assumir um romance em publico com Ângela Weber isso iria acabar. – droga! – reclamei alto demais, meu pai havia ficado uma fera comigo e eu precisava me retratar. Mas como eu faria isso?
Tentei imaginar uma forma de me desculpar com Ângela, claro que se fosse eu o traído, ela certamente não teria chance de se explicar. Eu tinha que ser perdoado e ter a oportunidade de aparecer em publico com a minha famosa namorada. Peguei o celular, não sabia o numero dela de cor, precisei olhar na agenda. Disquei sem vontade para a única pessoa capaz de me salvar daquele novo escândalo – alô! – ela atendeu com a voz visivelmente abatida.
- Ang, sou eu Edward. – cocei a cabeça. Aquilo ia ser mais difícil do que eu pensava.
- Não quero falar com você! – ela foi enfática.
- Me desculpe pelo que aconteceu... É que, eu sou um idiota. – fiz careta.
- Não quero te perdoar, você me magoou, disse que me amava. – sua voz estava chorosa, conhecendo as mulheres como eu conhecia, ela devia estar chorando.
- Deixe-me explicar, foi um momento de fraqueza. Não significou nada... Eu juro, você sabe que é a única na minha vida. – joguei charme na voz.
- Sério? – ela perguntou.
- Claro meu amor... – fui cínico.
- Então por quê? Por que me traiu? 
- Já disse, sou um tolo... Burro – respondi já sem paciência, não era muito do meu feitio implorar pelo perdão de uma mulher.
- Precisa me provar que quer mudar de fato, não quero continuar nessa vida. Você está me entendendo Edward?
- Sim, estou – coloquei a mão no bolso da calça e abaixei a cabeça. – que tal se eu fosse até o seu apartamento e se nós ficássemos ai por um tempinho, na verdade, tempo suficiente para te provar o quanto você é especial... – disse sedutor.
- Está bem... Que hora você vem? – ela indagou.
- Após o expediente. Me espere que chego cedo...
Desliguei o telefone com um largo sorriso no rosto, enganar as mulheres era realmente muito fácil, com Ângela não seria diferente.

 

PDV Bella

 

Jacob parou o carro na frente do restaurante e desceu para abrir a porta do meu lado, deu-me a mão para que eu pudesse descer. Sorri para ele com o olhar maroto. – nem quero imaginar o que se passa nessa cabecinha cheia de idéias. – ele murmurou retornando com um belo sorriso.
- Está certo disso – sai do carro encostando meu corpo no dele, sussurrando em seu ouvido – aposto que você adoraria saber. – percebi sua respiração ficar alterada.
- Isabella, não me tente – ele disse sem ofegante – você não sabe o quanto estou me controlando.
- Não se controle... – sussurrei mais uma vez. Dessa vez percebi que os pelos do seu pescoço ficou arrepiado. Sorri, mordendo a parte inferior dos meus lábios, os olhos dele eram ansiosos.
- Por que me tenta assim? Não sabe que posso perder a viagem? – ele pediu suplicante – prometo que quando retornar dessa viagem, você não terá do que reclamar. – ele murmurou, suspirando logo em seguida.
- Estou certa disso... – dei um beijo leve em seus lábios enquanto ele fechava a porta do carro.
Jake respirou fundo ainda segurando minha mão, a dele suava como se estivesse nervoso. Devia estar realmente, eu o estava provocando desde que saímos do Studio. Sentamos numa mesa no canto do restaurante, um lugar um pouco mais reservado. Jake não gostava quando éramos abordados por algum fã querendo autógrafos ou até mesmo fotos comigo, principalmente se este fosse homem. Ele nunca admitiria que se mordia de ciúmes quando algum deles se referia a minha beleza. Confesso que muitas vezes eu também me sentia incomodada, os homens me olhavam como se quisessem me devorar.
Escolhi uma comida feita a base de manjericão e orégano, nela também havia uma espécie de raiz chamada gengibre. O gosto ardido no final dava um toque especial ao prato, não lembro o nome, tudo que lembro era que pedi um prato afrodisíaco. Não que Jacob estivesse preocupado, na verdade a minha intenção era a de que ele pudesse atrasar ao menos um pouco sua viagem. Conversamos sobre os assuntos mais diversos até que o maitre nos trouxe a macarronada com o molho que eu havia pedido.
Percebi que Jake sentiu um pouco de calor devido ao ardor causado pelo gengibre. – o que foi amor, não gostou? – perguntei.
- Para que serve essa raiz mesmo? Ela arde... – ele bebeu um gole de água.
- É só para dar um sabor especial... er... Jake, na próxima quarta feira teremos a apresentação da campanha da Dior, eles vão dar uma festa, será que você já vai estar de volta para me acompanhar? – perguntei casualmente.
- Acredito que sim, minha viagem será curta, porém acredite, vou morrer de saudades – ele tocou minha mão em cima da mesa.
- Você tem mesmo que ir nesta viagem? 
- Eu preciso – ele tocou meu queixo – voltarei a tempo. 
Nem mesmo o almoço afrodisíaco foi capaz de mudar os planos de Jake, paramos no Central Park para respirar um pouco de ar puro. Ele parecia preocupado com alguma coisa, segurou minha mão com carinho enquanto caminhávamos por entre as arvores indo em direção ao lago quando ele parou subitamente virando de frente para mim. Algo em seus olhos me dizia que eu não iria gostar nada, nada do que eu iria ouvir.

 


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Notas finais do capítulo

Olá mios amores! espero que tenham gostado, não esqueçam de comentar. Nosso crescimento depende única e exclusivamente de vcs!