A Ilha - a Descoberta do Amor escrita por velgoncalves


Capítulo 2
Capítulo1 - O sonho


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Boa leitura!



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Capitulo 1 – o sonho.

 

PDV Bella

Morar em New York muitas vezes me deixava cansada, agitação, movimento... Barulho demais. Caminhava com Ang pelas ruas abarrotadas de gente, indo e vindo de todo lugar. O mais estranho era que, mesmo convivendo em meio aquelas pessoas desde que nasci, não me acostumava com o barulho da maior metrópole do mundo.  Ângela me contava empolgada sobre seu namoro com o famoso empresário Edward Cullen, um rico, excêntrico e mulherengo que certamente a descartaria no próximo mês.

Não iria destruir seu sonho de que ele a amava verdadeiramente, ela ate me mostrou o anel que ganhou de presente dele.  Não podia acreditar que a pobrezinha ainda se iludia com tantas promessas.  - Você precisa conhecê-lo Bella, ele é tão... Másculo... – ela enfatizou a ultima palavra. Espera um pouco! Do que estávamos falando afinal? Ela o amava? Ou estava curtinho comigo?

- Ângela, você nem o conhece direito! Vocês se conheceram na festa da semana passada... Por mais que eu tente acreditar, como posso entender essa sua súbita paixão por esse... – não encontrei as palavras certas para descrevê-lo.

- Ah! Bella, você precisa admitir que ele é intensamente lindo... Na verdade, ele parece mais um deus grego de tão perfeito. Ele me faz ir ao céu só com um toque... – ela sussurrou no meu ouvido.

- Não o conheço pessoalmente Ang, e também não quero conhecer. Gente fútil não me chama a atenção assim. Na verdade, eu ainda acredito no amor. – disse desanimada.

- Ah tá! Faz-me crer que você e seu noivo não...

- É diferente, o Jake é espontâneo... É amável, gosta mesmo de mim. É diferente de sair com um cara que já saiu com 90% das garotas do nosso meio e nunca se apaixonou por nenhuma. Edward Cullen é um garotinho rico e mimado.

- Sim... Mas vocês... Tem um relacionamento normal? Digo, você o ama? Das vezes que você fala até parece que o Jacob é algo como a ultima opção. Vocês nem fazem amor com freqüência... Olha só você! Está no auge da sua carreira, é desejada por tantos, fala serio que vai se casar porque acredita que um dia vai poder amar Jacob Black. Aposto que você nem sente aquele arrepio quando ele te toca. Acertei?

- Lógico que o amo... Vamos nos casar em breve.  Quanto a esse lance do fazer amor, você sabe que mal tenho tempo para conviver comigo mesma. Além do mais... Se esqueceu que ele também é muito ocupado? – Jacob Black era um homem distinto, tinha 21 anos e estava iniciando sua carreira como advogado, havia acabado de se formar e iria trabalhar com seu pai o Billy Black, num escritório de direito Black e associados no centro de Nova York. Namorávamos a pouco mais de um ano, ele era de fato um homem muito bonito. Alto com quase 2m de altura, ele tinha a pele morena e cabelos pretos, que teve que ser cortado por ser informal demais. Ele havia sido o primeiro homem que havia me tocado. Sensível, educado me deu amor e compreensão quando eu, insegura quase desisti da noite romântica que havia preparado para mim.

Nunca vou conseguir me esquecer daquela noite quando adentramos o New York Palace que fica na Avenida Madison, ele parecia ainda mais nervoso do que eu... Mas ele sabia o que esperar, já havíamos falado sobre aquele assunto por diversas vezes. Jake soube esperar o meu tempo. Nunca me pressionou. Com seus olhos negros e intensos ele conseguiu afastar meus medos, minha insegurança.

Já era final de tarde quando finalmente consegui chegar em casa e encarar minha mãe com um grande sorriso no rosto. Ela sempre me recebia assim, bem disposta, no entanto, naquele dia em especial. Eu não queria conversar com ninguém, meu dia pareceu ter 36 horas, estava cansada e doida para tomar uma ducha quente. Eu só queria dormir.

PDV Edward

Abri a porta da minha sala no 15º andar das indústrias Toys Cullen, o prédio ficava localizado no centro de Nova York, um ponto bem estratégico. Meu pai, Carlisle Cullen havia chamado a nós todos, eu e meus irmãos, para uma reunião. Ele acreditava que deveria haver uma maneira de vencermos a concorrência lançando um novo produto no mercado, algo que despertasse a felicidade das crianças. Que estivesse longe da tecnologia, dos computadores ou vídeo games. Algo simples, como os brinquedos de antigamente. Meu pai queria voltar no tempo.

- Blá, blá, blá... – aquilo era tão antiquado, tentei fazer com que percebesse que o nosso campeão de vendas era um vídeo game de ultima geração que só faltava andar. Ele não quis me escutar. Bem, de volta a minha sala, olhei pela janela a rua cheia de gente... ultimamente não tinha tempo para muita coisa. Noitadas, e o meu maior vicio... Mulheres. A da vez era a modelo Ângela Weber, ela definitivamente era uma gata... Corpinho curvilíneo, um belo par de coxas... uau!  Deliciava-me somente de pensar nela... Porem, ela ainda estava muito focada nas futilidades da sua profissão, como não sou de ferro, sempre havia opções.

Disquei o numero de Jessica, naquela noite não queria uma morena, uma loira seria bem melhor. – olá – ela atendeu sedutora. Provavelmente já sabia quem era.

- Olá – respondi do outro lado da linha. – será que posso convidá-la para um jantar bem especial no meu apartamento hoje à noite? – perguntei colocando charme na voz. Esse era o lado bom de morar sozinho, eu podia tudo... E naquela noite, não seria diferente.

 

PDV Bella

Tomei um banho longo e demorado. A água quente caia sobre meus ombros me libertando da tensão. Não sei quanto tempo fiquei ali deixando que ela me fizesse relaxar. Quando finalmente saí, enrolei-me numa toalha bem felpuda. No meu quarto o aquecedor já estava ligado tornando o ambiente bem aconchegante. Olhei em cima da minha cama. Umas revistas estavam largadas sobre ela.

Sentei-me colocando o joelho sobre a cama observando a capa de cada uma, não havia nada que merecesse minha atenção... Somente revistas de fofoca que estavam mais interessadas em escândalos dos famosos. Olhei cada uma delas sem dar muita importância ao que estava descrito. Até que pousei meus olhos sobre uma em especial que trazia o rosto do tão falado Edward Cullen. Foquei meus olhos ali, não sabia o que as mulheres tanto viam naquele babaca, galinha.

Percebi que ele era de fato muito belo... Na capa trazia a descrição “Cullen pousa somente de cuecas para uma propaganda da Ralph Lauren, exclusivo”, de repente uma súbita curiosidade me fez abrir aquela revista, pesquisei no índice a pagina que queria ver especificamente. Numero 23. Passei cada uma sem pressa, ate chegar onde eu queria. Era sabido por todos, que aquele play boy era um dos homens mais cobiçados dos Estados Unidos, e de qualquer outro país que ele colocasse os pés, naquele momento entendi por que.

Seus traços eram perfeitos como Ang já havia me dito, os olhos pretos eram verdadeiramente intensos, o cabelo completamente desalinhado castanho avermelhado dava-lhe um ar extremamente sensual. O peito nu musculoso era extremamente exato, nada estava fora do lugar... Suas pernas longas e igualmente fortes estavam à altura dos elogios que recebia. Não me foquei na cueca, só queria analisar um pouco mais as formas que ele possuía. Em outra foto, com os braços cruzados sobre o peito, percebi o contorno dos seus lábios, eram finos como se houvesse sido desenhado.

Em outra foto um pouco mais ousada, ele segurava o cós da cueca abaixando-a, deixando aparecer uma marca moderada de sol. Certamente ele devia ser adepto a piscina ou praia, pois aquela marca era bem tentadora. A expressão divertia demonstrava que estava se divertindo por ser o centro das atenções. Não pude deixar de perceber o quão sensual era o seu olhar. Fechei a revista jogando-a de lado assim como fiz com todas as outras.

Estava tão cansada que mal conseguia raciocinar, Jacob havia me pedido em casamento naquela tarde, eu havia prometido pensar com carinho, no entanto, Ang estava certa, eu não amava Jacob e por melhor que ele fosse, não sentia que poderia fazê-lo feliz,  muito menos, ser feliz ao seu lado. – Aff... – suspirei em voz alta me jogando na cama quente e macia sem nem ao menos me vestir... Com preguiça escorreguei para debaixo das cobertas retirando a toalha úmida do meu corpo. Pequei novamente a revista sensacionalista para observar aquela foto mais uma vez.

Ao ver aquelas fotos pude entender o porquê da minha amiga estar tão empolgada. Aos poucos o sono foi tomando conta de mim... Lentamente minhas pálpebras ficaram pesadas demais me forçando a fechar os olhos. Em pouco tempo adormeci.

Meus pés tocavam a areia morna e macia, os grãos amarelos voavam com o vento que soprava resfriando o tempo no calor daquele sol escaldante. O mar estava azul e sem ondas... Decidi que entraria na água, ela estava convidativa. O céu imensamente belo e sem nuvens anunciavam mais um dia de calor. Suavemente pisei na areia úmida me aproximando da água, uma pequena onda quebrou próxima a mim respingando sobre meu corpo, deixei que aquela sensação de paz me invadisse. Dei mais alguns passos até que ela estivesse na altura da minha cintura. Mergulhei me permitindo gozar do prazer que era poder estar naquele lugar tão lindo.

Mantive-me ali, parada dentro da água que me cobria até os quadris, senti alguém se aproximar por trás de mim e me tocar. Suas mãos me tocaram os ombros, uma boca quente beijou meu pescoço. Não senti medo, inconscientemente eu o conhecia, sabia quem era mesmo sem ver seu rosto. Ele passou suas mãos pela minha cintura acariciando meu abdômen, uma onda de prazer me invadiu. Ele continuou a me acarinhar gentilmente, enquanto seus lábios inquietos me mantinham distraída, passeando pela minha orelha e nuca. Seus dedos desenhavam o formato do meu seio, apalpando-os estimulando para meu prazer crescente.

Um arrepio intenso percorreu meu corpo quando ele de repente me virou de frente, segurando-me com força, ele me beijou. Sua língua penetrava minha boca como se quisesse me possuir. Com um braço em torno da minha cintura, pressionando meu corpo contra o dele, o outro permanecia livre para continuar me tocando. Ele não parou de me beijar quando colocou sua mão direita entre minhas pernas tocando o ponto mais vulnerável do meu corpo me excitando de tal maneira que eu mal conseguia resistir a sua mão forte e ao mesmo tempo tão gentil. Espasmos tomaram conta de mim como se eu nunca tivesse sido tocada antes.

Percebendo minha imensa disposição ele segurou minhas pernas colocando-as ao redor da sua cintura, foi quando me dei conta de que estávamos completamente nus. Ele continuou me acariciando sem que eu conseguisse ter outras reações que não fossem o prazer que me dominava. Num único movimento ele me possuiu, ele pulsava dentro de mim. Os nossos movimentos se tornaram intensos, seus gemidos estimulavam meu corpo, eu não conseguia mais raciocinar. Ele continuava me tomando como se não quisesse parar, os movimentos contínuos eram cada vez mais rápidos, mais profundos. Presa ali com aquele homem perfeito que me fazia sentir prazer como ninguém... Eu cheguei ao clímax do meu prazer.

- Bip! Bip! Bip! Bip! – ouvi ao longe. Que barulho seria aquele que me distraia do momento mais perfeito que pude vivenciar nos últimos meses? Droga – pensei. Tentei me manter concentrada nos movimentos que aquele desconhecido ainda fazia, eles eram rítmicos... Deliciosos. Suficientemente capazes de fazer chegar ao meu segundo orgasmo... Beijei-o novamente, eu não queria que ele parasse... Mantive-me presa a sua cintura enquanto ele ainda estava dentro de mim. Me possuindo, me penetrando. – Bip! Bip! Bip! Bip! – ouvi novamente. – Bella? – aquela era a voz da minha mãe? O que ela estava fazendo ali? Aquele era o meu momento... – Bella! – ela chamou de novo. – acorde filha, você já está atrasada para a seção de fotos... Vamos! - ela me sacudiu fazendo com que eu retornasse daquele paraíso. Então, era só um sonho... Não podia ser diferente, nos últimos meses eu não tinha tempo para nada na vida... Eu era Isabella Marie Swan, tinha 19 anos, era modelo internacional representante de grandes marcas de roupas e da indústria de cosméticos, tentava concluir a faculdade de psicologia. Como futura psicóloga, eu sabia que aquele sonho certamente fazia parte do meu subconsciente carente e incapaz de sentir todo aquele prazer com o meu noivo, pelo menos na ultima semana.

- Ah mãe! – reclamei... – Por que me acordou agora? – bradei.

- Já está na sua hora filha, por que seu rosto está vermelho? – minha mãe era realmente incrível, não bastava ter me acordado no meio de um sonho erótico, ela ainda me questionava o que era. Renée Swan era uma mulher de meia idade, quando ela e o meu pai o Charlie Swan se casaram minha mãe já tinha trinta anos, daí eu ser filha única. Ela era uma mulher muito bonita e esguia, tinha 1,70m de altura. Os olhos eram castanhos claros da cor dos meus, e seus cabelos estavam sempre presos. Embora fossem lindos e cacheados.

- Mãe você pode me deixar sozinha um pouco?

- Para você voltar a dormir? Nem pensar. – ela retrucou.

- Não mãe... Eu só quero um pouco de privacidade... – pedi.

- Está bem, mas não demore. Seu pai a está esperando e você sabe como ele fica quando você demora de se arrumar... – ela saiu resmungando. Eu precisava me recompor, precisava acordar realmente daquele sonho que eu havia acabado de ter. Eu ainda podia sentir no meu corpo o estado de prazer o qual me encontrava. Olhei a revista ainda em cima da minha cama, parecia loucura eu ter tido aquele sonho exatamente com aquela criatura a qual eu certamente jamais me aproximaria. “Devo estar louca” pensei jogando a revista no chão. Onde eu estava com a cabeça? Sonhar com Edward Cullen era furada.

Levantei ainda com as pernas tremulas aquela sensação de prazer ainda estava em mim, como se tivesse sido real. Fui até o banheiro e lavei o rosto com água fria... Eu precisava despertar a qualquer custo. A minha realidade estava a minha espera, a campanha da Dior era a maior delas. Eu tinha a origem americana e os meus agentes costumavam dizer que eu era uma figura exótica.

Meus cabelos eram castanhos e cacheados. Meus olhos eram grandes e castanhos, iguais aos da minha mãe. Apesar de ter herdado do meu pai o tom mel que coloria minha íris. Eu tinha 1,70 de altura. Não era tão alta quanto deveria ser, mas não fazia feio no meu meio. Embora as meninas da minha idade fossem extremamente magras, eu tinha o corpo “violonado” como meu agente costumava dizer. O que significava? Que eu tinha quadris largos e cintura fina, além dos seios fartos, porém sem ser desproporcional ao meu corpo, ou seja, eu parecia um violão. Segundo ele, os clientes adoravam... E, diga-se de passagem, minha conta bancaria também.

Tomei meu banho rapidamente e me vesti como um furacão, decididamente o meu pai odiava esperar por mim. A buzina do carro soando lá em baixo além de me provar essa teoria, também anunciava meu atraso... Devido a minha demora. – já vai... – desci correndo resmungando para mim mesma.

- Filha, não vai tomar café? – minha mãe perguntou. Voltei rapidamente para lhe dar um beijo no rosto e pegar uma maçã que estava em cima da mesa.

- Obrigada mãe, isso aqui já dá. Tchau! – me despedi.

 


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Notas finais do capítulo

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