A Ilha - a Descoberta do Amor escrita por velgoncalves


Capítulo 27
Capítulo 26 - Dúvidas


Notas iniciais do capítulo

Olá amores... Novo capitulo para vcs!



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Capitulo 26 – Dúvidas


PDV Bella


Eu não sabia o que havia acontecido comigo até o momento em que entrei naquele banheiro com Edward Cullen, foi como se algo tivesse me dominado. Eu não havia bebido, mas os remédios fortes que eu estava tomando vinham alterando a minha libido nos últimos dias e estar com ele não era muito conveniente. Eu não sabia resistir, não havia como negar o inegável... Eu o amava e o queria perto de mim... Se pudesse, para todo o sempre.

Ele pediu que eu dissesse? Mas porque insistir que eu diga algo se não ouviria as mesmas palavras em retorno? Eu me sentia confusa, enquanto meu coração pedia que me jogasse nos braços dele, a razão simplesmente me jogava na cara a verdade. Edward não me amava e nunca me amaria, jamais deixaria a boemia para ficar somente comigo.

Eu podia ver nas manchetes dos jornais que ele havia voltado a sua antiga vida, então porque fingir que eu era importante? Para que falar de possessão quando meus ciúmes me consumiam a cada segundo e cada reportagem que era publicada nos jornais? Eu o amava, mais do que devia, muito mais do que gostaria... Pouco me importava às bocas que ele tinha beijado, com quantas mulheres ele tivesse saído ou quantas vezes ele se apaixonou.

Meu coração era idiota e ainda o queria... Queria muito, talvez, pensei, eu tivesse sido injusta realmente. E se ele estivesse falando a verdade?

– No que, ou melhor, em quem está pensando Bella? – Ângela quis saber.

 Em nada – menti – somente no meu dia de amanhã, estou tão cansada... É melhor voltar para casa, preciso dormir um pouco. São as recomendações médicas... – forcei um sorriso.

 Bella, sou sua amiga e por isso preciso que me ouça. Esperei até que estivéssemos sozinhas, assim não haveria interferência. Sei o que rolou entre você e Edward. Não adianta negar... – Ângela foi direta.

 Sabe do que? De que você está falando?

 Sei que vocês estavam apaixonados, sou amiga da Rosálie também e ela me contou tudo... É só ver como ele te olha e acredite... Ele está apaixonado por você. Conheço Edward muito bem e ele nunca me olhou assim.

 Como? Como ele me olha? – perguntei impaciente.

 Com veneração Bella, só você não percebe. Olhe as fotos, veja como ele se porta... Veja como o corpo dele age no intuito de te proteger. Eu vi as fotos que tiraram de vocês naquela ilha, não eram os olhos do canalha que ele foi comigo, os braços dele te protegiam... Sonhei com o dia que o veria sofrendo depois que me traiu. Mas, agora sinto pena... Sei lá. Principalmente porque sei que você também está mal.

 Como assim?

 Você tem olhos tristes Bella, e quando você olha para ele, seus olhos brilham tanto. Aceita logo esse relacionamento e se permite tentar. Sei que não deveria estar me envolvendo nisso, mas uma vez perguntei o que você sentia por Jacob. Eu disse a você que precisava de um amor... E acho que esse amor é o Edward.

 Como? Ainda ontem ele estava com outra... – eu disse com raiva – ele não me ama Ângela, você e os outros caíram no truque do Edward tanto quanto eu. Eu preciso ir realmente, espero que ainda possamos nos ver antes de você voltar para a Itália.

 Claro! – ela disse com evidente desanimo na voz - você é a madrinha do meu pequeno Victor. – ela sorriu – mas, prometa que pensará com carinho no que acabei de te dizer. Bella, eu só quero seu bem. – ela me abraçou com força.

 Pensarei – suspirei – agora preciso ir Ang. De verdade.

Sair dali não foi fácil, dentro das paredes da antiga ferrovia estava muito seguro e foi na porta da saída que as coisas se complicaram. Os boatos sobre o relacionamento entre Edward e eu tinham tomado proporções enormes, tão grandes que nem eu mesma estava sabendo lhe dar com eles. Os seguranças da festa me guiaram até o lado de fora, me deixaram num local reservado onde eu poderia esperar o carro chegar. – ficará bem aqui senhora Isabella? – um deles perguntou.

 Sim, obrigada – respondi. Seria bom ficar um pouco sozinha, sem a interferência de ninguém. Naquelas duas semanas anteriores foi muito bom desaparecer de todos os lugares aos quais os repórteres podiam me encontrar. Viver no anonimato. Lembrei de quando eu e Jacob namorávamos... As vezes que ele pediu para que eu deixasse tudo. E o que ele disse na semana passada “foi difícil ser seu namorado”.

O que eu poderia fazer? Deixar à carreira passou pela minha cabeça uma centena de vezes, porém, eu amava o que fazia e não era pelo dinheiro apenas. Desfilei para a causa das peles dos animais usando casacos sintéticos e foi puramente voluntario. Pousei para a campanha do câncer de mama e também para os comerciais contra a pedofilia. Eu acreditava que por ser famosa, poderia usar minha imagem para ajudar também.

Participei de campanhas pelas vitimas das guerras e tantas outras que nem conseguia mais me lembrar. Meu aniversario estava tão perto, eu faria 20 anos dali a pouco mais de uma semana e não estava cogitando a idéia de fazer uma festa. Não havia um motivo plausível que me deixasse feliz.

Um flash piscou diante dos meus olhos, observei que a repórter de um pouco mais cedo caminhava na minha direção acompanhada por mais alguns urubus, era assim que eu costumava chamá-los, eles andavam depressa e foi tudo tão rápido. Num momento eu estava sozinha e no instante seguinte me vi cercada de paparazzi. Fotos e flashes e perguntas as quais eu não pretendia responder foram feitas, eu estava me sentindo acuada e por estar um pouco distante da antiga ferrovia não podia simplesmente gritar. Comecei a caminhar rápido, mas eles continuavam a indagar sobre meu estado de saúde, Jake, Edward... Tropecei numa pedra e cai no chão de joelhos, feri as mãos e arranhei a perna no chão de pedras grandes e ásperas, senti meu joelho arder, porém nem assim eles me deixaram.

Ouvi o ruído de um carro se aproximando e imaginei ser o carro que meu pai havia contratado. Tentei levantar, entretanto os flashes continuavam sobre mim. Meus olhos já estavam cobertos pelas lágrimas de dor e minhas mãos machucadas escondiam meu rosto, quando ouvi uma voz brava ecoar – saiam daqui seus abutres – reconheceria aquela voz ao longe. Edward. Mas ele não tinha saído minutos atrás?

 Edward, voltou para buscar sua amada? Onde a noite irá terminar? Na sua casa ou na de Jacob? – percebi que ele olhou para o repórter que fez a pergunta, furioso, segurou-o pela gola da camisa e deu-lhe um soco. Os outros começaram a ficar alvoroçados e tirando cada vez mais fotos daquele momento que, para mim, era um pesadelo.

Ele se abaixou ao meu lado passando meu braço ao redor do seu ombro – venha meu bem – apoiei a outra mão no seu pescoço e levantei ainda de cabeça baixa.

 Edward, Edward... – a outra repórter gritou. Não consegui ver a expressão dele, mas ela calou-se imediatamente. Será que aquilo tudo também tinha sido combinado para que eu caísse novamente nos braços dele? De outra forma, por que ele ainda estaria ali... Olhei para ele confusa. Sua expressão era dura, severa demais para quem havia planejado algo.

Ele abriu a porta do carro e me acomodou dentro dele, gentilmente pegou minhas pernas feridas e as acomodou me deixando confortável do lado do passageiro. Vi que algumas fotos ainda foram tiradas quando ele deu a volta e entrou pelo outro lado batendo a porta com força e esbravejando algo completamente inaudível. Ele apertou o volante e saiu rapidamente cantando pneus deixando os paparazzi para trás.

Depois de alguns minutos dirigindo em silêncio ele respirou fundo e parou o carro num acostamento, fechou os olhos e bateu a cabeça com força no encosto do banco. Ficou assim por alguns segundo até que seus olhos negros finalmente se viraram para mim – você está bem? – ele perguntou.

PDV Edward


- Você está bem? – perguntei depois de ter, por alguns minutos, dirigido tentando conter o ódio que estava sentindo. Eu prometi que a protegeria, e assim eu o faria, mesmo que ela não quisesse. Olhei para seu joelho e depois para seu rosto mais uma vez – Bella?

- Hã?! – ela apertou os olhos – eu... Acho que estou... – ela olhou as mãos feridas. A maquiagem borrada pelas lágrimas que secaram no seu rosto.

- Você tem certeza? Não quer ir a um hospital? – perguntei tentando controlar meu tom de voz.

- Não, eu só quero sumir... – ela começou a chorar novamente. Aquela revelação me fez sentir o pior dos homens. Acariciei seu cabelo puxando-a para perto de mim, apoiei sua cabeça em meu peito e deixei que ela chorasse. Eu sabia, bem lá no fundo eu tinha consciência, de que eu era um dos responsáveis pelo que havia acontecido com ela. Eu devia ter insistido, devia tê-la levado para casa.

Entretanto quando a vi sair acompanhada pelos seguranças não imaginei que os repórteres fossem segui-la. Não passou pela minha cabeça que eles praticamente a atacasse daquela maneira. Encostei meu queixo no topo da sua cabeça logo depois depositando alguns beijos na sua testa. Ela me fitou confusa, mas não fez menção de se afastar. Eu não iria me aproveitar, não faria nada pelo que eu pudesse me arrepender depois – Bella, nós precisamos cuidar dos seus ferimentos – informei.

- Não precisa... – ela me soltou ainda soluçando.

– Precisamos. Você pode ter uma infecção nesses machucados. – notei que minha camisa havia ficado manchada de sangue. – poderemos resolver isso rapidamente se formos a um hospital.

– Não quero ir a nenhum local público, não quero ver ninguém Edward. Até parece que sou um E.T, não posso ir a lugar nenhum sem que vendam fotos minhas. Minha vida nem é tão interessante assim...

– Posso levar você para casa então, lá estará protegida. Vamos passar numa farmácia, compramos curativos e depois que você estiver bem irei para a festa dos meus pais.

– Não posso pedir isso, eles são seus pais...

– Eu sei – sorri pela preocupação dela – mas nesse momento você é mais importante. Eles são capazes de entender minha boa ação... – dei a partida no carro e voltamos para a estrada.

Aos poucos ela foi se aquietando, o vestido que antes era bege agora estava manchado pelas marcas vermelhas e a pele branca da perna completamente ensaguentada.  Se eu pudesse voltar aquele lugar, passaria com o carro por cima de todos aqueles cretinos que ousaram machucá-la. Rosnei e bradei de um jeito que Bella não percebesse.

Parei no estacionamento da farmácia e deixei o carro com os vidros fechados, ninguém precisava reconhecê-la ali, naquele lugar, daquele jeito o qual ela se encontrava. Passei pelas prateleiras, peguei analgésicos, anti sépticos, mertiolate, algodão, esparadrapo e pomadas cicatrizantes... Peguei também algumas gazes para fazer com que a ferida não ficasse exposta. Cheguei ao caixa e a atendente olhou para minha roupa completamente suja. Ela me encarou como se me reconhecesse de algum lugar.

Entreguei meu cartão e quando ela leu o nome seus olhos brilharam – Edward Cullen? – ela indagou – sou sua fã... – ela começou a se agitar.

– Bem, obrigado pelo seu carinho, mas, por favor, poderia andar depressa? – ela começou a tremer de tão nervosa. – tenho pressa.

– Claro, mas, me conta... Você namora mesmo a Isabella? Sim, porque todo mundo fala... – ela começou a tagarelar freneticamente, contudo, eu só queria voltar para o meu carro e levar Bella para casa. Ela passou o cartão e me entregou – volte sempre. – Ela finalmente parou de falar – dê lembranças a Isabella – ela se levantou e começou a me seguir. Adiantei os passos e entrei rapidamente no carro.

De longe eu a vi retirar o celular e bater uma foto minha entrando no carro, Bella completamente alheia ao que acontecia se mantinha com os olhos fechados. Bati a porta do carro com força e ela se assustou olhando surpresa para mim. – o que aconteceu?

– Apenas ignore... – ela olhou para frente e viu a atendente tirando fotos nossas. – vamos sair daqui – dei a ré no carro e partimos rapidamente. Com o transito livre e a cidade praticamente vazia naquela hora da noite, não levamos nem vinte minutos para chegar a casa dela. Parei o carro e saltei primeiro, dei a volta no carro e abri a porta para ela que ainda mancava muito. Carreguei-a, embora ela se fizesse de forte e tivesse relutado um pouco, fechei a porta do carro com o pé.

Na frente da porta da sua casa pedi as chaves, ela me deu, dessa vez sem reclamar. Entramos rapidamente, estava tudo tão escuro – Charlie e Renée não estão? – perguntei.

– Foram a uma festa de família. Aniversario de uma prima... Eu precisava desfilar, iria encontrá-los depois da festa. Preciso avisar ao Charlie.

– Eu aviso... – informei enquanto a colocava sentada no sofá – precisamos limpar seus ferimentos primeiro.

– Edward... – ela me olhou pacificamente – obrigada por tudo.

– Eu sempre irei proteger você Bella – eu disse olhando no fundo dos seus olhos – eu prometi isso e pretendo cumprir. - Lentamente eu a soltei, seu corpo ficou parado de frente para o meu, completamente imóvel. Com o rosto muito próximo a mim ela me encarou. Por um instante cheguei a pensar que ela me diria aquilo que eu tanto queria ouvir... Entretanto ela só me abraçou forte e eu retribui.

Foi um abraço cheio de significados; saudades, amor, tristeza... Seria tão difícil assim acreditar que eu sentia algo verdadeiro por ela?  - Não tem a obrigação de fazer isso Edward. – ela se afastou um pouco para me olhar.

– Eu tenho sim Bella, e, mesmo que você diga o contrário, eu me importo e muito... Agora precisamos lavar esses ferimentos em água corrente para depois limpá-lo e fazer o curativo.

– Escoteiro... – ela sorriu.

– Sim – respondi. – por onde devemos seguir para que possamos lavar seus ferimentos? – eu ainda mantinha meus braços em torno da sua cintura.

– Para o meu banheiro – ela apontou a direção do quarto. Carreguei-a novamente levando-a para dentro. Entramos no seu quarto, notei a cama de casal exposta no centro do ambiente, um criado mudo com um abajur em cima, ao lado um telefone. No canto do quarto uma penteadeira com um enorme espelho. Ao lado uma porta dupla, deveria ser o closet. Do lado oposto outra porta semi aberta que identifiquei como sendo a do banheiro.

– Posso levá-la? Você consegue ir andando?

– Consigo - coloquei-a no chão e percebi que mancava, mantive-a apoiada sobre meu pescoço para que encontrasse menos dificuldade. Entramos no toalete e percebi que ela ficou desconcertada.

– Vamos lá Bella, não quero ser indiscreto, mas, já nos vimos muitas vezes... Não há porque ter vergonha. – lancei um meio sorriso.

– Já fomos íntimos, mas nunca dividimos o banheiro.

– E o que acabamos de fazer hoje a noite não conta? – ela enrubesceu.

– Eu não sei o que aconteceu comigo – ela justificou – de qualquer maneira, não consigo me movimentar direito. Ajude-me a tirar o vestido então? – sem questionar, retirei a parte presa ao seu pescoço e depois subi a barra da saia passando todo ele pela sua cabeça. O corpo esbelto foi se desnudando na minha frente. Ela era tão perfeita em todas as suas curvas. Aqueles machucados destoavam e muito da sua pele alva.

Com um pouco de dificuldade ela passou para dentro do Box, apoiei meu braço na parede e a mantive presa a mim. Enquanto a água caia, percebi que a extensão do machucado tinha sido muito maior do que imaginei. Ela tentava conter o choro, mas pela forma como a ferida estava exposta, eu era capaz de imaginar o que ela estava sentindo.

– Espera. – eu a soltei um instante.

Comecei a retirar a camisa e os sapatos, desabotoei a calça – o que você está fazendo? – ela indagou confusa.

– Vou te dar seu banho – eu disse entrando no chuveiro somente de cueca, não queria correr o risco dela ver como me excitava somente ver seu corpo despido. Entrei debaixo do chuveiro e a trouxe de volta para perto de mim. Peguei uma esponja e joguei o sabonete liquido espalhando a espuma pelo seu corpo. Notei que ela estremecia, só não sabia se era pela espuma ou pelo meu toque.

Ficamos ali, ela como as costas coladas no meu peito. Minhas mãos passeando pelo seu abdômen, pelos seus braços... Virei-a de frente e a encostei na parede, com as mãos desenhei o contorno das suas pernas até chegar ao ferimento, lavei-o com sabão delicadamente. O banho acabou como havia começado, sem que eu a tocasse intimamente. Eu queria que ela confiasse em mim. Queria que pudesse voltar a ser minha.

Enrolei-a na toalha levando-a diretamente para a cama, peguei outra toalha e me enrolei também. Sentei-me ao seu lado e estiquei sua perna sobre a cama, passei o anti séptico e logo em seguida o mertiolate nos joelhos em carne viva. Passei a pomada cicatrizante e coloquei a gaze por cima fechando o machucado com um esparadrapo. Encostei-a na cabeceira da cama e peguei suas mãos que também ficaram feridas, porém, em menor proporção. Acariciei seu machucado e o beijei suavemente.

Passei a pomada gentilmente na sua mão também e logo em seguida fiz um curativo – você quer comer alguma coisa? – perguntei.

– Só quero dormir um pouco... – ela tentou encolher as pernas, mas fez uma expressão de dor.

– Onde fica a cozinha, vou pegar água para que tome um analgésico, ele deve diminuir sua dor. – perguntei.

– A segunda porta a esquerda depois da sala de jantar, acho que essa você sabe onde é... – ela lançou um sorriso suave.

– Sei sim... – sai do quarto imaginando o que se passava na sua cabeça.

PDV Bella


Eu não sabia o que tinha me levado a aceitar a ajuda de Edward, provavelmente a idiotia aguda do meu coração. Mas ele estava sendo tão meigo e tão gentil, como eu poderia recusar? A parte mais difícil da noite foi tê-lo sentido as minhas costas durante um banho de chuveiro e não poder beijá-lo. Ele não havia feito menção de que o queria.

Talvez estivesse realmente preocupado em me ajudar e quando acabasse tudo ele ira embora, eu ficaria ali, sozinha e apaixonada. Pensei em dizer o que ele queria ouvir somente para ter a certeza de que ele também me queria. Contudo, achei melhor me manter na defensiva... - Edward – murmurei depois que ele saiu do quarto – eu te amo...

Vê-lo somente de cueca com aquele corpo perfeito estava e deixando louca, eu queria tocar cada centímetro do seu peito e do seu abdômen, acariciar os cabelos molhados e aparentemente nunca penteados, já que estavam sempre bagunçados. Meu coração dava saltos, não, ele queria pular do meu peito a todo instante. As lembranças da ilha era frequentes e cada vez mais latentes em meu corpo.

Não deveria ser normal pensar tanto numa pessoa que não nos dedica tanto sentimento. Eu precisava colocar minha cabeça em ordem, estava quase conseguindo quando ele entrou novamente no quarto carregando um copo com água, vestido somente com uma toalha branca enrolada na cintura. A pele pálida e o sorriso torto me deixavam hipnotizada. Naquele momento me dei conta de que não queria que ele fosse embora. Nunca mais.

- Bella?! Você está bem? – ele chamou.

- Cla... Claro – gaguejei. – só um pouco cansada. – respondi depois de limpar a garganta.

- Trouxe seu remédio, beba. – ele me entregou o copo se aproximando e ficando ao lado da minha cama. Peguei sem reclamar, o toque do seu dedo no meu fez com que um arrepio fosse sentido desde a minha coluna lombar e subisse até a minha nuca. Bebi e me recostei na cama.

Ele sentou ao meu lado e me puxou para perto, encostei minha cabeça naquele peito másculo e quente, mas não era só isso, Edward tinha o cheiro de almíscar, adocicado, envolvente. Pousei um dos braços em torno da sua cintura e ele se retesou. Talvez eu estivesse passando dos limites, resolvi esquecer, simplesmente me envolver. Quando ele quisesse ir embora eu o deixaria ir?

Meia hora se passou e nós estávamos na mesma posição, ele cantava uma linda canção ao pé do meu ouvido e acariciava meu cabelo.


Link seguro para a visualização do clip: http://www.youtube.com/watch?v=38_kztV3qJc

I'll Be Loving You Forever (tradução)

Eu vou te amar para sempre


Eu estarei te amando para sempre
Profundamente dentro do meu coração
Você nunca me deixará
Mesmo se você pegasse o meu coração e o rasgasse em pedaços
Ainda assim, te amaria para sempre.

Você é o sol,
Você é minha vida,
E você é a última coisa que me vem a mente antes de que eu vá dormir à noite.
Você sempre está ao redor quando preciso
Quando os problemas estão na minha mente
Você coloca minha alma em descanso
Não há ninguém neste mundo que poderia me amar como você me ama
Esta é a razão que me faz querer estar para sempre ao seu lado

Eu estarei te amando para sempre
Profundamente dentro do meu coração
Você nunca me deixará
Mesmo se você pegar o meu coração e o rasgá-lo em pedaços
Ainda assim, te amaria para sempre.

Nós tivemos a nossa diversão
E cometemos erros
Mas quem teria imaginado que ao longo do caminho nós aprenderíamos a ceder e suportar
É muito mais que eu teria sonhado, teria sonhado
Porque você faz com que te amar seja tão fácil pra mim
Não há ninguém neste mundo que poderia me amar como você me ama
Esta é a razão que me faz querer estar para sempre ao seu lado

Eu estarei te amando para sempre (para sempre)
Profundamente dentro do meu coração
Você nunca me deixará (nunca me deixará, não)
Mesmo se você pegasse o meu coração (pegasse meu coração)
e o rasgasse em pedaços (e o rasgasse em pedaços garota)
Ainda assim, te amaria para sempre.

E garota eu rezo para que você nunca me deixe
Porque neste mundo os casais frequentemente se perdem
Mas se nós amamos um ao outro nós não vamos por esse caminho
Então coloque suas dúvidas de lado
Fazendo isso, faz o certo
Porque eu amo você para sempre ninguém pode nos separar

Eu estarei te amando para sempre (para sempre)
Profundamente dentro do meu coração
Você nunca me deixará
Mesmo se você pegasse o meu coração (pegasse meu coração, garota)
e o rasgasse em pedaços (e o rasgasse em pedaços agora )
Ainda assim, te amaria para sempre (para sempre)

Eu estarei te amando para sempre (para sempre)
Profundamente dentro do meu coração
Você nunca me deixará
Mesmo se você pegasse o meu coração (pegasse meu coração, garota)
e o rasgasse em pedaços (e o rasgasse em pedaços agora )
Ainda assim, te amaria para sempre.

Eu estarei te amando para sempre
Profundamente dentro do meu coração
Você nunca me deixará
Mesmo se você pegasse o meu coração
e o rasgasse em pedaços
Ainda assim, te amaria para sempre


De vez em quando ele dava um beijo no topo da minha cabeça, meu coração já estava tão impaciente que eu quase não conseguia respirar. A letra da musica falava de amor, um amor puro e profundo... Verdadeiro. Notei que o dele batia tão rápido e irrequieto quanto o meu. Será que nos sentíamos igual?

- Eu gostaria de deitar um pouco – pedi. Ele me soltou e arrumou os travesseiros me ajudando a deitar logo em seguida. Sentou-se na beirada da cama e me olhou diferente. Será que Ângela estava certa? Depois de passar a mão pelo meu rosto ele se levantou e caminhou na direção do banheiro. Uma sensação de desespero começou a me dominar. Será que ele estava indo embora?

Ouvi o som do Box se fechando, o som do cesto de roupa suja sendo aberto e fechado. Pouco depois ele saiu de lá com suas roupas nas mãos. – você já vai? – perguntei, ou melhor, murmurei.

- Acho que você está segura agora, liguei para Charlie enquanto fui buscar se remédio e ele me disse que estarão aqui logo cedo pela manhã e a julgar pela hora – olhei o relógio e apontava uma da madrugada – creio que perdi a festa dos meus pais. Amanhã terei que dar-lhes o maior presente que puder encontrar, visto que nunca perdi nenhuma das festas exceto quando ainda não era nascido. – ele sorriu se justificando. – e também não quero que pense que estou me aproveitando da situação.

- Eu sinto muito, desculpe ter feito você desapontar seus pais.

- Não sinta, quando eu disser o motivo eles entenderão. Depois você poderá ir pessoalmente salvar minha pele... – ele sorriu - Meus pais são muito compreensivos. Eles não iriam me perdoar é se soubessem que te larguei sozinha diante daquele bando de... – ele se calou, fechou os olhos e pôs uma das mãos nas têmporas. – eu tive vontade de atropelar todos eles, de matá-los pelo que fizeram você passar, eu sinto isso todos os dias... É como se fazendo isso eu pudesse te livrar de todos esses problemas.

Aquela revelação me surpreendeu, foi tão espontânea e verdadeira que eu não pude deixar de acreditar – Edward – chamei e ele me olhou – a festa dos seus pais, ainda está acontecendo?

- Provavelmente não. Embora meus irmãos tenham toda uma noite para farrear, meus pais já devem estar no sétimo sono e os deve ter expulsado de lá... Privacidade... Você entende não é? – ele falou num tom de brincadeira.

- Conheço sim – respondi.

- Por quê? Você quer me dizer alguma coisa?

- Se não for pedir muito, será que você poderia ficar comigo... Aqui... Não quero ficar sozinha... – sussurrei.

- Vo... Você quer que eu fique aqui? Com você? – o tom de surpresa dele me fez corar, onde eu estava com a cabeça para fazer tal pedido?

- Desculpe, eu não deveria ter perdido isso... – enterrei meu rosto no travesseiro morrendo de vergonha.

- Não se desculpe Bella, é claro que fico com você aqui até que o dia fique claro. Entretanto acho melhor sair antes de Charlie chegar, não acho que ele aprovaria isso. Você concorda?

- Concordo – eu disse sorrindo – Charlie é mesmo difícil às vezes. – apontei o lugar onde ele deveria se sentar, ele caminhou graciosamente na minha direção e sentou na beirada da cama.

- Posso deitar ao seu lado?

Afastei-me para abrir espaço para ele, que aos poucos se acomodou ao meu lado virado de frente para mim. Os olhos negros me encarando, fixos. Um braço debaixo da cabeça e o outro estendido sobre o corpo, minha respiração se alterou e meu coração acelerou mais uma vez. – fico feliz por não ter me deixado sozinha.

- Eu nunca te deixarei sozinha, mesmo que não esteja aqui com você. Eu estarei presente nos seus pensamentos e você nos meus... – ele levantou a mão e tirou uma mecha que caiu sobre meu rosto e depois acariciando-o com as costas dela.

Eu queria beijá-lo, eu sentia tanta vontade de tomar seus lábios num beijo desesperado e dizer o quanto o amava, entretanto, eu não tinha coragem. – Edward eu... – tentei falar, mas as palavras ficaram presas na minha garganta. Delicadamente ele puxou meu rosto para perto e tocou meus lábios rapidamente.

Fechei os olhos para eternizar aquele momento, com os lábios entreabertos senti que ele depositou outro beijo, antes que eu pudesse discernir qual emoção me dominava ele invadiu minha boca num beijo profundo e carinhoso. Enterrei meus dedos no seu cabelo trazendo-o para perto de mim. Eu não me importava com a dor, ou como a minha mão queimava contra as ataduras que ele havia colocado. Eu queria senti-lo... Tocá-lo sem medo, como havia feito na ilha.

Arrastei-me para perto e senti meu seio encostar-se ao seu peito, o beijo não foi interrompido. A língua dele invadia minha boca e eu podia sentir o gosto da sua saliva, foi tão mágico e idílico... Não podia ser real algo imensamente impar. Aquele momento provavelmente não iria se repetir. Senti que ele colocou a mão na minha cintura me aproximando. Senti o volume da sua ereção e retirei a toalha que ele usava tocando a cueca molhada.

Ele gemeu quando o toquei, logo depois segurou minha mão trazendo-a para cima. Parou de me beijar por um breve minuto e a minha boca já sentia saudades da dele – não Bella, não podemos. – ele advertiu. – você não pode e eu não quero que se arrependa amanhã.

- Não irei me arrepender.

- Sei que vai... Vai se arrepender e me culpar. Posso suportar muitas coisas inclusive te beijar sem que façamos algo mais. Contudo, saber que você se arrependeu pode me ferir. Bella, você foi à melhor coisa que me aconteceu e eu não quero estragar esse momento. – dito isso ele me beijou mais uma vez. Foi um beijo tão intenso e cheio de afeto, cheio de sentimento e por que não cheio de amor?

Puxei-o para cima do meu corpo e senti as pernas queimarem, a cueca que ele vestia ainda estava úmida. Mas o seu corpo queimava de desejo tanto quanto o meu. Abri as pernas para que ele se encaixasse ali, para que entendesse que eu estava me dando sem reservas. Sem medo que ele me deixasse no outro dia. – Edward – gemi seu nome sussurrando em seu ouvido enquanto ele depositava alguns beijos no meu pescoço.

Eu o sentia pressionado contra mim, eu podia senti-lo latejante, senti meu corpo umedecendo. Desci minhas mãos para o cós da cueca e desenhei o percurso com elas. Ele me segurou pelo pulso prendendo-as acima da minha cabeça se apertando contra mim – deixe-me tocá-lo.

- Não Isabella. – ele parou de me beijar e me mirou com os olhos turvos de desejo. – é melhor eu ir embora, não julgo uma boa idéia ficar aqui, com você... Assim... – ele levantou abruptamente sentando-se novamente. Minha toalha estava aberta e o meu corpo nú depositado em cima da cama – você é tentadora demais.



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Notas finais do capítulo

Olá... Espero que tenham gostado do capítulo e que não queiram me matar depois disso... Conversando com uma colega decidi lançara vcs um desafio - Para a postagem do próximo capítulo, precisarei ter pelo menos 40 Rreviews... Vamos ver se chegamos lá?