A Ilha - a Descoberta do Amor escrita por velgoncalves


Capítulo 14
Capítulo 13 - Segundo dia


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, bem... Nossa fic está um pouco mais quente nesse capítulo e quem não quer ver uma lemon mais explícita, por favor, não leia... Meninas menores de 18, talvez não seja uma boa idéia acompanhar esse capítulo.

No mais... Espero que gostem, comentem e boa leitura!



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Capitulo 13 – segundo dia

PDV Bella

 

Ele me pediu que o amasse, será que eu precisava ser mais clara? Mesmo dando o sinal verde, talvez estivéssemos muito focados em proteger aquilo que chamávamos de amizade. Eu o vi deitado ao meu lado, o dia estava findando e o barulho do mar me fazia lembrar de que ainda estávamos cativos. Respirei fundo e soltei o ar devagar sentindo o perfume suave que invadia aquela pequena cabana.

Durante toda a tarde havíamos feito amor, sem nem ao menos nos lembrar o motivo que nos levou até ali. Estávamos sequestrados e um medo profundo me invadia todas as vezes que me lembrava. Tremi com a lembrança, senti que as mãos dele se moveram levemente sobre meu ombro. Eu o havia acordado, levantei minha cabeça para encará-lo, completamente lindo em todos os seus traços, perfeito em seus lábios.

– Você está tremendo – ele balbuciou sonolento

– Está com frio? – ele quis saber.

- Não – respondi baixinho

– Estou com medo de que aqueles homens voltem – respondi.

– Quando eles voltarem será para nos libertar – ele me confortou. – Posso não ser o super homem, mas esteja certa de que nenhum deles tocará em você... – ele me olhou carinhosamente.

– Mas você está machucado, olhe só para o seu rosto, tem hematomas por todos os lados. Deixe-me cuidar de você.

– Você já está cuidando. Não imagina o quanto. – Deitados naquela pequena armação que parecia ser uma cama, não pude deixar de notar que não estávamos ali quando começamos a nos amar.

– Como viemos parar aqui? - inquiri confusa.

– Eu te trouxe depois que adormecemos na praia, em seguida do banho de mar, você parecia uma sereia, completamente entorpecida, a beira do mar – ele sorriu torto, eu havia aprendido a amar aquele sorriso.

– Pensei que fosse uma ninfa.

– As sereias também podem encantar um homem e levar para o fundo do mar, então, vendo por esse ângulo, as ninfas são as sereias da floresta assim como as sereias são as ninfas do mar.

– Você tem a exata noção das coisas absurdas que está dizendo? – eu disse quando ele se apoiou no cotovelo e começou a me beijar por todo rosto.

– Bella, eu não posso ficar longe de você. Eu não consigo mais me imaginar sem você do meu lado... Eu preciso que me responda à pergunta que te fiz naquela manhã que acordamos juntos na minha casa.

– Pergunta? – respondi nervosa, eu não havia voltado a pensar nela, o que havia sido o motivo que me levara a encontrá-lo no dia anterior. Talvez eu devesse inventar que havia esquecido, mas, fazendo isso eu não estaria agindo como o Edward que eu tanto abominava? Que hora absurda ele foi lembrar-se daquele assunto... O que eu deveria dizer?

– Sim Bella, eu te perguntei se gostaria de namorar comigo. – ele murmurou.

– Esse não seria um bom momento para respondê-la, visto que você está se aproveitando da situação – os olhos dele se estreitaram – Deixe-me explicar, estamos sozinhos muna ilha deserta, perdidos no meio do oceano, sem nenhuma perspectiva de vida, pelo menos não nesse momento, estamos nus um ao lado do outro e fizemos amor na praia o que deixa minha mente um pouco nublada tendo em vista o deslumbre que você me causa. Ou seja, não estou exatamente dentro das minhas faculdades normais para te responder o que quer saber.

– Eu te deslumbro? – ele parecia descrente. – Isso não é uma boa justificativa... Visto que é exatamente esse o melhor momento para resolvermos nossas vidas. Se deixarmos de acreditar que estamos sequestrados e pudermos nos divertir enquanto estamos perdidos, poderemos definir muito melhor o que nos une, sendo assim... Senhorita Isabella Swan, vamos apenas aproveitar nossa estadia aqui sem fazer nada, sendo apenas bons amigos, até que nos encontrem? Ou poderemos ser namorados e aproveitar nossa estadia aqui para descobrir como somos perfeitos um para o outro, tendo em vista o ocorrido na praia?

– Bem, não quero que a gente se transforme em mais um casal unido pelo tesão... – fui direto ao ponto.

– Bella – ele acariciou meu rosto com as costas da mão. – Você ainda não percebeu que eu te amo? Que em todos os momentos, desde que te conheci, eu não consegui simplesmente me aproveitar da sua fragilidade? Na festa da Dior confesso que fui aquele terraço no intuito de talvez trazê-la para a minha rede sem outro interesse. Mas quando te vi chorar...

– Se você teve e intenção de me paquerar, então porque foi tão gentil na noite que estivemos de pileque? Poderia ter feito o que quisesse? – um súbito nervosismo tomou conta de mim, eu precisava entender o que estava acontecendo ali afinal.

– Simplesmente porque naquele momento, você começou a mudar minha vida. Sua fragilidade, sua tristeza... Sua inocência... Eu não pude simplesmente fazer com você o que fiz com tantas outras. Nada entre nós foi planejado, nem mesmo aquele beijo no parque, foi somente depois dele que percebi que você estava se tornando alguém especial na minha vida.

– Edward... – murmurei  – Acho que você está me coagindo...

– Por quê? Porque eu disse que te amo? – Seus olhos eram ardentes ao me olharem.

– Não... Porque eu sou capaz de sentir onde você está querendo chegar.

– E onde eu estou querendo chegar – ele murmurou abraçando o meu corpo com o dele me colocando entre as suas pernas.

– Eu já te disse que você me deixa deslumbrada? – meu coração estava tão acelerado que parecia querer saltar pela minha boca.

– Sim, eu deixo? – Ele perguntou entre beijos no meu pescoço.

– Deixa sim, e vendo por esse ângulo, não é justo... – ele me beijou docemente, eu podia sentir seu desejo crescente à medida que nossos lábios se moviam cada vez mais nervosos.

Assim, ele levantou-se vagarosamente sobre mim e colocou uma mão em cada lado da minha cintura, não me deixando escapatória, uma escapatória que eu não queria, definitivamente. O contato visual entre nós não foi interrompido e parecia que soltávamos faíscas, tamanha era a intensidade do momento. Então ele aproximou seu rosto até seus lábios roçarem nos meus. Suas mãos seguraram firmes e, possessivamente em minha cintura.

– Ok. Então porque não se deixa levar? – Ele disse passando a perna pelas minhas e tentando abrir caminho para seu corpo ainda por cima de mim. O cheiro dele estava em todos os cantos. Eu estava tensa. Meu coração palpitava como fizera noite passada. E não era para menos; eu nunca quisera alguém como eu queria a ele.

Num beijo ardente nossas línguas se encontraram e se entrelaçaram ávidas. Levei minhas mãos até o seu cabelo. Ele, em cima de mim, já estava ofegante e com um volume crescente. Então lentamente desceu a boca para o meu pescoço e eu gemi baixinho, deslizando minhas mãos por suas costas. O volume cresceu mais. Eu já não estava mais agüentando aquela tortura; eu precisava de mais.

Foi como se ele ouvisse meus pensamentos. Afastou lençol que me cobria com cuidado e foi o deslizando, sem pressa nenhuma, pelo meu corpo. Ele se ajoelhou na cama para me olhar, seminua. Deu um sorriso perverso. Foi extasiante.

– Maravilhosa visão panorâmica... – comentou. Sua voz rouca me trouxe mais um turbilhão de sensações. Ele desenhou com seus dedos quentes o percurso entre meu pescoço e meu sexo já úmido escorregando sua mão até me tocar no meu ponto mais sensível massageando delicadamente. Meu corpo se contorceu diante de tamanho prazer.

Ele tinha fogo nos olhos enquanto uma mão continuava me tocando, ele mordeu o lábio inferior. Deus, que visão era aquela? Ele deitou novamente em cima de mim e agora o volume estava maior e mais próximo que nunca. Sua boca, junto com a minha, dançava lenta e sensualmente. A outra mão foi para a lateral dos meus seios e foram explorando toda a extensão deles. Eu os sentia arrepiados sob seu toque quente e gemi em seu ouvido. Ele comprimiu seu volume contra minha perna. Eu estava quente, eu estava em chamas.

Mais uma vez eu o queria – faça amor comigo Edward – eu quase implorei.

- Calma, permita-me te dar o prazer que não dei ontem – ele sussurrou no meu ouvido enquanto mordiscava o lóbulo da minha orelha. Seus lábios quentes passearam mais uma vez pelo meu corpo, mas dessa vez eles caminhavam lentamente seus dedos faziam movimentos circulares no meu sexo. Meu corpo parecia uma bomba relógio de tanto prazer.

Ele mordiscou meus mamilos um de cada vez, sorriu torto quando percebeu que eles ficaram endurecidos, desceu mais um pouco acariciando meu abdômen com a língua pousando logo depois na minha virilha deixando um rastro de fogo na minha pele. Aquele movimento foi tão intenso que minha pele se arrepiou completamente. Edward era experiente, ele sabia exatamente o que fazer para levar uma mulher ao delírio.

Então não era mentira e eu podia provar de tudo aquilo que Ângela havia me dito. Ele pousou seus lábios entre minhas pernas e não consegui conter o grito desesperando que saiu pela minha garganta quando ele colocou seu dedo dentro de mim massageando minha sensibilidade agora com a boca.  Edward era tão intenso e tão viril, eu podia sentir seus movimentos rápidos com a língua dentro de mim... – por favor, Edward, eu quero você agora. – implorei.

Seus olhos cheios de luxuria me encaram fixamente – não sou capaz de vê-la pedindo assim e deixar de atender.

- Por favor, Edward, quero você dentro de mim - Eu arfei baixo em seu ouvido quando ele estendeu seu corpo sobre o meu, para testar sua reação, e ele se contorceu aflito; ele queria estar dentro de mim tanto quando eu queria que ele estivesse. Toquei seu membro ereto apertando-o com a palma da minha mão e ele gemeu. Brinquei com ele perto a minha entrada movimentando-o lentamente permitindo que somente sua glande me penetrasse.

Ele me beijou tão intensamente que senti meu rosto se ferir com a sua barba por fazer, porém, não me importava. Éramos um. Estávamos tão absortos naquele momento de prazer mutuo que não nos demos conta de onde estávamos... – Bella, vou enlouquecer – ele sussurrou respirando fundo e soltando o ar pesadamente. – ainda que eu tivesse imaginado como seria se pudéssemos estar assim numa cama, nada chegaria aos pés do que você me faz sentir.

- Eu também Edward, poder sentir você... – apertei um pouco mais fazendo-o prender a respiração e depois soltar o ar lentamente.

- Assim não conseguirei me segurar por muito mais tempo, deixe-me entrar em você agora. - Sentimos que estava na hora. Ele olhou intensamente em meus olhos, mas não precisou dizer nada. Eu abri um pouco minhas pernas para lhe dar passagem e ele, sem interromper nosso tão intenso contato visual, se posicionou melhor sobre mim. E então eu comecei a senti-lo entrando vagarosamente em mim.

Em seus olhos havia desejo, satisfação, cautela, tesão, tensão.

– Fique calma, minha sereia, eu não vou te machucar... – ele sussurrou contra meus lábios.

Ele saiu vagarosamente de mim e entrou novamente, com muita lentidão e um desejo contido. Eu podia ver em seus olhos a ânsia de me ter a cada vez que ele entrava novamente em mim. – não estou com medo.

- Você não devia ter dito isso - Sem desviar o olhar do meu, ele apertou minha cintura antes de começar a se movimentar mais rápido. Eu podia sentir seus movimentos dentro do meu corpo. Ele era grande e ocupava todo espaço dentro de mim, pulsante, quente, extasiante.

Nossos gemidos eram altos e exasperados, clamando por mais. Nossos corpos se chocavam com tanta força, que eu podia até ouvir o barulho. Minha respiração saía em arfadas curtas e rápidas enquanto ele gemia meu nome.

Eu acompanhava seu ritmo, e nossos gemidos entravam em sincronia uns com os outros. Como música. Começamos a respirar mais rápido, de acordo com nossos movimentos, e eu podia sentir, podia prever uma sensação maravilhosa chegando. Meus gemidos começaram a ficar torturados, e eu arfei quando ele gemeu meu nome.

– Bella... – ele sussurrou.

E então apertou com mais força a minha cintura, e eu sabia que ele havia chegado ao ápice. Alguns segundos depois, eu cheguei também. A sensação era incrivelmente deliciosa, prazerosa, e eu me larguei em espasmos sob o corpo dele, igualmente frenético. Era como se eu estivesse no céu, mas nesse meu caso, talvez fosse até mais apropriado dizer inferno ao invés de céu, porque nós dois estávamos em chamas.

Beijei sua boca mais uma vez, o corpo suado ainda estava sobre mim num sentimento de posse, seus dedos ainda estavam fixos na minha cintura. Eu queria mais, queria poder sorver cada liquido que ele pudesse me dar, cada ofego... Cada palavra de carinho. Mantendo-me em baixo dele comecei a movimentar os quadris, eu ainda podia senti-lo quente e duro dentro de mim.

Edward me olhou entendendo meu desejo – você é um furacão – ele disse com um sorriso torto.

- Isso quer dizer que posso te fazer pegar fogo – sorri maliciosa.

- Você já faz isso meu bem, vê-la assim tão permissiva me deixa completamente atordoado. Você é tão receptiva... – ele me deu leves beijos no rosto e começou a se movimentar novamente. – mas ainda não nos alimentamos, não deseja comer algo?

- Que tal você?... – perguntei enquanto ele jazia dentro de mim.

- É o que você deseja? – ele perguntou de forma erótica – sou capaz de te dar tantas quantas vezes desejar – ele afirmou.

- Então dê-me, eu te quero, te desejo e se essa for a única forma de te ter tão perto, permitirei que não se afaste... Meu corpo sentiria falta de se acomodar ao seu. – respondi.

Ele me beijou suavemente – e eu sentiria saudades de descansar sobre seu corpo... De mergulhar em você como faço agora. – ele começou a se movimentar novamente. A energia que perdêramos poucos minutos atrás haviam voltado mais intensas, mais quentes.

Edward me colou seu corpo no meu mais uma vez segurando uma das minhas pernas, não sei precisar como ou quando aconteceu. Ele me penetrava tão intensamente que foi como se eu tivesse perdido a exata noção de realidade quando chegamos ao segundo orgasmo.

E então nossos movimentos foram diminuindo gradativamente, vagarosamente. Eu ainda arfava, sentindo os últimos vestígios do orgasmo, quando ele saiu de dentro de mim. Igualmente extasiado, com a respiração igualmente rápida. Sorriu para mim.

– Eu te amo. – Sua voz era um sussurro fraco e ofegante. Eu fiquei alguns instantes calada, paralisada, apenas absorvendo o que ele acabara de dizer. Não pude conter um sorriso, e enterrei a cabeça em seu peito.

Eu quase podia ouvir o sorriso em sua voz. E não precisávamos dizer mais nada. Ele simplesmente se deitou ao meu lado, me puxou para o seu peito e ali ficamos, em silêncio, somente saboreando a deliciosa proximidade de nossos corpos. Até pegarmos no sono, total e completamente realizados.

 

Farsa

Nila Branco

 

No canto do espelho espio

Tua pele branca, teu abraço macio

Como se te ver por perto

Pudesse tornar o deserto um pouco menos vazio

Como se isso bastasse pra afastar os medos

Que eu sinto cheia de desejos e dedos

Como se fosse o bastante

Não te perder

Não te perder de vista nem por um instante

Digo menos do que penso

Falo mais do que faço

Me defendo como posso

Me esforço pra ser fácil

E me finjo de difícil

Mas, me dou de graça

Pra quem descobrir minha farsa 

Como se isso bastasse pra afastar os medos

Que eu sinto cheia de desejos e dedos

Como se fosse o bastante, não te perder

Não te perder de vista nem por um instante


 

PDV Edward

 

Era tão intenso aquele sentimento que ela havia me despertado, eu havia percebido o quanto ela continuava relutante em aceitar meu pedido de namoro. Na verdade, se eu pudesse e soubesse que ela não sairia correndo, eu queria mesmo era pedir sua mão em casamento. Morar com ela, dividir todos os dias da minha vida com aquela mulher maravilhosa que agora se banhava no mar.

Mesmo que eu tivesse alguns atributos de escoteiro, teríamos que nos alimentar com as frutas que havia na mata. Eu não entendia nada de cozinha e eu tinha certeza que ela também não. Ela havia dito o quanto eu a deslumbrava naquela tarde enquanto fazíamos amor, na verdade ela não tinha o mínimo de noção do quanto ela mesma era capaz de me enlevar. Não só pelas suas curvas, na verdade, era muito mais pelo seu jeito de menina completamente inocente... Incapaz de me dizer que estava com medo de que o meu antigo eu voltasse para nos atormentar.

Eu era conhecido pela minha vida noturna, por ser um homem completamente despudorado e muito mais até eu diria. Eu podia entender a relutância dela em me aceitar. Pena que o que ela também não entendia é que seria fácil mudar por ela e apenas por ela. Entrei na mata que ficava detrás da pequena choça e apanhei algumas frutas, ela havia trazido a água do pequeno rio que corria perto do lugar onde éramos mantidos prisioneiros.

Mas tudo o que eu queria que pudéssemos descobrir juntos todos os prazeres que aquela vida pudesse ter. Voltei para a beira da água admirando a imagem da mulher deslumbrante se banhando no mar. Ela mergulhou mais uma vez, percebi que demorou um pouco mais para subir a superfície, um medo súbito me dominou, já estava prestes a mergulhar para ir atrás dela quando a vi submergir na beirada da praia.

Um sorriso simples e sincero se desenhou nos seus lábios perfeitos, estendi meus braços para aconchegá-la entre eles. Um beijo salgado e apaixonado me fez ficar sem ar, ela não precisava dizer que gostava tanto de mim quanto eu dela, meu coração batia tão descompassado dentro do peito que parecia que iria explodir a qualquer momento.

– Bella – murmurei ao pé do seu ouvido – Minha sereia. – ela gargalhou, enquanto meu braço ainda estava forçando-a a ficar próxima a mim.

– Então você não seria um pirata capaz de roubar meu coração?

– Pirata? Que tipo de pirata?

– Um galã, daqueles impossíveis de deter... Capaz de me fazer ficar sem ar – ela fez um gesto exagerado como se estivesse se abanando com as mãos. – Capaz de me tirar da razão...

– Eu tiro a sua razão? – mordisquei seu lábio inferior.

– Edward... Não devemos esquecer porque estamos aqui, isso não é como aquele filme nove semanas e meia de amor. – ela disse sendo mais do que realista.

– Não mesmo – respondi ainda mantendo-a presa a mim

– Mas...  Isso não quer dizer que enquanto estamos a sós, não possamos aproveitar cada minuto do nosso dia. Por exemplo, neste momento, há uma porção de frutas a sua espera. O sol está quente e eu não gostaria que você ficasse como um lindo e saboroso camarão.

– Nossa! Você é capaz de me ver como se fosse um camarão?

– Vermelhinha e saborosa, não gosto de imaginar... Eu poderia querer te morder, te co... – ela tapou minha boca.

– Não termine a palavra – ela ordenou com um sorriso maroto, certamente ela era capaz de saber o quanto também era capaz de me deslumbrar.

 

 

PDV Bella

 

Se estivéssemos ali por algum motivo que não fosse um sequestro, eu poderia me sentir mais livre para amá-lo como deveria. Depois de comermos as frutas que ele trouxe, dormimos abraçados em formato de concha. Ele me abraçava por trás sem tentar nada que fosse sensual ou que nos levasse a mais uma sessão de sexo.

Era muito fácil estar com ele, muito diferente de quando estava com Jake. A imagem dele passou rapidamente pela minha cabeça, me lembrando de como fora difícil aceitar nossa separação. Agora eu estava ali com Edward, vestido somente com uma calça rasgada, deitado ao meu lado, enquanto eu usava apenas sua camisa sobre minhas peças íntimas.

Seus braços fortes e pálidos estavam sobre meu corpo como se me quisesse próxima, talvez para ter certeza de que nada me aconteceria.  Virei-me devagar e me posicionei de frente para ele, encostei meu rosto em seu peito e senti seu cheiro doce de almíscar. Notei que ele se arrepiou por completo.

– Isso se chama assédio – ele murmurou dando um sorriso torto com os olhos ainda fechados.

– Só estou tentando me manter aquecida.

– Eu tenho algumas idéias que poderão mantê-la muito mais do que aquecida...

– Suas idéias sempre terminarão conosco sem roupas.

– Se formos parar para analisar, estamos mesmo semi-nus, o que quer dizer que se estivéssemos completamente despidos eu poderia atender mais prontamente seu desejo de se aquecer.

– Existe nessa cama algo chamado lençol, mesmo rústico, existe – argumentei.

– Ele não teria o mesmo efeito que eu, tendo em vista como você fica inconsciente quando fazemos amor. Um cobertor não faria isso por você. – ele replicou.

– Digamos que você tenha razão... Eu... – ele não me deixou terminar a frase, me beijou docemente os lábios, tranquilo e confortante, mas não tentou nada mais que me aquecer.

Embora meu corpo o desejasse de forma intensa e selvagem, eu preferi não sucumbir e me mantive a distancia. Mesmo que ele não dissesse, eu perceba sua preocupação. Não era só comigo, ele vasculhava todos os cantos daquele lugar para ver se estávamos sendo observados. Quando eu lhe perguntava o que estava acontecendo, ele simplesmente desconversava.

Edward não era como um vilão das novelas que eu costumava assistir, nem tampouco minha vida seria tema para uma novela mexicana ‘Presos numa ilha’ esse seria um belo tema. Era custoso acreditar que sairíamos vivos dali, então, tudo que podíamos fazer era aproveitar cada minuto que a vida nos dava juntos. Ele havia dito que me amava, eu não disse nada, não queria me expor até ter certeza dos sentimentos que nutria por ele.

– Por onde anda esse pensamento? – ele quis saber.

– Na minha casa, nas nossas famílias. Eles devem estar desesperados nos procurando. – respondi.

– É verdade, os seqüestradores não voltaram e nem deixaram nada escrito. Não é normal nos deixar aqui assim soltos durante um dia inteiro. – eu o abracei amedrontada.

– Tenho medo que não nos encontrem a tempo, e se eles nos matarem?

– Não o farão – ele acariciou meu cabelo – Não o farão. – ele assegurou me abraçando com força, seus braços em volta de mim faziam com que todo meu medo desaparecesse, embora a escuridão do lado de fora fosse assustadora.

Estar aninhada nos braços de Edward me fazia acreditar nas suas palavras, ele começou a cantar uma canção de ninar sussurrando palavras doces ao meu ouvido. Aos poucos o sono me dominou por completo, até que enfim, adormeci.

 


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Notas finais do capítulo

Comentários são importantes para saber se gostaram... Pessoas, minhas atts a todos vcs e com muito carinho quero que saibam que o capítulo foi feito com muita dedicação e que para nós o que importa é que vcs gostem.

Aceitamos críticas e sugestões, pois elas nos permitem construir um texto cada vez melhor para vcs!