No dia seguinte acordei sedo, pois tinha que preparar tudo para a festinha mais tarde em casa. Fui até a cozinha ver se tinha tudo que precisava para o jantar que estava planejando:

-Nossa não acredito! Não tem nada pra mim fazer um jantar decente em casa. –falei comigo mesma. –Terei que ir ao mercado, que bom assim aproveito e dou uma passadinha no asilo para conversar com Josh. –lembrei a mim mesma.

Sai de casa nove e meia da manhã, não quero me atrasar no jantar, vou fazer uma ótima refeição digna de ricos, pretendo convidar Josh para vim jantar com meus amigos e claro quero que ele deguste refeições melhores do que do asilo.

Antes de ir ao mercado o telefone tocou, deixei tocar até cair na caixa postal:

-Isis, é a Madison atende o telefone, eu sei que você esta acordada em casa, amiga você não me engana.

Percebendo que era a Madison a minha melhor amiga logo atendi o telefone:

-Oi Madison, o que você quer? –perguntei feliz com a sua ligação.

-Bom dia Isis, esta bem?Por que não quis atender o tel.?- perguntou já sabendo a resposta.

-Tel.? –perguntei sem entender.

-É Isis, o telefone.

-Há sim, por que já estava de saída, só iria atender se fosse alguém importante.

-Obrigado por atender ao telefone, é sempre bom saber que sou importante. –falou ela orgulhosa brincando comigo.

-há sempre dou mole pra você, mas o que você quer me ligando tão cedo? –falei rindo um pouco com ela.

-Você falou que vai dar uma festinha, e para a sua sorte hoje é minha folga.

-Ótimo, vou mesmo precisar da sua ajuda para preparar todo o jantar. Você pode ir ao mercado comigo agora? –perguntei a ela ansiosa por uma resposta positiva, iria ser bom pois ela possui um carro.

-Só se você me esperar uns dez minutinhos em frente da rua da sua casa.

-Vai demorar só dez minutos? –perguntei duvidando, pois ela sempre demorava duas horas só pra se arrumar.

-Sim, já tomei banho, só vou vestir uma calça jeans.

-ta bom, depois você pode voltar em casa para buscar a sua roupa para o jantar, quero que você durma aqui em casa hoje comigo, ta bom pra você?

-Por mim ta ok, mas por que você quer que eu durma ai hoje?

-Quero conversar com você com mais tranqüilidade, e com certeza vamos ter muitas coisas para falar. –falei com um tom de mistério só para deixa-lá curiosa.

-Falar sobre o que? Para de me deixar curiosa amiga.

-Na hora você vai saber, agora vou desligar o telefone por que tenho muitas coisas para fazer ainda hoje, beijos tchau!

-Ok, beijos tchau!

Sabendo que teria que esperar a Madison se arrumar decide ir até a cozinha beber água, folhei algumas paginas da revista onde eu trabalhava, quando se passaram uns quinze minutos sai de casa e fui me encontrar com a minha amiga onde tínhamos marcado, ela não deveria demorar tanto, pois mora na mesma rua que eu, porém não sei como, mas ela se atrasou como sempre e tive que esperar ela por uns cinco minutos:

-OI, Madison não acredito você falou que ia se encontrar comigo há dez minutos. –falei pouco irritada com ela.

-Desculpa amiga, mas a culpa é sua, você que me chamou para lhe acompanhar. –falou ela pondo a culpa em mim.

-Você é muito cara de pau Madison, vamos logo tenho que passar em um lugar antes de voltar para casa. –falei rindo junto com ela.

-Ta bom, entra aí. –falou me convidando a entrar no seu carro.

A caminho do mercado conversamos bastante, claro que a Madison é uma tagarela. É impossível ficar ela sem ouvir um pio da Madison, parece que ela morre se não falar alguma coisa, é por isso que ela é minha melhor amiga.

Demoramos um pouco mais do que o previsto dentro do mercado, a Madison sempre foi muito criança, ela só cresceu no corpo e claro ficou muito inteligente, porém o seu comportamento sempre foi de adolescente, paquera homens na maior cara de pau sem ao menos disfarçar, se vê alguém jogando algo no chão reclama na hora, se vê alguém vestida mal sem nada combinar logo comenta algo e ri baixinho da pessoa, sair com ela era sempre um desafio pra mim nunca sabia o que poderia acontecer de quem poderia rir, e o pior é que se ela não gostar da minha roupa ela também me zoava, é pura graça sair com ela, às vezes divertido, com ela eu fazia algo que não tinha coragem de fazer sozinha. Teve certa vez que até paquerei um cara sem disfarçar nem nada e fiquei rindo com ela, ela me deixava maluca uma ótima pessoa para tirar você da tristeza da fossa da depressão.  

Terminando de comprar tudo que precisávamos pedi que ela me levasse ao asilo:

-Ao asilo? –perguntou-me ele espantada.

-Sim, por que esse espanto todo? –perguntei.

-Que eu saiba seus pais não estão no asilo, você disse que eles viajaram para florida, que era o sonho deles morarem lá, ou foi eu que sonhei? –perguntou-me.

-Não foi sonho, eles realmente moram na Florida. Eu conheci ontem um senhor maravilhoso, o Josh, você vai gostar dele. –esclareci.

-Como você o conheceu?

-Lembra a matéria que eu tinha que fazer para o Charles? – perguntei sem esperar a resposta, continuei a explicar. –Então, era sobre o asilo e suas condições, por sorte eu fui ao asilo mais perto do prédio onde trabalhava, que por sinal é lindo tão lindo que tem o nome de mansão, quando cheguei lá encontrei algumas complicações, até que este senhor me encontrou chorando pelo motivo que já lhe expliquei, e me convenceu a caminhar e conversar com ele, desde então eu me apaixonei por ele, e é claro que vou continuar a conversar com ele, aliás, vou convidá-lo a ir no jantar de hoje.

-Sabe que fiquei curiosa, agora quero conhecer-lo. –falou ela animada.

-E você não vai se arrepender disso.

-Que bom, por que não gosto de conhecer gente chata. –falou ela rindo.

-Nem eu. –falei acompanhando seu riso.

Perto do asilo a Madison passou por um buraco que ela não havia visto, e acabou estourando o pneu do carro:

-Não acredito Madison, como você não viu aquele buraco enorme? –perguntei inacreditada com a situação que nos encontrávamos.

-Se você viu por que não me avisou? Afinal de contas você é meu co-piloto, é para me ajudar na estrada também. –falou com o ar de riso com o tom da voz pouco alta.

-Como você consegue rir dessa situação? Não sei se você sabe, mas eu não sei trocar pneu. - falei quase cedendo os seus risos.

-Quanto há isso não tem problema, eu sei trocar. –falou se gabando.

-ótimo, então vou te ajudar. –me ofereci.

-Não precisa.

-Para de ser orgulhosa, deixa te ajudar, ou melhor, me ensina a trocar pneu.

-Não é orgulho, só que meu estepe também está estourado. –falou rindo da sua burrice.

-O que! Como você pode guardar um pneu estourado sua doida? Não acredito que vamos ter que chamar um reboque. – falei já exausta com a situação.

-Calma agente chama um taxi levamos as compras pra casa, depois eu volto para buscar o carro. –deu a solução.

-Simples assim, só você mesmo.

-Exatamente, simples assim.