2019, São Paulo, 

Uma jovem de cabelos escuros e curto, corria pelas ruas arrasada. Não acreditava no que acabara de ver. Como ele havia sido capaz? Ela o amara tanto. Todos os homens deviam ser iguais. Um jovem bonito, atlético corria atrás da esposa tentando se explicar. 

— Por favor princesa - a chamou pelo apelido que costumava chamar - Por favor me escute - pediu. 

— Não tem nada para escutar, eu vi com meus próprios olhos, ninguém me falou nada não, qual desculpa você me daria Connor? - perguntou a jovem deixando as lágrimas virem. 

— Qual é, princesa? Você deveria ficar grata porque eu ainda estou com você - diz Connor segurando o braço da garota, que se desvencilha dele e sai caminhando em passos firmes.

Ela nem imaginava que em questão de pouco tempo, toda sua vida mudaria e ela que sempre se sentiu protegida por suas regras e leis, descobriria que as mesmas não valiam para ela, mas sim para o resto das pessoas, a fazendo repensar sobre sua vida e o que julga como certo.

1938, TREM DE HOGWARTS,

—...Onde você estava? – perguntou Alexei preocupado ao ver a irmã parecendo com uma cara estranha.

— Eu... eu cai, a menina tropeçou em mim, vamos sair daqui? – pediu Euphemia tentando disfarçar o mal estar.

— O que aconteceu? – perguntou Alexei preocupado. A irmã não parecia bem.

— Nada – Euphemia lançou seu melhor sorriso falso, aquele que as crianças pré-adolescentes de onde fazia estágio já lhe deram. – Vamos procurar uma cabine! – pediu Euphemia e logo, ela e Alexei caminharam até uma cabine, onde Abraxas esperava sentado onde conversava com Cygnus e Orion.

— Euphemia! Até que enfim estava preocupado – comentou Abraxas preocupado com a irmã. Alexei sorriu para o irmão, demonstrando que estava tudo bem.

— Oi, será que posso me sentar aqui? As outras cabines estão cheias! – disse uma garotinha com roupas diferentes e que mais parecia um trapo velho segunda Euphemia.

— Claro – disse Orion Black sorrindo para a garota – Eu sou Orion Black e esse é o Abraxas, o Cygnus você deve conhecer, você se parece com minha prima, Walburga – Orion apresentou.

— Eu sou o Alexei e essa é minha irmã Euphemia – Alexei se apresentou.

— Você é o famoso Orion que meu pai fala? – perguntou a garota curiosa – Eu sou Walburga, Walburga Black – Walburga se apresentou sorrindo.

Seguiram a viagem com Abraxas, Orion, Cygnus e Walburga conversando e Walburga tentando puxar assunto com Euphemia, que apenas balançava a cabeça como se estivesse ouvindo, até que em certo momento ela parou para olhar a paisagem. Alexei notara cada reação da irmã e de uma coisa já sabia. Ela estava estranha. Ela nunca fora calada, mas desde que recebeu a carta de Hogwarts, andava estranha.

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— Para que casa deseja ir Tom? – perguntou Druella tentando puxar assunto com Tom Riddle. É claro que ela sabia para qual casa, Tom desejava ir. Ela leu todos os livros de Harry Potter e ainda estava chocada por estar nesse mundo novo. Mas sentia simpatia por Tom, ele não era tão diferente dela. Por isso tentara puxar assunto com ele.

— Sonserina, um garoto me disse que essa é a melhor casa, você é puro-sangue? – perguntou Tom e Druella sorriu.

— Sou – responde Druella e Tom lhe lança um sorriso falso. Deveria tentar se aproximar de Druella “ pensou Tom.

— A Sonserina é muito boa casa, só tem puro-sangue nela eu sou de lá e espero que a Druella também seja – disse Evan, o irmão de Druella.

— Também espero Evan, também espero – disse Druella esboçando um sorriso.

Logo, todos já chegavam até perto de Hogwarts, desceram do trem avistaram um guarda-caça de Hogwarts esperando por eles em um barco. Os arredores da escola e tudo por ali era muito lindo.

— Alunos do primeiro ano, aqui, eu sou Ogg, o guarda-caça e vou leva-los de barco, quatro alunos em cada barco por favor – pediu Ogg e logo, todos começavam a formar quarteto. Walburga ficou com Abraxas, Alexei e Orion e Druella ficou com Cygnus, Fleamont Potter e Euphemia Potter.

— Oi comilona – disse Fleamont Potter lançando um sorriso para Euphemia, que abaixou a cabeça receosa. – Não vai me dizer oi? – perguntou Fleamont intrigado com a garota.

— Tudo bem garota? Qual seu nome mesmo? – pergunta Druella curiosa.

— Sou Euphemia Malfoy – Euphemia sussurrou para que apenas Druella ouvisse.

— Sou Druella, mas pode me chamar de Ella – disse Druella sorrindo.

— Esse garoto me dá medo – disse Euphemia indicando Fleamont e Druella o olhou, vendo que Fleamont lançava um sorriso maroto a Euphemia.

A viagem de barco foi incrível e Druella e Euphemia amaram a vista  e ficaram em silêncio, até que todos já chegavam em Hogwarts.

— Primeiro Ano, professor Dumbledore – anunciou Ogg enquanto o vice-diretor Alvo Dumbledore abria o enorme salão, onde os estudantes dos demais anos aguardavam a seleção sentados em suas mesas, ansiosos e curiosos para ver quem iria iniciar seus estudos em Hogwarts.

— O teto é estrelado no céu para parecer a noite, eu li em Hogwarts, uma História – comentou Euphemia e Druella sorriu. Também havia lido o livro. Desde que soubera que Harry Potter era real e o mundo bruxo era real ficara maravilhada e tentara descobrir mais sobre esse vasto mundo da magia.

— Bem vindos a Hogwarts. Em minutos, atravessarão estas portas e se unirão a seus colegas. Mas antes de tomarem seus lugares, serão divididos entre as casas. Elas são: Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal, e Sonserina. Enquanto estiverem aqui, sua casa será como sua família. Vocês frequentarão as aulas de sua turma, com os alunos de sua casa e poderão ganhar pontos ou perde-los se desobedecer alguma regra, podendo levar a uma detenção. Quem mais tiver pontos, ganha a taça das casas, o que é uma honra para o bruxo dessa casa. Quando eu chamar seus nomes, venham até o banquinho que o chapéu seletor os mandará para uma casa – anunciou o professor Dumbledore com seu sorriso gentil. Euphemia e Tom apenas reviraram os olhos. Euphemia por acreditar que o professor era patético e Tom pelo professor ser indecifrável – Druella Rosier – chamou Dumbledore após chamar muitos nomes.

“ Hm, uma viajante do tempo. Tem ideias muito interessantes, Srta Rosier. Mas creio que já as mudou, não? As regras não te ajudaram em nada, pelo contrario te fizeram perder algo realmente precioso. Agora, em que casa te colocar? A Grifinória é a casa dos leais e altruístas, você é leal, mas deixou de ser altruísta por causa deles. Você é inteligente, poderia ir para a Corvinal, você poderia ir para a Lufa-Lufa, pois é resiliente, se adaptou bem a sua nova vida. Mas seu desprezo atual pelas regras, já diz tudo, que seja... “ disse o chapéu em sua cabeça.

—SONSERINA! — gritou o chapéu seletor e a mesa da Sonserina a aplaudiu.

Druella estava feliz. Estava na Sonserina e em Hogwarts e livre das pessoas que assombram seu passado, o que mais ela poderia querer? Absolutamente nada!

O que Druella sequer imaginava era que não seria tão fácil assim esquecer esse passado...