VMHV - Vírus de Mutação Humana Vampiresca escrita por Bellaluna Creator


Capítulo 10
Sombra


Notas iniciais do capítulo

Promessa é divida, então aqui está o cap com meu xodozinho. Espero que curtam ele tanto quanto eu. He he

Boa leitura e vejo vocês nas notas finais! S2



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Logo que se afastaram, Alex se aproximou. Sebastian esfregou a cabeça de Selênia bagunçando o cabelo dela antes de virar para seu "primo" e apertar a mão dele entusiasticamente. Alex seguiu a deixa correspondendo ao entusiasmo de Sebastian como se fossem realmente primos que não se viam a muito tempo.

— E aí cara?! Como você tá? Fazia muito tempo que não te via — falou Sebastian.

— Bem, e você? 

— Bem também, como pode ver — disse Sebastian sorrindo e indicando levemente o carro com a cabeça, como quem quer dizer que ganha o suficiente para viver confortavelmente.

Para quem não sabe da existência do DCI, Sebastian é apenas um piloto da aeronáutica. O que de fato ele é, já que para ser aceito no DCI, os candidatos têm que obrigatoriamente estar vinculados com uma das forças armadas da nação e não ter cometido nenhum tipo de crime. Extra-oficialmente ele é um agente de apoio de campo do DCII especializado em tiros de longo alcance. Alex também tem seu cargo militar, em seu caso do exército. Uma das faculdades que fez era um curso superior tecnológico (2 anos) da área militar ligada ao DCII, não reconhecido oficialmente pelo governo, por motivos óbvios, já que envolvia um segredo de estado. Esse curso foi: Defesa e estratégias de combate, onde aprendeu a combater, prever e precaver-se dos atos terroristas dos Lich, além de a usar vários tipos de armas nesse processo. A outra faculdade que ele fez foi de Enfermagem. Como os insolúveis só tem permissão de entrar para o DCII com a aparência de um humano comum de cerca de 16 anos (para outras áreas do DCI que não envolvem risco de morte a aparência mínima é de 14), Alex pensou que seria bom ocupar o tempo que tinha até ter tal aparência, aprendendo algo que pudesse ser útil futuramente para o salvamento de outras pessoas. Que seria o que faria quando trabalhasse como agente do DCII. Assim decidiu aprender enfermagem, para realizar primeiros socorros. Claro que ele poderia ter feito só um curso técnico em enfermagem ou de primeiros socorros, mas estes tinham pouca duração e não tinham um peso tão grande no currículo quanto enfermagem. Além disso, é um desafio para insolúveis estarem envolvidos com medicina, e como Alex gosta de se desafiar, decidiu por esse curso superior. 

Não que insolúveis fossem atacar alguém só de ver sangue, como os vampiros fictícios, mas quando estão com fome é realmente tentador ver e sentir o cheiro de sangue fresco. Por isso, os que trabalham no ramo da saúde têm um cuidado maior com o tempo que ficam sem se alimentar. Todo mundo tem instinto de sobrevivência, mas ele é mais agressivo nos infectados pelo VMHV, já que se passarem três dias sem se alimentar é morte quase certa. Podem resistir mais ou menos uns 15 dias se beberem água. Diferentemente de um humano comum, que pode sobreviver só com água por uma média de 30 dias. Mas com muito tempo sem tomar sangue o instinto de sobrevivência começa a mexer com a cabeça de um insolúvel. Seu olfato se torna mais apurado, fazendo-os poder sentir o cheiro de sangue a quase meio quilômetro de distância. E esse cheiro se torna extremamente atrativo, uma reação normal em todo ser humano, quando estamos com fome qualquer comida parece muito apetitosa. O cérebro humano é uma máquina inteligente e faz de tudo para sobreviver. Só que em vampiros, isso pode chegar a tal ponto que perdem a noção do que estão fazendo por poucos instantes, e se houver alguém perto neste exato momento, pode ocorrer uma tragédia. Sabe quando uma pessoa passa dias sem dormir e acaba cochilando por alguns segundos devido a falta de sono? É mais ou menos assim que o organismo de um insolúvel reage a falta prolongada de alimento. Por uns instantes ele desliga a consciência humana e o instinto de sobrevivência fala mais alto. Nos dias atuais isso ocorrer é algo extremamente raro. Nem se tem lembrança da última vez que um caso desse tipo foi registrado. O governo trata de fornecer alimento suficiente para os infectados de forma constante. Para isso servem os registros, e os condomínios. Contudo, não podem controlar os insolúveis não registrados, como os Lich. Por isso são um grande problema. Sempre que algum ataca uma pessoa e desova o corpo por aí, de modo que a polícia acha, o DCII têm que se movimentar e encobrir todas as provas da existência de humanos super fortes e chupadores de sangue. É sempre uma dor de cabeça.

— Pois é, eu estava reparando de longe. É um belo carro o seu — Alex falou. — Vai me deixar dar uma voltinha nele alguma hora?

— Claro! Vou deixar você dar uma volta nele agora.

— Sério?! — Alex levantou uma sobrancelha descrente. Até achava o carro do Sebastian realmente legal, e gostaria de dirigir ele para experimentar, mas o disfarce não permitia, tinha falado aquilo como uma brincadeira, encaixando no papel que estava fazendo.

— Sim. No banco de trás — respondeu Sebastian sorrindo esperto e piscando um olho. Alex fechou a cara. "Muito engraçadinho..." pensou. — Vim buscar vocês. Ia ver meus pais hoje, de qualquer forma, e como saí mais cedo do trabalho resolvi dar uma carona pra minha irmãzinha e o meu priminho —  enfatizou a última palavra com o tom de quem fala com uma criança, fazendo beicinho e estendendo a mão para a cabeça de Alex, pretendendo bagunçar o cabelo dele como tinha feito com sua irmã. Foi bruscamente afastado antes que pudesse fazer isso. Agora estava ficando chateado de verdade. Sebastian o estava provocando com essa de "inho". Alex é alguns anos mais velho, porém sendo um insolúvel a velocidade que envelhece (e cresce) é menor que a de Sebastian, portanto o corpo dele ainda não cresceu totalmente. O corpo masculino comum cresce até os 21, e Sebastian já tem 25. Alex embora mais velho tem a constituição física de um rapaz entre 17/19 anos, desse modo que ainda é alguns centímetros mais baixo que Sebastian. A idade real de Alex é 27. Se tivesse nascido vampiro, para ter a idade que aparenta atualmente, ele teria que ter em torno de 34/38 anos. Mas como só foi infectado aos 7 anos, apenas a partir dali seu envelhecimento foi retardado. Ou seja, a vinte anos atrás, o que no envelhecimento de um insolúvel corresponde a mais ou menos 10 anos. Mais para mais do que para menos. Os que adquirem o vírus geralmente têm o envelhecimento um pouco menos atrasado que os que nascem com ele.

— Entrem — disse Sebastian satisfeito por ter deixado Alex levemente encolerizado. Ao mesmo tempo abriu a porta traseira do carro e fez uma reverência zombeteira, como o chofer de alguém importante. Alex revirou os olhos e entrou no carro resolvendo não deixar transparecer seu aborrecimento. Conhecia Sebastian, e não era a primeira vez que este fazia piada com sua altura. Não sabia porque, ele achava divertido que Alex, um dos melhores agentes que conhecia, é mais baixo que ele. Alex nunca ligou muito para aquelas brincadeiras, mas hoje, por algum motivo, realmente se sentiu ofendido. Provavelmente por conta do estresse que colégios despertavam nele.

— Eu vou na frente! — falou Selênia dando a volta e sentando no banco do carona. Sebastian permaneceu onde estava segurando a porta traseira do carro, olhando para as amigas da Selênia que tinham se aproximado junto com Alex.

— Vocês também. Ou preferem ir de ônibus? — disse a Mila e Hana. Elas se entreolharam e seus rostos se iluminaram como crianças que abrem um presente de natal e encontram o que mais queriam dentro do embrulho. Animadas entraram no carro. Sebastian fechou a porta e foi para o banco do motorista. Tirou um pacote de bala do bolso e ofereceu a todo mundo antes de colocar o cinto e ligar o veículo. Alex recusou pelo simples fato de que não sentiria o sabor, seria como se ele ficasse engolindo saliva com um pedaço de plástico na língua. Além do que a bala demoraria bem mais para se dissolver na boca dele do que na de alguém não infectado. Sua saliva agora continha solventes diferentes sendo um insolúvel, voltados para a digestão do sangue, não de alimentos sólidos. E podia apostar que Sebastian ofereceu sabendo que seria incômodo para ele aceitar. Ainda mais depois do sorrisinho malicioso que viu no rosto dele pelo espelho retrovisor ao jogar uma bala na boca.

— Todo mundo de cinto? — Sebastian perguntou antes de sair com o carro.

— Sim! — responderam Mila e Hana em frenesi. Estavam felizes de estar indo para casa junto com dois crushes, Alex e Sebastian. Sempre tiveram uma queda (aliás um grand canyon) pelo irmão de Selênia. Os outros dois no carro não se deram o trabalho de responder.

Ao longo do caminho Mila e Hana ficaram batendo papo com Sebastian. As coisas de sempre. Perguntavam como estava indo no trabalho dele. Falavam o quanto devia ser legal trabalhar de piloto. Jogavam umas indiretas dizendo que seria bom ser convidada a dar um passeio de avião. E por aí vai. Tentaram incluir Alex no papo, claramente iniciando seus planos de conquista, mas este dava respostas curtas e vagas. Só depois que nenhuma das duas estava mais no carro Selênia falou:

— Pode falar agora, qual a razão real para você ter vindo nos buscar?

— Oh! Que ofensa... Por que você não pode acreditar que foi simplesmente pelo afeto incondicional a minha querida irmãzinha? — disse Sebastian fazendo cara de inocente. Alex chegou a imaginar ele desenhando uma auréola no alto da própria cabeça como um desenho animado quando o ouviu dizer isso, tamanho o exagero dramático em sua voz e expressão. Resolveu olhar pela janela disfarçando o sorrisinho que tinha se formado em seus lábios com a imagem. Selênia só olhou para seu irmão com cara de "corta essa" e cruzou os braços. — Você é uma chata às vezes. Deveria ser um pouco mais espirituosa. Onde foi que eu errei na sua educação? — prosseguiu ele depois de algum tempo sobre o olhar fixo da irmã. Selênia o encarou mais intensamente. — Ok. Eu ia contar de qualquer jeito mesmo — cedeu. — A partir de hoje sou o suporte de vocês. Quando precisarem de um apoio tático, um piloto de fuga, ou até de uns conselhos sobre puberdade... — estava sendo sarcástico aqui, provocando Selênia e Alex. Para os cientistas a puberdade só acaba por volta dos 18 anos de idade. O que nem Alex, nem Selênia, tinham ou aparentavam ter (não necessariamente nessa ordem). — Lá estarei eu, ao seu dispor — completou. Teria feito outra reverência zombeteira se não estivesse dirigindo. Contentou-se em apenas soltar uma mão do volante e fazer um sinal rápido levando dois dedos à testa e os afastando em seguida, em uma breve saudação.

— Uau, e pensar que você é o nosso apoio… Preocupante — comentou Alex ainda olhando pela janela.

— O que você está querendo dizer com isso? — Sebastian perguntou de supetão, antes de olhar pelo espelho retrovisor e ver que Alex estava sorrindo. Estreitou os olhos irritado, percebendo que o outro apenas estava sendo implicante.

Alex suspeitou que Sebastian seria o apoio deles por razões evidentes. Sendo irmão da Selênia (um muito protetor por sinal) ele seria um ótimo apoio, porque faria de tudo para proteger sua irmã. Tinha feito o comentário só para poder ver as garras do outro de fora.

— Quem é nosso apoio interno? — perguntou Alex quando sentiu que o silêncio estava ficando muito longo.

— O Grilo — respondeu Sebastian simplesmente. Estava chateado por ter caído tão prontamente na provocação do outro. Alex nunca tinha retrucado suas brincadeiras antes, por isso não percebeu que ele não estava falando sério. Ele não devia estar muito contente com seu trabalho atual, para estar agindo daquele modo estranho. Ou isso, ou o acontecido de meses atrás tinha mudado um pouco sua personalidade. O que seria compreensível.

— Já esperava por isso — falou Alex.

— Suponho que sim, já que aquele garoto tem uma grande admiração por você, para dizer o mínimo.

— Não é admiração. Ele apenas acha que me deve, porque salvei a vida dele uma vez, e fica querendo retribuir de alguma forma.

— Não sei não... Acho que você subestima os sentimentos dele.

— Quem é Grilo? — perguntou Selênia entrando na conversa.

— Um dos agentes de apoio interno. Você vai conhecer ele em breve. — respondeu seu irmão.

— Grilo é só o codinome dele, né? — falou ela.

— Lógico! Já viu alguém com esse nome?! Eu heim... — falou Sebastian.

— Seb, existem nomes muito mais estranhos por aí. Se lembra daquele caso que nossos pais nos contaram? — disse Selênia usando o apelido com o qual ela chamava o irmão às vezes.

— Verdade, lembro... Ei! O que foi que falei sobre me chamar assim na frente dos outros? — Sebastian falou indicando Alex no banco de trás com a cabeça.

— Foi mal, saiu sem querer. — Selênia respondeu levantando as mãos. Ao fazê-lo, Sebastian reparou pela primeira vez no curativo em seu cotovelo.

— O que foi isso? — perguntou, indicando o braço dela com o queixo.

— Um machucado. Dã! — respondeu ela, fazendo soar que aquela era uma pergunta idiota. Sebastian respirou fundo com a resposta malcriada e balançou a cabeça. Ficou preocupado sobre o machucado, mas resistiu a tentação de pedir detalhes, já que ela tinha lhe respondido mal.

— O velho falou alguma coisa com você? — Alex perguntou a Sebastian tentando desviar a tensão que estava se formando entre os irmãos. Sebastian já sabia que quando Alex falava "velho" estava se referindo a Roger.

— Pra dizer a verdade falou várias coisas. Uma delas foi que devemos nos reportar diretamente a ele. Ele suspeita que tenham outros Lich infiltrados no DCII. Está decidindo pessoalmente para onde vai cada realocamento dessa área. E acho que até os membros de cada equipe de guarda-costas ele escolheu a dedo. Tem uma montanha de papelada na mesa dele como nunca vi antes. Cara... Vou te falar. Não é atoa que ele é o coronel. Só de olhar aquele tanto de papel me senti cansado. Mas ele estava tão confortável ali no meio lendo um atrás do outro, que parecia apenas estar lendo revistas sentado numa poltrona de um chalé.

Os cantos da boca de Alex se inclinaram num sorriso satisfeito. Esse era o motivo por ele admirar tanto seu pai. O modo como ele se empenhava no DCII. Certa vez perguntou o porquê de tanta dedicação. Roger contou que a família dele foi uma das fundadoras do DCI, e os primeiros agentes insolúveis do DCII. Ele queria fazer juz a sua herança. Sua família é manchada pelo VMHV há dezenas de gerações. E já lutavam contra os Lich muito antes do DCI ser formado, pois queriam poder viver em paz, sem a ameaça de serem caçados por serem vampiros, por culpa das ações dos Lich. Apesar de insolúveis serem fortes e difíceis de capturar, não são invencíveis, podem ser encurralados e sobrepujados por grandes quantidades de pessoas enfurecidas e temerosas — como descobriram na prática. Assim sendo, tinham jurado acabar com os Lich para assim manter a segurança deles, de outros insolúveis e de não infectados. Atualmente só poucos da família trabalham com o DCI, o resto são civis com profissões comuns.

— Falando de codinome... Você escolheu o seu, Sil? — Sebastian perguntou a Selênia, chamando-a pelo apelido que só ele conhecia propositalmente em retaliação por ela ter usado o dele. Selênia estreitou os olhos num aviso mudo antes de responder.

— Luna.

— Ok. É legal. Alex já te falou o dele? — Sebastian perguntou dando uma olhada em Alex no banco de trás pelo espelho retrovisor, viu-o se mover desconfortavelmente.

— Rowan — respondeu ele simplesmente. Era como Roger o chamava quando ele era criança. É um nome de origem irlandesa de onde veio a família do Roger, cujo um dos significados é "vermelhinho" e se pronuncia como "Rovam". Roger o chamava assim porque quando o adotou Alex era muito tímido e quando falava com ele, costumava ficar fortemente corado. Alex sabia disso porque perguntou uma vez ao pai o motivo de ser chamado assim.

Sem que alguém conseguisse pensar algo para manter um diálogo depois disso, ficaram todos quietos até chegar em casa. Sebastian estacionou o carro na frente do de Alex comentando:

— Presumo que este seja o seu carro, não?

— Sim. Por quê? Quer dar uma volta nele? — Alex perguntou se vingando brandamente por mais cedo.

— Eu só ia dizer que o carro é legal. Sinto como se você não gostasse muito de mim... — falou Sebastian dramaticamente como se estivesse magoado pelo que Alex falou.

— Pra falar a verdade, eu não gosto nem desgosto, se quer saber — Alex respondeu de forma neutra voltando ao seu normal de não se deixar levar pelos joguinhos do outro.

— Au... Essa doeu... Quanta falta de sentimentos pela minha pessoa... — falou Sebastian enquanto desligava o carro e soltava o cinto. Selênia fingiu nem ouvir o papo deles e tratou de sair logo do carro. Alex a seguiu e por último seu irmão. Ele deu a volta no carro para acompanhá-los pela calçada até a porta de casa. Antes de entrarem, Selênia sussurrou para Alex:

— Tape os ouvidos.

— MÃE, CHEGUEI! — gritou Sebastian assim que entraram. Selênia olhou para Alex que estava acabando de tirar as mãos das orelhas e sorriu.

— Eu disse que era costume — falou dando de ombros em sinal de desculpas.

— Isso é um péssimo hábito... — Alex resmungou para si mesmo, fazendo um muxoxo, enquanto internamente agradecia pelo aviso.

Helena veio rapidamente dos fundos da casa e abraçou Sebastian que tinha se adiantado até ela.

— Também senti saudades, mãe, mas não precisa me sufocar — disse Sebastian quando achou que o abraço estava se prolongando demais. Helena se afastou encabulada.

— O que você esperava? Sabe quantos dias faz que você não vem aqui? — ela perguntou. O constrangimento transformado em rabugice de mãe. Sebastian fingiu tentar contar com os dedos fazendo cara de confuso, imitando uma criança que está aprendendo a fazer contas.

— Não sei, mas toda vez que venho parece que foram anos. Então tenha um pouco de dó de mim e me alimente com a sua comida maravilhosa, heim? — ele respondeu pegando na lateral da blusa dela manhosamente, fazendo carinha de cachorro pidão. — É cheirinho de estrogonofe o que estou sentindo? — falou farejando na direção da cozinha.

— É, é estrogonofe — Helena respondeu ainda um tanto quanto rabugenta.

— Mãe, eu já falei que te amo?! — Sebastian falou abraçando-a rapidamente e dando um beijo na bochecha antes de sair andando até a cozinha com o nariz em pé como se seguisse o cheiro da comida. Selênia e Helena balançaram as cabeças ao mesmo tempo, resignadas com o jeito do Sebastian, vendo-o pelas costas. Alex não resistiu e abaixou a cabeça dando uma risadinha com a cena. Elas olharam para ele e sorriram. Tinham sorrisos muito parecidos, quase idênticos. Ele ficou constrangido e coçou atrás da orelha.

— Me dê a sua mochila, eu ponho lá em cima pra você. Vá almoçar também — falou Helena se virando para sua filha. Dando de ombros, Selênia entregou a mochila e foi para a cozinha. Alex e Helena subiram as escadas para o segundo andar.

— Sabe Alex, eu sei que você está apenas fazendo seu trabalho, mas sou realmente muito grata por você estar protegendo a minha filha — disse ela enquanto subiam. Ele permaneceu em silêncio. — Acho que você já deve ter percebido que Selênia tem uma pequena tendência a ignorar sua proteção pessoal. Ela é assim desde nova e isso sempre me preocupou, então fico mais tranquila se tem alguém ao lado dela para protegê-la — concluiu virando para trás ao acabar de subir as escadas e sorriu mais uma vez para ele ao mesmo tempo que estendia a mochila de Selênia. — Ponha no quarto dela pra mim, sim?! — disse, e tornou a descer assim que ele pegou a bolsa, deixando Alex com seu costumeiro silêncio contemplativo.


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Notas finais do capítulo

Sebastian finalmente entrou em cena.
E ai? Gostaram? Não? Podem falar de tudo. Estou sempre aberta a novos pontos de vista, e críticas construtivas são sempre bem vindas.

O terceiro cap prometido será lançado logo mais, a noite.
Beijos e até lá! S2



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