Entre Extremos escrita por Bella P


Capítulo 30
Capítulo 29




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As semanas seguintes ao Baile de Inverno foram relativamente normais, na opinião de Dallas que pensou que o Universo ao seu redor sofreria mais com a despedida entre Potter e ela, mas o mundo continuou girando como sempre, ignorando o sofrimento das criaturas insignificantes que viviam nele. As aulas continuaram a mesma mistura de tédio e entretenimento, as fofocas continuavam vivas pela escola, as reportagens de Rita Skeeter continuavam a irritá-la, os comentários de Draco também, o inverno naquele ano estava mais gelado que nunca e Trelawney viu ao menos vinte vezes o Sinistro nas predições de Potter. Duas vezes no dia anterior a segunda tarefa. 

Em uma manhã nublada e absurdamente fria, Hogwarts em peso tomou os barcos que levavam as torres de observação montadas ao longo do Grande Lago. Os campeões estavam agrupados na torre principal, no centro do lago, e a voz de Dumbledore ecoou pelo ar anunciando do que se tratava a tarefa. 

— Como eles esperam que os competidores respirem sob a água por uma hora? — Patrick comentou ao lado de Dallas.

— Magia? — ela respondeu com a resposta óbvia e então a buzina de largada soou e três dos campeões pularam na água enquanto Potter precisou ser empurrado pelo professor Moody. Após este começo, o que veio em seguida foi uma longa e tediosa espera. 

Viktor Krum foi o primeiro a despontar na superfície turva da água, com a sua cabeça de tubarão se desfazendo e Hermione Granger nos braços. Em seguida, uma Fleur chorosa era trazida à superfície pelos professores. Aparentemente ela havia sido pega por um grupo de criaturas que vivia no lago. Diggory surgiu vinte minutos após Fleur, trazendo Chang consigo e todos esperaram com a respiração em suspenso pelo surgimento de Potter. Mas o tempo foi passando e nada do garoto aparecer.

— Onde ele está? — Dallas perguntou para ninguém em particular após dar um relance para o cronômetro às suas costas. 

— Relaxa. — Patrick comentou. — Os professores não irão deixar Harry Potter morrer afogado. — Dallas não estava tão certa assim. Faltavam cinco minutos para dar a uma hora de prova e nada de Potter aparecer. Qualquer feitiço que ele tenha usado, este não duraria tanto tempo, porque feitiços duradouros eram mais complexos e além do conhecimento de quarto-anista de Potter, mesmo que para realizar essas provas ele estivesse tendo a ajuda de Granger. 

Quando o cronômetro soou, anunciando o final da prova, Potter finalmente surgiu na superfície do lago, carregando Weasley e a irmã de Fleur consigo. 

— Bem, acho que agora você vai ter noites mais tranquilas de sono. — Patrick comentou com divertimento. 

— Por quê? 

— Harry com certeza foi desclassificado. 

— Você pode ser desclassificado do torneio?

— Se você não realizar a prova em tempo hábil, sim. — mas Dallas não tinha tanta certeza de que Potter seria desclassificado, não quando viu Dumbledore conversando com dois sereianos na beirada da plataforma de observação.

E não deu outra, um minuto depois o diretor reuniu-se com os juízes e então anunciou que Potter permaneceria na prova devido a sua grande demonstração de coragem ao salvar não apenas o seu alvo, como também o alvo alheio. 

Dallas bufou e tomou o caminho das docas, já mais do que cansada daquela história de torneio. Era para Potter ter sido desclassificado, para terminar toda aquela palhaçada e para o Ministério parar de arriscar a vida de seu adorado salvador desta maneira. Ao invés disto, o mantiveram no torneio como uma maldita bucha de canhão, somente para aumentar o estresse dela. 

 

oOo

 

Alguma coisa estava errada com Draco. Ele estava anormalmente calado para alguém que até alguns meses atrás estava deleitando-se em tornar a vida de Potter mais miserável que o normal, e ele até que foi bem sucedido por algumas semanas, até a primeira tarefa acontecer e todos na escola mudarem de opinião rapidinho sobre Potter estar em busca de glória. Só uma pessoa mentalmente desequilibrada procuraria fama colocando a própria vida em risco. Se bem que existia maluco para tudo neste mundo. 

— O que você está aprontando? — Dallas perguntou ao sentar-se ao lado de Draco na aula de Poções. A convivência com o outro garoto tornou-se uma constante em seu dia a dia e era curioso como isto aconteceu de forma natural. Ela não fazia questão de procurar a companhia de Draco e vice-versa, mas quando compartilhavam o mesmo ambiente, sempre costumavam ficar próximos um do outro ou incluir o outro em suas conversas. 

E, é claro, a súbita aproximação deles dois, que até pouco tempo atrás estavam arrancando sangue um do outro (literalmente no caso de Dallas), atiçava o fogo das fofocas. Mais de uma vez Dallas ouviu comentários pelos corredores de Hogwarts, histórias sobre como Draco e ela estavam em um relacionamento, mas ninguém tinha a certeza porque eles não eram vistos juntos por muitas vezes em público e da mesma forma que os sonserinos adoravam espalhar boatos, eles também sabiam guardar segredos como ninguém, e portanto a única fonte fiél que a escola teria para corroborar com as suas suspeitas, que seriam os alunos do quarto ano da Sonserina, não iria dar com a língua nos dentes nem sob tortura. Até porque não havia nada para se falar, na verdade. Para os sonserinos, Dallas e Draco chegaram a um acordo de cessar fogo e criaram uma aliança em algum momento entre o final do terceiro ano e começo do quarto, e isto, no conceito da casa, não era nenhuma atitude suspeita, pelo contrário, era corriqueira e esperada. 

— Não sei do que você está falando. — Draco respondeu em tom displicente e falso. Dallas convivia há anos com o garoto para identificar todas as nuances dele e os seus tons de voz. Draco era bom em guardar segredos, era bom em ofender os outros, mas era péssimo em mentir, embora soubesse inventar boatos como ninguém, porque ele era bastante criativo. Mas mentir? O garoto carecia deste talento. 

— Pela sua cara de satisfação e o fato de que não houve nenhum embate entre Potter e você desde a segunda tarefa, o que você está aprontando deve ter relação com ele. 

— Por que você se importa? Pensei que tinha cortado relações com o Potter.

— É preciso primeiro ter uma relação com ele para ser cortada. 

— Dallas... — Draco a chamou em um tom de advertência. 

— Relaxa, Draco. Se a sua preocupação é a minha insistência em manchar o bom nome da Sonserina ao relacionar-me com um grifinório, fique sabendo que isto não acontecerá mais. 

— Assim espero. Potter não é seguro. — ele disse com a convicção de quem sabia algo. Sim, Potter era um alvo, seu passado e seus inimigos eram conhecidos mas estes, até o momento, não eram uma ameaça. Voldemort não era visto há anos. Se estava debilitado pelo ataque na casa dos Potter há treze anos, quem poderia saber quando ele realmente recuperaria sua força total? Isto poderia levar décadas para acontecer, Potter poderia já estar morto quando Voldemort voltasse, ou o bruxo das trevas poderia estar agonizando em algum canto escuro, definhando, somente esperando a morte chegar e os ataques realizados a mando ou em nome dele poderiam ser apenas um último suspiro agonizante de um homem que um dia foi poderoso e temido e hoje estava a um passo de virar uma nota de rodapé nos livros de História. 

Mas o modo como Draco insistia que Dallas se afastasse de Potter, como Narcissa exigiu o mesmo após o ataque na Copa Mundial de Quadribol, dizia que havia mais por detrás desta história. Isto ou eram apenas avisos movidos pelo medo daqueles que um dia conviveram próximo o suficiente do Lorde das Trevas para saber que dele deveria-se esperar o inesperado. 

— Você está sabendo de algo que precisa ser compartilhado com o grupo, Draco? — olhos cinzentos encontraram azuis escuros e ambos ficaram encarando-se por alguns segundos antes de Draco desviar o olhar. 

— Eu não faço ideia do que você está falando. — e o interessante era que ele falava a verdade, Dallas percebeu isto no momento em que as palavras terminaram de sair da boca dele. Mas o discurso de Draco ainda era um discurso curioso, pois assemelhava-se a um discurso ecoado. 

— Narcissa está sabendo de alguma coisa? — porque uma coisa que notou no pouco tempo de convívio com a mulher foi que Narcissa era superprotetora e não iria permitir que os filhos tivessem proximidade, além do absolutamente necessário, com qualquer coisa relacionada ao Lorde das Trevas. Com Draco seria não dizer à ele coisas relacionadas aos Comensais da Morte, deixando o garoto no escuro sobre o assunto. Com Dallas era exigir que ela se afastasse de Potter.

— A paranoia Sonserina está começando a entranhar em suas veias. Bom, estava na hora de você começar a honrar as cores da casa. — Dallas rolou os olhos diante do tom debochado de Draco e da mudança brusca de assunto, mas deixou isto passar. Mais cedo ou mais tarde ela descobriria a verdade mesmo. 

E a verdade foi descoberta bem antes do que Dallas esperou quando Snape parou a aula de Poções para ler em voz alta um artigo de Rita Skeeter sobre Granger. Algo sobre a grifinória estar fazendo uma escalada social ao colocar as suas garras em Viktor Krum e Harry Potter. 

— Eu sabia que você estava aprontando alguma coisa. — Dallas sibilou para Draco, ao seu lado, e depois deu um relance para a mesa onde o trio sentava. Weasley tinha a expressão de quem cheirou uma poção muito fedida, Potter tentava consolar Granger que não estava com cara de quem queria consolo, mas sim de quem queria torcer a garganta de Skeeter. Dallas compreendia bem este sentimento. 

— O quê? O que foi que eu fiz? — Draco respondeu com olhos largos e rosto irradiando falsa inocência. 

— Eu não sei como você está fazendo isto, mas eu vou descobrir. 

— Fazendo o quê? — a falsidade do irmão já estava começando a dar nos nervos de Dallas. 

— As matérias da Skeeter deixam claro que ela tem uma fonte dentro de Hogwarts e a sua cara lavada acabou de me confirmar quem é a fonte dela. O grau de fofoca nas matérias dela equiparam-se ao seu enorme talento em criar boatos. 

— Eu estou apenas dizendo a verdade. — Draco defendeu-se com um tom cruel de divertimento na voz. 

— De seu ponto de vista. A verdade de seu ponto de vista, inventando e aumentado. 

— Por que você está defendendo a Granger? Pensei que não gostasse dela. — esta sim era uma verdade. Dallas não gostava de Granger, porque a metida a sabe-tudo lhe dava nos nervos. Granger era soberba e toda cheia de si e a bajulação dos professores - com exceção de Snape, óbvio - sobre ela era enojante. Todos a tratavam como se ela fosse a única boa aluna da escola, o exemplo a ser seguido, quando havia muitos alunos melhores do que ela e que eram melhores exemplos. Alunos sangue-puros, mestiços, nascidos-trouxas, mas aos olhos de todos a única coisa que importava era a queridinha da Granger, melhor amiga de Harry Potter.

Dallas cresceu em um mundo de injustiça, a sua avó lhe ensinou bem a não esperar elogios e comiseração de ninguém, e a não desejar nada disto para si porque não obteria. Os seres-humanos eram fúteis e interesseiros, se te elogiavam é porque queriam algo de volta e nunca, nunca mesmo, você deveria permitir que alguém conseguisse alguma vantagem sobre você. Dallas não queria reconhecimento de ninguém. Ela sabia que era brilhante, QI de gênio, foi testada várias vezes e a sua inteligência só tendia a aumentar à medida em que amadurecia e aprendia mais coisas, mas Dallas, apesar de aguentar e tolerar bem as injustiças direcionadas à si, detestava quando estas eram feitas com terceiros. Patrick era tão esperto quanto Granger, mas não recebia o mesmo tipo de adulação que a grifinória. Embora o garoto não reclamasse, Dallas já viu os olhos dele perderem um pouco de brilho ao receber um teste o qual ele gabaritou e nem ao menos um “parabéns” ouvir do professor enquanto Granger recebia o teste igualmente gabaritado ou com erros mínimos e ganhava sorrisos e congratulações. 

Dallas poderia não gostar de Granger porque a garota obviamente estava sendo favorecida em Hogwarts, desde o diretor até o guardião das terras da escola, mas ainda sim ela era uma garota que quando se tornasse uma mulher feita e deixasse a bolha de superproteção da escola, descobriria que o mundo não cairia assim tão fácil aos seus pés. Dallas já tinha plena ciência disto desde cedo, embora algumas vezes desejasse que a avó tivesse lhe mantido inocente sobre a crueldade do mundo por mais alguns anos, mas Granger ainda não e isto era digno de pena e lá no fundo Dallas ainda desejava que a colega de escola permanecesse um pouco mais de tempo pura e intocada sobre as crueldades que existiam além das paredes do castelo.

Mas Draco, obviamente, existia para colocar um entrave em todos os seus planos. 

A matéria de Rita Skeeter não foi a única coisa desagradável que aconteceu em Hogwarts naqueles dias. Nas semanas seguintes, enquanto a tensão para a terceira tarefa crescia sobre os alunos, Granger começou a receber berradores e cartas de ódio das fãs fervorosas de Potter e Krum, até mesmo de adultos que deveriam saber melhor das coisas ao invés de humilhar garotas de quatorze anos, fora os olhares venenosos que ela recebia dos colegas de escola. E em uma memorável manhã fria e de sol, Dallas encontrou Granger escondida no banheiro da Murta-Que-Geme, choramingando em um dos cubículos. 

— Sério mesmo, Granger? — o tom de desdém em sua voz foi inevitável. Sentimentalismo a deixava incomodada e pessoas chorando, também. Dallas não lembrava da última vez que chorou porque alguém feriu os seus sentimentos, talvez em algum momento longínquo de sua infância, porque Amélia arrancou esta faceta de dentro de si mais rápido que alguém pudesse dizer Wingardium Leviosa

— Me deixa em paz! — Granger retrucou em um tom mal humorado e entre lágrimas. Ela formava uma figura patética, descabelada, com o rosto vermelho, olhos inchados e lágrimas rolando pelas bochechas. Dallas rolou os olhos diante da visão deplorável, mas ainda sim recolheu um chumaço de papel toalha e estendeu para a garota que aceitou a oferta com uma leve desconfiança e então enxugou os olhos e o nariz no bolo de papel. 

— Você sabe da minha história, não sabe? — perguntou. Granger era nascida trouxa e, como muitos outros colegas dela, deve ter reconhecido Dallas no momento em que ela pisou no salão principal para ser sorteada. Os Winford eram ricos e famosos e foco da maioria das revistas, programas e jornais de fofoca do país. E Dallas foi e ainda é a maior fofoca que a família pôde oferecer aos leitores ávidos desses jornais. Mesmo que Granger não fosse uma garota de ler este tipo de coisa, ela não viveu sob uma pedra para não saber quem era os Winford. — Isto que você está vivendo agora? Isto eu vivo há anos em minha própria casa, vindo dos meus irmãos e da minha madrasta. — Granger a olhou com choque, porque provavelmente, na mente dela, uma menina rica e de berço é intocada pelo sofrimento da vida. Na mente de Granger, somente os pobres e desfavorecidos são injustiçados. Os ricos e famosos? Esses estão sendo apenas dramáticos. — A minha avó me ensinou bem cedo para não me importar. Sabe o que ela dizia? “Fodam-se eles, você não lhes deve nada”. Só que ela dizia isto em francês, o que fazia a lição ganhar um toque de elegância, apesar do palavrão. — Granger riu entre as lágrimas. 

— Conscientemente eu sei disto. Mas ainda sim…

— Machuca. Porque racionalmente você sabe que eles estão sendo uns imbecis, que você não tem culpa de nada, que a sua vida e como você a vive não é do interesse de ninguém. Mas a não ser que você seja um psicopata, não tem como emocionalmente não ser afetada pelas palavras cruéis. 

— Bem isso. 

— Você pode ser afetada o quanto quiser, Granger. O segredo é não deixar eles saberem disto. Porque quando eles virem que as pedras atiradas não te machucam e que você vai continuar seguindo, de cabeça erguida, mesmo que sangrando e ferida, eles vão ficar aterrorizados com a sua força e a sua persistência e ou irão te respeitar, ou irão parar com medo das represálias. 

— É assim que você vive? — ela perguntou depois de sair do cubículo e ir lavar o rosto em uma das pias. — Sendo constantemente apedrejada e fingindo que isto não a machuca? — Dallas não respondeu, apenas deu à garota um leve balançar de ombros. — Deve ser doloroso, e cansativo. 

— Talvez, mas neste embate eles vão cansar primeiro do que eu. 

— Isto não é uma vida feliz para se levar, Dallas. — a familiaridade com que o seu nome saiu da boca da grifinória foi estranho. — Machucar antes de ser machucada. Se você viver assim, nunca deixará ninguém se aproximar. Isto é viver em eterno medo, porque você está sempre esperando o pior das pessoas. É por isso que você cortou relações com Harry? Porque estava se apegando e agora tem medo que ele te decepcione?

A pergunta a pegou de surpresa e a atingiu justamente na raiz da questão, não é mesmo?

Isto foi algo que Dallas esteve refletindo desde o Baile de Inverno. Por que cortar com Potter uma relação que ela gostava de fingir que não existia? Por causa do desagrado de sua avó? Dos avisos de Draco? De Narcissa? Dallas nunca foi de fazer o que as pessoas esperavam ou pediam que ela fizesse. Portanto, se todos eram contra a proximidade dela com Potter, isto apenas a incentivaria a ficar ainda mais perto dele e não fazer a vontade dos outros. Mas algumas horas de reflexão e a maturidade que os anos infelizmente estava trazendo lhe deu as respostas:

Ela estava se apegando a Potter. Mais do que deveria se apegar, mais do que gostaria de admitir. Enquanto Amélia, Patrick e até mesmo Draco apenas residiam perto das bordas das barreiras construídas para proteger o seu coração, Potter estava aproximando-se perigosamente, e rápido, do centro daquilo que ela foi ensinada desde cedo a proteger e nunca expor a ninguém que pudesse usá-lo contra ela. Sentimentos expostos eram uma fraqueza que poderia e iria ser explorada por aqueles com moral duvidosa e escrúpulos inexistentes. 

— Granger, meus problemas são algo que eu realmente não quero compartilhar com você. — Dallas respondeu, seca. Não tinha intimidade alguma com a grifinória para ela querer pseudo analisá-la desta maneira. 

— Dallas! — Granger a chamou antes que ela pudesse deixar o banheiro. Já tinha perdido a vontade de usá-lo há tempos. Teria sido preferível encarar a viagem até a sala comunal da Sonserina ao ter que passar por terapia quando estivesse fazendo xixi. — Harry sente a sua falta. 

Dallas não a respondeu, porque as palavras ficaram entaladas em sua garganta diante desta revelação, somente bateu a porta do banheiro às suas costas quando saiu.


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