Still Loving You More escrita por MisuhoTita


Capítulo 18
A Viagem de Andrea




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Na manhã seguinte, Andrea está no portão de embarque dos voos domésticos do Aeroporto Internacional do Galeão, pronta para embarcar em um voo direto para Aracaju, a fim de atender a um pedido de seu filho.

A noite não fora nada fácil, primeiramente porque, infelizmente, o prognóstico de Maria Flor não é nada bom.

A jovem continua em coma e, embora a transfusão de sangue tenha evitado a morte dela no dia de ontem, os médicos deixaram bem claro que não estão nem um pouco otimistas, que o caso dela é delicado demais.

E, por conta disso, seu filho está inconsolável. A dor e o sofrimento estão nitidamente estampados no rosto de seu filho e a verdade é que, nunca imaginou ver Arthur sofrendo desta forma por uma mulher, e, isso só mostra o quanto ele está apaixonado por Maria Flor, e, por mais que ele não assuma isso, ele a ama.

E, é exatamente por este amor que seu filho sente por Maria Flor é que ela está fazendo essa viagem. Uma viagem que ela simplesmente não sabe o que esperar, pois, não conhece os pais de Maria Flor. Não sabe que tipo de pessoas eles são, e, tampouco como irão recebe-la. O pouco que sabe sobre eles é que o pai de Maria Flor a expulsou de casa tão logo descobriu que ela estava grávida.

Só espera, sinceramente que, eles amem a filha apesar de tudo. Que, eles a perdoem pelo que ela fez, afinal de contas, Sadrak não é um erro, muito pelo contrário, seu pequeno netinho foi, sem a menor sombra de dúvidas, a melhor coisa que poderia ter acontecido em sua vida, e, a única coisa que lamenta sobre a gravidez de Maria Flor é o fato de que não estava ao lado da jovem durante o período gestacional, e, consequentemente, nos primeiros meses de vida do netinho.

Com todos estes pensamentos em mente, Andrea adentra a aeronave e toma o seu lugar na primeira classe, afivelando o cinto de segurança em seguida. E, enquanto o embarque dos outros passageiros continua a acontecer, ela abre a sua bolsa e tira de dentro dela o seu I Phone, desbloqueando a tela em seguida e abrindo o seu WhatsApp, onde imediatamente busca o contato de seu filho e envia para ele uma mensagem, perguntando se houve alguma melhora no estado de Maria. Nem dois minutos se passam e recebe a resposta de seu filho, dizendo que ela continua na mesma, e, ao ler a resposta de seu filho, um sentimento de profunda tristeza toma conta de seu ser, pois, mesmo que durante a maior parte do tempo ela tente pensar de forma otimista, mesmo que na maior parte do tempo ela se esforce para acreditar que vai ficar tudo bem, a verdade é que uma parte de seu coração teme pelo pior, pois, infelizmente, a morte ainda é um risco muito grande para a pobre Maria.

Responde à mensagem de seu filho, tentando passar alguma mensagem otimista para ele, e, em seguida, desliga o I Phone e volta a guarda-lo em sua bolsa.

Uma aeromoça surge, avisando que o embarque dos passageiros já foi concluído e pedindo a todos que coloquem o cinto de segurança, pois o avião irá decolar em breve.

Em seguida, as instruções do voo começam a ser passadas, mas, Andrea não presta muita atenção nelas, pois seus pensamentos simplesmente não saem do filho e de Maria Flor.

O avião começa a decolar e, em seu coração, Andrea começa a sentir um pouco de ansiedade, pois, ela sabe que dentro de poucas horas estará em Aracaju e, de lá, deverá rumar para Riachão do Dantas, a cidade natal de Maria para o iminente encontro com os pais dela.

Um encontro que, infelizmente, ela não sabe o que esperar.

Fica se perguntando se o pai de Maria Flor será indiferente ao fato de sua filha estar à beira da morte ou se o amor de pai falará mais alto. Espera sinceramente que seja a segunda opção.

E, enquanto o avião segue rumo a Aracaju, Andrea tenta se preparar mentalmente para o encontro que está por vir.

 

 

*****

 

 

Danielly está em seu apartamento, tomando uma taça dose de conhaque e assistindo a uma série em sua televisão quando o interfone começa a tocar. Estranha, pois, até onde se lembra, não está esperando nenhuma visita.

Por outro lado, pode ser que seja Arthur, afinal de contas, a esta altura do campeonato a Mortinha de Fome já deve estar morta, e, com isso, ele já deve ter percebido que ela é a mulher certa para ele.

Com um sorriso em seus lábios, Danielly deposita o copo de conhaque em uma mesinha de centro e, em seguida, pausa o filme que está assistindo e, corre até o interfone, não demorando nada em atender, dizendo:

― Pode falar.

― Senhorita Danielly. – fala o porteiro através do interfone – Tem um homem aqui que quer...

― Pode mandar ele subir. – responde Danielly, sem deixar o porteiro terminar de falar e desligando em seguida.

Sem perder tempo, a mulher corre até a porta, ao mesmo tempo em que a campainha começa a tocar. E, no instante em que ela atende a porta, pois, ao invés de Arthur, quem ela vê ali é um homem completamente desconhecido para ela.

― Mas...! – Danielly simplesmente não consegue disfarçar a surpresa em sua voz.

― É a senhorita Danielly Simões? – pergunta o homem.

― Sim. – é tudo o que ela consegue dizer.

― O homem então tira do bolso de seu paletó um envelope e, em seguida, o entrega a Danielly, dizendo:

― Meu nome é Fabio Alcântara, sou oficial de Justiça e, preciso que a senhorita me acompanhe até a delegacia, a fim de prestar alguns esclarecimentos.

― Mas do que você está falando? – após a surpresa inicial, Danielly enfim consegue dizer – Eu não tenho que ir a lugar algum!

― A senhorita tem duas escolhas. – Fabio volta a falar – Ou me acompanha por bem, ou irei até o juiz a fim de pedir um mandado de prisão preventiva contra a senhorita, a escolha é sua.

 

 

*****

 

 

Arthur está na UTI, ao lado de Maria Flor, segurando uma das mãos delas. Após ele praticamente implorar, a equipe médica que está cuidando de Maria permitiu a ele fazer uma visita a ela, mas, somente durante quinze minutos, mas, para ele, este tempo é bem mais do que suficiente.

Infelizmente, ele não pode entrar com Sadrak, e, teve de deixar o filho aos cuidados de uma enfermeira.

Agora, ele olha para Maria Flor, entubada, com vários aparelhos que sustentam a sua vida, e, ele não sente nada além de uma grande e profunda dor.

O medo de que ela venha a falecer e deixa-lo o domina por completo e, não consegue pensar em mais nada, a não ser no fato de que precisa dessa mulher tanto quanto precisa do ar para respirar.

Com uma gentileza em demasia, ele segura uma das mãos de Maria, e, sem que consiga controlar, lágrimas começam a deslizar por sua face. Lágrimas que ele simplesmente não consegue controlar.

Por vários minutos, permanece segurando a mão dela enquanto as lágrimas continuam a inundar a sua face. A dor o inundando por completo.

Queria conversar com ela, dizer a ela que está ali e que não irá sair do lado dela, mas, a verdade é que, neste momento, a dor que sente em seu coração é tão grande que as palavras lhe faltam e, ele simplesmente não sabe o que poderia dizer a ela. E, por isso mesmo, a única coisa que ele consegue fazer é ficar ali, segurando a mão dela e observando-a em seu coma. Não consegue pensar em mais nada a não ser nela e no medo imensurável que sente de perde-la neste momento.

Como é possível que, em tão pouco tempo, uma pessoa se torne tão importante assim em sua vida? Para esta pergunta, ele não tem uma resposta. A única coisa que ele sabe é que Maria se tornou mais importante em sua vida do que ele sequer poderia imaginar.

Agora que corre um grande risco de perdê-la, é que consegue se dar conta do quanto ela significa para ele, do quanto ele se importa com ela, e, mais importante, do quanto ele simplesmente não pode mais viver sem ela!

Maria é o seu mundo!

Maria é a sua vida!

Maria é o seu amor!

Está tão perdido em seus pensamentos que, não nota a chegada de um médico, até que ele se aproxima e diz:

― Senhor Montenegro, eu sinto muito mais o senhor não pode mais ficar aqui.

Sem dizer uma única palavra, Arthur solta a mão de Maria, em seguida, beija delicadamente o rosto dela para só então deixar a UTI.

Após deixar a UTI, encontra no corredor a enfermeira que está com Sadrak e, não perde tempo em pegar o filho no colo, para então voltar a sua atenção para a enfermeira e dizer:

― Muito obrigado por ficar com ele.

― Não há de que, senhor Montenegro. – responde a enfermeira.

 

 

*****

 

 

Duas horas e meia depois, Andrea acaba de desembarcar no Aeroporto Internacional de Aracaju, onde, um motorista contratado por Arthur já está a sua espera.

Um sentimento de expectativa começa a tomar conta de todo o seu ser, pois, finalmente, chegou o momento de encontrar os pais de Maria Flor!


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