Into the Potterverse escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 8
Capítulo 7




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Os seus pais não estavam lá.

Ou a versão daquele universo deles.

Imaginava como a sua mãe estaria ao saber que ela iria até Azkaban.

— Essa é Azkaban — Moody entregou um recorte de jornal a ela — É uma fortaleza de segurança máxima no meio do mar.

Ela sabia o que era Azkaban.

O seu pai era do Ministério.

Evitou uma resposta atravessada. Hermione ficaria orgulhosa de seu autocontrole, se algum dia ela soubesse.

— Tá — ela concentrou-se na foto da prisão.

— Eu e Kingsley iremos tradicionalmente de barco — disse Tonks —, mas eles não podem ir conosco. Então você irá aparatá-los até lá.

— E depois voltará para cá — frisou Remus — Você entendeu?

Como se ela quisesse participar da luta.

— Como farão para voltar? — Scarlet levantou uma questão importante.

— Tem uma chave de portal que nos levará para algum lugar em Londres — respondeu Moody, o seu olho azul se mexendo sem parar — O problema é entrar, não sair, garota.

Não questionou.

— Tá bem — ela disse.

— Astoria disse que seria durante a noite — comentou Dumbledore —, mas Severus nos enviará um sinal do momento exato.

Ele não tinha conseguido a data, Scarlet não sabia como conseguiria um horário.

Tonks e Kingsley partiram antes, pois a travessia a barco não era tão rápida assim. O resto ficou aguardando pelo momento certo na sala de estar da Nobre e Antiga Casa dos Black.

Não sentia aquela tensão desde que Harry foi para a última tarefa do Torneio Tribruxo.

Ou quando deram de cara com Sirius Black na Casa dos Gritos, se fosse para considerar um momento em que estivesse presente.

E então o sinal aparentemente chegou.

Dumbledore fechou a tampa de um relógio estranho.

— Vamos — ordenou.

Moody, Remus e o próprio diretor puseram as suas mãos nos braços da garota.

Sirius ficaria em casa e não estava satisfeito com isso.

O diretor considerou que não era necessário envolver toda a Ordem naquela missão.

Scarlet respirou fundo, fechou os olhos e concentrou-se na imagem em sua mente.

Aquela fortaleza imensa impenetrável.

Na foto parecia feita de mármore preto, mas sabia que dentro as paredes eram de pedra.

Podia sentir o cheiro do mar batendo na encosta da prisão.

Sentiu a pressão no umbigo, como se um anzol a puxasse. No segundo seguinte, pôde escutar os gritos e o mar batendo agressivamente contra as rochas lá embaixo.

— Você foi muito bem, Scarlet, agora vá — disse o diretor.

Os outros dois não despediram-se, saindo apressados.

Os corredores já estavam esvaziados de aurores.

Podia ver luzes de feitiços ao fundo.

— Vá!

Ela voltou a fechar os olhos.

E então estava de volta à mansão.

Apoiou a mão no encosto de uma das poltronas da sala de estar, sentindo-se enjoada.

Seria bom se pudesse aparatar de volta para casa.

Não conseguiu dormir.

Sabia que Astoria, Amber e Jilian estavam na mesma situação que ela.

Elas desistiram de fingir uma hora depois e saíram do quarto. Amber encarregou-se de acender a lareira enquanto Astoria ligou baixo o velho rádio.

— Se a fuga acontecer, saberemos logo — justificou-se.

E não demorou.

A voz do locutor interrompeu a seleção de canções, quando Jilian já estava dormindo no colo de Amber.

— Interrompemos a programação para um aviso de última hora. Houve uma fuga em massa na prisão de Azkaban. Dez prisioneiros de segurança máxima escaparam. Até agora foram confirmados Bellatrix Lestrange, Antonin Dolohov, Augustus Rookwood, Rodolphus Lestrange e Rabastan Lestrange. Outros nomes ainda não foram divulgados.

Antes que pudessem escutar o pronunciamento do ministro Fudge sobre o assunto, escutaram um som alto que as assustou.

Sirius desceu as escadas correndo, alarmado, mas parou ao vê-las.

— Pra cima, garotas, rápido!

Elas não hesitaram, apesar de sentirem curiosidade de saber como tudo tinha sido.

A realidade é que nenhuma delas pensou que Dumbledore traria a obscurial pra dentro da casa, quando ela ainda não confiava neles.

A última coisa que Dianella se lembrava era de ter ido a Azkaban e transformar-se em obscurus para derrubar as paredes e libertar os Comensais da Morte.

E então ela acordou amarrada e deitada em uma bancada de cozinha.

Puxou o seu braço, tentando soltar o seu pulso das amarras, mas elas apenas apertavam-na mais.

— Não vai funcionar.

Ela conhecia aquela voz.

Snape.

Aquele traidor.

Devia ter suspeitado que ele atuava bem demais como agente duplo.

Quando ela contasse a...

— Não contará a ninguém — Snape disse, lentamente.

— Me tire daqui — ela rosnou.

— Tirarei, mas só depois que você entender.

Ela fechou os olhos e tentou deixar o obscurus tomar conta dela.

Não conseguiu.

— O que você fez? — perguntou em pânico.

Tinham tirado dela?

Ela tinha perdido a sua magia completamente?

— A mantive em controle — ele disse com aquele mesmo tom de voz irritante de sempre.

Como queria socá-lo.

— Não vão conseguir o que querem.

A quem queria enganar?

Ela nunca saiu da Mansão antes daquele incidente.

Mas o Voldemort desse universo não tinha a mesma preocupação do que o do seu universo.

Era compreensível, eles nem se conheciam.

Então ela tinha um treinamento fajuto de oclumência que um legilimente experiente como Snape poderia facilmente contornar e descobrir todos os seus segredos.

— Este não é o seu universo — disse o traidor — Vai voltar para casa.

— Você acha mesmo que foi um acidente? — Dianella gargalhou — Pode me mandar de volta, daqui a uma hora eu estarei de volta ou em outro universo. Porque eu não descansarei enquanto não der ao Lorde das Trevas o que ele quer.

— Você sente que deve a ele.

Era outra voz.

Uma voz feminina.

— Porque ele a tirou daquele orfanato onde a maltrataram.

Ergueu o tronco na bancada para ver uma garota da mesma idade que ela observá-la.

— Ele mentiu para você e você nem percebe ou liga para isso — ela concluiu.

— Ele não mentiu para mim — Dianella rosnou.

— Ele a deu um sobrenome — a garota disse em voz alta o que ela pensou antes que pudesse pronunciar-se — Riddle, não é? E te revelou os seus maiores segredos.

Não!

Ela não podia descobrir sobre aquilo!

Forçou a sua mente a pensar em outra coisa, por mais difícil que fosse.

Não podia revelar aos inimigos o seu maior triunfo.

— O que ele disse sobre a sua família? Que te ajudaria a encontrá-los para que se vingasse deles como ele fez com o pai trouxa dele?

— Severus! — ela gritou.

Preferia a presença daquele traidor do que da garota.

Ela não fazia o menor esforço para ler os seus pensamentos.

No andar de cima, a Ordem tentava decidir como fariam para que a garota visse a verdade. Jilian foi uma alternativa sugerida pelo próprio professor de poções para descontentamento da Srª Weasley.

Mas pelo menos funcionava.

— Ele mentiu, Dianella — Jilian continuou — Ele sabe quem é a sua família, sempre soube.

Ela negou com a cabeça.

Mentiras.

— Os seus pais se chamavam Lily e James Potter. Você nasceu em 31 de Julho de 1980. Voldemort matou os seus pais. Ele quer matar o seu irmão, Harry Potter, e você está o ajudando!

— Eu não tenho irmão! — ela gritou.

— Você tem. Você sabe que tem. O que houve? Você sente raiva dele? Raiva porque ele tem pessoas que se importam com ele? Ele cresceu do mesmo jeito que você, sendo negligenciado. A diferença é que nunca falaram para ele o que era magia, ou ele tentaria reter como você.

Ela precisava sair dali.

— Eu sou como você — Jilian mudou o tom de voz — Amber, Astoria e Scarlet são como você. Todas nós fomos tiradas de nossos universos, todas somos em nossos universos irmãs dele.

Não tinha como demonstrar surpresa.

Tinha noção de que estava acompanhada antes de fugir do Departamento de Mistérios e ir até Nagini.

— Acha mesmo que ele se importa com você? Acha que está a sua procura? Acha que ele te procuraria por se importar com você ou porque você tem um poder que ele pode usar?

— Ele não me conhece — respondeu Dianella —, mas o do meu universo sim.

— Há menos de um ano.

Foi como um tapa na sua cara.

Tom tinha lhe contado tantas coisas. Por que faria isso se não confiasse nela? Se não se importasse com ela?

— Grindelwald também usou um obscurial em sua guerra. Ele também dizia se importar. É o que eles fazem.

— Diz como se Dumbledore fosse diferente — ela retrucou.

Jilian ficou quieta.

Dumbledore era manipulador de várias formas.

— Ele não está cabeceando uma guerra que vai matar milhões — disse, por fim — Ele não quer segregar os bruxos que são diferentes da sua crença. Você realmente acha que lobisomens e nascidos trouxas são inferiores? Que devem morrer?

Dianella nunca tinha sido perguntada do que ela achava.

Nunca tinha pensado no assunto, apenas seguia o que Voldemort dizia.

A garota não estava de todo errada, ele mandava nela e ela obedecia.

Mas...

Mas ele a tirou daquele orfanato...

— Não precisa matá-lo, só não o ajude a conseguir — Jilian aconselhou-a.

Então tomou uma decisão estúpida.

Ela tirou as cordas dos pulsos da menina.

Mas Dianella não reagiu.

Se sentia tão confusa.

Por mais que tentasse se convencer de que estavam manipulando-a, havia um tom de verdade em suas palavras. Geralmente ela era boa em identificar quem estava mentindo para ela, mas Voldemort era bom demais em esconder.

Ou talvez ele realmente se importasse com ela, diferente daqueles de outros universos.

Mas ele ainda queria matar pessoas.

Isso não era certo.

— Eu não tenho para onde ir — ela sussurrou.

Jilian puxou um banco para sentar-se ao lado da bancada.

Ela podia apenas estender a mão e envolver o seu pescoço...

Teriam dado alguma poção a ela?

— A única poção dada foi para te acalmar e, portanto, não te permitir assumir a forma obscurial — ela disse.

— Pare de ler a minha mente.

— Desculpe, eu não controlo.

Não sabia que era possível isso. Pensava que a legilimência era aprendida e usada conscientemente.

— É como a animagia. Tem bruxos que nascem com essa capacidade e outros que adquirem — Jilian explicou, esquecendo-se de seu pedido anterior.

— Bruxos que nascem? — ela repetiu, curiosa.

Dianella era uma garota assustada.

Ela tinha medo de voltar ao orfanato.

Medo de não ser amada.

Ao mesmo tempo tinha uma enorme curiosidade pelo mundo bruxo, para saber cada detalhe do que a cercava.

— É um gene, sabe. Se um dos pais é animago, então o filho teria uns 50% de chance de nascer com esse gene. Se os dois são, então aumentaria para uns 100% — respondeu.

— É assim com a legilimência?

— Eu não sei. Só sei que você pode aprender a legilimência como pode aprender animagia, ou só nasce desse jeito.

Ela não continuou o assunto.

— Eu não te culpo por não confiar em Dumbledore, mas se você pedir a ajuda dele, terá um lugar para ficar — Jilian retomou a sua dúvida anterior — e estará segura.

— O que ele fez para vocês? — ela perguntou.

— Ele mandou Amber para a França. Scarlet fugiu do orfanato em que era maltratada por ser bruxa e ele tentou fazê-la voltar. Astoria vive com uma família em que a madrasta e a meia irmã a odeiam.

Então Scarlet era a sua versão que teve a coragem para fugir.

— Ela pode aparatar, então ela teve mais sorte que você — disse Jilian — Ela foi para um lugar onde foi acolhida e por fim adotada.

Quando era mais nova, a adoção era o seu sonho. A sua chance de sair de lá. Porém, quando as famílias apareciam, a diretora sempre dava uma desculpa para que Dianella tivesse o que fazer e nunca fosse apresentada.

Todo mês essa mesma diretora embolsava o dinheiro que Dumbledore mandava para ela. Sabia disso porque viu o nome em um envelope uma vez, junto com o seu nome.

Até então ela era apenas "garota" ou "aberração". Só depois tornou-se Dianella.

Estava tão perdida em pensamentos que se assustou quando sentiu uma mão tocar a sua.

Era assim que as pessoas se confortavam?

— Quando vou poder voltar para o meu universo? — ela perguntou.

— Agora que você está aqui, não deve demorar muito.

Falava como se estivessem esperando muito tempo por ela.

Sentia-se completamente desconfortável. Estava em uma casa que não conhecia com pessoas que não conhecia.

Estava há quanto tempo naquele universo? 4 dias?

— Eu vou falar com o professor Dumbledore para ver quando que os inomináveis podem nos mandar de volta — disse Jilian — Também estou cansada de ficar aqui.

Ela levantou-se do banco em que estava sentada.

— Se quiser, eu posso chamar as garotas para ficarem aqui contigo. Assim você não precisa ficar sozinha — a legilimente ofereceu.

Ela estava acostumada a ficar sozinha.

Isso não significava que ela queria.

— Eu não as conheço — murmurou.

— Eu também não as conhecia.

Jilian subiu as escadas da cozinha antes que ela pudesse argumentar.

Sentiu um par de olhos a observando e encontrou um elfo doméstico rabugento a um canto do cômodo.

Ficou encarando-o resmungar sob a respiração, baixo demais para que escutasse, até escutar passos novamente na escada.

As três garotas pareciam não saber o que dizer, refletindo como ela se sentia.

Nunca foi boa em interagir com os outros.

Apenas Dumbledore, Remus, Sirius, Snape e o casal Weasley estavam na casa. O diretor estava para ver como a situação se desenrolaria.

— Acho que ela confia em mim — disse Jilian, tentando soar casual, ao entrar na Sala de Jantar da casa.

— Isso é bom — Remus tentou soar positivo.

Todos tinham um pé atrás com a obscurial.

— Os inomináveis já entraram em contato? — perguntou.

— Arthur vai até o Ministério perguntar a Amelia — respondeu Dumbledore.

— E então vamos embora.

Ele não negou.

— Ela ficará bem? — a Srª Weasley demonstrou preocupação — Completamente à mercê daquele bruxo.

— Dianella é inteligente. Ela vai sair dessa.

E mesmo que não saísse, não havia nada que pudessem fazer.

Esperava que não errassem de universo na volta.

— E Voldemort? — ela voltou a perguntar — Ele não vai atrás do portal no Departamento de Mistérios?

— Isso não é realmente assunto seu, senhorita Lupin — disse Snape.

— Só podemos esperar que o Ministério aumente a segurança daquele lugar porque é uma porcaria — resmungou Sirius.

Concordava com isso.

Vendo que não iam mais falar com ela sobre Dianella, se retirou.

Quando chegou à cozinha, Amber e Astoria falavam sobre coisas do mundo bruxo com a garota, enquanto Scarlet só observava.

Queria que tivesse um jeito...

Conforme o dia foi passando e perceberam que Dianella estava calma, todos começaram a se acalmar também, mesmo que Snape insistisse para que dessem mais poções calmantes a ela enquanto permanecesse ali.

— Ele tentou mesmo te matar? — ela perguntou a Harry.

— Quando eu tinha 1 ano de idade, aos 11 anos, 12 anos e de novo ano passado — ele respondeu.

— Por que ele tentaria matar um bebê?

Amber evitou olhar para as outras pessoas do cômodo.

Não podia falar sobre a profecia.

— Eu não sei — respondeu Harry, sinceramente — Nunca me perguntei isso. Aos 11 anos foi quando o impedi de conseguir um corpo...

Ele deu um breve resumo dos acontecimentos.

— Tom Riddle pode ser muito persuasivo — disse Ginny, olhando para um arranhão na mesa de madeira.

Dianella fixou o seu olhar na garota.

— Ele sabia falar de um jeito que te fizesse se sentir especial e te convencer a fazer o que ele queria.

Aquela garota tinha sido possuída por Voldemort.

Ela foi obrigada a abrir a Câmara Secreta, que poderia ter matado estudantes.

Quanto mais escutava, menos parecia o Voldemort que ela achava conhecer.

Ele tinha feito mal a tantas pessoas...

Ela hesitou antes de estender a sua mão para tocar na dela, da mesma forma que Jilian fez para confortá-la mais cedo.

— Eu não sabia disso — murmurou.

— Você mora com ele e não sabe o que ele faz? — retrucou Rony, agressivo.

Hermione deu um tapa estalado nas costas dele.

— A única coisa que eu sei é que eu fui agredida, escravizada e negligenciada em um orfanato — Dianella recolheu a mão — Tudo por ser uma bruxa. Eu passei a evitar qualquer sinal de magia acidental porque eu sabia que isso me prejudicaria. E então chegou a um ponto em que Hogwarts não me reconheceu como bruxa. Eu não recebi a minha carta. O meu inferno continuou por mais 4 anos e ninguém se importou.

— Ninguém te culpa, Ella — disse Amber com a voz suave — Como Ginny disse, ele sabe ser manipulador.

A manipulação dele era tão forte que ela se sentia incapaz de fugir de casa.

Sentia-se culpada por estar interagindo e conspirando com mestiços e nascidos trouxas.

"É assim que você agradece tudo o que fiz por você?" podia escutar a voz dele dizer.

E se Dumbledore a mandasse de volta para o orfanato como tentou fazer com Scarlet?

E se o Ministério a considerasse perigosa demais e tentasse matá-la ou a mantivesse presa em Azkaban?

"Você não tem para onde ir. Eu sou a única opção que você tem".

— Estava com esperanças de que seu pai retornasse hoje com notícias — disse Astoria, olhando para Scarlet.

Assim que ela percebeu o que fez, dirigiu o seu olhar para os únicos Weasleys presentes na conversa. Os gêmeos conversavam com Remus e Sirius em um canto, talvez sobre pegadinhas.

— Ele deve vir amanhã — foi Ginny quem respondeu.

Jilian parecia incomodada ao observar a roda de conversa afastada e talvez por isso não prestou atenção nos pensamentos de Dianella.

— Com licença — ela levantou-se um pouco bruscamente.

Aproximou-se dos marotos e dos gêmeos, enquanto Sirius contava algo sobre soluços doces.

— Que coisa mais linda — ela exclamou com ironia mal contida — Então vocês não se incomodam em contar sobre os seus tempos de escola para Fred e George, mas são incapazes de dizer a Harry mais sobre os pais dele.

Eles pareceram ficar sem palavras e então culpados por sua acusação.

— O natal tá chegando. Então por que em vez de pensarem em coisas materiais, não consideram uma coisa mais simples que seria contar a ele? Não é tão difícil, estão fazendo isso agora.

Jilian deu as costas para eles e foi até o grupo silencioso de amigos.

— Ella, vem comigo.

Puxou-a pelo braço para fora da sala.

Astoria, que era a que se sentia mais deslocada da conversa, as seguiu em seguida. Amber tinha se dado bem com Harry, tinha mais coisas a contar sobre os seus pais do que Jilian, a mencionada facilitava a comunicação com a sua legilimência e Scarlet sabia como manter uma conversa com o Trio e não excluir Ginny por fazer isso o tempo todo.

Ela e Dianella eram as mais silenciosas.

— Você já sabe onde fica aqui, então seria mais fácil para você do que ir até Hogwarts — Jilian dizia quando ela entrou na biblioteca.

— Eu não tenho dinheiro para pegar o nôitibus, não sei aparatar, chamaria atenção se fosse na forma obscurus... Além do mais, não tenho como saber se o Ministério não vai... — dizia Dianella.

— Dumbledore não vai permitir que aconteça — Astoria pronunciou-se.

— Como pode ter certeza disso?

— Porque ele já conheceu um obscurial antes e ele não lidou dessa forma.

Era um bom argumento.

— Eu acho que a irmã dele era uma obscurial — Jilian confidenciou em um tom de voz baixa.

Astoria fechou a porta da biblioteca antes de aproximar-se delas.

— Leu a mente dele? — perguntou Dianella, surpresa.

— Li muitas mentes na minha vida — ela respondeu — Nem sempre é possível saber de quem.

— Isso explicaria o porquê de ninguém saber dela — opinou Astoria — Ela deve ser a pintura no bar do Aberforth.

— Você já foi lá?

Ela deu de ombros.

Já tinha ido a vários lugares assim, mesmo que seu pai não fosse um Comensal da Morte.

— É um lugar discreto para negócios — foi vaga em sua resposta.

— Bom, mas eu não tenho como ir até lá — disse Dianella.

— Você supõe que vamos retornar onde estávamos, mas nós aparecemos no Ministério da Magia.

— Você vai pedir ajuda a ele, contar o que aconteceu — Jilian retomou de onde parou — Vai dar tudo certo. Se voltarmos amanhã, ainda será o recesso escolar.

— Acha que vai funcionar? O Fidelius...

— Dumbledore te revelou o segredo. Não o Dumbledore do seu universo, mas ainda assim...

Esperava que tudo desse certo.


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