— Deveríamos ter trazido a capa de chuva. – Penelope correu pela chuva que caia na rua. – Estou completamente molhada, agente Alvez.

— Pare de reclamar, rainha de gelo. – Luke puxou Penelope para seu lado na chuva. – Eu vejo uma casinha. Acho que ela está abandonada.

— Acha? – Penelope estava chateada. – Luke, minha roupa toda está encharcada, estamos perdidos no meio de lugar nenhum e você acha?

— Bem, talvez não teríamos nos perdido se a gente não tivesse ido atrás de um suspeito juntos. – Luke gritou e puxou Penelope quando um raio caiu quase perto dela. – Você está bem?

— Estou. – Ela se soltou e caminhou para a cabana. – Está vazia.

— Vamos entrar. – Luke a levou para dentro. Por alguma sorte, o celular ainda tinha bateria, mas não sinal. – Não temos sinal, mas Emily e Rossi sabem que estamos por aqui. Talvez.

Penelope foi até uma das mesas. Era um lugar pequeno e por algum motivo com luz ainda ativa. Ela tirou o casaco, suspirando que ele estivesse encharcado. Ela percebeu que apenas suas roupas intimas estavam secas, mas evitou tirar o vestido com apenas Luke lá.

— Se você quiser tirar suas roupas, eu não vou reclamar. – Luke tentou dar um sorriso sincero. – Você está completamente encharcada. Vai pegar uma gripe se ficar com essa roupa molhada.

Não vendo outra opção, Penelope retirou o vestido. Ela o depositou em cima da mesa que não era usada para nada e se sentou. Seu corpo clamava por relaxamento e ela tirou o salto.

— Eu preciso de algo para comer. – Penelope se levantou, achando completamente aceitável ela estar apenas de calcinha e sutiã com um homem que a amava. – Quer algo para comer, Luke?

Ela se virou, mas a cena que viu a fez se sentir poderosa. Luke a olhava da cabeça aos pés, os olhos cheios de desejo e a respiração indo mais rápida.

Observando o nariz de Luke literalmente começar a respirar mais rápido. Ele olhava para ela com desejo vivo. Algo que ela tinha visto uma vez e não era para ela.

Luke achou difícil pensar em algo com Penelope parada com uma calcinha de seda vermelha vinho e um sutiã correspondente. Ela estava irradiando feminidade e estava completamente alheia a isso.

— Penelope. – Luke precisou se aproximar. – Você é linda. Completamente linda.

— Por favor, Luke. – Penelope apenas fingiu que não estava gostando da atenção. – Eu sou apenas um pouco maior do que você é acostumado.

— Penelope, você é linda. – Luke se ajoelhou em frente dela, como se estivesse adorando Penelope.

— Luke, o que está acontecendo? - Penelope tentou se cobrir, achando que havia algo errado com ela, mas Luke a impediu. – Luke Alvez, o que está acontecendo?

— Você é linda. – Luke se aproximou, pegando as roupas e as jogando para o outro lado. – Você é perfeita demais.

— Luke... – Pen achou difícil respirar com Luke ali tão perto dela. – Por que está me tentando assim?

— Porque eu te amo demais para pensar em te magoar. – Luke a olhou direto nos olhos e retirou os óculos dela delicadamente. – Seus olhos castanhos me lembram o mel de abelhas, seus cabelos loiros parecem o sol, brilhante, macio e sedoso. Sua pele me lembra da delicadeza do lírio.

Penelope não precisou de mais elogios antes de beijar Luke. Ele ficou assustado, mas isso passou e ele passou uma mão pelo pescoço dela, a levando para o sofá meio estragado.

Emily olhava o exterior de uma janela na delegacia de polícia. Ainda chovia e apesar de todos os esforços para encontrar Penelope e Luke, todas foram enceradas logo que acharam o SUV perto de um terreno cheio de barro e nada trafegável.

— Sabe que eles estão bem, não é? – Rossi se juntou a Emily na janela. – Quero dizer, eles devem até estarem protegendo um ao outro agora.

— Não é isso que me preocupa, Dave. – Emily suspirou. – Ainda não conseguimos encontrar esse assassino e os dois estão perdidos nessa chuva.

Stephen se aproximou. Ele sabia que Luke estava apaixonado por Penelope e que ela retornava o sentimento ao homem, mas ainda assim, parecia muito assustador.

Luke e Pen caíram no sofá juntos, nus e exaustos. Penelope nunca tinha se sentido tão dolorida e tão bem ao mesmo tempo. Quando ela se virou, Luke a puxou para os braços e deu um beijo em sua testa e ela apenas fechou os olhos, dormindo perto a ele.

Nenhum dos dois se arrependia do que tinham feito. O único arrependimento que eles tinham era o de não ter feito antes. A chuva e os trovoes começaram a diminuir, mas os dois haviam adormecido e não estavam a fim de sair de lá.

Luke manteve a arma ao seu lado caso alguém tentasse algo contra Penelope. Ele poderia ser feito refém, agredido, mas enquanto protegesse Penelope, ele ficaria feliz.

Penelope ainda estava dormindo quando Luke acordou na manhã seguinte. Ele havia pego algo de um armário e cobriu os dois durante a noite. O celular agora estava sem bateria.

Ele colocou as roupas no lugar, torcendo para que a equipe resgatasse ele e Pen. Luke pensou se deveria pedir a Penelope para namorar em segredo por agora. Ele sabia que se ela quisesse contar a todos sobre eles, ele deixaria. Mas ele não a perderia por absolutamente nada na vida. Ele não sabia quem morava naquele lugar, mas agradeceu por pelo menos ter agua na torneira.

Ele encheu a garrafa de água de Penelope e chegou perto dela, tocando suavemente os cabelos sedosos dela.

— Mais 5 Minutos, gostoso. – Penelope girou e se espreguiçou como uma gata. – Oh, bom dia, Luke.

— Eu não sou seu gostoso? – Luke brincou com ela. – Estou magoado.

— Não seja bobo. – Penelope se levantou, nem se preocupando em esconder o peito. – Onde estão minhas roupas intimas, Luke?

Eu as deixei na mesa. – Luke sorriu ao ver Penelope corando. – Ei, eu quero saber. Você quer contar a todos que a gente ficou junto ou não?

— Escondido é mais gostoso. – Penelope pulou no colo dele. – Além do mais, não foi a última vez.

— Então você vai ser minha mulher? – Luke perguntou, tocando os mamilos de Pen. – Vai?

— Com essas mãos eu seria louca de dizer não. – Penelope beijou Luke até perder o folego. – Mas acho que devemos nos arrumar e voltar para a estrada. A chuva passou e eu quero estar logo em casa com você.

Luke ajudou Pen a colocar o vestido que agora estava seco e os dois deixaram a residência, levando todas as coisas deles. Inclusive a arma.

Eles logo chegaram até uma equipe policial e foram levados de volta para a equipe.

Dizer que escondido era mais gostoso era uma ironia. Eles haviam feito amor no jato voltando de um caso em que foram apenas os dois, fizeram na sala de Penelope, na mesa de Emily e a equipe ainda não havia descoberto.

Foi só depois de quase um ano que os dois foram pegos no armário de Rossi durante o casamento. Mas essa é outra história.