Oneshots Criminal minds Parte 4 escrita por Any Sciuto


Capítulo 15
The Survivor




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— Ela foi a única sobrevivente até agora desse ataque? – Emily Prentiss olhou para a janela da sala onde uma garota estava dormindo. – Então?

— Ela é sim, Emily. – Rossi falou. – Mas ela não quis conversar com Hotch, Reid, Derek ou eu. Acho que você deveria falar com ela.

Emily apenas assentiu. A menina havia sido mantida em cativeiro e violentada por duas semanas. Houve um pequeno suspiro quando o exame de doenças sexuais veio limpo assim como o teste de gravidez negativo, mas o trauma que aquela garota iria sentir...

Emily entrou na sala. Ela havia conseguido alguns lanches da máquina de vendas. Havia um café descafeinado nas mãos de Emily. Ela ganhou um sorriso meio com medo, mas interpretou como um bom sinal.

— Posso entrar? – Emily a viu se sentando um pouco mais longe, dando um lugar para a agente de cabelos morenos. – Eu trouxe café, leite com chocolate... O que você quiser.

— Obrigado. – Angela estendeu a mão e pegou uma das bombas de chocolate. – Você veio me interrogar?

— Na verdade, eu vim porque eu queria comer longe do agente Reid. – Emily abriu um sorriso. – Ele não sabe se controlar com as rosquinhas.

Angela de repente sentiu uma vontade de rir e engolindo as rosquinhas em sua boca soltou uma gargalhada em muito tempo. Emily ficou observando a garota rir com uma simples brincadeira e decidiu que conseguiria prender o homem que a machucou.

— Quando ele estava lá ele nos castigava se a gente risse. – Angela começou a falar. – Na primeira vez em que eu ri de algo que Lizzie falou ele me arrastou para o quarto e tirou minhas roupas...

— Não precisa contar se você não se sente segura. – Emily colocou a mão na mão enfaixada de Angela. – Apenas se precisar contar muito sobre ele.

— Ele tinha uma tatuagem de caveira na mão. Ele usava um boné azul e Lizzie foi espancada depois que ele terminou comigo. – Angela sentiu fome a cada gole de café que bebia. – Ela está morta, não é? Ele matou Lizzie.

— Eu sinto muito. – Emily viu a garota engolir em seco. – Os pais dela estão vindo de Washington agora.

— Você pode dar algo a eles? – Angela retirou o colar e entregou a Emily. – Era de Lizzie. Ela queria que ficasse com eles.

Olhando para a peça de joia, Emily percebeu que era um “L” de Lizzie. Apesar de a garota se chamar Elizabeth, Lizzie era o apelido perfeito.

— Eu volto logo, ok? – Emily saiu da sala quando viu os pais de Lizzie chorando no corredor. – Isso é da sua filha. Eu sinto muito.

— Ela foi a única garota resgatada com vida, não é? – A mãe de Elizabeth viu com Angela se encolheu, pensando que receberia um xingamento. – Posso falar com ela?

— Eu vou estar lá dentro. – Emily a impediu de abrir a porta. – Se um de vocês dois disserem coisas inapropriadas para ela, os dois saem.

— Eu não quero vingar. – Linda falou. – Ela passou duas semanas com Lizzie. Queremos saber se ela falou algo.

— Ela disse que queria pedir desculpas para vocês dois por todas as coisas que ela disse de ruins que ela disse. – Angela viu o olhar protetor de Emily. – Ela mandou pedir que vocês cuidassem da gatinha dela.

— Oh meu Deus. – Linda caiu nos braços do marido e foi levada por ele para longe.

— Vocês vão pegar esse homem, certo? – Angela perguntou, ainda olhando para o casal desolado.

— Nós já o pegamos. – Emily abraçou Angela dando a segurança que ela tanto precisava. – Eu gostaria de saber. Você quer vir morar comigo em Washington?

— Eu não tenho nenhum parente. – Angela apenas olhou. – Por que você faria isso?

— Não é culpa. – Emily se sentou ao lado dela. – Houve um caso onde uma menina perdeu seus pais assassinados. Eu queria muito que ela viesse morar comigo, sabe? Mas ela tinha parentes e ela não fala mais comigo.

— Eu adoraria morar com você. – Angela disse sinceramente. – Mas como vai funcionar?

— Eu tenho um marido e um enteado. – Emily se referia a Hotch e a Jack. – Com certeza você pode se dar bem. Além disso, você então pode receber suporte de uma psicóloga e passar seus dias livres com minha amiga Penelope.

— Penelope? – Angela sorriu. – Tipo Penelope charmosa?

— Sim, mas ela é perfeita com computadores. – Emily sorriu quando o homem passou e Angela não abaixou a cabeça. – Angela?

— Eu espero que você acabe no inferno. – Ela disse ao unsub agora preso e contido. – Você pode ter tirado minha dignidade, mas eu vou tirar a sua vida.

Emily sentiu orgulho da garota que agora iria ser como uma filha adotiva dela e de Hotch. Os dois haviam acelerado os papeis da adoção com a ajuda de Rossi.

Emily observou Angela dormir no SUV dela e de Hotch como se fosse a primeira vez em semanas. Acordando ela suavemente, os dois agentes mostraram o quarto onde agora Angela dormiria.

Era todo decorado em tons de rosa claro e as fronhas e lençóis eram floridos. Haviam quadros nas paredes de coisas femininas, um grande espelho e maquiagens diversas.

— Não acredito que agora eu tenho uma casa. – Angela sorriu. – Eu amei demais.

— Ficamos felizes. – Hotch se aproximou devagar. – Você está pronta para as sessões de terapia?  

— Bem, eu acho que vai me ajudar a superar esse trauma. – Angela sorriu. – Algo mais/

— Nós estamos procurando uma escola para você. – Emily sorriu. – E nem se preocupe. Essa é uma escola para filhos de agentes federais e você se sentirá segura lá.

— Obrigado. – Angela se deitou na cama nova, fechando os olhos.

As marcas estavam por todo o corpo dela, mas ela sabia que com sua nova família, mesmo que ela não fosse de sangue, iria superar e se tornar alguém melhor.

Seis anos depois...

— Angela Prentiss Hotchner! – O reitor da universidade de Harvard chamou a garota. – Parabéns pelo diploma em psicologia.

— Obrigada. – Angela acenou para seus pais e seus quatro irmãos.

Descendo do palco, Emily correu para abraçar a filha. Ela estava orgulhosa do que a garota se tornara. Foram noites difíceis com pesadelos, o julgamento e morte por injeção letal do criminoso e três anos de testes a cada seis meses para ver se ela desenvolvia alguma doença.

Ao todo foram doze garotas que ele matou, incluindo Elizabeth Swan. A filha de Linda e David Swan foi a pessoa que conseguiu, mesmo em sua morte condenar aquele homem a morte.

— Eu estou orgulhoso de você, filha. – Hotch a abraçou. – Você superou tudo e se tornou uma psicóloga.

— Obrigado, pai. – Angela o abraçou. – Certo, seus pirralhos fofos. Querem comer algo diferente hoje?

— Mcdonalds!  - Os trigêmeos e um crescido Jack gritaram juntos.

— Está bem, McDonalds para todo mundo. – Emily apontou para o restante dos colegas. – Vamos pessoas!

Eles se divertiram vendo com a equipe estava mais unida. Morgan havia pedido Penelope em casamento e tido duas filhas. Reid se casou com Abby e juntos tiveram dois meninos.

Até Rossi se casou com a mãe de Derek. Todos brindaram ao futuro que estava chegando.


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