Across the universe escrita por Artemis Stark


Capítulo 3
Parte 3




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Nos meses seguintes Hermione voltou a trabalhar no ministério, contudo dividiu seu tempo para apresentar mais do mundo bruxo a Legolas. Levou-o para conhecer Hogsmeade, Beco Diagonal e até Hogwarts. Parte daquele novo mundo encantava o elfo, no entanto, sentia-se dividido. Seus sentimentos por Hermione iam se fortalecendo e tinha uma verdade gritante: moravam em universos paralelos.

Pior que isso: o tempo passava em ritmos diferentes! Sofreu por Jane, mas agora? Como deixar Hermione? Como reencontrá-la idosa? Ou pior: não a reencontrar? Apenas, mais uma vez alguma neta, bisneta... Ela teria outra pessoa em sua vida.

Aqueles pensamentos tumultuavam sua mente, deixando-o muitas vezes ausente ou afastado das conversas, vendo como se tudo acontecesse como aquela coisa estranha que Hermione tinha mostrado: como se estivesse assistindo um filme.

— Legolas? – o toque da mão de Hermione trouxe-o para a realidade do jantar no fundo da casa dos Weasleys, os fogos criados pelos gêmeos lembrando Gandalf.

— Hermione, vou me deitar. Boa noite – deu um beijo na mão dela, sorrindo, depois sumiu entre as árvores. Agora o elfo vivia na mata próximo à residência da Toca, retomando um pouco de sua vida anterior. Havia construído uma tenda, caçava, treinava arco-e-flecha e contava de seu mundo aos bruxos. Ao mesmo tempo, passava todo tempo livre de Hermione com ela, conhecendo cada vez mais sobre seus hábitos, seu modo de viver, o que a alegrava e o que entristecia.

Uns dias depois, estavam na casa de Hermione, enquanto ela preparava um jantar, Legolas olhava atentamente as fotos, registros que se mexiam presos em molduras.

— Você ainda não me contou sobre ele – falou, segurando uma imagem em que Hermione aparecia ao lado de um rapaz com cabelos tão loiro quanto os seus.

— Nós namoramos na época da guerra. Draco defendia os ideais de pureza de sangue, fez muita merda, porém mudou de lado - Legolas sempre se surpreendia e ao mesmo tempo se encantava como ela falava palavrões com naturalidade, sem se constranger. Observou novamente a imagem de Hermione e Draco abraçados, a imagem movendo-se num mesmo movimento repetido.

— Por você?

— Por amor – Hermione sorriu, tristemente – Por amor a mim, sim. Também amor à sua mãe, a si mesmo. Só que ele traiu um número grande de Comensais. Éramos todos caçados por pensar diferente do que o ministério queria. Travamos a última batalha, porém muitos bruxos fugiram antes de serem levados à Azkaban.

— A prisão?

— Isso – Hermione pegou a foto delicadamente da mão do elfo – Os meses seguintes foram terríveis e Draco foi morto – algumas lágrimas escorreram pelo rosto, que Legolas limpou delicadamente. – Eu o amei, apesar de parecer improvável. Acho que nós dois estávamos quebrados e acabamos nos encontrando em nossa dor. Era um refúgio – Legolas observou quando ela recolocou a foto no lugar. Seria possível ter um espaço no coração daquela bruxa? Era a pergunta que martelava em sua cabeça. No entanto, havia um universo que os distanciava.

Hermione encarou o elfo, sentindo preencher seu coração. Ao lado dele, sentia-se em paz novamente. Aproximou-se, apoiando a cabeça no peito de Legolas. Aquele gesto fez o coração do elfo acelerar e, sem perder tempo, envolveu-a em seus braços.

—--

— Então... – Fred começou a falar, sentando-se descaradamente na mesa de Hermione, derrubando alguns pergaminhos – Se eu tingir meu cabelo de loiro, tenho alguma chance? – falou, piscando marotamente.

— Você não tem jeito, Fred – ela balançou a cabeça – Arrume essa bagunça, por favor, e sente-se na cadeira – o ruivo arrumou os pergaminhos, porém não se moveu.

— Está sentindo algo pelo elfo bonitão?

Apenas encarou o amigo. Podia negar, podia inventar qualquer coisa, no entanto, diante dele a verdade sempre saiu de forma espontânea.

— Sim, Fred – a cabeça dela pendeu para baixo, apoiando-se na mesa. Sentiu o toque dele em seu cabelo, de forma amistosa. Ajeitou-se, encarando o bruxo – Estou perdida porque como isso poderia dar certo? Ele parece tão jovem como nós, mas não é. Além disso, é imortal. Como seria para ele estar comigo? Sem dúvida existem elfas tão lindas quanto ele e eu...

— Pare com isso, Hermione – interrompeu-a – Esse seu último argumento é ridículo. Os outros eu entendo, mas, de qualquer forma, é um bom sinal, não? Depois de todo esse tempo sozinha, depois de Draco. Não é um bom sinal você ter se apaixonado novamente?

— Bom sinal? – Hermione levantou-se de forma exasperada – Somos de mundos diferentes! Ele é um elfo! Um príncipe de um universo paralelo, Frederick!

— Só que encontraram um jeito de ir de um mundo ao outro, não é mesmo?

— Sim, é. E o que eu faria se fosse para lá? O que aconteceria se eu demorasse a voltar e perdesse a vida de todos vocês?!

Fred foi até ela, puxando-a para um abraço. Falou em voz baixa:

— Hermione, você é a pessoa mais inteligente que eu conheço. Tenho certeza que consegue ir e voltar sem que passe séculos, você não acha?

Antes que ela pudesse responder, a porta abriu-se e Legolas estancou observando a imagem da mulher que estava se apaixonando abraçada com outro homem. O elfo simplesmente balançou a cabeça e voltou por onde veio.

— Acho melhor ir atrás dele – Fred disse, sorrindo para a amiga, Legolas andava muito rápido e Hermione precisou correr para alcança-lo.

— Espere!

Quando chegaram no átrio, Legolas parou sem virar para ela.

— Acho melhor ficarmos um tempo afastados, Hermione.

— Fred é apenas um amigo – olhou para os lados e notou que eram observados. Legolas chamava a atenção e todos ali sabiam quem era Hermione Granger – Legolas – ele virou-se – Vamos conversar em um lugar mais privado. Por favor.

Legolas assentiu de forma silenciosa, sentiu a mão de Hermione em seu punho e segundos depois estavam na casa dela.

— Fred é apenas um amigo – repetiu, seu coração batendo de forma descompassada.

— Sim, você disse isso. Não são necessárias explicações – ele cruzou os braços – Você tem uma vida aqui. É inteligente, divertida – deu de ombros – Não tem motivo para não ser cortejada.

Hermione sorriu, aproximou-se dele, tocando-o como da primeira vez que se encontraram. Legolas sentiu o sangue correr mais rápido. Descruzou os braços e respirou fundo.

— Eu não me relaciono com ninguém desde a morte de Draco.

Legolas sentiu suas defesas cedendo diante daquele toque, daquelas palavras. Ele mesmo não se sentia assim há quanto tempo? Sem dúvida muito antes de Hermione existir. Ou mesmo Jane.

— Desculpe. Eu fui impulsivo – ele sorriu e tocou na mão dela – Preparei um jantar em minha casa e fui até seu trabalho para convidá-la.

— Claro – Hermione sorriu – Posso tomar um banho antes?

Legolas curvou-se brevemente, sorrindo.

—--

Legolas foi apresentado a um bar bruxo, com bebidas coloridas que nunca havia provado ou sequer imaginado, a música alta com pessoas pulando chamou sua atenção, mas o barulho era muito para ele. Sua presença chamava atenção, porém sua seriedade mantinha todos afastados. Apenas com Hermione sentia-se tranquilo para soltar-se, sorrir, conversar.

Olhou-a conversando com Harry enquanto bebia uma taça de vinho.

— Legolas – ele olhou para o homem que falava consigo, depois voltou sua atenção para Hermione. Deu um breve aceno de cabeça quando Fred sentou-se ao seu lado – O que está achando daqui?

— Prefiro a floresta – tomou um gole de vinho e ficou em silêncio.

— Hermione e Harry são praticamente irmãos.

— Como você e ela? – Legolas perguntou sem mudar sua posição. Fred sorriu.

— Não – aquilo fez o elfo olhar para o lado – Não vejo Hermione como irmã, mas ela não deixa de ser uma grande amiga. Ela e Jorge competem para ter o primeiro lugar em quem eu confio mais. Não há nada romântico entre nós – Fred levantou-se – Como deve ter percebido, a preferência dela é por loiros – piscou e afastou-se, indo de encontro ao gêmeo.

Hermione viu Legolas levantando-se com sua taça de vinho, despediu-se de Harry e o seguiu quando ele foi para o lado de fora.

— Foi muito para você?

— Um pouco – respondeu, com um breve sorriso que depois sumiu – Apenas vejo a diferença cada vez maior entre nós. Entre nossos universos. Em como estamos próximos, mas distantes, não concorda? – Hermione não encontrou resposta: aquele era seu medo - Amanhã conversamos, Hermione.

Saiu, sem deixar chance para que ela falasse. Sentia o peso do mundo em seus ombros. Aliás, o peso de dois mundos completamente diferentes. Andava pelas ruas frias, sabendo que sua caminhada seria longa. Observou as estrelas que ajudavam a guiar seu caminho. As ruas estavam desertas, os flocos de neve caiam sobre o solo, anunciando o inverno, anunciando a troca das estações e a aproximação de seu retorno.

Então estancou. Voltou seu olhar pelo caminho antes percorrido.

— Hermione!

—--

Assim que viu Legolas sair, sentindo-o passar por si sem parar, foi como se o chão virasse areia movediça.

— Hermione?

— Gina, ele se foi.

— Hermione – puxou a amiga para um abraço – Esse é um mundo muito diferente do dele. Tenha calma. Quando ele conheceu sua tataravó, eram mundos parecidos, porém... Agora é diferente. Isso porque no mundo bruxo ainda nem temos a tecnologia do mundo trouxa.

— O que eu faço?

— Não está me perguntando isso, não é?

— Será impossível alcançá-lo, Gi.

— Ele te alcança. Vá, Mione.

Ela saiu correndo pelas ruas desertas, pensando por onde o elfo podia ter seguido. Virou à esquerda, direção errada. Sem saber, continuou andando em silêncio. Estacou no lugar ao ouvir vozes, jogou sobre si um feitiço da desilusão e encostou-se na parede de uma loja fechada. Ouvia vozes abafadas conversando, estavam próximos.

Ouvia recortes, sem conseguir compreender o que diziam, apenas recortes que envolviam: ataque, mortes, vingança.

Legolas apareceu correndo, procurando por ela. Hermione desfez o feitiço e chamou em voz baixa:

— Legolas!

— Hermione? Está tudo bem? Tem alguém aqui perto – o olhar dele começou a percorrer o ambiente, mas as casas e prédios impediam que sua visão alcançasse muito longe.

— Fique em silêncio. Vamos nos aproximar.

— Desfaça a magia – o elfo pediu e Hermione fez com que o alforje que ele carregava suas armas deixasse de ficar invisível.

— Fique atrás de mim – Legolas negou com a cabeça e seguiu em direção ao som, pelas sombras. As vozes tornaram-se mais nítidas, ele empunhou seu arco, a flecha pronta para ser disparada.

— Já sabem o que fazer. Daqui quinze dias: usem apenas as imperdoáveis – estavam próximos. Hermione com sua varinha em posição para atacar. Continuaram andando da forma mais silenciosa possível. Um som seco cortou o movimento dos dois.

— Merda! – Hermione exclamou – Eles aparataram.

— Apenas as imperdoáveis?

— Aquelas magias que te falei. São feitiços de tortura e morte – Legolas notou que Hermione estava diferente, os ombros caíram e uma sombra recaiu em seus olhos castanhos – Preciso avisar Harry e Ron. Precisamos ir, Legolas. Não estamos seguros.

O elfo guardou sua arma, segurou-a pelo ombro e disse:

— Sempre estará segura comigo. Leve-nos até seus amigos – Hermione teve urgência em beija-lo ao sentir a leve pressão das mãos dele em seu corpo, os azuis que a encaravam com preocupação e seriedade. Soltou o ar com força e pegou sua varinha, fazendo com que o toque cessasse. Seu patrono rumou em direção ao bar que estavam e, depois, aparatou-os para sua casa.

Pouco tempo depois de chegarem, Harry, Gina, Ron e os gêmeos aparecem quase juntos.

— O que aconteceu? Está bem? – Fred antecipou-se, porém, parou ao ver Legolas ao lado dela, a mão do elfo indo até o ombro de Hermione.

— Ouvimos alguns bruxos conversando sobre um ataque daqui duas semanas, mas não falaram onde, nem horário... Nada. Apenas – sentiu os olhos encherem de lágrima – Apenas a orientação para usar as magias imperdoáveis.

Ron andou até um pequeno armário e pegou alguns copos, abriu uma garrafa de uísque e começou a enchê-los.

— Gina, vá para casa – a ruiva apenas girou os olhos.

— Nem vou falar sobre isso, Harry. Fiquem quietos – falou aos irmãos.

— Temos um filho pequeno – Harry insistiu.

— Então fique em casa cuidando dele – Gina cruzou os braços – Eu vou com vocês.

Harry tirou os óculos e esfregou os olhos, Ron passou servindo as bebidas.

— Sabemos que Nott está organizando algumas pessoas que fugiram da época da guerra, especialmente os filhos que tiveram seus pais presos ou mortos – Hermione começou – Só que não temos muitas informações.

— Por que se arriscariam a falar sobre um ataque em um lugar público? – Fred perguntou, aceitando o copo bebendo um longo gole de seu uísque.

Todos ficaram em silêncio, Legolas não aceitou a bebida e Ron virou o copo que seria do elfo no próprio copo. Apesar de ainda existirem bruxos que seguiam os ideais de Voldemort, não estava preparado para entrar novamente numa guerra. Nenhum deles estava.

— Eles estão seguros que seus movimentos não serão descobertos. Antes a Marca identificava quem era comensal, agora nada mais os identifica – Harry falou, depois de um incômodo silêncio.

— Sim, Harry – Hermione continuou – O que sabemos sobre Nott são fios soltos, não sabemos nada concreto. Nem mesmo onde ele se encontra. Não temos ideia de quem são seus aliados.

— O que enfrentaram na outra guerra? – Legolas perguntou.

— Além de sermos jovens-adultos enfrentando adultos especializados em matar? – Fred perguntou, mas sem ironia – Havia gigantes, muitos gigantes. Orcs... Feitiços por todos os lados.

— Orcs? Há orcs na minha terra. São seres terríveis que manipulam...

— Manipulam? – Jorge interrompeu – Aqui são idiotas enormes que destroem o que encontram pela frente.

— Tenho experiência em guerra. Posso ajuda-los – Legolas disse – Já conversei com Hermione sobre alguns seres de nossos mundos. Sobre batalhas e guerras que enfrentei, em que lutei.

— Ajudar? – Ron exclamou – Estamos falando de feitiços aqui. Você precisa pegar seu arco, sua flecha, colocar na cordinha, mirar e sei lá mais o que. Basta qualquer bruxo levantar a varinha – e Rony fez o movimento, porém antes que qualquer um conseguisse processar o que estava acontecendo, uma flecha acertou a varinha que voou longe. A flecha fincou na parede do outro lado, sem que Rony ficasse ferido.

— Está louco? – Fred gritou, avançando.

— Esperem! – Hermione exclamou – Legolas pode nos ajudar.

— Hermione, não sei... – Harry coçou a nuca, enquanto Ron terminava seu uísque e procurava por sua varinha, sentindo-se envergonhado.

— Posso provar para vocês. Além do arco-e-flecha, sei usar espada e adagas. Também sei lutar. Minha visão é apurada, consigo enxergar a mais de 20 km de distância com precisão.

— Isso é loucura – Jorge disse – Nem sabemos quem enfrentaremos, nem quando. Respeito você, Legolas, mas estamos falando de feitiço e uma flecha não pode ricochetear um feitiço.

— Acho que provei que sou capaz de impedir alguém de usar a varinha – Legolas cruzou os braços.

— Essa discussão não levará a lugar nenhum – Gina interviu – Temos mais uma pessoa para nos ajudar, qual o problema? Ele tem experiência.

— Pode provar como? – Harry perguntou.

— Isso é um absurdo! – Hermione foi até o amigo – Ele não precisa provar nada.

— Inocentes não morrerão, Hermione. Não vou colocar alguém na frente da batalha sem saber suas habilidades. 

— Quando quiser, Harry – Legolas falou – Preciso comprar novas armas.

— Fred, amanhã cedo fale com Bill e Charlie. Harry e Ron, precisamos informar Kingsley. Está tarde, estamos cansados. Vocês ainda estão bebendo. Amanhã cedo juntamos todas as informações sobre Nott, pois, talvez, deixamos alguma coisa passar.

O grupo despediu-se, todos com o peso daquela notícia em seu corpo. A bebida de Hermione ainda estava intocada, mas ela sorveu um gole quando a casa caiu no silêncio. Foi até a parede e observou a flecha.

— Eu não machucaria seus amigos – ela não conseguiu retirar a flecha. Legolas foi até lá e puxou – Desculpe pela parede – Hermione sorriu, com um simples feitiço a parede consertou-se.

— Eu sei que não machucaria. Começamos nisso muito novos, Legolas. Com 11 anos já enfrentávamos um dos maiores bruxos das trevas. Perdemos amigos, meus pais morreram, Jorge ficou sem uma das orelhas, Fred quase morreu... Draco – ela respirou fundo – Eu perdi Draco – bebeu mais um gole - Estavam todos um pouco nervosos hoje. Eu sei que você pode nos ajudar e logo verão isso.

Legolas retirou seu alforje e colocou-o sobre a poltrona.

— Tenho permissão para tirar? – perguntou, segurando a presilha que segurava seu manto.

— Claro, Legolas, fique à vontade – Hermione disse, tentando não corar.

— Podemos nos sentar? – o elfo acompanhou a bruxa e sentou-se ao lado dela – Hermione, eu já participei de algumas batalhas. Quando uso meu arco é para matar. Não erro meu alvo, você compreende isso?

— Por que está dizendo isso? – Legolas desviou seu olhar. Hermione segurou a mão dele – Legolas?

— Porque não sei o que irá pensar ao me ver lutando. Eu deixei Jane para trás, pois acreditei que ela estava segura, mas, agora, não posso partir enquanto essa situação não chegar ao fim. Sou de outro mundo, Hermione. Estive durante muito tempo batalhando com os seres mais perversos que já vi e não hesitarei em matar para protegê-la.

Hermione sentiu o coração acelerar, pois, em alguns momentos Legolas lembrava muito Draco. Seria justo outra pessoa morrer para protegê-la?

— Legolas, sei que pode ajudar, porém os feitiços podem matar qualquer um de nós. Nossas batalhas são diferentes.

— Hermione? Nada me fará mudar de ideia. Quero estar com você através de todos os universos.

Legolas puxou-a pela nuca, colando seus lábios, possuindo seus lábios, sentindo ondas de alegria que não sentia há muito tempo. Acariciou-a, passando os lábios pelo maxilar dela. Ouviu-a gemer perante seu toque. Ele próprio entregou-se àquele momento. Andaram de forma trôpega até o quarto.

Amaram-se.

Quando Hermione acordou, Legolas já tinha despertado e estava sentado, fazendo uma longa trança em seu cabelo. Ela sorriu perante aquela imagem.

— Bom dia. O que foi? Por que está rindo?

— Inusitado vê-lo trançando seu cabelo.

— Foram séculos de aprendizagem, Hermione – ele finalizou o penteado e sentou-se ao lado dela na cama – Sei no que está pensando.

— Sabe?

— Sim, eu sei. Conseguiremos encontrar uma solução por vivermos em mundos diferentes. Agora, temos outra prioridade.

— Descobrir sobre o ataque.

— Também, porém não era dessa prioridade que eu estava falando. Trouxe minhas adagas, mas preciso de uma espada. Onde podemos encontrar uma?

— Apenas no mundo trouxa e lá você definitivamente não pode ir vestindo suas roupas usuais.


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Notas finais do capítulo

N.B.: Hey, olha só mais um capítulo que veio para nos tombar. Adorei. Estou amando a caminhada desses dois. Ai meu amado Draco, não creio que está morto. Doeu aqui em mim, sabe?? Amei demais amiga, e o Ron ficando todo constrangido? Esse Legolas é muito maravilhoso. Só tombo atrás de tombo. Ahahhaa. Bjs, bjs. Fhany Malfoy


N.A.: Bom, bom. A fic acabaria aqui, mas eu não gostei do resultado e achei melhor reescrever. Nisso surgiram novos caminhos e a fic se estendeu (como geralmente acontece comigo rsrssr). Obrigada a todos que estão dedicando um tempiho para ler! Bjs bjs, Ártemis