I Was Made For You escrita por SrtaMontgomeryS


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, amados.
Segunda de carnaval, como vai o carnaval de vocês? O meu está sendo só em casa mesmo hahah.
Então, para aqueles que estão como eu, só em casa, trouxe o primeiro capítulo pra vocês, que começa a contar como tudo começou.



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*UM DIA ANTES*

Seattle parecia ser uma ótima cidade para se morar, considerando esses pontos turísticos, os belos restaurantes, que a julgar pelas críticas, são excelentes, os lugares são bem frequentados, as pessoas são bonitas e os apartamentos são bem localizados. E olha só esse clima? Chove praticamente o ano inteiro, mas a intensidade é maior quando se aproxima os últimos três meses do ano. 

Eu moraria fácil aqui, foi o que passou na cabeça de Callie enquanto ela analisava um folhetim para turistas, com tudo que você precisa saber sobre Seattle, onde ir, o que comer, onde morar, que tipo de pessoas você poderá encontrar e o clima que você verá, tudo isso com muitas fotos para instigar a curiosidade dos turistas. 

Analisar um folhetim e revistas era o que ela fazia enquanto estava sentada na Sala do Chefe de Cirurgia, Dr.Hunt, esperando ele voltar de um atendimento urgente, pelo que Callie entendeu, além de chefe de cirurgia, ainda comandava o trauma, mas percebeu que a burocracia não era do agrado dele, por esses dois dias notou que ele gosta mesmo é de comandar o trauma, talvez seja por isso que os rumores é que logo logo haverá outro chefe de cirurgia.

Por dois dias, Callie esteve em Seattle e não aproveitou nada além da comida excelente do hotel em que estava hospedada. Ela veio para Seattle para participar de uma cirurgia plástica de reconstrução, e como cirurgiã ortopédica, veio para dar suporte na parte óssea do paciente. Essa cirurgia plástica foi feita pelo seu melhor amigo, Mark Sloan. Os dois trabalhavam no Presbyterian L. Manhattan em Nova York, mas foram convidados pela equipe do Seattle Grace Hospital a pedido do paciente que conhece o ótimo trabalho do Dr.Sloan.

Mark e Callie eram amigos desde a faculdade, passaram pelo internato e pela residência juntos, receberam propostas de bolsas e foram treinados pelos melhores médicos de Nova York, os dois se estabeleceram em suas carreiras e consolidaram seus nomes, Callie se considerava a Deusa da Ortopedia, o que, como dizia Mark, não tinha nem um pingo de humildade, mas ele não ficava logo atrás. 

Os dois consolidaram uma carreira profissional para ninguém pôr defeito, mas como nem tudo é perfeito… Sorte na jogo, azar no amor, mas como estamos falando de carreira, sorte na profissão, azar no amor. Os dois amigos amargaram péssimos relacionamentos amorosos no decorrer dos anos, sem perspectivas de futuro, só casos de algumas semanas e nada sério, até que se cansaram. Callie sempre quis ter um bebê, não antes de conquistar seus objetivos, mas sempre quis, e agora depois de conquistá-los, já estava na hora. 

Aos vinte oito anos, ela e Mark fizeram um acordo: se chegassem aos trinta sem nada de concreto com alguém, teriam um bebê juntos, sem casamento, só um bebê. E agora com trinta anos, aqui estava Callie carregando uma menina de sete meses em seu ventre, filha dela e do Mark. Anos de amizades e algumas noites de sexos, apenas sexo, nunca rolou sentimento amoroso. Os dois eram muito amigos para confundirem as coisas. 

Vários planos para o futuro dessa garotinha que nasceria daqui alguns meses. Callie já estava eufórica e um pouco preocupada com a maternidade. Enquanto se perdia em pensamentos, o Dr.Hunt entrou na sala.

— Me desculpa a demora, Dra.Torres. - Apressou-se em sentar.

— Tudo bem, entendo perfeitamente. - Callie sorriu levemente.

— Então, acertamos como será o tratamento do paciente, vocês irão acompanhá-lo no Presbyterian L. Manhattan, assim que passar o tempo de recuperação.  - Hunt ajeitou alguns papéis. 

Callie só fez que sim com a cabeça. 

— O Dr.Sloan disse que irá ficar mais um dia para conhecer a equipe que cuidará da recuperação, para ver se é “confiável”. - Franziu as sobrancelhas, nem todo mundo entende as brincadeira de Mark. - Você só participou da cirurgia, não chegou a conhecer o restante da equipe, só a Dra.Bailey, Dr.Webber e a Dra.Kepner. 

— É, eu não sou muito extrovertida, e agora com esse barrigão… - Callie acariciou a barriga. - Todo tempo livre que tenho, vou descansar. 

— Compreendo. - Dr.Hunt sorriu. - Pois bem, foi um prazer tê-la em nossa equipe Dra.Torres, conversei com a diretoria, gostaríamos de uma cirurgiã como você em nossa equipe. - Ele juntou as mãos ao apoiar os cotovelos na mesa. - Podemos apresentar nossa proposta e você apresenta a sua. O que acha?

— Dr.Hunt, eu agradeço o elogio. - Ela pigarreou. - Mas eu estou bem em Nova York, eu tenho uma equipe inteira a minha disposição. 

— Entendo. Mas se mudar de ideia, aqui você também poderá ter uma equipe aos seus pés. - Dr.Hunt se levantou. - Pois bem, até mais Dra.Torres. Espero vê-la em breve.

Ela sorriu e estendeu a mão para apertar a do chefe de cirurgia. Se despediu com um aceno e se encaminhou para sair da sala. Ela já tinha se despedido de Mark, avisou que se encontrariam em Nova York, pois pegaria um vôo ainda hoje. 

Quando saiu do hospital, Callie deu de cara com um tempo já se fechando, ela vestiu seu casaco e foi caminhando até o ponto de táxi. Ela queria dar um passeio antes de voltar para o hotel, mas com esse tempo, melhor voltar para o hotel e ir logo para o aeroporto. E assim fez.

Pegou um táxi e voltou para o hotel, quando entrou em seu quarto pegou sua mala, que já estava arrumada, só alguns itens de higiene pessoal estavam fora da bolsa, ela logo tratou de pôr de volta. Agora só mais algumas horas e eu estaria em casa novamente. Checou o relógio, eram cinco e meia da tarde, mas com o tempo fechado assim, parecia umas sete horas da noite. Com certeza vem tempestade por aí, chove o ano todo aqui, e agora fim de ano, o índice de chuva cresce consideravelmente.

Mas quero voltar para minha cidade ainda hoje, foi o que Callie pensou já pegando o elevador para ir até a recepção fazer o check-out. Que não demorou nem quinze minutos.

— A senhora vai sair com o tempo assim? - O recepcionista perguntou meio preocupado.

— É, vou. Tenho um vôo para daqui duas horas. - Callie respondeu.

— Saiu em todos os jornais que provavelmente os vôos serão adiados, a tempestade será longa. Melhor seria a senhora esperar até amanhã. - Ele aconselhou.

— Está tudo bem, essas nuvens não vão desaguar agora, ela podem esperar até eu estar em casa. - Callie piscou o olho e sorriu. - Mas obrigada pela dica. Até mais.

E saiu do hotel, ao sair um vento frio tocou sua nuca e ela se arrepiou um pouco, parecia mais um calafrio. Deve ser a sensação térmica. Olhou o céu, o tempo fechou de vez. Agora já é tarde, tenho que chegar no aeroporto. Pegou um táxi e disse que ele se encaminhasse para o aeroporto, ela foi sentada na frente mesmo, deixou a bagagem no banco de trás para ser mais rápido. Ao colocar o cinto de segurança percebeu que o encaixe estava meio frouxo, mas não disse nada. Mas uma vez uma sensação estranha invadiu seu peito. 

Para terminar de completar, um engarrafamento dos infernos a caminho do aeroporto, pelo que estava dando no rádio, acidentes e árvores caindo estavam interditando as rodovias.

— Sinto muito, moça. Vai demorar um pouco. - O taxista disse um pouco tenso.

— O senhor não conhece nenhum atalho? - Callie perguntou. - É porque meu vôo é em algumas horas, já são seis e meia. - Os dois estavam presos no engarrafamento há quarenta e cinco minutos. 

— Eu conheço um, é mais na frente, mas primeiro temos que chegar lá. - Ele tentou parecer esperançoso. 

Ficaram mais uns quinze minutos até chegar a rua que dava no atalho. Agora seria rápido, faltava só uma hora e meia para seu vôo partir. Ela precisa chegar logo, pediu educadamente que o motorista acelerasse só mais um pouco. Tudo corria bem até que a chuva começou, fraquinha, mas o vento, a umidade começou  embaçar o vidro da frente, isso não tava legal. O motorista reduziu a velocidade.

Faltava pouco para chegar até o destino, mas algo não queria que Callie chegasse ao seu destino. A chuva aumentou, embaçando ainda mais a visão do caminho à frente. O motorista parecia preocupado. Um acidente mais na frente só teria sido visto, talvez, se não estivesse chovendo. Infelizmente o táxi se chocou com o carro da parte de trás do acidente, e Callie foi jogada fora do carro, o encaixe do cinto com defeito não suportou a pressão. 

Tudo estava escuro. Apitos em sua cabeça. Pessoas gritando nervosas.

Água, o som da água da chuva batendo no capô do carro, ela ouviu muito bem esse som. Tentou abrir os olhos e alguns feixes de luz preencheram seus olhos, tudo estava embaçado. Ela via rostos, mas não reconhecia nenhum. Alguém gritava por ajuda.

“Minha cabeça dói”, Callie queria dizer, mas sua boca não abriu, não saia som algum. “Eu morri?”, ela se perguntava mentalmente, mas podia ouvir o som do seu próprio coração batendo, ele tava acelerado, porque ela estava com medo. “Meu bebê, alguém salva o meu bebê”, ela queria gritar, mas não conseguia. 

As pessoas ao seu redor ligavam para a emergência, mas sem respostas, com essa tempestade rolando, a emergência de hospitais devem estar lotadas. Ela começou a ver tudo escurecer e o som da chuva invadiu sua mente, então apagou.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?
Me deem a opinião de vocês. Até mais!



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