Sono Eterno escrita por Nat Rodrigues


Capítulo 5
O fio do destino se parte


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Queria pedir desculpa sobre a demora do cap, mas é q eu senti muita dificuldade em escrever sobre morte diante da pandemia e do governo genocida q a gente vive, estava quase surtando. Mas por estar a tanto tempo sem, fiz um esforço para escrever e peço desculpas caso a qualidade tenha caido. Prometo q mais pra frente eu reviso.
AVISOS:
* Ninguém foi salvo e não teve o mínimo de 3 pessoas acertando o assassino, então ele não vai ser revelado.
* Capítulo sobre o desenrolar, não vai ser necessário escolher nada
* Pode conter gatilho - Violência verbal
Boa leitura :)



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AVISO: Capítulo pode conter gatilhos sobre violência verbal.

7 de outubro, quarta-feira. 

Dizer que as coisas haviam se acalmado na escola de magia e bruxaria seria exagero, mas, ao menos as aulas seguiram seu curso e, aos poucos, os alunos começaram a deixar a tensão se aliviar. Contudo, a morte de Natalie Primus ainda era um dos principais assuntos, com teorias e suspeitas sendo levantadas até mesmo pelos fantasmas que viviam dentro da escola. Más línguas diziam ser uma maldição sobre a Lufa-lufa, por aceitar qualquer tipo de bruxo em sua casa, revivendo os preconceitos sanguíneos, que antes eram mantidos de forma velada. Havia até mesmo aqueles que suspeitavam que uma nova câmara secreta, com outra criatura mágica mortífera, tivesse sido aberta. Um absurdo sem precedentes, segundo Michael Tribiane, auror responsável por interrogar os alunos em busca de pistas. Após seu parceiro, Arthur Rissi, averiguar que a causa da morte se deu pela alta ingestão da poção morto-vivo, combinada com o veneno aspirado dias antes, a maior suspeita recaia em suicídio. Isso se deu pelo fato de que a poção morto-vivo, isolada, coloca a pessoa apenas em um estado dormente por longas horas, mas com o organismo fragilizado de Natalie, recheado com resquícios de veneno, a garota se encontrou num sono eterno.  Dentre os relatos coletados, havia o de Dara Hunt, que contou o episódio atípico na biblioteca, confirmado pela fala de Elizabeth Rosier, que acrescentou sobre quando estava junto às outras sonserinas e encontrou o corpo desacordado de Natalie na grama. Isso foi essencial para retirar as suspeitas sobre Fernanda e Mary, e acalmar Lilith de Aradia que ainda achava que as duas garotas eram as culpadas pelo que tinha acontecido. Mas duas situações ainda faziam a dúvida recair sobre a investigação e a manter aberta: porque teria Natalie ido até um casebre abandonado em Hogsmeade e o que ou quem a teria envenenado nos dias anteriores à sua morte? Mais pistas eram necessárias e a investigação continuaria até que obtivessem a verdade.

Havia uma única pessoa que sabia mais que todos, mas que não se atrevera a passar perto das salas em que os interrogatórios aconteciam: Claire Skahnder. Tinha medo das consequências e das acusações, mas, principalmente, não estava conseguindo lidar com o fato de Natalie ter morrido. Era como se alguém tivesse estourado a bolha de proteção em que vivia, e encarar o mundo real a dava náuseas; quando soube da notícia passou tão mal ao ponto de seus colegas da Corvinal a levarem para a enfermaria, e lá, deitada numa cama enquanto se acalmava, ouviu a conversa que a curandeira teve com Elizabeth e Lisbeth. Isso foi o principal motivo que a manteve longe das investigações: era a única que sabia sobre o envenenamento e a perda de memória. E, era a única também que havia fornecido, sem contar a nenhum professor sobre a situação, uma poção para retomar as lembranças. Quem garante que não fora alguma alguma substância presente na poção oferecida por ela que causou a morte de Natalie? Claire não queria descobrir. A ideia da morte já era ruim, a possibilidade de ser sua razão era desesperadora. Por isso, tentou se manter afastada de todos, fugindo todas as vezes que algum colega se aproximava com olhar piedoso ou querendo dar algum tipo de conforto. Decidiu que só irá aceitar esse carinho quando a real justificativa da morte de Natalie for revelada, podendo tirar a culpa dos ombros. Sua pouca idade e ingenuidade combinada com o medo, a impediram de perceber que buscando ajuda e fornecendo as informações que possuía, tudo isso correria mais rapidamente. 

Uma das colegas que mais evitava era Dara, sua veterana da Lufa-lufa. Sentia que se conversasse com ela, poderia acabar revelando seus segredos e magoando a amiga, já que Natalie era da mesma casa e os lufanos são reconhecidos pela sua lealdade. Dara por sua vez, entendia que ficar sozinho era uma das maneiras de lidar com o luto e depois de Claire a ignorar pela terceira vez, imaginou que esse era o caso e decidiu dar um espaço para a amiga. Todos na Lufa-lufa andavam mais próximos depois do que acontecera; era como se um membro da família tivesse ido embora e com a percepção que qualquer um poderia ser o próximo, os laços se estreitaram mais. Isso não passou despercebido pelos alunos das outras casas, e o fato de correr um teoria sobre outra câmara secreta, só fomentava os comentários maldosos dirigidos aos lufanos e a tensão com os outros alunos, principalmente os da Sonserina. Isso preocupava Dara e Ian, que iam conversando sobre a situação, após subirem em uma das escadas internas flutuantes de marfim, que logo mudou a direção levando os lufanos até um ponto em que um grupo de sonserinos estava reunido. 

— Ontem dois grifinórios do quarto ano jogaram uma azaração numa garota do primeiro. - Dara comentou segurando com firmeza a superfície da escada, quando esta começou a se mover. Ian já havia sido monitor da Lufa-lufa, no quinto ano, então não se importava de ajudar com essas situações. Sempre fora acessível, mas, justamente por isso, sempre estivera rodeado de muitas pessoas, como se suas relações fossem todas superficiais, o que era um tanto solitário. Mas não demonstrava isso, já que gostava da sensação de ser independente e tinha receio de incomodar caso ficasse muito próximo de alguém.

— Eles brigaram ou algo assim? - Perguntou enquanto tirava a franja castanha de cima de seus característicos olhos com leve caimento na parte exterior e uma marcante bolsa abaixo. Dara negou, balançando a cabeça. 

— E o pior é que quando fomos falar com o professor Longbottom, ele não deu muita importância. É assustador pensar que por ser mais velho, e de casa diferente, eles se achem no direito de aterrorizar os primeiranistas.

— Dinâmica de poder. - Ian murmurou incomodado. A escada em que os dois lufanos estavam fixou-se, permitindo que tivessem acesso ao corredor. — Toda essa situação gera medo… - começou a dizer, mas foi interrompido, quando trombou com um dos sonserinos que estava no corredor e colocou-se de forma súbita a sua frente. 

Tratava-se de Philip Tribiane, que estava acompanhado de Henry Smith, Mary e Lisbeth. Philip era do sétimo ano assim como Ian e sempre arrumava alguma desculpa para brigar com o garoto; odiava ver como todos viviam paparicando-o enquanto ele fazia o que Philip julgava ser teatro de “bom-moço”. As discussões haviam diminuído à medida que envelheceram, mas todos os fatos envolvendo a morte de Natalie e a tensão na escola pareciam ser faíscas para reacender o fogo da discórdia. Estar acompanhado dos outros três sonserinos, só deixava mais em evidência a procura por alianças para garantir poder e proteção.

— Medo? Você está com medo, sangue-ruim? - Philip provocou com um tom sarcástico. Ian deu um passo para trás, pronto para ignorar a ofensa, pois sabia que não levaria a nada responder. Dara, por sua vez, ficou assustada e sacou sua varinha, pronta para defender o veterano, se necessário. 

— Você não devia chamar as pessoas dessa forma. - Dara alegou, já que Ian apenas ficou parado, encarando um ponto não específico. Isso deixou Philip extremamente incomodado. Lufanos e sua fidelidade cega por causa de palavras gentis; se considerava realista por manter parcerias por interesse, assim como a que tinha estabelecido com Henry, Mary e Lisbeth.  

— Qual é, azulada. Quer sangue pior que o dele? - Indagou cutucando com o dedo indicador o peito de Ian. — Uma mistura de todo lugar! Lixo como você não devia frequentar Hogwarts. - Continuou, com o tom de voz sério. Quase como uma ameaça — É uma ofensa que tenha magia correndo nas suas veias. 

 Lisbeth sorriu de canto, concordando com a fala. Foi criada acreditando que famílias sangue-puro eram mais dignas. Mary entretanto se sentiu inquieta, demonstrando nervosismo ao arregalar os olhos castanhos-claro. Por estar no quinto ano, já conhecia bem a dinâmica dos alunos, e aprendera a lidar com os colegas ambiciosos e esnobes de sua casa, e, principalmente, sabia a quais famílias importantes se aliar para se sobressair assim que se formasse, mas nunca tinha presenciado uma ofensa como aquela, de forma tão escrachada. Percebeu que para se manter, nunca poderia revelar ser mestiça.

— Cansou de esconder suas ofensas, Philip? - Ian respondeu com um suspiro. Sua voz era calma, e a expressão entediada de seu rosto não revelava o que pensava. Normalmente, não respondia às provocações, mas pela tensão que se formara Ian sentiu que não deveria se manter quieto. Sempre sofrera muito por ter nacionalidade coreano-canadense e ainda por cima, uma família trouxa. A sociedade bruxa nunca aceitara bem o diferente, e toda a situação em Hogwarts desmascarava isso. 

— Esconder? - Philip riu nasalado. — Você e a escória da sua espécie que deviam viver escondidos. Afinal, não querem morrer igual a sangue-ruim da sua casa, não é? 

Estupefaça! 

O corpo de Philip foi arremessado a dez metros de distância, batendo como um boneco inerte na parede. Isso fez com que um dos quadros da parede caísse em sua cabeça, e todos os outros quadros começassem a reclamar sobre a bagunça que ali acontecia. Apesar disso, a atenção estava para Mary, que ainda segurava sua varinha e olhava com raiva para Philip. 

— O que você pensa que está fazendo? - Lisbeth reclamou com Mary, e se dirigiu até o colega caído. 

— Não se deve brincar com morte. - Mary respondeu simplista, e saiu dali antes que seu veterano se recuperasse e resolvesse revidar. Havia feito aquilo mais por se sentir incomodada do que realmente por se importar com Natalie. 

— Vamos embora antes que algum professor apareça - Ian chamou Dara, que ainda estava inconformada com tudo que acontecera. Apesar da situação tensa, era engraçado ver como as várias pintinhas em sua face ficavam em maior evidência por causa da vermelhidão em seu rosto. 

— Isso vai ter volta! - Henry gritou enquanto ajudava Lisbeth a levantar o corpo de Philip. Mas nem Mary, nem Ian e Dara estavam mais por perto. 

Em contraste com toda a agitação que acontecia nos corredores do castelo, Elizabeth Rosier e Fernanda Rolon encontravam-se na sala de poções tendo uma aula teórica e entediante sobre como cultivar alguns ingredientes específicos em sua própria casa. Uma besteira, na opinião de Elizabeth, que estava preocupada em estar gastando tempo nessa aula ao invés de estudar para os NIEM’s. Já Fernanda, tinha dificuldade em se concentrar e realmente absorver o conteúdo que estava sendo passado. Para ela, era como se tudo estivesse muito rápido ao seu redor, enquanto ela agia em câmera lenta. Muitos acontecimentos e suspeitas haviam sido levantadas, e Fernanda se encontrava no centro desse redemoinho, sendo levada pelos ventos fortes. Sentia-se observada e seguida, o que restringiu seus passos e ações. Na noite anterior, enquanto se arrumava frente ao espelho após tomar banho, deparou-se com um par de olhos flamejantes que desapareceram tão rápido quanto surgiram; chegou a perguntar para suas colegas de dormitório se tinham visto alguma coisa ou alguém, mas a única resposta que teve foi de uma garota do segundo ano que comentou ter visto um veado branco do lado de fora da janela, andando sobre o lago (o que não fez sentido nenhum, fazendo Fernanda ignorar essa informação). Estava tão perdida em pensamentos que só voltou a realidade quando a professora, irritada por estar sendo ignorada ao chamá-la decidiu tirar vinte pontos da Sonserina, e um colega, cutucou-a irritado. 

— Presta atenção na aula, estrangeira sangue-ruim. 

As palavras a acertaram como duas flechas certeiras e Fernanda arrumou sua postura no banco em que estava sentada. A professora já não esperava resposta, mas ela podia sentir o olhar de recriminação por parte de seus colegas de casa. Nunca haviam chamado-a dessa forma. Era claro que quando chegou na escola, recebeu alguns olhares curiosos devido a sua fisionomia tão diferente da clássica fisionomia caucasiana, e vez ou outra usaram “sangue-ruim” para se referenciar a ela. Mas Fernanda tinha orgulho de sua nacionalidade e suas raízes indígenas, e com o tempo aprendeu a lidar com as ofensas e a se proteger dentro dos muros de pedra do castelo e dos muros invisíveis construídos nas relações com os bruxos. A fala de seu colega, entretanto, pareceu a excluir de onde já havia acostumado a pertencer, como se realmente fosse alguém de fora, a jogando novamente no redemoinho do não-pertencimento. E não sairia tão fácil dali. 

Todo esse sentimento combinava com um dos trechos que haviam acabado de ser pronunciados durante a aula de adivinhação do terceiro ano com a Grifinória e a Corvinal. Já fazia certo tempo que a aula começara, com a proposta de lerem o futuro de um colega através das bolas de cristal dispostas a sua frente, atividade que estava sendo levada a sério por alguns e era motivo de piadas para outros. Lilith de Aradia era uma das pessoas que levavam a sério o que quer que fosse colocado à sua frente, mas desde que a aula havia começado, a bola atingiu um tom vermelho-vinho e com medo de que tivesse algo a ver com sua maldição de sangue, a grifinória não tinha tido coragem de tocá-la, ou pedir que a colega dissesse algo. Um de seus propósitos como herdeira de sua família era conseguir ser uma grande bruxa antes que a maldição a transformasse eternamente; a possibilidade de isso não acontecer a assustava. A professora, entretanto, alheia a isso, passava por todos os alunos os ajudando com dúvidas e decifrando algumas imagens que apareciam. Quando chegou a mesa de Lilith e sua colega, assumiu uma expressão confusa. Era raro que a bola assumisse uma cor e não se alterasse.

— Vocês lançaram algum feitiço para deixá-la assim? - A professora perguntou se aproximando da dupla. 

— Eu não tenho nada a ver com isso. - A garota da corvinal, que fazia dupla com Lilith, murmurou cruzando os braços. 

— Está assim desde que me sentei. - Lilith explicou. Seu olhar ansioso recaiu sobre a professora, que a analisou de cima a baixo. 

— Toque na bola, querida. - A professora instruiu. Lilith fez o que ela pediu, mesmo que a contragosto. — Tem algo que a preocupa? 

Fechando os olhos, Lilith tentou se concentrar para responder a pergunta da professora. Haviam muitas coisas que a preocupavam no momento, com seus pensamentos vagando sempre para a situação na escola e seu futuro incerto. Futuro. Essa palavra provocou em si um sentimento de vazio, e um aperto no peito que não lhe era comum; abriu os olhos confusa, a tempo de ver o tom da bola de cristal ficar escuro como uma noite sem lua, e formar no centro um redemoinho, que parecia sugar as cores ao seu redor, até que por fim, desapareceu, deixando a bola transparente. Estava pronta para perguntar a professora o que tinha acontecido, quando sua dupla jogou o corpo com força sobre a mesa, chamando atenção. 

Parte-se o fio do destino e a união de sangues sofre.— Começou a dizer, mas sua voz estava fraca e rouca, como se as palavras estivessem sendo arrancadas de dentro de seu corpo a força. Os olhos assumiram um tom azul límpido e o rosto ficou branco como papel. — Olhos flamejantes são tão certeiros quanto a ruína da rejeição... A máscara cai, o teatro termina. Bruxos se ajoelham diante do sono eterno. 

Todos pareciam estar sobre o efeito do feitiço “petrificus totalus” em suas cadeiras, tamanho era o espanto diante da cena. A garota da Corvinal, começou a tossir e ajeitou sua postura, olhando de canto de olho para todos. Ela havia acabado de meditar uma profecia? Não teve tempo para pensar, já que a professora tomou a fala, mandando que os alunos voltassem a olhar para suas próprias bolas de cristal, tentando dissipar a atenção e mais do que depressa encaminhou Lilith e sua colega para a sala da diretora Mcgonagall, instruindo que deviam contar tudo que acabara de acontecer. 

Não demorou para que a cena virasse motivo de burburinho por toda Hogwarts. Estar ligado a Lilith, já conhecida e odiada por muitos, ajudou para que se propagasse mais rapidamente. As palavras proferidas, não pareciam amigáveis, e ela tinha certeza que se procurasse o significado mais a fundo, iria ficar mais assustada do que já estava. Ter contado a Minerva não fora de muita ajuda, já que a expressão sombria que a diretora assumiu depois que ouviu o que as garotas tinham para dizer, não tranquilizou. A recomendação foi que voltassem para seus dormitórios e só saíssem de lá após a reunião que a diretora faria com os professores. Lilith queria gritar que não era mais uma criança e que se aquilo realmente se tratava-se sobre seu futuro, ela devia estar presente na discussão. A verdade, porém, é que o pavor pareceu ficar impregnado em si, desde que tocou a bola de cristal. Portanto, a contragosto, obedeceu o comando de se isolar. 

Já em seu dormitório, sentou-se na cama, sentindo-se impaciente e ansiosa. Considerou que seria bom ter alguém com quem conversar nessa situação, e se Natalie ainda estivesse viva, seria uma de suas primeiras opções (não porque eram muito amigas, mas porque a lufana era uma boa ouvinte). Mas a realidade era amarga, e Lilith estava sozinha. Ou era o que pensava, se sobressaltando quando ouviu batidas impacientes em sua janela. 

Tratava-se de uma linda coruja branca e cinza, com os olhos dourados como ouro. Amarrado a suas patas encontrava-se uma carta e um pequeno vidro preenchido com um líquido azul. Assim que Lilith desamarrou a carta e o vidro, a coruja foi embora, deixando-a sozinha novamente. Com a curiosidade latente, Lilith abriu a carta para lê-la.

“Querida Lilith,

Soube do que aconteceu hoje durante a aula de adivinhação, e espero que você esteja bem. Às vezes, coisas ruins acontecem com pessoas boas, é preciso ter coragem para continuar e eu sei que você tem. Tudo isso faz parte de um plano muito maior, e seu papel é de grande importância. Estou enviando a você um tônico de ervas calmantes, para que possa dar continuidade a tudo. Eu acredito em você. 

Fique bem!” 

Não havia assinatura e Lilith não reconhecia a letra da carta ou a coruja que a havia entregado. Mas é como se, ao ler, as palavras a induzissem a acreditar no que estava escrito. Ter alguém a apoiando e a dando importância era tão sedutor quanto um feitiço de comando. Por isso, sem pensar muito, abriu o vidrinho e tomou o que achava ser um tônico, na ilusão de que aquilo a ajudaria a ficar melhor. 

Quando a reunião com os professores chegou ao fim, e Minerva expediu um aviso requisitando a presença da corvina e de Lilith de Aradia, se surpreendeu com o atraso daquela a quem o destino parecia maldito. Mas logo a surpresa se tornou preocupação, e enviou os professores a todos os cantos do castelo a sua procura, indo ela mesma ao dormitório da Grifinória. Mas já era tarde; Lilith de Aradia foi encontrada, mas sem vida. 


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Notas finais do capítulo

Pois é, muita informação esse cap né? Obrigada por ler! Ficarei feliz em ouvir o que quer q vc tenha a me falar (critica, elogio, confusão e etc)
Nesse vou dar um respiro e deixar sem ter q escolher, até pra eu desenvolver melhor cada morte ashuasuas Já tem suspeita de quem é a cabeça por tras de tudo?
Beijosss, até mais!



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