Arma letal escrita por Novacullen


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Conseguir terminar de escrever a fic, então resolve postar todos os capítulos que faltava de uma vez, mas por favor, me deixem saber o que acharam deles.
Boa leitura!



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PV EDWARD

— Desistiu de caçar?- Ela havia saído há pouco tempo.

— Desisti porque tive uma visão. Um grupo de doze vampiros está vindo para cá.

— Com que intuito?

Alice me olha temorosa.

— Kael. - falo apreensivo- Como os bastardos sedentes de poder já sabem de Kael? Será o que o espírito antigo está anunciando sobre Kael por aí?

— Não sei, mas têm mais com relação à visão.

— O que?

— A Bella está com eles.

— Porque ela estaria do lado de vampiros que quer nosso filho para usar como arma letal?  Isso não faz sentido algum.

— Não tenho essas respostas. E não temos tempo para discutir isso agora também.

Fomos todos para o jardim, fizemos um semicírculo à frente de Esme que estava com Kael nos braços e Rosalie ao seu lado e aguardamos.

Comecei a sondar os pensamentos deles quando estavam próximos o bastante para que eu pudesse ouvir, e...

— Droga!

— O que foi Edward? O que você ouviu?

— Minha suposição estava correta Alice, eles ficaram sabendo de Kael por meio do espírito antigo. E para quem mais esse espírito antigo deve ter revelado sobre Kael? Porque ele está fazendo isso, quando Kael ainda é só uma criança?

— Calma. - me pede meu pai- Não sabemos bem como funcionam os espíritos antigos, mas uma coisa é certa, o que eles profetizam acontece, então não importa o que enfrentaremos, no final tudo dá certo, Kael será o novo líder para sempre.

Sinto conforto nas palavras de meu pai e reprimo meu desespero.

 E logo os avistamos correndo em nossa direção, mas param a vinte metros de distância de nós. Olho para Bella, minha vontade era de correr para ela e abraça-la com todas as minhas forças e não permitir que ela nunca mais saísse de perto de mim. Mas ela tinha um olhar tão frio, ela ainda nos odiava.

— O garoto da profecia. – vejo o olhar de cobiça do vampiro de andar meio selvagem a meu filho, e rosno em tom de aviso. Meu filho, ninguém irá tomá-lo de mim.

Bella dá três passos à frente, o céu fica escuro de repente, como se estivesse prestes a cair uma tempestade, passei a sentir eletricidade estática. Bella agora olha para o céu concentrada. Nossa!  Ela tinha mais um dom, além do escudo mental.

— Formidável ela, não? – diz o chefe do grupo- Aparentemente controlar a água parece um dom bobo, já que vampiros não morrem afogados e nem congelados, mas ao controlar a água, ela controla a chuva, cria tempestades, e chama os raios que por sua vez com os raios ela pode usa-los para transformar um vampiro...   

— Em cinzas. - Bella termina a frase dele em um tom letal se virando para seu grupo.

— Mas o quê... – o chefe do grupo não teve tempo de terminar de falar, pois Bella faz um raio descer sobre ele o transformando em cinzas.

Os demais do grupo a fitaram incrédulos, e um a um deles teve rapidamente  o mesmo destino.

Agora faz sentido, ela se juntou ao grupo para proteger nosso filho, mas pela facilidade que eliminou o grupo ela poderia tê-los eliminados antes, mas veio até aqui com eles. Então o que significava ela estar aqui? Que voltaria para nossa família? Não, pelo olhar frio dela não era isso. Então ela veio apenas conhecer o filho? Talvez passar a visita-lo, isso seria tão bom para Kael, desde que lhe contei sobre Bella que ele deseja ter sua mãe por perto, e a amava tanto, mesmo sem ter tido nenhum contado com ela após o nascimento. Eu poderia não ter Bella de novo agora, ou talvez nunca, mas ficaria feliz por meu filho poder tê-la. Estava prestes a tirar minhas dúvidas com ela, quando percebi ela perder um pouco o equilíbrio, mas si recupera rapidamente, estranho... vampiros tem o equilíbrio perfeito.

— Bella, você está bem?

— Corta essa Edward, vocês não se preocupam comigo. Fizeram o que quiseram. Minha opinião não valia nada para vocês. Pensei que podia confiar em vocês, pois achei que eram diferentes, mas vocês são tão podres quanto aquela gangue que entrou em meu caminho e que encontrou um meio de impuserem sua decisão, não importando se eu não queria. 

PV KAEL

Suas palavras deixa minha família sem ação.

Ela nos dá as costas e começa a andar para longe de nós.

Contorço-me no colo de minha avó, ela me põe no chão, ando em direção a minha mãe, mas ao passar ao lado do meu pai ele segura meu ombro de maneira firme, me impedindo de continuar quando vê o que eu pretendo fazer em minha mente, pois o estado de espírito de minha mãe não era nada favorável para o que eu pretendia.

Papai eu preciso ao menos tentar ou vou me arrepender depois. 

Apreensão estampou o rosto dele, ele temia que minha tentativa falhasse, mas acata minha decisão se postando atrás de mim.

— Hei, espere um instante, por favor!

Ela para de caminhar e se vira lentamente.

Tento sonda-la por meio de sua expressão, ela não parecia mais tão irritada, e havia um quê de curiosidade.

Aproveito a pequena brecha para começar a falar.

— Papai me falou um pouco sobre coisas que aconteceu a você.

Ela lança um olhar letal a meu pai. Não me viro para meu pai, eu ia perder a coragem de continuar já que estou causando mais sofrimento a ele, após ouvir as palavras de minha mãe.

— Não fique com raiva dele, ele falou bem pouco só o suficiente para eu entender a situação, disse apenas que foi obrigada a pertencer a uma gangue, sobre a profecia e que lhe sabotou para que eu pudesse ser concebido.  E entendo que odeie toda essa situação que foi submetida, mas... – percebi o nível de irritação dela se elevar novamente, então engoli a vontade de fazê-la entender que não havia escolha, que eu tinha de nascer por conta da profecia e pular para a outra parte do plano – Er... Eu posso então lhe dar um abraço em agradecimento pelo que fez por mim hoje? – talvez se eu a tocasse eu despertasse algum sentimento nela por mim, minha família não falava, mas era claro para mim que minha mãe não me amava, já que por quatro anos ela não me procurou e não fez mais que dá uma olhada rápida  em minha direção quando chegou com aquele grupo de vampiro, mas eu não perderia a chance de tentar fazê-la me amar. E torci para que ela não visse minha intenção através de minhas palavras e atendesse ao meu pedido.

Alguns segundos se passam e ela se ajoelha nos possibilitando ficar com a mesma altura e vibro por dentro em comemoração por ela me permitir abraça-la, vou até ela, passo meus braços em volta de seu pescoço. E nossa! Como era bom tocá-la... Inalo seu cheiro de frésia gravando em minha memória e me afasto só um pouco mantendo ainda meus braços a sua volta.

— Eu te amo mamãe. - seu olhar se cravou no meu - Eu gostaria muito que ficasse conosco. - ela se ergue rapidamente de forma abrupta dando alguns passos para trás, abaixo meus braços me sentindo derrotado...

— Treine! – ergo meu olhar a ela – Você tem de se tornar letal. - ela disse a última parte dando um olhar amargo a nossa família, meu pai havia dito que ela não queria me ter por causa disso, por eu ter de matar– Há mais grupos como esses querendo usa-lo como arma. Os manterei longe de você o máximo que conseguir, para você conseguir o máximo de domínio sobre seu dom. Sei que pela profecia você demorará a atingir o ápice do poder, mas o que conseguir de domínio servirá por enquanto. Prometa que dará o melhor de si para isso.

Só deu tempo de eu assentir antes dela disparar a correr para longe de mim, não aguentei e desabei de joelhos no chão chorando. Não consegui fazê-la ficar, nem parar de odiar minha família e nem despertar nem um pouquinho que fosse de sentimento dela por mim...

Meu pai me puxou para os seus braços.

— Eu sinto muito filho. Eu queria tanto ser capaz de tirar esse sofrimento de você. - e me abraça mais apertado, se sentindo impotente.

— Kael? – tio Jasper chama minha atenção - Não perca a esperança. Bella não é totalmente indiferente a você, ela tem um instinto protetor forte com relação a você. Tanto que ela te protegeu hoje, e vai continuar te protegendo, te fazendo ganhar tempo.

— Sim, seu tio Jasper tem razão filho. E agora entendi o que ela fazia com esse grupo. Ela se infiltrou, e veio eliminá-los aqui quando já podia tê-lo feito antes em qualquer outro lugar, ela veio nos mostrar que podemos contar com ela para protegê-lo.

— Mas não é amor... – sussurro a mim mesmo, não me conformando só com o instinto protetor que ela tem por mim.

— Será mesmo? – diz meu pai e percebo que seu questionamento tem algo a ver com o que meu avô pensou.  

— O que você pensou vovô? 

— Eu estava pensando aqui com relação a um fator que não levamos em conta, que além do ódio que ela sente por nós e da instabilidade emocional que um recém-criado sente por alguns anos, durante a gravidez Bella estava em péssimo estado psicológico, ao ponto dela se perder dentro de si e não vivenciar a gravidez. Então eu acho que isso afetou o lado materno dela, mas não de forma definitiva, já que de alguma forma ela acabou desenvolvendo um instinto protetor com relação a você então o amor de mãe pode vir a se desenvolver com o tempo também.

— Acha que isso pode mesmo acontecer vovô?

— Eu acredito que sim.

E renovo minhas esperanças de um dia ter o amor de minha mãe.


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