Você é uma exceção escrita por ZeroLouise


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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‘Não tem outro jeito, Maka! Você não pode continuar morando sozinha, com notas baixas, brigando com garotas e garotos com murros e chutes — ele suspirou e eu bufei — Shibusen é a melhor opção. ”

Essa frase causou um impacto tão forte que não me restava mais nada a não ser subir as escadas do colégio interno no qual meu pai trabalhava e me sentenciou a estudar e morar.

Mas não posso reclamar, desde da partida de minha mãe para uma volta ao mundo se jogando no trabalho enquanto lutava para superar a separação com meu pai -que lutava para me manter por perto enquanto eu dizia “não”- a solidão me atingiu de uma vez, duas companhias a menos, notas baixas, falta de interesse e autoestima baixa, quase alcançando o pré-sal.

Precisava dar a volta por cima, não poderia mais ser a garota de 16 anos que os pais decidiram abandonar. Não que eu culpasse minha mãe. Afinal, depois de tantas traições, mentiras e promessas quebradas eu também iria querer ocupar a cabeça com alguma coisa, alguma coisa que não fosse a cidade, a casa e a filha do homem que fez tudo isso, mas sei que essa última parte é apenas coisa da minha cabeça.

Respiro fundo. Isso não seria tão ruim, vim nessa escola tantas vezes que até amizades eu fiz e elas seriam um grande passo para tentar me livrar de poço sem fundo que me joguei. A escola é cheia de regras e conta com detenção, aulas extras, projetos e tudo que for possível para manter uma cabeça ocupada, a parte ruim sem dúvidas seria conviver com meu pai.

Mas iria me esforçar, não poderia ser ruim.

—Ah! Makinhaaa — viro a cabeça na direção da frase dramática que só poderia ser uma pessoa, pessoa essa que vem correndo e praticamente chorando.

Tragédia.

—Um braço de distância, papa. — Falo esticando meu braço para ele não ultrapassar o limite, mas é a mesma coisa que nada. Alguns alunos cochicham sobre a ceninha enquanto ele me abraça e me roda.

Primeiro dia e já virei chacota. Respiro fundo me afastando dele.

— Por favor, papa! — Tento ser rígida.

Ele suspira triste.

—Tudo que minha Makinha quiser, venha vamos deixar suas coisas. —Fala pegando minha mochila de viagem com rodinhas enquanto eu levo a pequena na mão — Agora na parte da manhã não tem aulas, os alunos ainda estão voltando do recesso escolar.

Sorte? Prefiro acreditar que sim.

—Certo, por favor, diz que minha colega de quarto é legal. —Pedi quase implorando.

—Bom, não conseguir te colocar com aquela de cabelo rosa, mas consegui com a líder com conselho estudantil da sua turma, o que é ótimo, ela é bem gentil.

—Certo — suspiro, sabia da chance de não ficar no mesmo quarto que Kim — Vamos então.

Papa, ou Spirit —como é chamado nos corredores— é ótimo com disciplina (experiência própria), os alunos mal esperam ele aparecer e já saem correndo, talvez a fama dele não seja tão boa.

Algumas alunas passam por nós, cumprimentam papa e me olham desconfiadas, algumas acenam e me olham com dó achando que talvez já tenha sido pega por ele, apesar dele carregar minha mala de rodinhas enquanto carrego minha bolsa com maquiagens (que vou usar, promessa de escoteiro) e outras coisas.

—Aqui você vai encontrar todo tipo de aluno, Maka. — Ele diz sério, como nos momentos em que queria me ensinar algo quando mais nova— Não posso mais controlar seus passos, então espero que você faça e escolha boas amizades.

Por mais distante que eu o tentasse manter sentia toda a decepção dele pela reunião ao qual ele foi chamado quando fui expulsa e automaticamente senti o nó na garganta me fazendo engoli seco, o fiz sentir vergonha pelos meus atos e por mais estranho que fosse, não queria faze-lo passar por isso de novo.

—Ei! Spirit! — Um aluno de um grupinho de rapazes encostados nos armários o chamou — A tortura só começa às 13 horas. —Falou tranquilo enquanto seus amigos riam.

—Só não ande com aqueles ali — Ele diz com ódio enquanto os garotos ficam rindo.

Babacas.

—Cadê a parte do “não posso controlar seus passos”? — O olho sorrindo e ele nega sorrindo.

Um dos garotos se aproxima e dessa vez meu pai para esperando o garoto.

—Licença, Spirit! Se quiser posso fazer a apresentação da escola enquanto Tsubaki não chega. —Ele diz com calma e educação.

—Desse você pode ser amiga — Papa sussurra no meu ouvido fazendo o garoto curvar a sobrancelha pela proximidade.

—Olá, Kid! Não precisa, essa é especial — olho de lado para meu pai — permita-me apresentar minha princesa — ele pisca o olho para o tal Kid que logo estrala os dedos como se lembrasse de algo- Maka Albarn, esse é Kid, o vice conselheiro da sua turma e representante dos alunos perante a direção.

—Olá, Kid! — Dou um meio sorriso e ele sorri tranquilo.

—Olá, senhorita Albarn!  Será um prazer tê-la conosco.

—Ei senhor simétrico, já está atacando a novata! — Olho para o lado e um garoto albino está rindo com o mesmo grupinho que Kid veio.

—Com o Kid pode, com o Evans jamais! — Papa fala ficando vermelho arrancando risos de Kid e meu.

—Certo, certo! — Concordo sem dá muita importância.

—Vamos continuar? — papa pergunta recompondo a compostura —Kid me procure depois, precisamos resolver a propaganda dos projetos para os novatos, certo?

—Certo, com licença e seja bem-vinda Maka! — ele sorri e volta para seu grupo de amigos retardados que ficam rindo e falando mais coisas.

Mais um colégio “normal”.

Deixamos minha bolsa no quarto, minha cama seria a próxima a parede. O quarto era branco com uma parede rosa de um tom como rose, de acordo com meu pai assim como todos os quartos da ala feminina, enquanto os dos rapazes era verde claro.

Papa me mostrou tudo o que eu precisava e já me encaminhou para buscar os uniformes, consegui cinco do cotidiano, os alunos geralmente recebiam três. Suspirei aliviada benefícios de ser filha do coordenador.

Após conhecer todo o colégio me sentei cansada cama, ou melhor, me joguei na cama. Fiz praticamente uma maratona com papa que me mostrou cada cantinho que era “necessário”. Ainda bem que não passei maquiagem, teria que retocar agora, mas o que precisava no momento era um bom banho.

(...)

—Ah! Desculpa! — Diz uma garota com longos cabelos negros e extremamente bonita —Não sabia que chegaria cedo.

Essa provavelmente é Tsubaki a minha colega de quarto que abriu a porta e quase desmaiou de susto enquanto eu passava dava um nó na gravata enfrente a penteadeira.

—AH! Olá! — sorri para ela, afinal ela não tem culpa das coisas que acontecem comigo.

—Olá! Meu nome é Tsubaki, espero que possamos ser boas amigas.

Algo me dizia que sim, mas não queria me iludir.

—Farei o meu melhor para que sim —sorri para ela.

—O almoço será servido daqui a pouco, você me espera?

—Claro!

Ela correu para o banheiro do quarto e eu me sentei na cama mexendo no celular, era engraçado como algumas coisas eram vazias, no celular eu só tinha o contato de mama, papa, Kim e Josh que foi meu amigo por dois anos até mudar de escola ano passado estudando agora na rival da Shibusen. Olhei minhas redes sociais cheias de pessoas com quem eu não conversava, que postavam fotos o dia inteiro enquanto no meu perfil havia cinco fotos e varias de paisagens. Suspirei. Minha vida era quase tão vazia quanto as redes sociais.

—Então, Maka! —A morena saiu do banheiro já vestida e fazendo um rabo de cavalo— quantos anos você tem?

—Dezesseis e você? — Perguntei guardando o celular no bolso da blusa estilo terninho que usávamos como parte do uniforme.

—Também. Ah! Você ficou na mesma turma que eu. Demos sorte da minha antiga colega de quarto ter sido transferida, na verdade eu sou a mais sortuda —ela disse engolindo seco e eu franzi a testa.

—Por quê? Ela fez algo com você?

Tsubaki engoliu em seco e sacudiu a cabeça depois de pensar mais um pouco.

—Você vai entender quando a encontrar nos corredores. —Ela disse ainda área.

Não estava com um bom pressentimento.

Tsubaki passou um gloss e um leve lápis de olho que destacaram seus olhos azuis que por sinal eram lindíssimos. Sem dúvidas ate o momento Tsubaki era a garota mais bonita da escola, se houvesse um Miss Shibbusen esse título seria dela.

—Certo, em todo caso, a menos que ela tenha mais que 120 kilos e lute vários tipos de artes maciais ela seria bem louca de mexer com você. — Respondi sincera e Tsubaki me encarou surpresa.

—Você luta?

—Só judô, capoeira e um pouco de defesa pessoal aleatória. —Inclusive, um bom presente de papa, desde dos doze anos sempre aprendi a me defender por causa do bullying e das surras que eu sofria na escola.

Tsubaki me encarou incrédula.

—Mas você é tão...

—Magra? —perguntei sorrindo enquanto ela me olhava incrédula. —Só você me vendo em ação mesmo —ri um pouco — Mas se depender de mim só em casos extremos.

—Irei torcer para não precisar te enfrentar em nada — ela disse sorrindo e eu neguei com um sorriso verdadeiro pela primeira vez no dia. —Vamos? —concordei seguindo-a ate a porta.

(...)

O corredor estava bem movimentado, de acordo com Tsubaki isso era apenas metade das pessoas que estudavam lá, muitas só iriam chegar às 13 horas.

—Só às 13h? —perguntei incrédula.

—Sim — ela deu de ombros — Muitos pais preferem ficar com os filhos até o último minuto.

Sorri com esse comentário.

—Engraçado, aqui não é um colégio interno? —Ela me olhou e sorriu entendo meu sarcasmo.

—Mas as presenças dos filhos são tão importantes — disse com ar pomposo e eu a olhei com deboche.

—Sem dúvidas.

—O presidente maravilhosa! Parece até uma deusa! — Disse um garoto de cabelos azuis, o mesmo que estava com aquela gangue de babacas. Eles estavam na nossa frente enquanto o azulado virava para falar com Tsubaki

Tsubaki revirou os olhos.

—Sem tempo, Black Star.  —segurei o riso.

Ele murchou e seus amigos riram.

—Abatido pela morena— o albino passou o braço pelo pescoço do amigo.

—Cala boca, eater. Pelo menos eu luto pela morena que eu gosto e não saio comendo qualquer uma. — Disse o tal Black para o albino que gargalhou.

—E eu vou me apaixonar para quê? —Disse com desdém e sorriu.

E não é que ele é um babaca mesmo?

—Não liga para eles, Maka. —Kid apareceu por trás ficando entre eu e Tsubaki que logo passou o braço pelo de Kid e encostando a cabeça no ombro dele que sorriu com o gesto.

—Oi, para você também Kid. — Ela disse sorrindo, será que eles namoram?

—Oi, Tsu. Pensei que teria que ir pedir para seus pais te libertarem logo, que a natureza me proteja de ser o presidente. —Ele disse rindo e ela negou sorrindo.

—Kid, não seja talarico! —Um loiro que andava com os babacas disse rindo enquanto o tal Black olha para Kid com um olhar mortal.

—Tsc. Calem a boca. Vocês sabem que só somos amigos e Black, menos. — Disse serio enquanto o albino arrastou o azulado que reclamava e falava em briga.

—Que esquentadinhos. —murmurei

—Você vai acabar se acostumando — Kid disse sorrindo.

(...)

Durante o almoço sentamos perto das amigas de Tsubaki, as gêmeas Liz e Paty. Kid sentou entre eu e Tsubaki e me senti desconfortável com o olhar fulminante de Liz. Que coisa não?! Tentei socializar com as garotas, mas parece que eu não era tão boa nisso, já que levei algumas patadas e desisti depois de uma boa tirada de Liz que deixou aquele gostinho de torta de climão. Apesar de eu não estar surpresa, sempre foi assim.

—Não liga para essas coisas, tá?! —Kid disse ao me ver comer quieta enquanto as meninas riam de alguma piada que Patty contou.

—Nunca tive amigas mesmo— dei de ombros — Não é como se fizesse tanta diferença. — Fui sincera e ele sorriu de lado.

—Você tinha pelo menos amigos? Digo, amigos homens? — Ele pergunta baixo tentando não chamar a atenção das meninas que continuavam a ri.

—Um, sim. Tenho um amigo. —Sorri tímida, era patético. —É patético...

—Não, só é estranho. Mas de qualquer forma agora você tem dois. — Deu de ombros.

—Será? — Perguntei curvei a sobrancelha.

—Vai ter que me aguentar. — Deu de ombros.

—Mal chegou e já está dando em cima de todo mundo? — Liz me perguntou debochada, o motivo era Kid. Que otaria.

—Na verdade, eu nem comecei a dar em cima dele, ainda. — Sorri enquanto ela ficava vermelha de raiva e Kid deu um sorriso debochado. Mal sabe ela que nem sei por onde começar.

—É...É... vamos? —Tsubaki se levantou— Maka precisamos buscar nossas coisas e ainda quero te mostrar umas coisas.

—Encontro vocês na sala. — Kid sorriu — preciso conversar com algumas pessoas antes...

Dei de ombros e segui Tsubaki que me olhava constrangida com aquele jeito que quer falar algo.

—Pode falar o que está te incomodando — Falei por fim —Já estou ficando incomodada com sua coceira na ponta dos dedos. —Ela parou no meio do corredor e me olhou.

—Ninguém nunca notou isso... —Dei de ombros, sempre fui sozinha, sempre observei os outros.

—Sou bem observadora... —Falei para amenizar, provavelmente ela agora brigaria comigo sobre a má resposta que dei em suas amigas.

—Queria pedir desculpas. —A olhei sem palavras

—Não se preocupe... só me defendi e esqueci que elas são suas amigas.

—Sem problema. Vamos?

(...)

Maravilha! Esplendido! Estupendo! Incrível.

Todas essas palavras me passaram pela cabeça quando entrei com Tsubaki na sala de aula e nos sentamos no fundo –a pedido dela que tentava ao máximo se misturar, mesmo sendo obvio a vontade de sentar frente- e observamos entrar um por um da gangue babaca, as amigas de Tsubaki e Kid.

Suspirei.

—E ano difícil — murmurei e escutei o riso contido de Tsubaki.

—É só ladeira abaixo, e calma ainda vai piorar um pouco, mas finge que eu não disse isso.

Um segundo, literalmente um segundo depois aquele retardado do tal Black Star entrou gritando pela porta.

—Você estava certa.... —falei baixinho.

—Se curvem aos meus pés súditos inúteis! HAHAHAHA

—Ele sempre foi retardado assim? — Perguntei enquanto Black dava um show chamando a atenção de todos que logo em seguida o ignoraram.

—Não viu nada.

—Vocês têm algo? — Perguntei receosa.

—Meus remédios ainda estão em dia — ela ri— ele não é maduro para nada, mesmo também que estou conhecendo alguém — ela cora — depois te apresento ele.

Concordo e me levanto para deixar uma folha com meu nome em cima da mesa do professor.

Tudo o que se veio a seguir se tornou um borrão, só senti meu corpo colidindo com o chão e peitos me sufocando, primeiro pensei em dar um murro na pessoa, mas o perfume me parou. O perfume não havia mudado, continuava o mesmo.

Kim.

—Makaaa! Meu amor, meu chuchu.

—Ai.

Voltei a enxergar a luz enquanto ela sentava em cima da minha barriga me prendendo no chão.

—Você veio, estou tão feliz.

—Ai! Luz do Sol. — reclamei me apoiando nos cotovelos.

—Ah! Opa! — Kim disse sorrindo ainda em cima de mim.

—A novata é namorada da Kim! — Black gritou chocado.

—Cala boca, retardado.

—Tsc. Idiota — suspirei — Levanta, Kim, seus peitos pesam —falei a ultima parte só pra ela que sorriu.

—Os seus ainda vão crescer, amor. — Disse sarcástica e eu sorri.

—É Hero, você perdeu a chance com a novata — disse uma garota de cabelos vermelhos que se sentou ao lado de onde caímos.

—Ela pode ser bissexual sabia?!

—Dá para vocês pararem de falar da minha orientação sexual? — Falei rolando os olhos e arrancando alguns risos.

—Claro! Afinal ela já declarou seu desejo por Kid. — Disse a tal Liz que surgiu do nada.

—Tsc. Eu afirmei que ainda não dei em cima dele, ok? — Falando me levantando em seguida arrumei minha saia e tirei a poeira da roupa.

—Para com isso Liz —Kid disse sério, ele havia sentado ao lado do albino que olhava tudo com desinteresse.

—Boa tarde, cobaias. —Disse um homem com cabelos brancos como a neve — Vamos aos experimentos?! —Todos. Todos fizeram cara de nojo ou medo.

(...)

Dizer que eu vinha me esforçando era pouco, a escola sugava cada minutinho que eu tinha, logo entrei para o clube de lutas e para o time de vôlei, isso na primeira semana, na segunda apareceu varias atividades e trabalhos extras e eu só queria meu quarto e minha antiga casa.

Ps: Admiro a cada dia mais a coragem de algumas meninas de acordarem mais cedo para se maquiar, pois às vezes um rolo compressor é pouco para minha imagem destruída.

(...)

—Tsubaki, em qual lugar dessa escola fica vazio e dá pra pensar com tranquilidade? — Perguntei após recusar as cinco ligações de minha mãe.

—Quer conversar? — Ela perguntou abaixando o livro de leitura obrigatória do bimestre que eu fingia não existir.

Já havia quatro semanas que eu estava aqui e realmente havíamos nos tornado amigas, era estranho e engraçado ter uma amiga que dorme no mesmo quarto que você. Mas ainda não me sentia segura o suficiente para tal passo.

—Hoje não, só queria pegar um ar gelado da noite e relaxar um pouco.

—Você só consegue maconha com a gangue babaca — ela disse sorrindo e eu rolei os olhos.

—Já fiz muita coisa errada, mas essa ainda não. — Sorri provocativa.

—Vai me chamar no dia né? — Quem diria que a presidente falaria isso?

—Obvio — Respondi sorrindo.

—Promessa é dívida. Um bom lugar é o jardim entre os dormitórios. —Ela disse pensando e dando leves batidinhas com o dedo no queixo— Se algum engraçadinho te atacar...

—Eu vou utilizar minhas táticas de defesa pessoal e acabar com ele— Falei fazendo golpes com as mãos e ela sorriu. —Até mais tarde, não precisa me esperar e pode trancar a porta se quiser, vou levar minha chave.

—Cuidado!

Fechei a porta, e sai sem fazer barulho, daqui a alguns minutos eles iriam apagar as luzes, pois o toque de recolher batia pontualmente às 22 horas e não sobrava luz para contar a história, mas estava tão cheia de angustias e medos, precisava relaxar, tirar o estresse e até mesmo chorar.

Apenas mais um quarto nos separa de virar um corredor e foi justamente virando esse corredor que bati em alguém. O corpo era duro, músculos, perfume masculino e ao levantar o olhar encontrei um sorriso debochado, dentes pontiagudos e aqueles malditos olhos vermelhos que admirei secretamente durante a semana. Ali escondido no corredor feminino estava Soul Evans, o “líder” da gangue dos babacas.  


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Notas finais do capítulo

s2



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