Filhos da noite 3 – Ascensão escrita por CM Winchester


Capítulo 16
Capítulo 15 - O COMEÇO DO FIM




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Serpentine começou a fazer uns testes. Scott estava tocando guitarra e era bom.
— Qualquer coisa que você quer me dizer? - Nora perguntou para Vee que sorriu.
— Ele é bom.
— Pensei que você estava em desintoxicação de menino.
— Não seja um Downey Debbie.
— Só colocando a minha verdade dos fatos.
— Se nós nos ligarmos, ele poderia me escrever baladas e outras coisas. Você tem que admitir, nada mais sexy do que um cara que escreve música.
— Mm-hmm, só você mesmo.
Nora segurou meu braço e a encarei franzindo a testa. Seus olhos estavam pregados no palco, mas me limitei a ver seus pensamentos.
FRIO. DOR. FORÇA. Era a tatuagem de um cara. E não era só isso. Esse cara tinha nos atacado aquele dia.
— Eu vou correr até o banheiro. Guarde meu lugar. Nikki, vamos.
Nós seguimos pelo meio da multidão e seguimos até o corredor. Nora e eu esperamos, depois abrimos a porta. Era um beco de fumantes. O Anjo Caído estava no meio do beco. Nora me encarou.
Ela enviou uma mensagem ao Patch depois agarrou uma pá de neve que estava encostada na porta dos fundos. Nora o seguiu e fui mais atrás.
— Concluído o trabalho. Ele está aqui. Sim, eu tenho certeza que é ele. - Ouvimos ele falar no celular.
Desligou e coçou o pescoço. Arregalei os olhos quando Nora agiu. Ela bateu a pá nas costas do homem e ele cambaleou para frente caindo de joelhos. Nora bateu várias vezes até que o homem caiu com um golpe na cabeça.
Ela o cutucou com o sapato depois me encarou.
— Me dê isso aqui. - Peguei a pá da sua mão. - Você definitivamente... Foi bem. Só que tenho que dizer que ele não é... - Um movimento no beco fez eu me calar.
Patch e Ben apareceram correndo depois olharam de Nora para o homem do homem para mim que segurava a pá. Eu apontei para Nora.
— Eu bati nele. - Nora falou e Patch sorriu.
— Anjo, este homem não é um anjo caído.
— O quê? - Nora perguntou olhando deles para mim.
— Era isso que ia te falar.
Patch puxou a camisa fazendo o tecido rasgar e não tinha nenhuma cicatriz.
— Eu tinha certeza. - Nora gaguejou. - Pensei que ele era. Eu reconheci sua tatuagem...
— Ele é Nephilim.
— Eu disse que não poderiam ser os homens do meu pai que tinham feito aquilo. - Falei.
Patch e Ben rolaram o corpo do Nephilim e abriram sua camisa. Ele tinha a Marca do Mão Negra.
— A marca do Mão Negra. - Nora falou. - Os homens que nos atacaram naquele dia e quase nos levou para fora da estrada, eram homens de Hank?
— Você está certa de que este era um dos homens no El Camino? - Patch perguntou.
— Oh, eu tenho certeza. - Nora resmungou. - Hank orquestrou o acidente de carro. Inicialmente pensei que o acidente tinha estragado seus planos, mas nada disso foi por acaso. Ele disse a seus homens para bater em nosso carro, e plantou na minha cabeça que eles eram anjos caídos. E fui estúpida o suficiente para cair nessa!
Patch e Ben carregaram o homem até uma cobertura de mato e o esconderam lá.
— Isso é obvio. - Resmunguei. - Mas qual é o motivo para isso?
— Assim ele não vai atrair alguma atenção antes de acordar. - Patch explicou para Nora que observava onde o homem estava escondido. - Será que ele deu uma boa olhada em você?
— Não, eu o peguei de surpresa. Mas por que Hank precisou bater seu próprio carro? A coisa toda parece inútil. Seu carro ficou totalmente inutilizado, e ele foi severamente espancado no processo. Não entendo.
— Não quero que você saia da minha vista até que você figure este para fora. Vá para dentro e diga a Vee que não precisa de uma carona para casa. Eu vou buscá-la na frente em cinco minutos.
— Venha comigo. - Nora pediu. - Eu não quero ficar sozinha. E se houver mais dos homens de Hank lá dentro?
— Se Vee nos ver juntos, as coisas vão ficar confusas. Diga a ela que você encontrou uma carona para casa e que vai ligar pra ela mais tarde. Vou ficar apenas dentro das portas. Não vou deixá-la na minha vista.
— Ela não vai acreditar nisso. Está muito mais cautelosa do que ela costumava ser. Vou para casa com ela, e depois que ela me deixar, vou te esperar na rua da minha casa. Hank está lá então não dirija mais perto do que você precisa. - Patch beijou Nora.
— Tenha cuidado.
— Nos vemos depois. - Ben falou e assenti.
— Droga! - Resmunguei. - Eles vão entrar atrás do Scott. - Sai correndo para dentro do prédio.
Nora me seguiu e vimos o povo gritando. Alguns atiravam copos e canudos no palco.
— O que está acontecendo? - Nora perguntou para Vee.
Mas estava mais preocupada em achar meu irmão. Não o encontrei. Procurei seus pensamentos e não encontrei nem mesmo Tyler. Eles tinham fugido também.
— Eu poderia ter lhe perguntado se eu poderia ter pegado ele. - Vee falou para Nora e eu prestei atenção. - Ele deu um salto correndo para fora do palco e correu para as portas. Todo mundo achava que era uma brincadeira dele em primeiro lugar.
— Devemos sair daqui. - Nora falou. - A multidão não vai aguentar por muito tempo.
— Amém a isso. - Vee falou.
Nós corremos para fora e entramos no carro.
— O que você acha que entrou no Scott? - Vee perguntou.
— Acho que ele está em apuros. - Nora falou.
— Que tipo de problemas?
— Acho que ele cometeu alguns erros e chateando as pessoas erradas.
— As pessoas erradas? Que tipo de pessoas erradas?
— Pessoas muito ruins, Vee.
— Bem o que estamos fazendo aqui sentadas? Scott está lá fora em algum lugar e ele precisa de nossa ajuda.
— Nós não podemos ajudá-lo. As pessoas que estão procurando por ele não tem exatamente uma consciência. Eles não iriam pensar duas vezes em nos ferir. Mas há alguém que pode ajudar e com alguma sorte ele vai ser capaz de ajudar Scott a sair da cidade hoje à noite onde ele estará seguro.
— Scott tem que sair da cidade?
— Não é seguro para ele aqui. Tenho certeza que os homens que estão olhando ele e esperando que ele tente sair, mas Patch vai saber uma forma ao seu redor...
— Realize! Volte. Você tem que pedir pra ele ajudar Scott? Será que sua mãe sabe que você está se misturado com ele novamente? Alguma vez você pensou que talvez, talvez esta fosse a informação que você deveria me dizer? Eu estive mentindo sobre ele esse tempo todo, fingindo que ele nunca existiu, e sempre você estava tendo contato com ele nas minhas costas?
— Então você está finalmente contando a verdade sobre Patch?
— Confessar tudo? Por em pratos limpos? Eu menti porque ao contrário daquele saco sujo eu realmente me importo com o que acontece com você. Ele não está bem da cabeça. Apareceu e sua vida nunca mais foi a mesma. Minha vida também enquanto nós estávamos falando sobre o assunto. Eu prefiro enfrentar uma gangue de condenados do que topar com Patch em uma rua vazia. Ele é bem real para se aproveitar das pessoas e soa para mim como se fosse até usar seus velhos truques de novo.
— Se você viu a maneira que eu faço...
— Isso nunca acontece você pode apostar que vou arrancar meus olhos para fora!
— Você mentiu, Vee. Me olhou nos olhos e mentiu. Eu aceito isso da minha mãe, mas não você. - Nora abriu a porta do carro. - Como você ia se explicar quando eu tivesse a minha memória de volta?
— Eu esperava que você não a recuperasse. - Vee jogou as mãos para o ar e eu arregalei os olhos. - Há. Eu disse isso. Você estava melhor sem ela, se isso significasse não lembrar da aberração de show. Você não pensa bem quando está com ele. É como se você visse o um por cento dele que poderia ser bom e esquecesse o percentual de 99 por cento outras de puro mal psicótico!
— Mais alguma coisa?
— Não. Isso resume bem os meus sentimentos de forma adequada sobre o assunto.
Nora saiu do carro.
— Você contou a ela? - Vee me encarou.
— Scott contou e quando ela me perguntou eu confirmei. Como disse, não mentiria para ela. - Resmunguei antes de descer do carro.
Vee baixou a janela e colocou a cabeça para fora.
— Quando você voltar ao normal e recuperar seus sentidos sabe meu número! - Ela gritou antes de ir embora.
— Eu sinto muito, Nora. - Falei. - Você não deveria ter escutado metade daquelas coisas.
Patch e Ben apareceram ambos dirigindo suas motos. Peguei o capacete de Ben e subi para sua garupa. Ele foi direto para o galpão do meu pai. Estava movimentado. Saltei da moto e corri para dentro.
O lugar estava cheio Nephilim e anjos caídos duelando. Corri para chegar as escadas tentando encontrar meu pai ou Nico.
Quando cheguei ao escritório do meu pai encontrei Hank lá. No chão estava o que tinha sobrado das cinzas dele. Ele havia queimado a pena do meu pai. Meu pai estava morto. Tinha ido para o inferno.
Encarei Hank sentindo a raiva dominar meu corpo. Ele tremia enquanto eu avançava para Hank que estava sorrindo.
Segurei a mesa entre nós e a virei com força derrubando em cima de Hank. Saltei por cima dela e o segurei pelo pescoço.
— Você vai pagar por isso.
— Hoje não. - A voz de Caroline me surpreendeu.
Ela avançou para mim segurando meu pescoço e me jogou na parede. Caí no chão de quatro, mas levantei rapidamente. Hank saiu pela porta, mas ela ficou no meu caminho.
— Você vai querer jogar esse jogo mesmo? - Perguntei.
— É claro.
Com um simples gesto de mãos seu corpo foi arremessado longe, eu corri para a porta. Meu alvo era Hank.
Estava cega. Caçando como um pitbull.
Quando cheguei no topo das escadas meu corpo foi empurrado, cai por cima do corrimão e meu corpo girou no ar em direção ao chão.
Minhas costas atingiram o chão e gritei de raiva e dor.
A força que saiu do meu corpo fez tudo se arremessar longe inclusive as pessoas.
Ben se aproximou de mim e o encarei. Logo todos começaram a levantar. Quem podia atacar, atacava.
— Nico? - Perguntei.
— Ele está bem, mandei Tyler e ele embora. Nós temos que ir.
— Não posso. - Falei.
Os tiros começaram e Ben me ajudou a levantar. Balancei as mãos formando um escudo. Ben me ergueu nos braços e começou a correr em direção a porta. Os Nephilim tinham aberto fogo. E eu era o alvo.
Consegui fazer o escudo até sair do prédio. Na rua estava o Skyline preto de Nico e ele estava dentro. Nós entramos no carro e Nico acelerou. Eu só conseguia ouvir o barulho dos tiros atingindo o carro.
Atrás de nós dois carros nos seguiam.
— Alguma sugestão? - Nico perguntou.
O vidro quebrou.
— Tem alguma arma? - Ben perguntou.
— Não.
Ben estalou a língua e me lançou um olhar.
Mais um tiro e senti os cacos de vidro me atingirem, Ben colocou seu corpo por cima do meu tentando me proteger.
— Algum esconderijo? - Tyler perguntou.
— Para o carro. - Pedi.
— Você está louca? Eles estão atirando. - Nico falou.
— Para o carro, Nico. Eu sei o que tenho que fazer.
Ele me encarou.
— Não posso opinar? Meus 5 minutos de vantagem não servem para nada?
— Não. Gire o carro ficando de frente para eles.
— Você está maluca.
— Confia em mim. - Pedi.
Ele girou o carro ficando de frente para os Nephilim que continuaram atirando. Empurrei os cacos de vidros para fora e sai pelo buraco. Impulsionei meu corpo e voei pousando no chão.
Os carros vinham na minha direção e senti a magia sair do meu corpo, eles foram parados e as balas estavam flutuando no ar. Com o movimento da duas mãos os carros se chocaram um contra o outro depois explodiram.
As balas caíram no chão.
Assim como eu. Senti os meus joelhos tocarem o chão.
A guerra tinha começado. Meu pai estava morto. Agora eu devia acabar com o que ele começou.


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Notas finais do capítulo

N.B.: Acho que ela ainda se mostra fraca, espero que isso melhore para o próximo e último livro. Estou realmente adorando. Não acredito que o pai dela morreu pra valer. Puts... Sabia que a vadia era uma vadia. Drrrr. Bjs, bjs. Fhany Malfoy.
N.A.: Pelos poderes que Nicolle tem sim, ela se mostra fraca. Talvez aprenda a aperfeiçoar com a possível guerra que esta por vir. Sim, o pai dela morreu para valer desta vez e Nikki vai correr atrás por vingança. Se tudo correr bem, semana que vem postarei o primeiro capitulo de Filhos da Noite 4 - Para Sempre. Bjs CM Winchester



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