Por elas escrita por raexgar001


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

ESTOU EXTREMAMENTE FELIZ COM ESSA FANFIC. Como sempre trago os elementos: Duas pessoas e uma criança.
Sim, sempre usando desta artimanha. Posso fazer o que? Adoro escrever sobre famílias, principalmente quando elas não estão preparadas para se tornarem uma família.
Espero que gostem dela.

Tenham uma boa leitura.



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Azuma Tokaku já saia do banho quando Ichinose Haru acordou. Faziam oito anos desde que Tokaku ganhou o desafio da classe negra ao tentar tirar a vida de Ichinose. Seu premio foi um desejo, e o que mais a azulada poderia desejar se não Haru? Como prometido a ela, Haru foi lhe dada e agora era sua para sempre, não só apenas pelo premio, mas sim pelo desejo e amor de ambas, que agora a faziam juntas na riqueza e na pobreza, na elegeria e na tristeza, na saúde e na doença até que a morte as separem.

Sendo essa ultima uma tarefa difícil já que a Azuma não permitiria que tirassem Haru dela.

— Bom dia Tokaku.

— Bom dia Haru.

Tokaku jogou a toalha que lhe cobria apenas a cintura em cima da cadeira que encontrava frente a uma mesa com um computador enorme e preto. Tokaku havia mudado bastante nesses últimos anos, ficando mais alta e mais forte, deixou os cabelos crescerem bastante - hoje em dia batia em sua bunda de tão longo. Haru também deixará seus cabelos crescerem tanto quanto a azulada, sendo ele bem mais longo que o de Tokaku.

Haru observou atentamente sua esposa amarrar os longos cabelos azuis em um rabo de cavalo baixo.

— Vai ficar me observando? – Perguntou Tokaku, sentindo os olhos da ruiva sobre si. Vestiu suas roupas intimas e logo depois uma calça enquanto a outra ainda lhe analisava com um sorriso bobo no rosto.

— Haru está com preguiça de levantar – Tokaku sorriu ao ouvir a esposa pronunciar seu próprio nome, uma mania que ela tinha desde que se conheceram na classe negra – E também... Haru gosta de observar Tokaku.

Tokaku sentiu um leve rubor nas bochechas, Haru sempre a deixava assim ao falar coisas do tipo, mesmo com anos a azulada ainda sentia seu coração acelerar.

— Ainda temos alguns dias de folga do trabalho -  Tokaku falava enquanto vestia um moletom – Lembra que me pediu a semana toda para irmos naquele restaurante que você tanto adora? A reserva foi marcada para hoje - Tokaku observou o relógio, já eram mais de 11h elas haviam dormido muito. 

— Verdade! Haru tinha esquecido! – A ruiva pulou da cama e correu em direção do banheiro. Tokaku apenas calçou seus sapatos e esperou pela esposa.

[...]

A tarde estava tranquila e agradável, nem muito quente, nem muito frio, a temperatura estava ideal. As duas saíram de casa e foram caminhando de mãos dadas até o centro da cidade que não era muito longe dali. Algumas pessoas olhavam torto para o casal, o preconceito e a ignorância ainda corriam livres pelas cidades, mesmo em tempos como aquele, onde demonstrações de afetos como aquela já eram consideradas "normais" (N/A: sempre foi normal), outras pessoas achavam o casal fofo, mas só a minoria as reconheciam. Bem... Reconheciam mais Haru do que Tokaku, porém reconheciam.

Acontece que desde que Haru virou CEO de uma grande empresa de tecnologias do Japão o rosto dela estava em todas as revistas, tanto de fofocas quanto de negócios, pois ela era uma mulher jovem e ainda por cima casada com outra mulher (um total escândalo na época, visto que o Japão ainda tinha preconceito e tratava isso como um crime).

 Após se formar na classe negra, Haru foi morar com Tokaku em um pequeno apartamento - uma  verdadeira quitinete - onde a cama ficava na sala substituindo o sofá já que não havia quarto. Naquela época Tokaku trabalhava de segurança em um hospital à noite e de manhã dava aulas particulares de defesa pessoal a alguns ricaços, a azulada quase não dormia e para compensar a tudo, Haru estudava horas para arrumar um bom emprego.

Desde que conseguiu o cargo de CEO (em tempo recorde, o que espantou todos os acionistas) a Azuma virou sua segurança particular a acompanhando onde quer que fosse. A ruiva amava a companhia da esposa e se sentia segura com ela. As duas tinham muito dinheiro, porém segundo a azulada quanto menos chamassem atenção seria melhor, compraram uma casa grande perto do centro de Tóquio, nada luxuoso demais ou que chamasse muita atenção. Haru não se importava nunca foi de esbanjar riqueza, muito menos depois de tudo o que ela viveu não se apegaria a bens materiais, ela sabia que o mais importante era a Azuma ao seu lado.

Horas depois de terem almoçado e passeado pelo parque da cidade elas decidiram ir para casa, eram mais ou menos 16h quando entraram em um beco sem nem um movimento, ele era evitado por ser um local aonde acontecia muitos assaltos, porém era a melhor opção para cortar caminho, além de que com Tokaku ali não haveria ladrão que a segurasse. O casal ia andando tranquilamente de mãos dadas quando então surgiram dois homens correndo atrás de uma criança. O casal parou subitamente pelo pequeno susto, a criança uma garotinha de cabelos azuis amarrados em marias-chiquinhas corria em suas direções desesperada, ao avistar as mulheres ela se jogou abraçando as pernas de Haru.

Um dos perseguidores imediatamente ao parar frente a elas agarrou o cabelo da criança lhe puxando com força, Haru automaticamente abraçou o corpinho da garotinha tentando afastá-lo do homem. O outro perseguidor vendo isso pôs a mão ameaçadoramente no ombro de Haru, com o intuito de intimidá-la ele apontou uma faca em direção ao seu pescoço. Péssima idéia, Tokaku desarmou o estranho e em segundos ele estava no chão olhando para ela surpreso.

— Mais que porra é você?! – O perseguidor que segurava o cabelo da criança perguntou surpreso ao ver o colega ser derrubado tão facilmente.

— Jamais toquem nela! - Tokaku lançou um olhar de ódio por terem tocado em Haru.

Os estranhos se arrepiaram, nunca haviam visto alguém com tanta raiva, o homem que estava a segurar o cabelo da criança afrouxou um pouco a mão com medo de Tokaku. 

— Mate a garota logo! São só mulheres! – O perseguidor que estava no chão falou irritado, vendo que o colega estava receoso ele retirou do casaco uma arma – Eu mato a mulher macho! - Apontou para Tokaku que lhe analisou com frieza. 

A garotinha se agarrou mais forte ainda em Haru que lançou um olhar suplicante para a esposa, a azulada entendeu o recado: acabe com esses escrotos!

Tokaku movimentou-se tão rápido que deixou ambos os homens surpresos, deu um chute na arma do homem e antes que ele notasse enfiou uma de suas facas na mão que antes segurava a arma, ele urrou de dor. Fora tudo tão rápido que não pode nem reagir, Tokaku olhou  para o outro alvo que  desatou a correr com medo de ser o próximo, porém foi atingido por uma faca na perna, ele caiu no chão gritando de dor.

A seção de espancamento durou muitos minutos, os dois já suplicavam para que a Azuma parasse, certamente que precisariam de atendimentos médicos. 

Haru pôs a criança que tremia de medo nos braços e foi até Tokaku.

— Já chega Tokaku, um deles até desmaiou - Ela apontou com a cabeça para o homem que ainda tinha uma das duas facas que a azulada sempre carregava escondida cravada na mão. - Vamos embora logo.

Antes de saírem a Azuma recuperou suas facas ensanguentadas deixando os estranhos para trás.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem até aqui, Capítulos novos todos os sabádos, se eu não puder postar no sábado o farei na sexta ou no domingo.



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